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História Iridescent Third Season - Secrets


Escrita por: Guiz

Notas do Autor


E aqui estou eu de volta na mesma semana com um capítulo fresquinho pra vocês, com mais um momento que vocês esperam há muito tempo hahaha
Boa leitura, té lá embaixo <3

Capítulo 18 - Secrets


Fanfic / Fanfiction Iridescent Third Season - Secrets

Alex POV

A sexta feira finalmente tinha chego e eu ainda não tinha pensado em como conseguiria 5 mil euros tão rápido. Cody ainda não tinha me procurado desde aquele dia e Tito já tinha me ligado umas duas vezes para saber como eu estava me saindo nas vendas, obviamente eu tive que mentir dizendo que estava indo bem.

Milhares de possibilidades já haviam se passado na minha mente: eu poderia pedir para os meus pais dizendo que era pagar um curso ou algo parecido - eu nunca diria o motivo verdadeiro -; poderia dar aulas particulares, mas para isso eu teria que ser bom em alguma matéria; pensei até na possibilidade de dizer para Tito que fui assaltado e que tinham levado o dinheiro todo, mas achei meio sem lógica.

Até que quando estava indo para casa ontem á noite depois do treino de futebol, eu vi um homem parado em uma esquina e um carro prateado parou á sua frente, ele foi até a janela do carona e começou a conversar com o motorista, logo ele entrou no carro e os dois saíram. Eu posso estar enganado, mas eu tenho certeza de que aquele homem era um garoto de programa, e confesso que ao ver aquilo a minha mente começou a pensar na possiblidade de eu conseguir o dinheiro desse modo.

Era sujo, eu sei, algo que ninguém nunca poderia saber e que também tinha muitos riscos, mas quando cheguei em casa eu comecei a pesquisar e descobri que é mais fácil do que parece - pelo jeito existem até sites para contratar um GP - e fiquei com aquele pensamento pelo resto da noite, era um jeito fácil e rápido de conseguir o dinheiro que eu precisava, cheguei a ver um cara de 30 e poucos anos que cobrava 300 euros por hora para fazer um programa, imagina!?

De qualquer modo, eu ainda estava receoso com a ideia. Como começar? Como divulgar? Aonde eu marcaria de encontrar os clientes? Que tipo de público eu atenderia? Quanto eu cobraria? Qual nome eu usaria?

Eu mal consegui dormir naquela noite por causa dessas e muitas outras perguntas, não sabia o que fazer; então quando cheguei da aula naquela sexta feira eu me tranquei no meu quarto e continuei as minhas pesquisas.

Descobri que eu poderia colocar o meu anúncio no jornal ou online, mas antes eu precisava tirar algumas fotos para divulgar. Aproveitei que Emma tinha ido assistir o treino de natação de Shay e que meus pais estavam trabalhando e tirei a minha roupa toda, me olhei no espelho; eu até que era bem gostosinho.

Não acredito que estou fazendo isso.

Comecei a tirar várias fotos minhas de diferentes ângulos, com e sem cueca, com o pau mole e duro, mas claro sem mostrar o rosto em nenhuma. Depois eu conectei o meu celular no notebook e copiei todas as fotos para uma pasta com senha - não queria correr o risco de alguém ver - e escolhi as melhores para usar.

Então eu abri um site de gp's e cliquei para enviar o meu cadastro, a primeira coisa que eu precisava colocar era o nome. E lá se foram mais pesquisas. Nathaniel, Josh, Jhonny, Gabriel, Oliver... eram inúmeros os nomes fictícios que eram usados com esse intuito, mas o que mais me chamou a atenção foi Enzo.

Enzo.

Logo depois preenchi minhas outras informações, como idade, altura, peso, tamanho do dote, tipo de corpo, se tinha pelos, minhas preferencias sexuais, contato e o tipo de público que eu atendia; preenchi tudo e no público coloquei que atendia á todos os tipos.

Não era como se eu pudesse ficar escolhendo.

E então veio a parte do cachê. Depois de mais algumas pesquisas, decidi que para iniciar eu cobraria 150 euros por hora, isso como o pacote básico, se o cliente quisesse algo que estivesse fora dos meus limites eu cobraria mais. Enviei as minhas fotos e pensei milhares de vezes antes de clicar em "enviar cadastro".

Fechei os olhos e cliquei.

Agora não tinha mais volta.

