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História IRMÃOS HELL - Meu querido anjo


Escrita por: ParkGoJeon

Notas do Autor


Sei que demorou, mas estava sem criatividade e ocupada. Estamos na reta final😭
Aproveitem.

Capítulo 9 - Meu querido anjo


Fanfic / Fanfiction IRMÃOS HELL - Meu querido anjo

Instantaneamente eu perdi as forças que restavam. Meus braços se tornaram dormentes e minhas pernas seguiram o mesmo caminho segundos depois. Meu corpo caiu em cima de Cruel que me agarrou pelos ombros. Me encolhi em seus braços e o mesmo me segurou entre seus braços, segurei sua camisa com força. 

 
Meu coração tinha congelado, não batia mais. Queria que isso fosse verdade, eu queria aquela criança, não me desfazeria dela, mas temia, porque mesmo ainda sendo um feto corria imensos perigos. Embora todo esse tempo eu tentasse evitar que aquilo acontecesse acabou acontecendo. Eu não sabia oque sentir, felicidade ? Tristeza? Qual era o correto? Eu ia ser mãe. Algo que eu esperava ,mas agora? Enquanto Lucian ainda tinha minha guarda, não, agora não. 

 
- vamos fugir. Vamos ficar bem. 


As palavras de Cruel me confortaram, mas não foi o suficiente. Eu sabia que no momento em que Lucian sentisse nossa falta ele nos procuraria no céu e no inferno. 

 
Éramos os herdeiros Hell, um dos mais importantes na classe social, e se Lucian nos tivesse ao seu lado seria um prato cheio, e isso só iria aumentar caso nos casássemos, mas sem nós ele não tinha direito a nada, não tinha poder quase nenhum sob nós. Podíamos muito bem o fazer calar a boca, mas ,ainda assim incesto continuaria sendo um crime e com Lucian ou não na jogada ainda tinha Aaron, não duvidava que ele contasse para todos apenas para ajudar o maldito que era seu pai. 

 
Olhei o céu, as nuvens abriam caminho para o sol nos banhando de luz. Eu não queria um destino ruim para essa criança, a defenderia com unhas e dentes, fruto do nosso amor e obsessão nasce mais um Hell. Aquela criança não teria o mesmo destino que o nosso, ela brilharia na luz, seria criada com amor, veria o mundo como eu não pude, você pensou assim algum dia Rose? Você pensou em nos deixar livres? Abaixei a cabeça, não, com certeza não pensou, sempre fomos indesejados até mesmo para nossa mãe. 

 
Levantei com a cabeça erguida. Olhei mais uma vez para o sol. 

 
- vamos. – Falei, baixinho. Me encaminhando para as sombras.

Seu rosto estava apoiado contra a janela, e mesmo que estivesse no volante em nenhum minuto deixava de olhar para Lilith. 

Um filho. Ainda não tinha me acostumado com aquilo, a visão de algo com o rosto de Lilith mexia comigo e pensar que ela o carregava agora em si, de certo modo mexia comigo. 

 
Agora a preocupação era em dobro, não estava apenas escondendo que amava minha irmã ,alguém do meu próprio sangue, agora tinha que proteger o resultado do nosso amor, tinha que proteger o nosso filho do mundo. 

 
Foi assim que se sentiu George? Você nos quis esconder por isso?
Não. Queria nos esconder porque se ele morresse seriamos os únicos, os legítimos. Para ele não passávamos de um objeto. 

 
- se o carro capotar a culpa vai ser sua – seus olhos me encararam, de lado. Odiava quando ela fazia isso. Queria que ela olhasse unicamente e completamente para mim, apenas para mim, mas nem mesmo ela , a que se recuperava mais rápido conseguia fazer aquilo, não naquele momento.

 Eu sabia que por dentro, no fundo dos seus sentimentos ela me culpava, me culpava porque sabia que aquela criança teria um futuro desastroso. Assim como o nosso. Estacionei o carro e frente ao apartamento, suas mãos se estenderam e abriram a porta do carro. Ela estava me esperando do outro lado, as mãos no bolso do casaco e os cabelos cobrindo parte do rosto. Me lembrava de quando começamos tudo isso, quando seu rosto começou a ficar sem expressão, já tinha se passado 10 anos.

Passei por ela, segurando sua mão a puxando para andar. Sabia que precisava deixa-la sozinha. Mas toda vez que isso acontecia nada dava certo, e eu não a deixaria em momento nenhum. Eu a protegeria, e dessa vez mais do que antes. Não deixaria ninguém nem sequer toca-la. Ela era minha e a criança também, e nenhum fio do cabelo deles seria tocado. Abri a porta e a fechei rapidamente. A peguei em meus braços e a levei até o quarto. Assim que seu corpo se encontrou com o colchão seus cabelos lisos deslizaram de sua face. Ao olhos estavam apagados e raivosos, tristes e protetores. Como os de uma onça. 

 
A cobri com o meu corpo, a encurralando com meus braços e pernas. Precisava que ela olhasse para o meu rosto , naquele momento era a única coisa que eu desejava. 

Seus olhos se direcionaram a mim. Eu queria lhe mostrar que estava ali, que conseguiríamos, que tudo daria certo. Eu faria dar. 

 
Seus olhos pareceram cravar na minha alma, estendi minha mão e toquei seu rosto com delicadeza, palavras não seriam o suficiente. Me abaixei pouco a pouco apenas a tocando, a lembrando que eu estava ali. Que eu era sua muralha, sua proteção. Que eu era dela.
E que aquela criança por mais que ainda não passasse de um feto, era nosso filho, e que morreria para protege-los. 

