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História Irmão da minha namorada - Calmaria


Escrita por: malmag

Notas do Autor


MEU DEUS, É ISSO MESMO? 106 FAV? EU NÃO TÔ ACREDITANDO, AAAAAAAAA
Vocês são incríveis, sério, eu nem sei o que dizer! Se pudesse abraçaria cada um de vocês e dava um beijinho na testa por que, meu deus, eu não to sabendo lidar com isso. :') uashuahs

Agora falando sobre o cap:
Eu, particularmente, acho ele um cap calmo, sem muitas coisas "chocantes" acontecendo, mas acho importante também pra entenderem um pouco mais da relação que é Minji e Jeon, o sentimento dos dois e pá. E acho que é um começo de aproximação para jikook também, que já estará mais próximo no cap seguinte. :')

Se está desenrolando as coisas muito rápido... Me perdoem, sério. A intenção é meio que essa, a fic não vai ser long e nem nada, mas espero que gostem mesmo assim, estou com algumas ideias já.

Enfim, tô falando de mais, vão ler! Boa leitura, até as notas finais. s2

Capítulo 3 - Calmaria


Fanfic / Fanfiction Irmão da minha namorada - Calmaria

Acordei relativamente tarde no sábado, me encontrando sozinho na cama. Não foi uma coisa que me impressionou, na verdade. Minji tinha essa mania de acordar cedo aos sábados, preparar seu café e sentar perto da janela para ler seu jornal – sim, aquelea de papel mesmo–, eu vivia brincando com ela, dizendo que parecia uma senhora de idade.

Como eu já disse, Minji e eu sabíamos que não nos amávamos de fato. Ela, tanto quanto eu, tinha consciência de que não envolvia aquele fogo da paixão em nosso relacionamento. Então você deve estar se perguntando “por que estão juntos?”

Sinceramente? Porque a gente se gostava, essa era a verdade. Gostávamos da companhia um do outro, mesmo que fosse pra ficar apenas deitados o dia inteiro em um domingo assistindo filmes antigos, ou quem sabe pra ir no cinema assistir algum filme qualquer.

O ponto é que gostávamos de estar juntos, era aconchegante. Nós, primeiro de tudo, éramos amigos. Ela era um tipo de porto seguro para mim como eu era pra ela. Quando estávamos esgotados da rotina cansativa da faculdade, provas e trabalhos, e não queríamos estar sozinhos tínhamos a companhia um do outro; isso era bom.

Eu sabia que, em algum momento, algum de nós iria encontrar aquela pessoa que nos deixaria nervosos, com as mãos suadas e aquele friozinho na barriga, o coração acelerado; sabia que, em algum momento, um de nós iria se apaixonar. E, eu sei que pode parecer egoísmo estarmos juntos sabendo que não tinha esse fogo, mas tinha carinho, respeito, um certo tipo de sentimento. Nós éramos “a pessoa” uma da outra, a quem recorremos quando tinha problema, quando a carência batia ou quando não queríamos estar sozinhos em uma noite de inverno.

Não é o certo, eu sei, mas talvez houvesse medo por detrás, medo de deixarmos um ao outro, de ficar sozinho. Eu não sei o que faria caso me apaixonasse, sinceramente. Fizemos uma promessa de, de todas as maneiras, não magoar ao outro; que, se algum dia – ou, quando formos – terminar, que tentaremos de uma forma amigável, pois a amizade entre nós era grande.

Levantei da cama preguiçosamente, seguindo até o banheiro. Parei em frente a pia, observando minha aparência de quem acabou de acordar. Joguei uma água em meu rosto, pegando minha escova de dente que havia ali e fazendo minha higiene bucal, fiz meu xixi matinal e voltei para o quarto colocando minha camiseta que ainda se encontrava jogada no chão.

Saí do cômodo em passos lentos, o cheiro de café inebriando meus sentidos. Assim que cheguei na sala, pude ver a cena que constatei mais cedo; Minji sentada em sua poltrona perto da janela, uma xícara de café vermelha em mãos e o jornal em seu colo, o qual ela lia concentrada.