Instalei também alguns aplicativos gays no meu celular - como Grindr, Scruff e Hornet - e também criei o meu perfil lá, agora era só esperar.

Vesti a minha bermuda e fiquei sem camisa, destranquei o meu quarto e desci para a sala, tentando esquecer o que eu tinha acabado de fazer.

Enquanto bebia um copo de água a campainha tocou e eu fui atender, me surpreendi ao ver Kyle ali na porta, ele me olhou de cima a baixo e seu rosto ficou vermelho, sorri.

- Ei, Ky. - Pisquei pra ele, que desviou o olhar de meu abdômen e olhou em meus olhos.

- O-oi.

- O que está fazendo aqui? - Arqueei a sobrancelha, ele deu de ombros. - Entra aí, estou sozinho. - Falei com um tom de voz repleto de segundas intenções, mas era só pra zoar com ele mesmo.

- Hm... legal. - Ele não me olhou e foi para a sala, se sentando no sofá. Me sentei ao seu lado e liguei a televisão em um canal que passava um filme de romance ridículo. - Então, como você tá? - Kyle puxou assunto.

- Tá. - Respondi e ao perceber o sentido da minha resposta, Kyle ficou ainda mais vermelho, gargalhei.

- Idiota.

- Sou. - Pisquei para ele. - Mas estou bem, e você?

- Estou bem. - Respondeu baixo. - Tia Miley está lá em casa.

- Ah é? Ela está morando em Londres ou só de visita? - Perguntei interessado, Kyle assentiu.

- Morando, ela disse que cansou dos EUA. Está morena de novo. - Comentou.

- Como alguém pode cansar dos EUA? - Franzi a testa, Kyle me olhou.

- Você tem vontade de ir para lá?

- Meu sonho é morar lá. - Respondi animado, o que era totalmente verdade.

- É bem legal. - O de olhos azuis deu de ombros novamente, parece que ele só sabia fazer isso.

- É.

Depois disso Kyle e eu não falamos mais nada depois disso, começamos a prestar atenção naquele filme que acabou se tornando interessante, ficamos no completo silencio, um do lado do outro. Em certos momentos eu conseguia perceber que Kyle estava me olhando e que ele queria dizer algo, mas nada saía de sua boca e ele voltava a prestar atenção no filme, até que em determinado momento ele me chamou.

- Alex. - Seu tom de voz era baixo.

- Hm? - Não o olhei.

- Por que você ainda não me beijou? - Congelei quando ouvi aquelas palavras.

Arregalei os olhos e o olhei sem acreditar no que tinha escutado, a expressão de Kyle era neutra, ele apenas parecia curioso. Seus lábios estavam entreabertos, os olhos incrivelmente azuis brilhando, as mãos pousadas sobre seu colo. Abri a boca para responder, mas não soube o que falar.

- E-eu... hã? - Cocei minha nuca e Kyle balançou a cabeça.

Ele voltou a prestar atenção no filme e eu demorei alguns minutos para tomar digerir suas palavras e entender o que ele queria, então eu engoli em seco e segurei sua mão, Kyle me olhou confuso. Olhei fundo em seus olhos e rapidamente aproximei meu rosto do seu, selando nossos lábios em um selinho.

Kyle pareceu surpreso com a minha atitude, pois demorou alguns instantes para corresponder e assim começamos nosso primeiro beijo. Ele levou sua mão até a minha nuca e começou a puxar alguns fios de meu cabelo, deslizei minha língua para dentro de sua boca e puxei-o para sentar em meu colo, ficando em uma posição mais confortável para ambos.

Levei minhas mãos até a sua bunda e apertei com pouca força, Kyle gemeu durante o beijo e aquilo me excitou, então mordi seu lábio inferior e Kyle começou a arranhar o meu peito e abdômen com suas unhas curtas.

Entrei com minhas mãos por debaixo de sua camisa e senti sua pele quente se arrepiar com meu toque, estava prestes a tirar sua camisa quando algo nos interrompeu.

- Eita caralho. - Kyle e eu nos afastamos rapidamente quando escutei a voz de meu pai, eu não soube onde enfiar a cara e Kyle pulou para o outro sofá, completamente vermelho, meu pai nos olhava com um sorriso reprimido.

- O-oi tio Liam. - Ele disse extremamente tímido.

- Oi querido. - Meu pai coçou a nuca. - Então, eu vou sair e entrar de novo, fingiremos que isso nunca aconteceu, pode ser? - Apontou para a porta e eu balancei a cabeça, meu pai saiu.

