História Invisible Bonds - True

- E foi isso.. – Falei toda orgulhosa da noite anterior.

- Uau! Arrasou! Acho que está fazendo certo em ir com calma, nunca te vi tão paciente e dedicada como você tem sido com a tanajura – Dinah levou as mãos até a boca, tampando-a, com cara de arteira, por ter novamente usado o apelidinho carinhoso que ela havia criado para minha ..bom...para Camila..

- Agora me conte, que história é essa de você e Normani? Amizade colorida?

- Táá, vamos lá...Normani e eu somos “héteros” como  você sabe...gostamos de macho, rola, pênis, “bons centímetros no meio das pernas”..se é que me entende!?

- Já entendi! Mas cadê a parte hétero nesse combinado de vocês? Porque até onde sei nenhuma das duas tem isso no meio das pernas..e ..

- Shii! Deixa eu falar.

Fiz cara de brava por ter sido interrompida mas a deixei explicar  melhor.

- Bom, está difícil pra todo mundo, os boys estão chatos, entediantes, sem pegadas, bobões...e os que não são bobões se acham demais..ou são extremamente galinhas..

Concordei com a cabeça e fiz sinal para a mesma continuar.

- Então, Normani e eu, tivemos a ideia de ver como seria ficar com mulher, já que nunca ficamos...Não pretendemos chegar nos finalmentes..só dar uns beijos e uns amassos mesmo..sem apego, sem sofrencia...apenas uns pegas pra matar a vontade de beijar...

- Isso não dará certo Dinah – alertei.

- Dará sim, estamos cientes que gostamos mesmo é do outro lado da coisa, mas estamos carentes e nos damos bem...parece loucura, eu sei! Mas ah, viver é isso, fazer coisas loucas as vezes...

- Isso é loucura demais! Sério! E se uma de vocês se apaixonar? E ai?

- Somos adultas Lauren, decidimos que seremos sinceras uma com a outra, qualquer sinal de paixão comunicaremos uma a outra...e chegaremos à uma conclusão juntas.

- Bom, eu não sirvo pra isso, mas se bem te conheço você serve...e nada do que eu diga vai tirar essa ideia maluca da sua mente.

- Exatamente.

- Bom, espero que dê tudo certo, que vocês matem a carência e acabe tudo bem no final. Como você mesma disse, são adultas, sabem bem o que fazem!

- Sim mamãe! Sabemos! Só vamos curtir um pouco...sair juntas, e quando sentirmos vontade de beijar, teremos uma a outra.

- e ciúmes?

- Lauren, não sou você que morre de ciúmes! Relaxa! E por falar em ciúmes...o que fará em relação a fisioterapeuta versos sua Camz?

- Bom, a Isabelle foi coisa do passado... não tenho nada pra fazer...

- Lauren, ela estava nitidamente dando em cima de você pra chamar pra tal festa. Ela estava se jogando lindamente.

- Eu sei Dinah, não sou boba. – respondi meio rude, incomodada com o assunto.

- Sabe e ?

- E que se a Camila quiser, vamos nessa festa..senão não vamos..simples.

- Lauren, você e Camila não estão namorando, e se ela não quiser ir? Você deixará de ir na festa feita pra comemorar uma ideia sua que deu certo?

- Eu não sei Dinah. – respondi sincera.

- Eu não queria estar na sua pele.

- Eu também não – respondi sincera. – Agora tenho que ligar pra ela, avisar que acabou a reunião...

- Tudo bem, vai lá..ligarei pra Mani também pra combinarmos algo pra amanhã, já que hoje irei na “festinha” como diz a Isabelle. – Dinah riu alto e saiu me deixando ali sozinha.

Peguei o celular e disquei para Camila, enquanto chamava, eu pensava em alguma forma de falar pra ela sobre a tal festa, não é como se eu tivesse que me preocupar, não temos nada fixo, mas se estamos tentando algo, no fundo eu deveria me preocupar sim..o passado não era lá muito agradável, e o presente se dependesse de Isabelle também não seria...a mesma sempre deixou claro que queria que eu a tivesse em minhas mãos mais uma vez.

