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História Invictus - Nem tudo são flores


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Antes de tudo quero pedir desculpa pela demora, no final eu explico.
Mas aqui estou eu, humildemente voltando com nosso casal maravilhoso hahaha
Esse capítulo é curtinho, mas é tipo um alerta e um elo para o próximo. Espero que gostem, aproveiteeeeem.

Capítulo 47 - Nem tudo são flores


Fanfic / Fanfiction Invictus - Nem tudo são flores

 

POV Arizona

 

A noite acabou sendo bem agitada. Não tanto quanto eu gostaria já que Daryl ficava preocupado com meu estado. Ele disse que três vezes já tinham sido mais do que suficiente, e tinham mesmo mas minha libido estava muito mais aflorada do que de costume.

Era de manhã, e como eu acordei mais cedo resolvi fazer o café da manhã que como quase todo dia eram panquecas aqui em casa. Virava a última panqueca quando ouvi o barulho de passos na escada e logo Daryl estava do meu lado.

-Que cheiro bom.

Sorri.

-E já estão prontas.- Falei colocando a última no prato.

-Por que não me chamou?

Dei de ombros e me virei pra ele sendo presa por seu corpo pressionando o meu contra a bancada.

-Você estava tão tranquilo, e é tão difícil te fazer dormir bem que eu achei melhor não te acordar e vir fazer o café.

Ele aproximou o rosto me me beijou.

Ouvimos batidas na porta que nos fizeram nos separar.

-Desculpa, eu não ia aparecer aqui hoje mas vim dar uma boa notícia.- Trevor disse entrando.

-Pode falar.- Falei sendo abraçada por trás por Daryl.

-Rick quer fazer uma visita a Washington com Maggie e você.

Franzi a testa.

-Hoje?

-Não, provavelmente amanhã.- Ele pegou uma maçã e mordeu.

-Tudo bem.- Respondi e encarei Trevor tentando mostrar que ele tinha que sair.

Meu irmão continuou mordendo a maçã e sem se tocar.

Pigarreei o fazendo olhar pra mim.

-Ah é.- Ele falou piscando algumas vezes. -Foi mal. Estejam vestidos e decentes ao anoitecer, os King voltam pra cá.

-Pode deixar.- Daryl respondeu.

Trevor piscou um olho e saiu fechando a porta.

-Vamos ao nosso café?

-Agora mesmo.- Daryl disse me dando um selinho.

 

Estava muito satisfeita com a lua de mel. Mais curta que uma lua de mel habitual, mas longa o suficiente nos dias de hoje. Curti muito meu marido, conversamos sobre o bebê e também sobre Washington. Foi um dia muito bom, e eu estava feliz. Rick passou quando meus irmãos chegaram para falar pessoalmente sobre a ida a Washington. Pelo que ele disse, Maggie lhe contou que queríamos ver a cidade por nós mesmas e ele acha uma boa ideia nos levar até lá.

Tudo parecia em paz. E eu tinha decidido não dar ouvidos aquela vozinha que no fundo me dizia bem baixinho pra tomar cuidado. Eu queria acreditar que era só coisa da minha cabeça paranóica e tudo estava finalmente ficando bem.

 

Lá pelas três da tarde eu estava pronta pra dar uma saída por Alexandria, procurar Maggie e conversar sobre nossa ida a Washington. Daryl ia a procura de serviço, e provavelmente pegaria um turno de vigia também. Meus irmãos ainda não tinham voltado em casa quando saí, deviam estar nos seus afazeres e Dakota deve ter obrigado todos a não aparecer lá. Eu e Daryl estávamos satisfeitos com nosso tempo a sós, mas concordamos em encerrar um pouco mais cedo porque afinal de contas Alexandria precisava de todos ajudando.

-Ei senhora Dixon.- Ouvi e me virei vendo Michonne sorrindo chegando perto de mim.

Balancei a cabeça de leve sorrindo ao perceber que já estava atendendo ao “senhora Dixon”.

-Você não deveria estar em lua de mel?- Me perguntou com uma expressão divertida. -Sua irmã e Maggie praticamente deram ordem a todos para não os incomodarem.

-Elas são muito exageradas.

-Mandonas. Isso sim. E sua irmã é bem convincente quando quer.

-Dakota consegue ser mais mandona que eu quando quer. Mas eu ainda tenho minhas vontades né, e eu e Daryl resolvemos que já estava bom de folga.

-Bom, pode falar isso pra Maggie que está vindo na nossa direção agora.- Apontou pra trás de mim me fazendo olhar pra minha amiga que balançava a cabeça em negação.

