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História (In)visível - Capítulo Único


Escrita por: Akira___

Notas do Autor


Olá, pessoal!

Estava euzinha olhando meus documentos e puf! achei essa one guardadinha, fofinha, esperando ser postada.
Então postei!

>>>>>>>>NARRADA pelo Jongin.<<<<<<<<



Espero que gostem <3

Boa Leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Invisível?

 

Não sei quem foi o idiota que falou que beber ajuda a afogar as mágoas. Porque sinceramente, quanto mais eu bebo, mas eu me lembro do motivo de está bebendo, o motivo da minha mágoa.

E seguindo todo roteiro de um bêbado, eu pego a bebida mais amarga, que só tem álcool, e bebo de uma vez só e depois grito sentindo o calor da bebida queimando a minha garganta, e que eu torcia para que queimasse o que estou sentindo no meu coração.

E como de praxe começo a chorar que nem uma criança e chamo o barman só para desabafar a minha vida amorosa inexistente, o meu amor não recíproco. Um amor que só existiu em minha cabeça, e que nunca foi real. Porque ele nunca me viu como um pretendente, para ele, eu era somente o cara que ele conversava na sala. Para ele, eu era invisível.

Ele se chama Park Chanyeol, um rapaz alto, de pernas tortas, que tem cabelo preto, olhos grandes, boca carnuda, e que quando sorria era perfeitamente lindo, como se iluminasse tudo em volta. Eu particularmente amava ver o seu sorriso, porque eu automaticamente sorria. Ele tem um jeito meio meninão, até as suas roupas passam essa ideia de espírito sempre jovem, ao usar sua blusa moletom preta, sempre da cor preta, porque ele era do tipo básico, pouca estampa e mais casualidade.  E quando saía dessa casualidade era um verdadeiro gentleman, com sua roupa social de corte perfeito que o deixava elegante e ainda mais atraente, dava um ar de modelo. Eu chegava parar o que estava fazendo para admirá-lo.

Eu vou ser sincero, eu não sei quando comecei a nutrir esse sentimento por ele, não tenho datas, horas, só certeza que foi muito rápido, muito forte. Como se o meu coração estivesse esperando ele aparecer para fazer parte da minha vida.

Foi só ele olhar em meus olhos no primeiro dia de aula, perguntando se poderia sentar ao meu lado, foi quando eu senti que era ele. Meu corpo todo me alertou isso. Seus olhos pretos me fitavam como se me visse minha alma, eu fiquei constrangido, senti meu corpo tremer de leve, e sua voz, Ah! Ela ecoou em meu ouvido e eu queria fechar os olhos para ouvir cada palavra sair de sua boca, pois sua voz havia me fascinado, era grossa, rouca, e sexy.

E lembro que eu idiotamente não o respondi, só concordei com cabeça e permiti que se sentasse ao meu lado e Chanyeol tão espontâneo e simpático sorriu para mim, e agradeceu dando um tapinha em meu ombro, depois voltando a atenção para professora que já explicava a matéria. Eu demorei a prestar a atenção na matéria, pois, eu ainda sentia o seu toque queimar em minha pele, senti seu toque vivo em mim, deixando cada pelo de meu corpo arrepiado. Eu estava extasiado querendo mais de seu toque, cheguei a suar a mão de nervoso. E isso não se foi com a convivência. Quanto mais eu o conhecia, mais ficava acanhado, admirado, apaixonado.

Eu sempre fui calado, na minha, observador. Gosto da paz que o silencio traz, do conforto da minha própria companhia, que às vezes eu dava o luxo de está com outras pessoas, mas sempre muito seletivo, escolhia por afinidade quem eu iria dividir a minha risada, gastar o meu tempo. Mas com Chanyeol eu não escolhi, eu não tive o controle do tempo ao admirá-lo incontáveis dias, horas. Não tive paz, porque minha mente era um reboliço, e meu coração uma guerra de sentimentos que ficavam conflituosos dentro de mim.

Eu nunca amei, eu sempre li tudo sobre, para que quando chegasse esse sentimento eu estaria pronto, armado, protegido. Pois, todos diziam ser um sentimento doloroso, que fazia perder a cabeça, revirar á vida de cabeça para baixo.

E muito perfeccionista achava que meras pesquisas, leituras, iram me precaver do que era realmente amar, ledo engano. Esse sentimento ligeiro entrou pela fresta da porta do meu coração, essa que usava para não me apegar as pessoas, usava para não me prender a beijos e carinhos alheios, essa que usava para impedir quaisquer ressentimentos. Mas que foi facilmente ignorada. E lá ele se estalou, ficou, e com tempo foi se tornando a minha tortura. Diria que o amor para alguns são afagos, para outros uma tortura.