- Lo?  - ouvi a voz fina do outro lado da linha.

- Ah! Oi!

- ta doida? Liga e fica muda? Essa reunião te deixou tão aérea assim?

- Oh não..é que bom..eu estava pensando..Como foi seu dia? – fiquei perdida no que falar.

- Meu dia por enquanto tem sido ótimo e o seu?

- Também – fiquei muda.

- Lauren, pelo tempo que te conheço, já sei quando quer falar algo...só vá direto ao assunto – falou serena do outro lado da linha.

- será que posso vê-la agora? – perguntei

- Droga, eu até gostaria que sim, mas estou indo atender uma emergência. – respondeu

- hann...bom, então vai por telefone mesmo – fiz uma pausa pra ver se ela falaria algo, nada...então apenas prossegui – Camz, a reunião foi tudo bem, tudo ótimo, o projeto foi aprovado..e teremos uma festinha hoje de noite pra comemorar, coisa simples, mas me querem lá..e foi a Isabelle que me comunicou..porque ela que organizou..ai falei que veria com você se queria ir e tals..

- Lo, pode ir! E não precisava dessa enrolação toda pra falar.. – respondeu ainda de forma serena.

- Não Camz, estou convidando você pra ir comigo, não quero ir sozinha ..sem você...Vamos? - fui sincera, fofa, e de sobra ainda fiz cara de cachorrinho do outro lado da linha, mesmo sem Camila poder ver.

- Olha Lo, não me agrada saber que você estará sozinha em uma festa com aquelazinha que estava entre suas pernas...  Mas provavelmente ficarei enrolada com isso aqui, e bom, sei que você precisa ir porque você que teve parte da ideia do projeto...e o mais importante, eu confio em você! Por isso pode ir. – falou de forma firme.

- Mas Camila...eu não queria ir sem você, sei lá...

- Lauren, eu realmente ficarei brava se você não for! é uma festa? É! Mas é algo meio que em partes “pra você”...porque você fez parte do projeto..então você tem que ir! E outra..Dinah estará lá né?!

- Sim, estará. - respondi

- Então além de você se cuidar, ela cuida de você por mim!

- Ela não terá porque cuidar..- falei sincera

- Acho bom mesmo! – respondeu – Agora preciso desligar Lo, se sair cedo de lá...dá uma passadinha no meu apartamento...pra me dar boa noite.

- Pode deixar, te ligo assim que sair! – respondi com um sorriso no rosto.

- Issoo! Liga! Não esquece! Beijo e boa festa! E sem dar asa pra fisioterapeuta ou corto seus dedos fora!

- Camila! Meus dedos não! – respondi brincando.

- Se reclamar corto a língua também! – respondeu gargalhando

- Deus! Como você é maldosa! Ficarei do lado de fora da festa pra não achar que cheguei perto, não quero correr o risco de perder meus instrumentos de trabalho.

- Isso! Eu agradeço, porque também não quero que perca seus instrumentos, serão muito úteis futuramente.

Esbugalhei meus olhos e corei violentamente com sua resposta, Camila as vezes sabia como ser direta ao extremo.

- OH meu Deus! Meu Deus! Eu não queria dizer isso..digo..eu queria, mas não assim... Lo..

- Hahahahaha tudo bem Camz! Preciso desligar, e encontrar a Dinah pra combinarmos de ir juntas....eu te ligo Camiziiii!

- Eu espero sua ligação!

- Bom trabalho baby!

- Obrigada Lo, ótima festa.

- Pode desligar – falei

- Eu queria que você desligasse...é estranho ter que desligar primeiro.

- Camz, se você não desligar ficaremos na ligação pra sempre. – respondi.

- então ficaremos pra sempre, porque to dirigindo, e tá tão bom falando com você, eu só ia desligar porque celular e volante não combinam muito, ainda mais eu sendo o desastre que sou...