-Acabei de ver Daryl indo até a dispensa pegar algumas munições pra dar uma ronda com Aaron, e resolvi vir até você pra te dar uma bronca por não estarem na lua de mel de vocês.

-Já tivemos muito tempo, decidimos voltar a rotina.

-Tudo bem, então a senhora irá me ajudar com a horta nova.

-Claro.- Falei sorrindo.

-Bom, eu vou com Tara e Carl até a cidade próxima agora e mais tarde estamos de volta.

-Tchau Mich, tome cuidado.- Falei acenando enquanto nos afastávamos.

Maggie me olhou de lado.

-Você ta tão radiante.

-É o baby, não dizem que gravidez deixa a mulher mais radiante?

-Com certeza, e você ta com mais cara de badass ainda. Daryl deve estar louco por seu corpinho o tempo todo.- Sussurrou a última frase.

Senti meu rosto esquentar e ri.

-Quem cala consente.- Ela cantarolou.

-Vamos fazer o que?- Perguntei mudando de assunto.

-Separar algumas sementes que o pessoal de Washington trouxe. Ah, a Anne pediu pra nos ajudar.

-Pediu é?

-Uhum.- Maggie deu de ombros. -Não consigo confiar no jeitinho solícito dela.

Nem eu. Pensei.

 

POV Daryl

 

Era bom passar tanto tempo só com Arizona. Maravilhoso sentir o corpo dela junto do meu.

Mas nós dois sabíamos que podíamos nos curtir sempre, e mesmo assim continuar fazendo a nossa parte na comunidade.

Eu ainda mal acreditava no que tinha acontecido. A verdade é que a chegada de Arizona e seus irmãos em Alexandria foi um marco de mudança na minha vida que eu não esperava mas agradecia por ter acontecido.

Pensar nela quase o tempo todo era uma coisa que eu já tinha acostumado. E agora, com a gravidez, aí mesmo que eu passava a maior parte do meu dia pensando nela. Se tinha comido direito, se estava bem, se tinha feito esforço porque aquela mulher não toma jeito, se precisava de mim.

Se alguém chegasse pra mim uns meses atrás e me contasse tudo o que aconteceu eu riria na cara da pessoa, a chamaria de maluca e sairia de perto. Porque realmente era loucura eu, um Dixon, um nada e um cara que já fez tanta merda agora estaria prestes a começar de verdade uma família. E não uma família totalmente estragada como a que eu nasci, eu torcia e sabia que meu filhote viria em uma família incrível. Cheia de pessoas boas, de sangue ou não.

Sorri pra mim mesmo. Meu irmão se estivesse aqui diria que eu com toda a certeza tinha virado um maricas, um frouxo. Ele não tinha jeito, tenho certeza que continuaria o mesmo desgraçado de sempre.

Escutei passos atrás de mim e me virei vendo aquela garota de sorriso esquisito entrando no arsenal.

-Oi Daryl.- Ela disse tentando sorrir sedutoramente. O que só me deixou mais alerta.

-Oi.- Falei ríspido me virando de novo para a caixa com munição que eu arrumava.

Ela andou até o meu lado.

-Quer ajuda?

-Não.

-Eu não tô fazendo nada, posso ajudar.- Deu de ombros.

-Já disse que não, obrigada.

Peguei a caixa e dei dois passos quando ela se colocou na minha frente.

-Garota, eu preciso ir.

-É, eu sei.

Ela sorriu dando um passo me fazendo recuar.

-Eu acho que posso parar de fingir que só estou sendo cordial porque sou simpática e não porque eu tô afim de você.

Franzi a testa. Essa mulher era maluca.

-E eu com isso? Cada um com seus problemas.

-Acha um problema eu gostar de você?

-Você nem me conhece.- Cuspi querendo acabar essa conversinha sem noção.

-Mas posso, se me deixar conhecer.

Ela levantou uma mão e passou pelo meu braço. Senti um arrepio. E não um bom arrepio. Era como se tivesse sentido algo angustiante. Se eu fosse desses tipos exotéricos diria que a energia dessa mulher não era nada boa.

-Você lembra que eu casei ontem, não lembra?

-Uhum.- Ela falou. -E o que que tem? Sua esposa não precisa saber que eu estou te conhecendo melhor.

-Acontece que eu não quero.- Tentei sair mas ela andou me fechando. -O que você quer?

-Você. Achei que tinha sido clara.

-Me deixa em paz.

Ela riu.

-Para de se fazer de difícil. Nenhum homem nunca me recusou.

-Pois é, parece que sempre tem uma primeira vez pra tudo.