Dei uma pequena risada, me aproximando da mesma e dando-lhe um beijo nos cabelos, murmurando um “bom dia”. Logo tive seu olhar preso a mim, um pequeno sorriso se abrindo enquanto a mesma fechava o jornal.

— Bom dia, amor. – ela sorriu, me dando um selinho. — Dormiu bem? – perguntou enquanto eu seguia ao cômodo ao lado, afim de ingerir um pouco de cafeína em meu corpo.

— Dormi sim, Min, e você? Acordada a muito tempo?

— Faz uma hora, mais ou menos. – a mais velha logo se encontrava na cozinha junto a mim, sentando-se em uma cadeira. — Dormi perfeitamente bem.

— Ah, que bom. – disse, me virando para a mesma e apoiando meu corpo na bancada enquanto levava o líquido fumegante até meus lábios, provando do gosto maravilhosamente amargo, fechando os olhos em aprovação. — Deus, que café maravilhoso Mi! – elogiei, abrindo os olhos e dando-lhe um sorriso.

— Ahn, está muito bom, né? Foi o Jimin quem fez. – disse, levando a mão até a nuca em um ato envergonhado, dando uma risada em seguida — Os cafés dele são realmente bons, acho que vou prendê-lo aqui pra sempre, o obrigar a fazer meu café todos os dias. – disse em tom divertido, me arrancando uma risada.

— Caramba, o café dele é realmente muito bom. Faça isso, eu te ajudo. – rimos em conjunto. — Onde ele está, aliás? – perguntei tentando não demonstrar muito interesse, bebericando mais da bebida em minha xícara.

— Hum, disse que iria sair com um amigo hoje, não tinha hora pra voltar. – deu de ombros.

— Ahh, não sabia que ele tinha amigos em Seul. – disse, o cenho levemente franzido.

— Ah, ele tem sim, alguns.

— Sabe, andei pensando no que você disse ontem e acho que vou chamá-lo pra ir no cinema amanhã comigo, o que acha?

— Acho uma ótima ideia! – ela disse abrindo um grande sorriso enquanto se levantava e seguia até mim — Vocês vão se dar muito bem, sei que sim. Fale com ele, vai adorar a ideia. – e ela me dá um beijinho no nariz, indo lavar sua xícara em seguida.

Termino de tomar o café e logo em seguida faço o mesmo, lavando a louça em minha mão. Minji e eu seguimos até o sofá, ela deitada por cima de mim enquanto procurava algum canal com algo interessante pra assistir. Programa de culinária foi o escolhido.

Nossa manhã de sábado foi, basicamente, resumida a isso. Na hora do almoço, Nenhum de nós estava com vontade de cozinhar, então pedimos comida chinesa e deixamos por isso mesmo. Durante a tarde decidimos fazer uma maratona de clássicos animados que ambos gostávamos. Assistimos os três filmes de Rei Leão, Irmão Urso e Lilo e Stitch.

Era por volta de 18h quando Jimin voltou pra casa, se juntando a nós para ver o filme, estávamos assistindo Lilo e Stitch. Ele tomou um banho rápido e, cerca de 10mn depois estava na sala conosco, largado no sofá pequeno. Assim que o filme acabou, Minji se levantou, espreguiçando-se depois de ter passado o dia deitada no sofá – ou em cima de mim, melhor dizendo.

— Bem, eu vou tomar um banho. – e seguiu até seu quarto, deixando apenas Jimin e eu na sala.

O silêncio durou por uns minutos, até eu me lembrar da ideia do cinema e tomar coragem para expor a mesma para o mais velho em voz alta.

— Jimin? – perguntei em um tom de voz baixo.

— Hm? – ele respondeu em um quase resmungo, parecia cansado, tinha os olhos fechados e os braços por cima da cabeça.

— Eu estava pensando em irmos ao cinema amanhã, o que acha? – se a sala não estivesse tão silenciosa como estava, tenho certeza que ele não teria escutado minhas palavras. Mas, como o mesmo virou o rosto para mim, abrindo os olhos vagarosamente e dando um pequeno sorriso, propus que ele havia me ouvido.

— Seria ótimo, eu adoraria. – o tom de voz era baixo e ameno, o que me fez dar um pequeno sorriso com sua resposta.