- se você quiser podemos ficar pra sempre na ligação, mas eu preferiria se fosse pessoalmente depois da festa, até mesmo pela sua segurança e pela segurança das pessoas na rua. - falei rindo.

- bobona! Você é muito bobona eu já te disse isso?! Hahaha mas então Ok,  desliga, e nos falamos depois da festa! Você está convocada a ir me ver!

-Sim, sou super bobona! Somos!  Preciso mesmo desligar? Como está sendo seu dia? – questionei ainda tentando manter a ligação, por que era assim tão bom falar com Camila?

- Desde o momento que acordei até agora, tem sido ótimo! A melhor parte dele foi meu café da manhã!

Abri um sorriso automaticamente.

- A melhor parte do meu também posso considerar que foi o café da manhã! A segunda melhor parte está sendo agora.

- e por que está sendo agora? – questionou, e eu jurava que ela estava mordendo o lábio.

- Porque estou falando com a mulher mais linda e maravilhosa que provavelmente está mordendo o lábio inferior e sorrindo. – Sim, eu estava parecendo uma boba apaixonada, mas que mal tem nisso? Melhor demonstrar enquanto podemos não é mesmo?!

- Como pode você já me conhecer tanto? – questionou intrigada.

- Digamos que nesse ponto você é previsível Camz. – respondi sincera.

- huuuum então sou previsível já?! Bom saber! A previsível aqui precisa que a imprevisível ai desligue, porque não consigo desligar, não tenho forças pra fazer isso, e já cheguei no meu destino.

- Ta bom – fiz bico. – Aliás você correu bastante pelo jeito, vá mais devagar da próxima vez!

- Eu adoraria morder esse bico lindo, mas como não posso, desfaça-o agora mesmo! E eu não corri Lo, já estava há um tempo dirigindo.– falou do outro lado da linha.

- Camila! – respondi sem graça por ter sido pega no pulo.

- Muito previsível Lo, agora realmente preciso desligar..te vejo mais tarde! Um beijo enorme! Se cuida!

- Se cuida também! Até mais tarde, outro beijo enorme!

Desliguei sorridente, era sempre assim após as conversas com ela.

Como previsto o dia não tardou a passar, encontrei Dinah, programamos tudo sobre a festa, fomos cumprir nossas tarefas no hospital até finalmente estarmos indo pra nossas devidas casas se arrumar.

- Lauren, acho bom você chegar aqui em 10 min! – sim, essa é DJ dando cria no celular, só porque estou 19 minutos atrasada.

- Dinah, eu to pronta! Agora é sério! Estou indo! Você realmente tem como voltar? Porque já te falei que não ficarei muito...

- Siiim, eu me viro! Relaxa! Só quero ir logo la, talvez até saia cedo com você, dependendo de como está..mas pra pensar na hora de ir embora, pelo menos tenho que ter chego no lugar! – bufou

- Tá, olha, ta ouvindo? Já estou no carro, 10 minutos estou ai. Beijo.

- Ta! Beijo. – desligou

Como combinado, em poucos minutos cheguei na casa de Dinah, que entrou no carro bufando, dizendo o quanto eu era uma atrasona quando se tratava das amigas, mas se fosse pra Camila era diferente, provavelmente eu chegaria com meia hora de antecedência, sim, minha amiga não poderia perder a chance de me zoar, muito menos de implicar comigo. O caminho foi tranquilo, colocamos alguns papos em dia, conversamos um pouco sobre o hospital, e finalmente chegamos no nosso destino.

- Oláá Dinah, seja bem vinda. – deu dois beijinhos no rosto de minha amiga, que não prolongou o cumprimento e logo foi adentrando o recinto me deixando para trás.

- Achei que viria acompanhada. – Isabelle falou ao depositar um beijo em meu rosto.

- Eu também achei, mas ela teve um imprevisto. – respondi sincera.