Ela fechou a cara.

Mas antes que eu encerrasse aquilo de vez e saísse dali, Arizona apareceu na porta de cara fechada. A Anne se afastou de mim e sorriu cínica pra minha mulher.

-Anne, a Maggie disse que vai nos ajudar na horta. Eu estava te procurando.

-Ah sim, claro.- A garota falou ajeitando o cabelo. -Eu já estava indo.

-É claro que estava.- Arizona disse sustentando um olhar felino pra Anne.

A segunda passou por Arizona, e antes de sair sorriu de lado pra mim.

-Parece que realmente existe uma primeira vez pra tudo.- Arizona disse me tirando a atenção da porta.

-O que?

Ela rolou os olhos e seguiu pra porta.

-Arizona, não estava acontecendo nada.

-Uhum.

Respirei fundo e a segui.

-Não acredita em mim?

-Eu tenho que trabalhar Dixon.- Ela falou apertando o passo.

Eu não conseguia segurar a mão dela por conta da caixa, e não conseguia andar tão rápido por conta da maldita caixa também.

-Arizona, dá pra não andar rápido e olhar pra mim?

Ela bufou e parou de repente.

-Eu geralmente sou bem tranquila Daryl, acredite em mim. Mas tem coisa que eu não tolero de jeito nenhum.

-Você realmente acha que eu teria a falta de caráter de te trair?- Ri incrédulo. -Nem em pensamento, mulher.

-É, mas parecia que sempre existe uma primeira vez pra tudo.

-Eu estava falando sobre ela ser rejeitada por mim.- Falei entredentes.

Arizona analisou meus olhos, eu nem pisquei sustentando o olhar. Ela suspirou e deixou os ombros relaxarem, e só aí percebi que o corpo dela estava tenso.

-Desculpa, eu fiquei nervosa de ver aquela mulher quase em cima de você.

-Eu não ia deixar isso acontecer.

Ela sorriu de lado meio angustiada.

-Ei.- Deixei a caixa no chão e coloquei uma mão no rosto dela. -Eu amo você, e nunca vai ter alguém que eu consiga amar tanto ou que tome seu lugar.

Arizona sorriu mais calma.

-Essa garota não é confiável Daryl, toma cuidado com ela.

Assenti dando um selinho nela depois.

-Vou pra horta, lidar com a cobra.

Ri pegando a caixa.

-Qualquer coisa me procura, vou levar um rádio na ronda.

Ela concordou e se virou indo para a horta.

Era cada uma que me acontecia.

 

POV Arizona

 

Voltei pra horta encontrando aquela enguia nojenta falando com Maggie.

-Oi querida, está tudo bem?- Ela perguntou cínica.

Me segurei pra não meter uma machadinha na cabeça dela e dei meu melhor sorriso.

-Maravilhoso. Aliás, melhor é impossível.

Ela vacilou o sorriso e eu me virei pra Maggie.

-Podemos começar?- Minha amiga perguntou.

-Claro, por favor.- Falei pegando algumas tábuas pequenas que rotulariam as plantações.

Essa garota estava começando a entrar em um terreno perigoso, e ela não fazia ideia da merda que ia rolar pra ela se continuasse com isso. Eu não costumava ser ciumenta, inclusive isso era uma das minhas melhores qualidades. Mas ela claramente estava começando a querer passar dos limites. E se era guerra que ela queria, era guerra que ela ia ter. Só que era bom Anne estar ciente de que eu era uma combatente impecável.

 


Notas Finais


The treta has been planted!!
Aiaiaiaiai, Anne está começando a se mostrar como a cobrinha que é né amores. Ainda bem que Nana e Daryl são maduros e inteligentes o suficiente pra não deixar essa embuste atrapalhar eles. Ainda mais depois da lua de mel incrível.
Capítulo curtinho né? Mas o próximo será grande, e não vai demorar pra sair porque não quero deixar vocês esperando não.
Aliás, falando em deixar esperando... Me desculpem pela demora, eu sei que dói. Mas infelizmente tem coisa que por mais que eu queira eu não consigo controlar. Essas duas semanas foram bem tensas pra mim. Eu não estava muito bem e por isso Invictus não fluia de jeito nenhum. Somou com trabalho da faculdade e aí que a bagunça estava montada né. Me perdoem de verdade, eu me sinto horrível por não conseguir seguir o cronograma certinho mas infelizmente aconteceu.
Obrigada demais pela paciência. Vocês são maravilhosos. Não deixem de me contar o que tem achado da saga dos King até agora darlings, amo ler seus comentários.
É isso amores. Até o próximo,
Xx


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