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História Invictus - Admirável Mundo Novo - Parte 1


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Olá moreeeeeees!!! Tô atrasada eu sei, sorry. Explico tudo no final.
Capítulo novo em grande estilo chegando, prometo que vai valer a pena a espera.
Aproveeeeeeeitem.

Capítulo 40 - Admirável Mundo Novo - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Invictus - Admirável Mundo Novo - Parte 1

POV Daryl

 

Nem esperei a reação dela. Peguei Arizona no colo e saí correndo em direção a enfermaria. Ouvi alguém me chamando mas só conseguia focar na minha mulher nos meus braços.

-Daryl!- Trevor chegou do meu lado. -O que houve?

-Ela ta sangrando.- Falei.

Ele chegou comigo na enfermaria e abriu a porta. Tara nos olhou confusa.

-Chama o doutor Carson.- Falei colocando Arizona na cama do lado do irmão.

-Daryl, eu tô bem.

-Não ta não, você ta sangrando.- Falei nervoso começando a andar de um lado pro outro, meu coração batia como se fosse explodir. -ALGUÉM CHAMA O DOUTOR PORRA!

Tara arregalou os olhos e correu pra achar o médico.

-Como isso aconteceu?- Trevor me perguntou olhando de mim pra irmã.

-Eu fui atrás dela quando ela saiu da casa, vi quando ela caiu sentada na calçada e quando cheguei perto ela tava sangrando.

-Do nada?- Perguntou pra irmã.

-Sim, eu não sei porque mas tô sangrando.

O médico entrou com Tara, parecia que tinha acabado de acordar.

-O que houve?- Perguntou.

-Arizona está sangrando.- Respondi sem sair de perto dela enquanto ele chegava perto da cama.

-Algum ferimento?

-Não, eu só comecei a sangrar do nada.- Ela respondeu franzindo a testa. -Senti uma dor muito forte na barriga e quando Daryl me olhou assustado vi que estava sangrando.

-Ok,vamos fazer uns exames. Daryl, me desculpa mas você vai precisar se afastar um pouquinho pra que eu possa examiná-la.

Trevor me puxou pelo ombro devagar e eu respirei fundo tentando me acalmar enquanto observava o doutor apalpar Arizona e Tara pegar umas coisas que ele pedia.

-Caralho Arizona, você não dá sossego.- Trevor disse a fazendo rir. -E ainda ri, cara de pau.

-Tô tão preocupada quanto vocês.- Ela respondeu piscando um olho pra mim como se pedisse pra eu me acalmar.

 

Depois que o doutor mexeu nela e perguntou um monte de coisas ele agora passava um gel na barriga de Arizona que parecia tensa.

-Dixon.- Me chamou baixinho estendendo a mão.

Eu cheguei perto dela e segurei sua mão fazendo um carinho com o polegar.

Doutor Carson aproximou um aparelho com uma tela, um ultrassom, e começou a passar um aparelhinho na barriga de Arizona.

Ele fez uma cara engraçada e sorriu olhando pra mim e a mulher deitada na cama.

-Que foi?- Perguntei.

-É, parece que o motivo pra isso tudo, que já era bem óbvio, é mesmo o que eu estava pensando.

-Ai meu Deus.- Arizona disse colocando uma mão na boca olhando fixamente a tela.

Eu ainda não tinha entendido, porque provavelmente não conseguia enxergar o mesmo que eles. Na tela só tinha uns vultos, e alguma coisa dentro de mim me dizia que eu sabia o que era mas meu cérebro que não queria processar a informação direito.

Parecia que tudo na minha cabeça estava uma confusão.

Tara deu um sorrisinho, Trevor soltou uma risada incrédula e o doutor sorriu pra mim.

-E o que é?- Perguntei irritado.

-Amor.- Minha mulher disse me fazendo olhar pra ela. -Calma, é uma coisa boa.