- Corajosa ela, deixar uma mulher tão linda, livre leve e solta.

- Eu não diria que é coragem, diria apenas confiança, não só em mim como no próprio taco também. – respondi direta, porém de forma educada.

Isabelle sorriu

- Tá certo, aproveite a festa... Sinta-se a vontade. – Falou abrindo espaço para que eu adentrasse.

Havia vários médicos, médicas, fisioterapeutas, alguns pacientes que participaram da nossa pesquisa em relação a conciliar a fisioterapia com o tratamento oncológico, alguns parentes que perderam entes queridos para o câncer..Ali era comemorado uma nova fase, uma nova tentativa de juntos superar algo ainda tão incompreendido por todos.

- A doutora acredita mesmo que um tratamento com fisioterapia pode dar resultado? – George perguntou pra mim (George marido de uma paciente com câncer de mama)

- Claro que acredito, no caso da sua esposa entraríamos com toda a equipe, desde uma psicóloga até o fisioterapeuta e os médicos. A parte de trabalhar o emocional dela fica na responsabilidade da psicóloga,  o fisioterapeuta entraria na preparação para a cirurgia, ai então entram os médicos na retirada da mama e novamente os fisioterapeutas na recuperação do tecido e dos movimentos.

- e no caso de outros tipos de câncer?

- Em todos deveria existir o acompanhamento com a equipe, num todo. Um paciente com câncer tem uma alteração muito brusca na rotina, são poucos que conseguem manter os antigos hábitos, muitas vezes pelo medo que o câncer traz, outras pelos medicamentos, outras porque simplesmente as pessoas desistem de viver, outras por desacreditarem dos tratamentos e por desacreditarem na resposta dos tratamentos. Algumas pessoas se acomodam “ah, estou doente mesmo, dane-se”, outras querem lutar mas não tem forças, é onde entra todo o acompanhamento psicológico junto com a fisioterapia que seria o movimento. Viver é estar com a mente sã, enlouquecer às vezes, mas acima de tudo estar sempre em movimento, nunca parar. Carregar sua cruz e acreditar que aquilo, aquele momento, aquela doença ou aquela situação, tem um por quê. Não se entregar sabe?

- e a família?

- A família também precisa de acompanhamento psicológico, a barra não é fácil, mas se todos derem as mãos, se unir... ficaria mais tolerável a situação, não concorda?

- Concordo.

- Será que posso roubar a doutora por um minuto? – Isabelle falou atrás de mim, segurando na minha cintura.

- Claro –  George prontamente respondeu. – Obrigada pelas informações doutora, e parabéns pelo projeto, espero que realmente dê resultados satisfatórios.

- Disponha George, qualquer dúvida você sabe exatamente onde me encontrar – sorri.

- Sei que você está meio corrida, com mil e uma pessoas no seu pé e muita informação pra dar pros outros, mas será que podemos conversar rapidinho? – Isa falou agora me olhando nos olhos.

- Sobre o que quer conversar? – fui direta.

- Sobre nós Jauregui. – foi direta também.

- Nós? Que nós?

- Nós duas, Lauren, nós ficamos algumas vezes, e agora você está com alguém, quero saber se é algo sério ou se ainda podemos ficar, porque eu gosto de você – despejou tudo de forma rápida.

- Espera, gosta gosta? – perguntei

- Sim, achei que você já tivesse se tocado disso. – respondeu sincera.

- Vamos la fora, precisamos realmente conversar. – falei séria e segui rumo ao lado de fora.

Já do lado de fora perguntei.

- Isabelle, você desenvolveu sentimentos por mim ?

- Sim – abaixou a cabeça.

- Olha Isa, eu adoro você, sério, de verdade..

- Mas?

- Mas sempre achei que fosse algo momentâneo, apenas. Não achei que você tinha sentimentos, até mesmo porque sempre fomos “sinceras” quanto a ser apenas um passatempo.