- Meu Deus que vergonha. - Kyle enterrou seu rosto em suas mãos e eu mordi meu lábio, ainda sentindo o gosto de Kyle neles. Soltei um riso e meu pai entrou novamente em casa, nos olhando sorrindo.

- Oh, vocês estão aí! Olá meus queridos. - Ele foi até Kyle e o cumprimentou, logo após me deu um beijo na testa. 

Eu tenho o melhor pai do mundo.

Angie POV

Os dias passaram tranquilamente e eu vinha conversando com Rafael frequentemente. Todos os dias nós ficávamos o intervalo inteiro juntos e também as aulas vagas, durante a tarde nós ficávamos trocando mensagens até de madrugada e eu estava gostando cada vez mais dele. Ele era apaixonante, me tratava com carinho e era atencioso, eu já estava até imaginando se passaríamos o natal na casa dos meus pais ou dos dele.

Minha mente é bem criativa.

Você deve estar me perguntando o que eu conversei com Luke naquele dia que vi ele com nosso primo Ashton, e a resposta é: nada.

Eu fiquei esperando ele chegar, só que ele nunca chegou, então quando meu pai ligou para ele eu soube que ele tinha passado a noite com Dylan, e quando conversamos na escola no dia seguinte ele me disse que Ashton apenas tinha dado uma carona até a casa de Dy. Eu não estava acreditando 100% naquela história, mas Luke me assegurou que aquela era a verdade e ele não iria dizer mais nada sobre o assunto, então não tive muitas escolhas a não ser acreditar.

Então finalmente tinha chegado a sexta feira e eu não poderia estar mais animada por dois motivos: a festa de Walter e o meu encontro com Rafael. Eu e Emma tínhamos ido assistir o treino de natação de Shay naquela tarde e de lá nós iríamos para a casa dela nos arrumar para a festa.

- Bom trabalho garotas. - A treinadora apitou e as garotas saíram da água e se dirigiram para os vestiários, o dia começava a dar lugar para a noite, Shay acenou para a gente e disse que logo voltava.

- Angie? - Emma me chamou, a encarei.

- Hm?

- Você acha que pode estar acontecendo algo entre o seu irmão e Dylan? - Ela perguntou, mordi o lábio.

- Eu realmente não faço ideia. - Confessei. - Eu já parei de tentar entender esses dois há muito tempo, só que esses dias eles tem passado muito tempo juntos. Luke na casa dele dois dias seguidos.

- Uau. - Ela parecia surpresa. - Eu podia jurar que meu irmão e Dylan tinham algo além de amizade. - Arregalei os olhos e a olhei surpresa.

- Como assim? - Emma me olhou e deu de ombros, sorrindo.

- As paredes lá em casa não são tão grossas e meu quarto é do lado do de Alex, já ouvi coisas.

Eu estava completamente chocada, nunca na minha vida eu tinha desconfiado de que algo mais poderia estar acontecendo entre Dylan e Alex, será que Luke sabia disso? E quanto á Kyle? Esses garotos...

Após aquela conversa nós não falamos mais nada até que Shay nos encontrasse, e então fomos para sua casa. Chegando lá, encontramos tio Harry fazendo cupcakes e tio Louis estava sentado na mesa digitando algo em seu notebook, parecia concentrado.

- Pai? Achei que estivesse de plantão hoje. - Shay abraçou tio Harry após beijar a testa de tio Louis.

- Oi querida, estou de plantão amanhã, queria passar um tempo com vocês hoje, então troquei com um amigo. - Ele sorriu e limpou as mãos em um pano de louça para nos abraçar. Shay sorriu cúmplice.

- Hoje?

- Sim, estou até fazendo cupcakes. - Seu sorriso era largo, Shay nos olhou pedindo ajuda, eu e Emma demos de ombros.

- Pai, se lembra daquela festa que te falei? De um garoto da escola? - Ela começou, tio Harry assentiu. - Então... eu te disse que era hoje. - O sorriso de seu rosto sumiu, dando lugar a um bico. Nesse momento Dylan entrou na cozinha, meu irmão estava logo atrás, franzi a testa.

- Luke? - Ele me olhou e arregalou os olhos.

- A-angie?

- O que está fazendo aqui? - Nós dois perguntamos juntos, todos riram, menos nós dois.