-Arizona está grávida.- O doutor disse simples apertando um botão que nos fez ouvir o barulho da máquina.

Senti todo o meu sangue parar de circular, minhas mãos formigaram e eu pisquei algumas vezes antes de falar de novo.

-Grávida?- Perguntei engolindo seco.

-Sim, grávida.- O doutor perguntou. -Esta manchinha aqui é o bebê de vocês.- Apontou pro local e eu pude enxergar claramente.

Olhei pra Arizona, ela chorava e sorria ao mesmo tempo. Voltei meu olhar para a manchinha na tela e senti meu coração aquecer ao ouvir o que parecia um som de batimentos.

-É, parece que está de três semanas mesmo. Há quanto tempo não menstrua?

-Mês passado não veio, mas eu achei que tinha sido estresse e preocupação. Nessas circunstâncias a gente nem imagina que possa ser gravidez.- Arizona respondeu limpando as lágrimas.

-Não teve nenhuma suspeita?- Doutor Carson perguntou.

-Tive um enjôo hoje, uma tontura semana passada ao levantar da cama, mas não achei que tivesse algo haver com gravidez.

Eu só ouvia o que diziam, mas não olhava pra ninguém. Meus olhos estavam fixos na tela, estavam fixos no meu bebê.

Meu bebê.

Senti o peso das palavras caírem sobre meus ombros. Eu ia ser pai. Arizona ia ter o meu filho. Nós dois criaríamos uma pessoa.

Eu não sabia o que estava sentindo direito. Era um misto de pavor, com alegria, com amor e com preocupação.

-E você andou se esforçando durante todo esse tempo.- Trevor disse e eu voltei a prestar atenção neles.

-Eu não sabia que estava grávida, Trevor.- Arizona respondeu parecendo uma criança que tinha sido contrariada.

-Puta merda.- Sussurrei.

Mas não foi baixo, porque todos olharam pra mim.

-O que?- Arizona me perguntou. Ainda segurava minha mão.

-Eu vou ser pai.- Falei olhando pra ela.

Minha mulher sorriu doce.

-Sim Dixon, vamos ser pais.- Ela mordeu o lábio me encarando.

Encostei minha testa na dela e sorri.

Sim, o medo ainda tomava conta de mim e a preocupação de criar uma criança nesse mundo complicado também. Mas eu não podia dizer o quanto estava feliz, mesmo temendo não ser bom o suficiente.

-Tenho algumas recomendações.- O doutor disse pigarreando. -Repouso, por no mínimo uma semana.

-O que? De novo?- Arizona reclamou.

-E você vai obedecer.- Falei sério. Ela revirou os olhos.

-Seu sangramento foi preocupante, mas se ficar de repouso veremos como estará tudo e se foi só um susto mesmo.

-Deve ter sido por causa do estresse e o esforço que fizemos hoje contra o posto avançado e também Simon.- Trevor disse.

-Sim, isso com certeza.- O doutor concordou. -Nós vamos ficar de olho. Eu vou estar por aqui de qualquer jeito já que Maggie precisa de mim nesses últimos meses de gestação, então vou fazer exames semanais pra vermos como vai o bebê de vocês.

-Eu vou ter que passar a noite aqui?

-Sim, essa noite pelo menos.

-Eu vou ficar aqui com ela.- Falei.

-Também fico, já ia ficar pra vigiar Connor mesmo.- Trevor deu de ombros puxando uma cadeira.

-Por falar nele doutor, será que pode checar meu irmão?- Arizona pediu.

-Claro, agora mesmo.- Ele disse se levantando e seguindo até o irmão de Arizona que permanecia de olhos fechados.

-Um bebê.- Minha mulher sussurrou e me olhou com o rosto iluminado.

Sentei na cama com Arizona do meu lado.

-Eu vou dormir então.- Tara disse. -Qualquer coisa me chamem.- Ela sorriu. -Parabéns.- Falou se virando e indo dormir.