Voltamos a ficar em silêncio, cada um imerso em seu próprio mundinho, sua própria bolha, eu tinha quase certeza que Jimin tinha caído no sono. Assim que Minji terminou o banho, eu fui tomar o meu. Arrumando-me em seguida para ir embora.

A garota se encontrava na sala, por isso, parei em sua frente e beijei-lhe os lábios.

— A gente se fala, ok? Durma bem. – sorri, fazendo uma carícia em sua bochecha, roubando-lhe mais um beijo. Jimin não se encontrava mais no recinto, provavelmente decidiu que o sofá não era adequado o suficiente e foi dormir em sua cama macia.

Como eu era mais do que de casa, apenas segui para fora do apartamento após me despedir de Minji, indo de forma calma até o meu. Não era mais do que 22h e eu já me encontrava cansado, provavelmente pela rotina desgastante da faculdade que, querendo ou não, cansava bastante.

Cheguei em meu apê e não tardei a seguir para meu quarto, colocando uma roupa confortável para dormir e me jogando na cama, abrindo as redes sociais sem, de fato, procurar por algo. Percebi uma mensagem de Jimin.

Era uma foto de um cinema que tinha na cidade, eles costumavam passar filmes um pouco mais antigos e, na foto, mostrava um em especial “A pele que habito”, com uma simples frase do garoto “podemos ver esse, se não se importa” e nada mais. Mandei confirmando que sim, mas o mesmo não era visto online a quase meia hora, deduzindo que já adormecera. Apenas bloqueei meu celular, o deixando na cômoda ao lado da cama e resolvido a dormir, o que não levou muito tempo pra acontecer.

·

×

.

Era cerca de 16h quando eu estava saindo de casa; havia combinado com Jimin de nos encontrarmos na entrada do prédio para irmos ao cinema. O local que ele mostrara não era muito longe, o que era bom. Como era um cinema especializado em transmitir filmes antigos e clássicos, não se encontrava dentro de um shopping e nada do tipo.

Assim que saí do elevador, avistei a silhueta de Jimin, ele estava com as mãos no bolso do casaco preto que vestia, observava a movimentação escassa da rua em uma tarde de domingo. Me aproximei do mesmo, parando em seu lado e sorrindo pequeno.

— Pronto pra ir? – perguntei em um tom sereno, tendo as orbes castanhas direcionadas a mim, seguido de um sorriso que – quase – me tirou o fôlego.

— Claro. – ele sorriu, começando a caminhar comigo o acompanhando. — Boa tarde pra você também. – seu tom era de divertimento.

— Ah, boa tarde. – dou uma pequena risada. — Como você descobriu esse cinema? Digo, eu moro nessa vizinhança a quase um ano e nunca havia sequer ouvido falar.

— Ah – ele deu uma pequena risada — Eu tenho um amigo que mora aqui perto, ele me falou sobre esse local e eu achei interessante.

— Ah sim, entendi. E sobre esse filme que escolheu, já assistiu?

— Já sim! Você não? – ele me olhou descrente o que arrancou uma risada minha.

— Não, nunca.

— Wow, isso vai ser realmente bom então. – disse passando o braço pelo meu, cruzando-os e logo nos encontramos adentrando o cinema.

O local não estava muito cheio, o que era compreensível levando em consideração que os filmes ali não eram lançamentos e nem nada. Devido a isso, a fila para comprar o ingresso não demorou mais do que cinco minutos.

Assim que nos encontramos com os ingressos em mão, decidimos ir comprar pipoca e refrigerante. Jimin estava animado, dizia que queria ver minha reação com o filme. Paguei pelo refri e pipoca, não deixando o outro protestar por conta disso, seguindo para a nossa sala em seguida.

Nos acomodamos em nossas respectivas poltronas, a pipoca em meu colo e o refri entre nós, o filme prestes a começar. Jimin ansioso ao meu lado, me observava durante todo o filme, sempre atento as minhas reações com cada cena que se passava. Conforme o filme decorria e eu começava a entender toda a história, olhava hora ou outra para Jimin, chocado, e ele apenas sorria, acenando positivamente com a cabeça, como se confirmasse o que eu suspeitava do enredo.