- Vim me arrumar para a festa, e você? - Semicerrei os olhos para ele, que deu de ombros e desviou o olhar.

- Eu vim... e-estudar com Dylan. - Seu rosto ficou vermelho.

- Estudar o que? Anatomia? - Shay disse entre risadas e levou um tapa na nuca por seu irmão. Luke ficou ainda mais vermelho. - Bate na bunda, babaca.

- Olha o palavreado. - Tio Louis repreendeu sem tirar os olhos do notebook.

- Desculpa, então... tudo bem nós irmos para a festa, pai? - A morena fez uma carinha de cachorro pidão e Dylan levou um tapa na mão ao tentar cutucar a cobertura do cupcake.

- E eu tenho escolha? - O cacheado reclamou, Shay sorriu largo e o encheu de beijos pelo rosto, nós rimos. - Pelo menos vocês vão ficar comigo, né? - Virou-se para Luke e Dylan que estavam lado a lado, seus dedos mindinhos estavam juntos, eles se entreolharam.

- Sobre isso, eu só vim avisar que vou sair com Luke. - Tio Harry quase chorou.

- Eu desisto! Deixo de trabalhar pra poder ficar com minha família, faço seus doces preferidos e o que ganho em troca!? Esses jovens de hoje em dia só pensam em sair. - Disse ele com drama.

- Eu vou ficar com você, Hazza. - Tio Lou olhou brevemente para o marido e sorriu.

- Só vê se não vão fazer muito barulho, os vizinhos podem reclamar. - Dylan gargalhou enquanto puxava Luke para fora da cozinha, meu irmão estava muito vermelho. - Ah, e guardem cupcakes pra mim.

- Vamos subir. - Shay nos chamou e eu e Emma a seguimos até seu quarto, tranquei a porta e começamos a discutir sobre quais roupas usar e tipos de maquiagem.

A noite estava só começando.

(X)

Era pouco mais de 20h quando recebemos uma mensagem com o endereço de onde seria a festa, todas nós já estávamos arrumadas e prontas para sair, então nos despedimos de tios Harry e Louis - não se antes comer alguns cupcakes - e entramos no carro de Shay, partindo rumo á festa.

Quando chegamos no endereço, ficamos surpresas ao constatar que a festa seria na escola. Isso mesmo. Vários carros já estavam por ali e quando entramos vimos o quão diferente o corredor estava, não parecia que passávamos por ali todo santo dia. As luzes do teto corredor estavam todas apagadas, mas no chão e nas paredes estavam várias lâmpadas de luz negra, os armários estavam todos pintados de tinta fluorescente e brilhavam.

Muitas pessoas já estavam ali e todas elas estavam com partes do corpo pintadas de diversas cores e desenhos, alguns garotos estavam sem camisa, outros apenas de sunga. Uma música eletrônica tocava nos altos falantes e algumas pessoas dançavam.

Nas paredes tinham setas pintadas de azul que iam até o ginásio, deduzi que o point estava sendo lá e acabei acertando, estava lotado. Se os corredores estavam lotados, ali tinha muito mais gente. Todos dançavam, bebiam e se pegavam, e não tinha uma pessoa sequer que não estivesse pintada.

A festa tinha começado.

Nós três fomos para a pista de dança e começamos a dançar juntas e entre risadas, até um certo momento em que alguém me puxou delicadamente e eu me virei, encontrando Rafael com um lindo sorriso no rosto. Ele estava sem camisa, seu peitoral e abdômen eram totalmente definidos e um dragão vermelho brilhava em seu peito, assim como alguns desenhos aleatórios em seus braços.

- Ei! Você veio! - Ele teve que falar no meu ouvido para que eu o escutasse.

- Claro! Não perderia por nada. - Falei também em seu ouvido, seu sorriso se alargou ainda mais.

Que homem!

- Por que você ainda não está pintada? - Ele perguntou, dei de ombros.

- Acabei de chegar.

- Vamos dar um jeito nisso. - Ele me puxou até perto da piscina, onde um garoto estava com várias latas de tinta spray fluorescentes em uma mesa. - Pode escolher a cor. - Ele piscou, mordi o lábio.

- Escolha você. - Sorri e joguei o meu cabelo para trás, inclinando meu pescoço um pouco para o lado.