-É, ele parece estar bem. Só ainda não reagiu muito, mas parece fora de grande perigo.

Arizona agradeceu ao médico que sorriu.

-Então doutor, repouso absoluto.- Trevor disse.

-Sim, absoluto. O máximo algumas caminhadas leves pela casa e pela rua. Mas nada que a faça se esforçar muito.

Arizona bufou cruzando os braços.

-Vamos manter ela na linha.- Falei apertando a mão do doutor.

-Qualquer coisa me chamem, meus parabéns.- Disse e saiu da enfermaria.

Olhei pra minha mulher e sorri nervoso. Ainda estava muito feliz claro. Mas minha cabeça agora começava a me encher de perguntas.

“Será que eu seria um bom pai?” “E se ele não gostasse de mim?” E a pior de todas, “E se eu fosse como o meu pai?”

Arizona percebeu que eu estava com medo e colocou uma mão no meu rosto fazendo eu a olhar nos olhos.

-Eu sei que ta com medo.- Falou baixo. -Eu também tô, muito.

Olhei pra barriga dela e sorri de lado colocando a mão em cima.

Sei que não dá pra sentir ele ainda, mas era como se quando eu tivesse colocado a mão ali um calor irradiasse pra minha mão.

Foi do nada. Nem eu nem Arizona fazíamos ideia de que íamos ser pais há umas duas horas atrás.

Na verdade a ficha parecia não ter caído totalmente. Mas eu só esperava que desse tudo certo. Eu ia precisar ser um bom pai, ser diferente do pai que o meu velho foi. Nem sei se posso dizer que ele foi um pai, até porque nunca se esforçou pra ser um.

Os Dixon nunca tiveram muita vocação pra essa coisa de família. Merle me disse várias vezes que eu nasci quebrado, que tinha defeito de fábrica por ser tão mole e que parecia uma menina de tão sensível. E eu era mesmo diferente da minha família, e isso pra mim nunca foi uma coisa ruim. Mas a genética era uma merda, e eu tinha medo de ter puxado a falta de habilidade como pai do meu. Essa criança acabou de dar as caras e eu já estava me borrando todo.

É Daryl, você é mesmo um maricas.

JC que me ajude, eu vou precisar muito.

 

POV Arizona

 

Fiquei olhando Daryl com a mão na minha barriga hipnotizado.

Grávida. Eu estou grávida.

Meu coração parecia que ia rasgar meu peito. Foi inesperado, nada planejado mas eu sentia como se nada nunca tivesse me dado tanta felicidade.

Daryl encarava minha barriga e fazia um carinho leve. Mas no rosto dele a expressão era de medo. Ele devia estar apavorado, e eu entendia. Pelo o que já me contou quando eu conseguia arrancar alguma coisa sobre seu passado, seu pai não era lá o maior exemplo de pai do ano e isso devia estar na mente dele agora. Daryl estava com medo de ser como o pai.

Eu não sei como é ter um pai ruim. Meu pai era maravilhoso. Michael King era o tipo de pai que fazia todos os meus amigos quererem ser adotados por ele. Tive sorte de ser filha de um homem tão incrível. Mas nem todos no mundo tinham a sorte de ter um bom pai, e Daryl era uma dessas pessoas.

-No que ta pensando?- Sussurrei.

Ele me olhou e suspirou meio sem jeito de como dizer o que estava passando pela cabeça dele.

Meu irmão percebeu que eu queria conversar sozinha com Daryl e pigarreou levantando.

-Eu vou procurar Paul e mandar ele vir aqui, você deve estar querendo contar pra ele.

Sorri agradecendo, ele piscou e saiu da enfermaria.

-Vem cá.- Falei chegando um pouco pro lado. -Deita.

-Não, você tem que ficar confortável.

-Vou ficar quando você deitar e eu abraçar você.