- Era apenas isso Lauren, mas de uns tempos pra cá te enxergo além disso, você é alguém espetacular, incrível, tem o melhor coração que já tive a honra de conhecer...Mesmo nas nossas “fodas”, você sempre foi tão carinhosa, detalhista, parecia me enxergar como pessoa e não apenas como objeto de prazer...

- Isa, nunca te enxerguei apenas como objeto de prazer, eu gosto da sua companhia, do seu jeito, da sua amizade, e gostava de te dar prazer...mas é só isso sabe? Não é em você que penso antes de dormir, ou que lembro na hora que acordo... Não posso fingir que é, porque não é...e agora eu encontrei esse alguém que mesmo não estando aqui, está! Está em meu pensamento, eu só consigo pensar em sair daqui e ir vê-la, abraça-la, cuidar dela...

- entendi. – respondeu com olhar triste para o chão, eu sabia o quanto minhas palavras foram cortantes, mas precisava ser sincera.

- Olha, não quero que fique mal, nem que fique um clima estranho entre nós, você é maravilhosa como pessoa, é linda, ótima profissional, ótima amiga... irá encontrar alguém à sua altura. Alguém que te mereça e que te valorize...

- Tudo bem – continuava triste.

- Não tenho mais o que dizer – falei sincera.

- Por que não sente o que sente por ela por mim? Onde errei?  - questionou

- Eu juro que se soubesse te explicaria... Mas isso de sentimentos, simplesmente acontece...sem avisos prévios... Nós não escolhemos por quem sentir...só sentimos! E escolhemos se iremos viver o sentimento ou fugir dele...Nesse caso, não fugirei, pela primeira vez na vida percebo que é recíproco e quero tentar.

- Quero encontrar um dia alguém que seja como você, e que seja recíproco também.

- Você irá encontrar Isa, quando for pra ser...será.

- Obrigada por ser sincera comigo – respondeu.

- Eu que agradeço por expor o que sente, desculpa não corresponder ...

- Você não tem por que se desculpar. – respondeu sincera.

- você ficará bem? – questionei.

- Sim, ficarei, só preciso de um tempo pra minha cabeça...

- Lhe darei tempo e espaço, mas sempre estarei aqui para o que precisar de mim.

- Acho que essa foi a conversa mais adulta que já tive com você fora os assuntos do hospital.

- Acho que tenho uma parcela de culpa nisso por ser sempre tão besta nas nossas outras conversas –  abri um sorriso.

Isabelle sorriu, parou, pensou um pouco..

- Acho que você deveria ir onde seu pensamento está...pode deixar que cuido disso aqui...

- Mas as pessoas estranharão o fato de eu não estar.

- Eu digo que você tinha um compromisso, e tiro todas as dúvidas delas, como você faria.

- Sério?

- Sim, na verdade preparei isso pra tentar passar um tempo contigo, e falar o que estava sentindo. – foi sincera novamente.

- Oh! Entendi.

- Vá Lauren, ela provavelmente deve estar te esperando ansiosamente.

- Obrigada Isa, e por favor, fica bem tá? – depositei um beijo em sua bochecha.

- Obrigada. Ficarei.

Não deu um segundo pra eu virar as costas e sair daquele local, tudo bem, soa como frieza de minha parte, mas eu realmente não queria estar ali, meu coração não estava ali...Eu amo o que faço, mas nunca fui muito sociável, costumava deixar essa parte social para os que gostavam .

Liguei para Dinah e avisei que estava indo embora. A mesma disse que tudo bem, iria embora com Normani, não perderia a chance de brincar com ela e dizer que esse caso das duas ainda daria ruim, Dinah como uma ótima piadista disse que se ruim fosse as duas nuas na cama, ela não ligaria.

Logo em seguida liguei para Camz, avisei que estava indo encontra-la, a alegria dela do outro lado da linha era tão palpável quanto a minha, pude perceber, que em pouco tempo, era a ela que meu coração pertencia, e quer saber o melhor? Pela primeira vez não tive medo disso.