Rafael me olhou intensamente e pegou duas latas de spray, uma laranja e uma lilás. Então ele começou a me pintar em diversos locais, acabei ficando com uma flor colorida no pescoço, um dragão parecido com o de Rafael no braço e um R&A logo abaixo.

- O que é isso? - Perguntei quando ele terminou.

- Nossas iniciais. - Piscou, derreti.

Depois disso ele me puxou de volta para a pista de dança e ficamos dançando por não sei dizer quanto tempo, mas posso dizer que foi memorável. Nós nos movíamos juntos, rindo e não nos afastando por um segundo sequer, mas o ponto alto daquela festa foi quando ele me puxou para cintura e me deu um rápido selinho, sorrindo logo em seguida. Eu fiquei completamente vermelha, mas sorri largo.

Em determinado momento Rafael me perguntou se eu queria ir embora dali e eu prontamente concordei, procurei por Shay e Emma e quando as encontrei tive vontade de rir. Shay estava dançando coladinha á uma garota morena, seu corpo todo estava pintado, já Emma tinha tirado sua blusa rendada e vestia apenas a saia curta e seu sutiã preto, os garotos babavam em cima dela, que também estava pintada. Avisei que estava indo embora e elas nem deram muita bola, então voltei para perto de Rafael e ele me pediu para segui-lo, fomos até o banheiro para nos limpar da tinta e logo saímos da escola, ele vestiu uma camisa branca e eu quase reclamei.

Rafael segurou a minha mão quando caminhamos em direção ao estacionamento, não consegui conter o sorriso e ele percebeu isso. Quando chegamos ao seu carro - um Audi A4 cor grafite - ele abriu a porta para mim e me conquistou de vez, entrei e esperei que ele desse a volta e entrasse do meu lado.

- Então, me fale sobre você. - Ele pediu quando começou a dirigir, não sabia para onde ele me levaria, mas eu não me importava nem um pouco.

- O que quer saber? - Perguntei, ele deu de ombros.

- Sei lá... sobre sua família, suas paixões, seus hobbies, sonhos e tal. - Mordi o lábio, pensando o que falar.

- Bom... eu sou adotada. - Resolvi começar falando pela família, Rafael me olhou e assentiu. - Tenho dois pais, Niall e Josh, eles são as melhores pessoas que conheço na minha vida e serei eternamente grata por fazer parte da família deles... tenho o meu irmão gêmeo, Luke, nós não temos conversado muito ultimamente mas eu o amo muito, não sei o que seria de mim sem ele. 

- Luke é seu irmão gêmeo? - Ele pareceu surpreso, assenti. - Que legal.

- Sobre mim... eu nunca sei o que dizer quando me perguntam isso. - Rimos. - Eu amo ler, músicas e assistir séries, esses com certeza são os meus hobbies preferidos. Eu tenho um sonho de me formar em medicina igual o meu tio, quero fazer pediatria.

- Uau, é uma ótima escolha. - Rafael comentou e eu assenti.

- Eu sou apaixonada por crianças, preciso trabalhar com algo que as envolva.

- Te admiro por isso. - Senti sinceridade me sua voz, sorri com isso.

Me surpreendi ao reconhecer o lugar que Rafael tinha me levado, nada menos que o London Eye, que por já ser de madrugada, estava vazio. Ele deu a volta no carro para abrir a porta para mim - um completo cavalheiro - e caminhamos lado a lado e de mãos dadas. A madrugada estava fria e Rafael me abraçou de lado para me aquecer, então nós fomos até um banquinho que ficava de frente para o rio. A vista era maravilhosa, ao longe nós podíamos ver a cidade toda iluminada e colorida, o reflexo das luzes na água escura do rio era algo lindo de se ver.

Rafael me abraçou mais forte quando começou a ventar e eu o olhei sorrindo, ele me olhou de volta e ficamos ali, nos olhando por sei lá quanto tempo, não precisamos dizer absolutamente nada naquele momento. O de olhos azuis intercalou seu olhar entre meus olhos e meus lábios e mordeu seu lábio inferior, me olhando intensamente.

Balancei a cabeça positivamente ao perceber o que ele queria, então ele sorriu e não hesitou em juntar nossos lábios. Senti espasmos em meu corpo quando sua língua invadiu a minha boca e começamos um beijo calmo e muito gostoso. O frio que antes eu sentia, deu lugar ao calor.