Daryl esboçou um sorriso mínimo e se ajeitou do meu lado. Deitei a cabeça em seu ombro e sorri vendo ele pousar a mão sobre meu ventre de novo.

-Então.- Falei baixinho. -No que está pensando?

Ele deu de ombro.

-Nada demais, só tô meio assustado.

Virei um pouco a cabeça pra olhar nos olhos dele.

-Também estou. Quer dizer, tem alguém crescendo dentro de mim né. Mas tô achando que você não ta me contando tudo.

Ele respirou fundo.

-Você vai se sair bem meu amor.- Falei colocando uma mão sobre a dele que estava na minha barriga.

-Eu não sei.

-Ei, claro que vai.- Me aconcheguei um pouco nele. -Nós vamos conseguir. Essa criança vai ter os pais mais mandões e teimosos do mundo mas ela vai sobreviver.

Daryl riu fraco.

-Tô com medo.- Falou baixo como se fosse um segredo. -E se eu for como meu pai? Não conseguir ser um bom exemplo, não conseguir amar.

-Você não é o seu pai.

-Mas posso ter puxado isso dele.

-Claro que não puxou.

-Como sabe?

-Porque você é Daryl Dixon, uma das pessoas mais incríveis que já entrou na minha vida. E só por isso eu já sei que você não puxou ninguém que tenha te feito sofrer.

Ele não parecia convencido. Pra Daryl devia ser bem difícil lidar com isso. Eu fui criada com ótimos exemplos e mesmo com medo, sabia que eu ia conseguir me esforçar pra ser uma boa mãe. Mas quando você cresce em uma família bagunçada, as dúvidas e o medo devem ser piores e a insegurança deve tomar proporções absurdas.

Me ajeitei na cama e o fiz olhar pra mim.

-Meu pai me disse uma coisa quando eu era menor e resolvi ser soldado como ele.- Sorri me lembrando do grande Michael King e seus conselhos. -”Você pode ser tudo o que quiser Arizona, independente do que eu e sua mãe sejamos ou mesmo sonhamos que você seja. Eu nunca vou te influenciar, porque por mais que você seja parecida comigo, você não sou eu e tem sua própria personalidade e sua própria vida.”

Daryl respirou fundo absorvendo as palavras e eu mordi o lábio.

-O que meu pai quis me passar, era que mesmo sendo filha dele eu não era ele. Parecida sim, demais. Mas eu sou eu e meu pai era meu pai. O mesmo com você Dixon.- Levantei uma sobrancelha. -Você é você, e não uma cópia do seu pai só porque compartilha gene e foi criado por ele. O fato de você ser essa pessoa que gosta de ajudar, que quer ser parte de algo maior e de ter medo se vai ser bom o suficiente pra esse serzinho aqui.- Coloquei a mão na barriga. -Já me mostra que você é completamente diferente do homem que seu pai foi. E olha que eu só ouvi histórias de como ele era, eu nem o conheci.

-Não perdeu nada.- Resmungou.

Sorri de lado com seu comentário.

-Você vai ser um bom pai.- Falei agora séria olhando em seus olhos azuis.

Daryl aproximou seu rosto e beijou minha testa.

-O que você aprontou dessa vez?- Paul entrou na enfermaria parecendo preocupado.

-Você é tão sutil Paul.- Falei rolando os olhos.

-Cala a boca e me conta logo o que houve? Pelo visto vou ter que te pôr em uma bolha pra impedir que merdas aconteçam.

-Eu tô grávida.- Falei o interrompendo.

Meu melhor amigo me olhou com os olhos arregalados e piscou algumas vezes.

-Você o que?

-Tô grávida Paul Rovia.- Sorri.

-Ah meu Deus!- Ele disse sorrindo. -Eu vou ser titio.- Levantou os braços falando alto demais.

-Shii, fala baixo. Connor ta aqui, esqueceu?- Dei bronca.

-Desculpa.- Ele disse chegando perto. -Angel, você vai ser mamãe.