E foi uma tortura ver o como Chanyeol olhava para Baekhyun, o garoto do curso de jornalismo.

Era uma tortura ver o como seus olhos brilhavam para ele, seu sorriso parecia mais aberto, e como sua postura era diferente, parecia tão dependente da atenção daquele rapaz. Reparei que até a tonalidade de sua voz mudava com ele, ficava manhosa, pedinte.

E onde eu estava? Estava com meu café em mãos, encostado na parede do corredor, fingindo ouvir uma música qualquer, sozinho, como quase boa parte do tempo. Sendo covarde como sempre. Espreitando-me pelos cantos onde Chanyeol estava, de modo que ele não me notasse, mas para falar verdade nem era muito esforço, já que ele realmente não me notava.

Tinha vez que eu queria ser menos eu, pelo menos uma vez, só para consegui conversar com Chanyeol assuntos informais, sem que fosse sobre a matéria. Para que pudéssemos ser amigos próximos o suficiente para nos tocar, abraçar. Eu tinha sede de um abraço do Park, eu tinha vontade, desejo de poder fazer carinho nele. Principalmente em seus cabelos que pareciam tão sedosos quando ele abaixava cabeça para descansar na carteira, isso depois de uma aula chata de estudo do consumidor.

Eu queria tanto tocar Chanyeol, que chegava doer, porque eu queria de alguma forma expulsar o amor que estava em mim. Queria que Chanyeol me percebesse e visse o quanto eu estava desesperado, e soubesse que os meus olhos lhe fitavam de forma diferente, que o meu sorriso era mais sincero e aberto contigo, e o quanto eu tremia quando ele dava os “famosos tapinhas” no meu ombro. E como corava quando elogiava a minha letra, ou a minha capacidade de compreensão em semiologia. Eram detalhes em mim que, queria que fossem óbvios para ele. Porque eu não conseguia falar dos meus sentimentos, não conseguia contar o que eles me causavam.

 

— Me traga mais uma bebida! — gritei depois de um choro engasgado para o barman, que já me olhava torto.

— Não acha que bebeu demais? — o barman perguntou, eu dei a mínima enxugando de forma afoita as minhas lágrimas, me sentindo cansado demais para qualquer discussão.

— Só me traga a bebida. — falei alto demais  fazendo o mesmo concordar em trazer, mas antes ele atendeu outra pessoa que estava ao meu lado, mas não fiz questão de olhar, estava concentrado demais no gelo que derretia no meu copo, imaginando que poderia ser meus sentimentos ali, seria tão mais fácil se ele se dissolvesse.

Uma música alta começou a ser tocada na boate, finalmente o DJ que tanto o pessoal queria chegou. Era um pop meio modinha que tinha uma batida sensual. Balançava a cabeça tentando acompanhar a batida. Comecei a rir e a sentir minhas lágrimas descerem sozinha, parecia que eu estava bugado. Não tinha mais controle do meu corpo, das minhas sensações. Peguei o copo para sentir novamente o gosto amargo.

— Pode acreditar, beber não ajuda em nada, só dá uma puta enxaqueca no outro dia. — uma pessoa disse ao meu lado, mas pelo som alto do local sua voz me parecia muito baixa. Eu não fiz questão de me virar, que se dane a opinião dos outros. Ele não estava convivendo com a dor que eu sentia, nem com a minha vontade agonizante de sair de mim mesmo, para  poder parar de sentir, porque eu tinha chegado ao meu limite. Pois no último dia de aula eu vi o Chanyeol com Baekhyun aos beijos na cantina da faculdade. E para mim, foi um tiro certeiro.

— Pelo menos eu posso fingir que resolve alguma coisa, pelo menos eu posso fingir que dói menos! — falei gritando, sentindo mais tonto com aquele acende e apaga de pista de dança atrás. Segurava firme o copo.

 — Te compreendo, eu também estou sentindo uma dor imensa, descobri que eu sentia não era tão recíproco como imaginei — a pessoa riu — Mas pelo menos o chute na bunda me  serviu de alguma coisa, eu parei de olhar para frente e comecei a olhar ao meu redor.

— Por acaso você era igual cavalo, usava viseira! — eu ri achando graça da minha própria fala besta, tomei mais um pouco da bebida, e balancei o meu corpo para os lados, tentando acompanhar o ritmo da música.

 Em outros momentos tentaria dançar, porque eu sou muito bom nisso. Mas estava sentado no banco alto de um bar, com um copo de bebida alcoólica que nem sei mais o nome, sentindo meu corpo mole, tonto por conta das luzes, da bebida, e que poderia cair a qualquer momento do banco, e conversando com alguém que nem sei, nem faço questão de saber.