Assim que saímos da sala de cinema, eu não sabia o que dizer, estava chocado. Jimin estava se divertindo com minha reação ao meu lado, rindo da minha cara vez ou outra enquanto seguíamos para fora do estabelecimento.

— E então? – perguntou em um tom divertido.

— Jimin. – parei abruptamente, minhas mãos dispostas nos ombros do mais baixo, meu olhar fixo no dele. — O que raios a gente acabou de assistir?! – perguntei atônito, recebendo uma gargalhada gostosa de se ouvir do loiro, me fazendo franzir as sombrancelha, uma careta se formando.

— Bem louco, né? – ele sorriu, voltando a caminhar comigo ao seu lado. — Eu não gosto do final, acho meio sem sentido, não sei. Mas, em geral, é um filme muito bom. Bem louco, na verdade.

— Cara, isso é inacreditável, sério. – eu ainda tinha uma careta em meu rosto enquanto caminhávamos de volta para o apartamento. — Mas… Foi muito bom, obrigado. – dou um pequeno sorriso para o mesmo, percebendo o quão bom era ficar na presença do mais velho. O incidente do dia anterior sequer era lembrado por mim.

A companhia dele era leve, tranquila, não era preciso forçarmos alguma conversa pois esta fluía normalmente entre nós, era algo natural, tínhamos uma química natural. Conseguíamos nos entender bem, nossas ideias eram parecidas, era bom estar com ele.

Como se tivesse me esquecido desse detalhe durante a tarde toda, sinto, repentinamente, um frio na barriga me tomar. Estava tão entretido durante todo o filme que acabei por ignorar cada vez que o mais velho me olhava – o que era bastante –, os sorrisos que ele me lançava e até mesmo os toques quase discretos que acontecia. Nossas mãos quando íamos buscar pipoca – sim, extremamente clichê –, as vezes que ele apoiou, inocentemente, a mão em minha perna ou quando acabei por segurar em sua mão em uma cena do filme que me deixou intrigado, não percebendo como ele prolongou aquele toque.

Respirei fundo com essas constatações, principalmente ao notar que o mais velho tinha o braço passado por meu ombro e eu, inconscientemente, havia passado uma mão por sua cintura enquanto caminhávamos até o nosso prédio. Acabei por me afastar do toque, o fazendo me olhar em dúvida e eu fingi arrumar meu casaco para disfarçar. O restante do caminho foi silencioso, nenhum de nós arriscando falar nada. Eu estava um tanto desconfortável com a situação, não sabia como agir, então acabava por apenas olhar fixamente para frente.

Assim que chegamos em nosso prédio, Jimin fez questão de me acompanhar até meu apartamento, mesmo com meus protestos. Assim que paramos em frente do meu apartamento, tirei as chaves do meu bolso, encaixando a certa na fechadura, abrindo a porta. Porém, antes que eu pudesse entrar, sinto meu braço ser segurado por Jimin, o que me faz olhá-lo.

— Sabe, foi bom passar esse tempo com você. – sorri.

— Ahn… Sim… Eu me diverti. – respondo um tanto sem jeito.

— Vamos marcar de sair mais vezes, sim?

— Ok ok, tudo bem. – abro um pequeno sorriso.

— A gente se fala, então. – ele sorri novamente e, antes que eu pudesse processar qualquer outra coisa, o mesmo se aproxima e deixa um beijo em minha bochecha.

Nesse momento, sinto meu corpo gelar a respiração travar, o coração acelerado. Ele se afasta e segue para o elevador, um sorriso estampado em sua face, seus olhos presos em mim enquanto acena em despedida, as portas metálicas se fechavam.

Adentrei meu apartamento, um tanto atônito, me jogando no sofá e apenas observando o teto.

“O que está acontecendo comigo?” eu pensava.


Notas Finais


E então, o que acharam? Meio fraquinho né? Me desculpem por isso.
Mas comentem, eu amo os comentários de vocês, sério.
Espero que estejam gostando e até o próximo cap. Beijinhos. <3

Ah, verdade, sobre o nome do cap é só porque ele é mais "calmo" mesmo, tá? Beijos <3


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