-Bom, é o que acontece quando se está grávida né.

-Cala a boca sua ogra.- Reclamou. -Eu nem consigo acreditar, um bebê.

-Pois é.- Sorri quando ele segurou minha mão.

-Parabéns Angel, você também Dixon.

Daryl assentiu agradecendo.

-É claro que eu vou ser o padrinho dessa criança.- Ele falou com tom de obviedade.

-Mas que abuso.- Trevor passou pela porta falando. -Eu vou ser o padrinho.

-Eu tenho que ser o padrinho porque sou o melhor amigo da mãe.

-E eu o irmão.

-Por isso você já compartilhará o mesmo sangue, o que te dá uma vantagem natural em relação aos laços.

-Vocês dois.- Falei revirando os olhos. -Eu nem me acostumei direito com a ideia de ter um filho, e já estão disputando isso? Querem esperar eu fazer pelo menos uns dois meses com essa criança dentro de mim?

Eles deram de ombro.

-Que seja, mas eu serei o padrinho mesmo.- Paul disse fazendo Trevor revirar os olhos se sentando em uma cadeira.

Olhei pra Connor na cama próxima a minha e franzi a testa. Eu queria ele bem e acordado logo, e mesmo a notícia da gravidez não me livrava de nada na preocupação. Meu irmão parecia só um corpo sem vida com aquele tubo na boca e a cor pálida. Senti meu coração apertar com a ideia de perder ele e desviei o olhar. Daryl me deu um beijo na cabeça e eu me ajeitei melhor na cama. Paul se sentou na beirada e fez um carinho na minha perna.

Todos pareciam sentir o peso da incerteza da sobrevivência de Connor.

Acho que meu bebê chegou em ótima hora.

 

A manhã chegou e aqui estou eu discutindo com os três homens chatos.

-Mas de jeito nenhum que eu vou te deixar andar daqui até em casa se eu posso te carregar.

-Concordo com Trevor.- Paul disse.

-Eu acho isso desnecessário.- Falei me levantando.

-Não acho uma má ideia, o doutor disse pra não se esforçar.- Daryl disse.

Respirei fundo e massageei a testa.

-Andar até em casa não é me esforçar.- Falei sem paciência. -Eu estou grávida, não doente seus malucos.

Fui até Connor e dei um beijo em sua testa, ele estava sem febre e isso era bom. Sorri e me virei saindo da enfermaria com Paul, Daryl e Trevor na minha cola.

-Se eu for passar nove meses com vocês querendo me carregar no colo pra todo lugar eu vou ficar louca.- Disse andando em direção a minha casa.

-É só cuidado Nana.- Trevor disse do meu lado.

-Vai ficar tudo bem, eu estou bem e o bebê também.

-Mas você tem que concordar em ficar quietinha durante esse tempo.

Olhei pra Paul e sorri me dando por vencida.

-Vou tomar muito cuidado e ficar de repouso.

Daryl segurou minha mão e apertou de leve.

-Dixon, você também trate de não ficar no meu pé.

Ele bufou.

Cheguei na frente de casa encontrando Dakota na varanda de Rick com Carl, Judith, Oliver e os três de Washington.

-Nana!- Oliver correu quando me viu e me abraçou.

-Ei Oggy.- Sorri devolvendo o abraço.

-Cuidado Oggy, Nana agora não pode receber abraços assim.- Trevor disse.

-E por que não?- Ele perguntou confuso.

-Vamos chegar perto da Dakota que eu conto.- Falei segurando a mão dele.

Maggie levantou com dificuldade por conta da barriga que agora parecia crescer a todo momento e se apoiou na coluna da varanda.

-E então, por que eu não posso mais correr pra abraçar a Nana?- Oliver perguntou cruzando os braços.

-Porque agora a sua irmã tem que tomar cuidado por dois.- Paul disse.