Eu sentia borboletas dançarem em meu estomago, estava me apaixonando por aquele garoto cada vez mais. Poderia estar acontecendo tudo rápido demais, mas eu não me importava. Eu estava feliz e isso era o que importava. Nós ficamos longos minutos nos beijando, sem parar nem para respirar, até que o celular de Rafael começou a tocar, ele ignorou, mas logo voltou a tocar novamente e ele se afastou para ver quem era.

- Minha mãe. - Franziu a testa e me pediu licença, então ele atendeu. - Oi, mãe. - Ele se levantou. - Quem está falando? - Ele parecia confuso.

Seja quem quer fosse do outro lado da linha, disse algo que fez Rafael deixar o celular cair e se espatifar no chão, mas ele nem se moveu. Ele ficou parado olhando para o nada, os olhos arregalados e o rosto incrivelmente pálido, seu olhar estava morto, sem qualquer emoção. Me levantei e fui até ele, toquei seu braço e ele nem se moveu.

- Rafael? - Minha voz pareceu despertá-lo de seu transe, ele me olhou assustado, seu peito começou a subir e a descer em um ritmo acelerado e ele começou a tremer.

- M-meus pais... meu irmão... - Ele se ajoelhou no chão, lágrimas incontroláveis começaram a escorrer pelo seu rosto, que imediatamente ficou vermelho. - Oh meu Deus... - Passou as mãos sobre seu cabelo, o bagunçando todo.

- Rafael, o que houve? Você está me assustando.

- E-eles... eles morreram.

Suas palavras demoraram minutos para fazer sentido em minha mente, apenas despertei quando escutei seu grito de sufoco, então me ajoelhei ao seu lado e o abracei com toda a minha força, sem saber o que falar ou o que fazer.

A noite perfeita tinha sido estranhamente arruinada, da pior maneira possível.
 

Zayn POV

A ansiedade e o nervosismo tomavam conta de mim.

Minhas mãos não paravam de suar e minhas pernas tremiam, Harry lia as folhas dos exames atentamente, sua expressão era indecifrável, eu sabia que dali não viria coisa boa e já sabia exatamente do que se tratava.

Meu amigo parou de ler e deixou as folhas sobre sua mesa, ele me olhou e não precisou dizer nada, seu olhar já me dizia tudo o que eu precisava saber, Harry apenas balançou a cabeça e suspirou, meu coração estava destruído, não sabia o que fazer ou o que pensar a partir de agora.

- Você precisa contar para ele. - Ele disse, neguei.

- Eu não posso, Harry! - Me exasperei, Liam não poderia saber sobre isso.

- Zayn, escuta bem o que eu vou te dizer. - Ele se inclinou na cadeira, olhando fundo nos meus olhos. - Eu já te acobertei por muitos anos e você sabe disso, nunca achei uma boa ideia esconder isso de Liam, e me arrependo de não ter contado para ele enquanto você estava em coma por causa daquele acidente, mas agora não tem mais volta, Zayn! Você precisar contar pra ele, antes que seja tarde demais.

- Eu não consigo, Harry! - Implorei, sentindo vontade de chorar. - Eu não sei o que fazer.

- Vocês precisam conversar o mais rápido possível, não nos resta muito tempo, você precisa decidir sobre aquilo que conversamos.

- Eu não vou fazer aquilo, Harry. - Respondi decidido.

- PORRA ZAYN! - Ele gritou, jogando as folhas que estavam em cima da mesa no chão. - Se você não contar para o Liam, eu conto! - Seu maxilar estava travado e eu sabia que ele estava falando sério, bufei.

- Tudo bem... só me dê um tempo. Eu vou dar um jeito.

 


Notas Finais


Vamos por tópicos: Alex tirando nudes, quem aí quer que vaze na internet? \õ/
Ayle finalmente se pegando, eu ouvi um amém?? Liam atrapalhando, pô Leeyum
Angie e Rafael... meus queridos, eu planejei algo incrível para Angie nessa história e isso acabou de começar, nesse mesmo capítulo, daqui pra frente nós veremos uma nova Angie se revelando aos poucos
Sobre esse final de Zayn e Harry, eu não direi absolutamente nada, mas digo pra vocês que o último capítulo já está escrito e uma leitora leu ( @IBeliveIn ) e ela quer me bater muito HAHAHAHAHA
Como já disse, já passamos da metade da temporada e no próximo capítulo já terá se passado algum tempo, se aproximando cada vez mais do final de Iridescent
Até a próxima Xx


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