— Pode ser que eu tenha usado viseira esse tempo todo. — riu. E por um misero momento eu parei de balançar e prestei atenção naquela risada, meus ouvidos a reconheciam, mas eu balancei a cabeça e fechei os olhos para prestar atenção na musica. — Mas agora eu estou certo do que vejo, e quero dá uma chance ao novo, quero dizer, ao que sempre esteve ali, mas que eu não via.

— Cara, você está bêbedo. — falei ainda de olhos fechados,  rindo, e pensando seriamente em me levantar e dançar, estava boa aquela vibe da música, e meu corpo pedia que eu fizesse alguma coisa, estava agoniado, triste, magoado, tudo junto, de alguma forma tinha que me expressar.

Ao abrir os olhos, me levantei cambaleante indo para pista de dança, mas não dei muitos passos, pois senti meu braço sendo puxado. Olhei para trás e vi quem estava me tocando daquele jeito. Eu fiquei perplexo, estático. E que tudo só podia ser coisa da minha cabeça. Chanyeol não estava ali o tempo todo ao meu lado, certo? Não era ele que estava pouco centímetros do meu rosto, certo?

— Chanyeol? — falei ainda trêmulo, tonto. As luzes faziam contorno perfeito de seu rosto, ele sorriu para mim, era aquele sorriso. Ele se levantou, colocando a sua mão em minha nuca, aproximando-se,  senti sua respiração em meu ouvido antes dele sussurrar.

— Sou eu Jongin, você não estava reconhecendo a minha voz? Eu não estava aguentando  esperar você me ver, sabe por que estou aqui? — cada palavra que saia de sua boca, me arrepiava, meu coração queria sair de minha boca, meu corpo tremia. Eu arfei quando seus lábios tocaram de leve o meu pescoço, sua mão ainda continuava firme em minha nuca, minha pele ardia ao seu toque. Minha cabeça não queria racionar rápido, eu estava chocado demais, mas tentei fazer ao menos a minha boca falar alguma coisa.

— E-eu não reconheci a sua voz, está alto o som... — falei gaguejando, engolindo seco. Ele deu uma risada gostosa, e se voltou para mim. Eram seus olhos me fitando, eles estavam olhando para mim, ele me via!

— Ainda não me respondeu, porque você acha que estou aqui? — ele tocou em meu rosto, fazendo carinho, eu queria fechar os olhos para aproveitar mais do toque, mas ele parecia não querer que eu quebrasse o contato visual. Então eu não desfiz o olhar, continuava muito admirado, encantado, era Chanyeol ali me tocando!

— Eu não sei o porquê, Chanyeol. — quando minha voz pronunciou o seu nome, eu me condenei por ter quase gemido, manhoso demais. Eu estava muito fora de controle, não conseguia segurar mais a minha paixão dentro de mim.

— Eu fui dispensado por Baekhyun, até ficamos e tudo, mas ficou só nisso. E por mais que tenha doído, não foi tão terrível quanto imaginei. — ele falou se aproximando, agora sua mão estava em minha cintura, e por incrível que pareça eu não estranhei esse toque repentino, eu sorri de lado, já sentia meu rosto arder. Ele ficou bem perto, colando nosso corpo do jeito que sempre sonhei, estava bom demais para ser verdade. — Não foi tão ruim, porque eu pude olhar para os lados e te perceber, e reconhecer o que eu   havia desconfiado, que você gosta de mim. E que eu estava investindo na pessoa errada o tempo todo, mas agora que eu sei disso, quero saber uma coisa — seu rosto foi bem próximo do meu, podia senti quase sua boca encostar-se na minha, eu estava tão feliz com suas palavras que poderia facilmente morrer ali mesmo. — Você me dá uma chance de poder te ver, Jongin? — seus olhos foram dos meus para a minha boca. Eu não aguentei me aproximei de sua boca, dando leves selares, minhas mãos foram em seus ombros apertando ali.

E Chanyeol entendeu que aquele era o meu sim. Eu permitiria que ele me visse. Que me descobrisse, e que meu amor fosse visível aos seus olhos. Eu não tinha ideia do que seriamos depois de tantos beijos trocados naquela boate, mas eu não queria pensar em mais nada, porque estava feliz demais em saber que não era mais invisível para aquele que amo, não era mais invisível para Chanyeol. 


Notas Finais


hello!
E aí, o que acharam?
Foi minha primeira fic do couple,então estou bem feliz em ter conseguido fazer do jeito que queria.Ela foi feita com muito carinho, porque ela tem muito de mim <3
Espero que tenham gostado!

Obrigada por terem lido ^^

Beijocas :*


[ Meu Alfa será atualizada sábado o mais tardar domingo ] <<<<<<<<<<<


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