Maggie sorriu ainda mais, Dakota deu palminhas e Carl sorriu com Judith no colo.

-Como assim?- Oliver disse.

-A Nana ta grávida Oggy.- Trevor respondeu.

Oliver olhou pra mim de boca aberta e deu um pulo.

-Eu vou ser tio!- Gritou.

-Shii, Oggy calma.- Falei rindo.

-Ah Nana.- Dakota desceu as escadinhas da varanda e me abraçou.

-Agora somos duas gravidinhas em Alexandria.- Maggie falou.

Fui até ela e a abracei.

-Sim minha amiga.- Me soltei dela. -O único problema é que esses três não vão me deixar em paz porque vou ter que ficar de repouso igual a você.

Ela riu.

-Você pode me fazer companhia. Mas por que repouso?

-Ela teve um sangramento ontem, por isso só viemos pra casa agora.- Daryl respondeu chegando do meu lado.

-Então tem que ficar bem comportada mesmo.- Maggie disse. -Ah parabéns.- Abraçou Daryl também, que ficou meio sem jeito mas retribuiu o abraço.

Olhei pros três visitantes e sorri fraco.

-Rick já decidiu quando vai até Washington?- Perguntei baixinho para Maggie.

-Ele disse que quer esperar hoje passar, e então juntar umas pessoas pra ir até lá amanhã.

Mordi um lábio.

-Você não vai.- Ela disse rindo.

-Mas não vai mesmo.- Daryl disse.

-Mas eu nem disse nada.- Ri me defendendo.

-Só que te conhecemos bem Nana.- Dakota disse.

Olhei pros visitantes de novo e me aproximei.

-Eu espero de coração que vocês estejam falando a verdade.

-Posso garantir que estamos.- A loira disse. -Seu filho vai nascer em um mundo com um futuro.

Sorri de lado.

-Vamos pra casa?- Daryl perguntou.

-Uhum.- Concordei saindo da varanda depois de me despedir de Maggie.

Segui pra casa ao lado.

-Eu vou procurar Alex, volto mais tarde.- Paul disse quando chegamos em frente a varanda.

-E eu pra vigia.

-Não vai descansar um pouco Trevor?- Perguntei levantando uma sobrancelha.

-Agora não, vou checar tudo, tenho que ver se as plataformas novas estão terminadas e se estiver tranquilo e  se tem pessoas nas plataformas aí eu volto pra casa pra dormir um pouco.

-Tudo bem então, quando estiver vindo passe pra checar Connor por favor. Já vi que não vou poder ficar indo lá pra vigiar ele.

-Pode deixar, até depois.- Acenou e se virou se afastando.

-Eu vou ficar com Maggie mais um pouco Nana, Oliver ainda quer brincar e ela não pode ficar sozinha.

-Com a Maggie?- Sorri sugestiva.

Ela bufou rolando os olhos.

-Até mais tarde Arizona.- Resmungou voltando pra varanda de Maggie.

Me virei pra Daryl e sorri.

-Parece que somos só nós dois Dixon.- Sorri.

-Parece que sim.- Ele sorriu entrando em casa comigo.

Antes que fechasse a porta ouvimos alguém nos chamar.

-Daryl, Arizona, que bom que os encontrei.- Rick disse subindo os degraus da varanda.

-Precisa de ajuda?- Perguntei.

-Vamos ter uma pequena reunião pra decidir quem vai amanhã em Washington com Victor e os outros dois.

-Ah sim.- Falei. -Bom, eu acho que não vou poder ajudar nisso.

-Achei que estivesse bem do ferimento, e quisesse agir.

-Queria, muito.- Sorri. -Mas agora eu tenho um motivo maior pra sossegar.- Coloquei a mão na barriga.

Rick sorriu.

-Está grávida?- Assenti. -Minha nossa! Meus parabéns.- Ele puxou Daryl pra um abraço.

-Por esse motivo vou ter que ficar de repouso como Maggie, eu tive um sangramento ontem e então descobri a gravidez.

-Entendi, bom qualquer coisa que precisar me fale.- Se virou pra ir até a reunião.

-Rick, espera.- Daryl disse o fazendo parar dois passos depois da varanda. Se virou pra mim e perguntou. -Tem problema se eu for na reunião? Vai ficar bem sozinha?

-Claro meu amor, pode ir. Eu vou comer alguma coisa, tomar um banho e deitar um pouco.

Dei um beijo nele e logo Daryl seguiu com Rick.

Respirei fundo entrando em casa pronta pra comer um pouco, me livrar da sujeira acumulada no corpo e descansar. Eu estava mesmo muito cansada. A noite não tinha sido das mais tranquilas. Com o castigo de Simon, sua morte, Connor desacordado, eu descobrindo uma gravidez e não conseguindo pregar o olho porque estava morrendo de preocupação com meu irmão do meio, posso dizer que a noite não foi mesmo tranquila. Além do extra de ficar pensando no bebê, que ainda era só um pontinho dentro de mim, e em tudo que envolvia ele. Não era o mundo mais ideal pra se criar um filho, mas eu estava mais do que disposta a tentar.

 

Não sei que horas, só sei que apaguei e acordei com Daryl entrando no quarto.

-Desculpa, te acordei.- Disse chegando perto da cama.

-Não tem problema.- Bocejei. -Que horas tem?

-São umas seis da noite.- Ele me olhou engraçado. -Você ta dormindo desde aquela hora?

-Não exatamente.- Dei de ombros me sentando. -Eu comi, bastante porque estava morrendo de fome, tomei um banho bem demorado, depois achei um livro lá na sala e vim pro quarto deitar na cama pra ler um pouco dele só que acabei pegando no sono.

Ele riu.

-Vou tomar um banho e já venho.- Me deu um beijo na bochecha e seguiu pro banheiro.

Ouvi o barulho do chuveiro e resolvi ler mais um pouco, o livro era bem legal e eu precisava de coisa pra me distrair já que agora minha vida se resumiria a essa cama por um tempinho.

Passou uns dez minutos e eu estava inquieta, logo perdi a atenção que dava ao livro. Olhei pra janela e vi que o céu estava quase todo escuro, o sol estava se pondo e logo seria amanhã quando iriam até Washington.

Respirei fundo, me ajeitei na cama e ouvi meu estômago roncar.

Olhei pra cama e vi que Daryl tinha deixado um saquinho em cima dela. Se a minha intuição estivesse certa, e é meio óbvio que estava, tinha amora ali. Sorri como uma criança que vai fazer besteira e peguei o saquinho o abrindo.

Não me enganei, eram amoras. Mas no meio delas tinha alguma coisinha brilhante e eu franzi a testa. Despejei o conteúdo do saquinho na mão e ofeguei quando o pequeno anel com uma pedra se mostrou.

A porta do banheiro abriu e um Daryl de calça e sem camisa passou por ela. Ele viu o que eu segurava e arregalou os olhos.

-Daryl..- Falei o encarando.

-Não era pra acontecer desse jeito.- Ele resmungou se sentando do meu lado na cama.

-O que não era pra acontecer desse jeito?- Perguntei sentindo borboletas no estômago.

-Eu ia pedir pro maluco do seu amigo Jesus me ajudar a armar alguma coisa bonita e que você merecesse. Mas acho que deixar o saquinho das amoras perto de você foi burrice demais.

Sorri nervosa.

-Ta, vai ser assim mesmo.- Ele pegou o anel da palma da minha mão e respirou fundo.

Eu não acreditava no que estava prestes a acontecer.

-Arizona, eu nunca na minha vida pensei que um dia encontraria alguém que realmente me amasse como você me ama. Sempre me vi como o desgraçado que estava destinado a ser um fodido como meu pai. Veio o apocalipse e eu tive certeza que morreria sozinho. Só que parece que JC não pensava desse jeito, porque resolveu colocar uma teimosa cheia de vontades e mandona na minha vida.- Ri sentindo as lágrimas já escapando. -Eu sou uma merda com essas coisas românticas, mas ok. De início eu realmente não entendia porque ficava irritado com você mas te queria por perto, mas quando nos beijamos foi como se toda a merda que aconteceu na minha vida e toda a merda do mundo sumissem.

Ele segurou minha mão e sorriu de lado. Daryl falava desviando o olhar.

-Eu sou um merda, totalmente sem tato pra lidar com essa coisa de sentimentos, um caipira que nunca soube como ser alguém além do verme que seguia o irmão. Mas eu tô aprendendo como não ser todas essas coisas desde que encontrei pessoas pra chamar de família e principalmente depois de conhecer você. Porque eu te amo porra, eu te amo pra caralho. E não quero que nosso filho venha ao mundo sem o pai e a mãe estarem devidamente amarrados.

Ri limpando as lágrimas que desciam como uma cachoeira.

-Eu não sei como fazer isso direito, mas acho que foi um começo.- Ele respirou fundo de novo e olhou nos meus olhos. -Arizona King, você quer casar comigo?

Daryl levantou a pequena aliança e sorriu de lado meio nervoso.

Senti meu corpo todo aquecer de amor. Cada molécula minha amava tanto esse homem, e cada dia só conseguia amar mais.

Meu sorriso devia estar de orelha a orelha, e eu devia estar bem ridícula com o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas.

Mas não importava, eu estava sendo pedida em casamento pelo homem da minha vida.

-Claro que quero.- Falei o beijando.

Daryl sorriu entre o beijo e quando nos separamos ele colocou a aliança no meu dedo e deu um beijo.

-A propósito, amanhã eu vou com Rick pra Washington.

-Hm, então você conta a notícia maravilhosa primeiro pra depois jogar a preocupante pra cima de mim.- Brinquei levantando as sobrancelhas.

-Não é nada disso.

-Eu sei.- O interrompi. -Eu tô só brincando

Ele sorriu.

-Só toma cuidado amanhã ta bom? Você tem um casamento pra comparecer.

Daryl sorriu me puxando pra um beijo.

Quantas reviravoltas em menos de dois dias!

Um irmão desacordado, um estuprador morto, uma gravidez e agora um noivado.

Eu não sei, mas acho que a chegada dos visitantes nos trouxe novidades que pareciam querer passar a imagem de que a vida de algum jeito iria continuar e que tudo no fim ficaria bem, era só ter paciência.

E eu agora noiva, só tinha que torcer, esperar e lutar pra que tudo desse mesmo certo.


Notas Finais


E entãaaaao, o que acharam?? Me contem tudo darlings, tô com saudade de ler comentários haha
ARYL NOIVOS AAAAAAAAAAAAAAAA Sim, eu precisava surtar pra falar disso!! Tô tão, mas tãaaao feliz com esse final de capítulo. Vocês não tem noção. E o melhor foi que ele só foi fluindo e chegou a esse final!!
Nana grávida, aaaaeeeee!!! Vai vir um baby Dixon maravilhoso de tão fofo e lindo.
Quem aí acha que o trio(Daryl, Paul e Trevor) vai encher o saco da Nana? hahahahaha eu tenho é certeza!!
No próximo, o desenrolar de acontecimentos pendentes nesse e em outros capítulos.
E Connor?? Acorda ou não acorda?? Hmmm difícil essa.
Muito obrigada pela paciência meus amores, essas semanas foram uma loucura entre final de semana de prova, com estágio e trabalhos que ainda faltava entregar mas eu sobrevivi!! O próximo eu vou tentar postar até quarta ok? E a fanfic nova deve sair até a outra semana, então fiquem ligados!!
Até o próximo,
Xx


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