 
Seu corpo começou a se mexer, automaticamente fiquei parado, esperando. Como eu fiz por oito anos, apenas a esperando, esperando seu nascimento, sua existência. Seus dedos tocaram os meus ombros e foram subindo cada vez mais, chegando ao meu pescoço, e com a outra mão o segurando com força. Apenas a fitei, minha vida era dela, sempre foi, seria o certo cair por suas mãos. Embora eu soubesse, ela jamais faria aquilo. Ela nunca conseguiria, assim como eu também não. 

 
Seus olhos se estreitaram, deixando as lágrimas caírem. Seu corpo me pressionou a deixando por cima, me banhando com seu desespero e lágrimas. Apenas fiquei parado, hipnotizado pelo seu rosto, pelo seu sofrimento ,que eu havia causado. 

 
Eu jamais me importei em me machucar, havia uma armadura indestrutível me cobrindo, que apenas ela podia me tirar, mas naquele momento ela não estava me machucando, não do modo que queria, ela estava se machucando e a ver sofrer me machucava , era como um tiro que poderia levar a morte. 


 
Cruel abriu os braços sem nem sequer parar de olhar para ela, parecia a imagem de um anjo, um anjo despedaçado caído do céu.
É isso que nós somos. 

 
Quebrados e destinados a quebrar o outro. 

 
- pare. 

 
Seus braços tremeram e folgaram o aperto. Seu rosto então pareceu acordar, percebendo oque estava fazendo ela se afastou, mas antes eu a puxei pelo braço. 

 
- Cruel. – sua voz parecia se desculpar. A puxei para mim e a abracei a cobrindo com meus braços, os braços que embora ela machucasse sempre estariam abertos para ela. 

 
Não demorou muito para ela adormecer nos meus braços, com relutância me levantei, incomodado em lhe deixar sozinha. 

 
Fui até o banheiro e me encarei, o pescoço estava vermelho, com a marca dos seus dedos. Tomei um banho e sai do box secando os cabelos, sem em nenhum momento desviar o rosto do espelho. Aquela marca era prova do seu desespero. Da sua aflição e preocupação, eu poderia muito bem ter tirado suas mãos de mim com facilidade, mas era Lilith, e minha vida pertencia a ela. 

 
Desde o momento em que ela respirou pela primeira vez. 

 
Sai do banheiro em direção ao closet, peguei uma calça moletom e só. Terminei de me secar enquanto andava de volta para o quarto. Lilith estava deitada com os cabelos espalhados pelo travesseiro, o lençol cobrindo uma parte do corpo e mão na barriga, ela já o sentia. 


Essa era a diferença de Lilith para a nossa mãe, uma das inúmeras, Rose nunca nem teve sequer afeição por nós, nunca demonstrou carinho que não fosse falso, mal nos segurava quando pequenos, e Lilith ainda foi o extremo. Rose tentou lhe matar e Lilith como resposta a matou por dentro, mas ao contrario de Rose, eu sabia, Lilith pretegeria aquela criança com unhas e dentes, mataria quem machucasse seus sentimentos e além de tudo a amaria mais do que era possível um ser humano amar. Me deitei do seu lado e a puxei para mim. Sabia que não conseguiria dormir, mas vê-la fazer isso já era o suficiente para mim.


Já deveria ser noite quando eu acordei, cansada e mole. Me levantei da cama, Cruel estava deitado com os olhos fechados, um breve cochilo. Me deitei de barriga para baixo e comecei a observar seu rosto. Ele seria parecido com ele? Teria seus traços delicados e fortes, ou seria como eu, alto e com poucas formas? Não importava, nasceria lindo. Um perfeito anjo. 

 
Senti um toque sob minha pele exposta, Cruel. Seus olhos se abriram e sua mão começou a acariciar a minha pele, descendo do meu quadril e indo para o meu ventre. Segurei sua mão e a coloquei no lugar certo. Aqui está o nosso filho, lhe falei com o olhar, sei que ele entendeu. 

 
Seus braços me puxaram para ficar entre seu corpo, me alinhando em seus músculos perfeitos. Encostei a cabeça contra seu peito volumoso ,podia sentir seu coração calmo, quase imperceptível. 

 
Com o tempo me vi um pouco desconfortável, me ajeitei entre seu corpo e relaxei. Estava olhando para o nada quando senti seus lábios tocarem minha pele. Pescoço, ombro e braços, deixando em cada lugar uma pequena marca vermelha e uma sensação boa. Suas mãos subiram minha roupa com facilidade, tocando cada pedacinho meu, pressionei meus lábios contra os seus. 

Me virei e me sentei em seu colo, pequena em comparação a ele. Seu corpo se encostou na cabeceira da cama e seu corpo se fixou na cama com força. Segurei sua nuca com força, puxando seus cabelos brutalmente. Minha roupa já tinha sumido em momentos, estava apenas de lingerie ,seus dedos já se introduzindo dentro de mim, se mexendo devagar , rebolei contra seus dedos e arranhei suas costas e logo em seguida sua barriga, segurei o cós da sua calça e a tirei com facilidade, já estava acostumada. Seus dedos frios tocaram minha pele tirando meu sutiã como um passe de mágica. Seus dedos puxaram meus seios com vontade ,os puxando para perto dos seus lábios, os mordiscando e apertando. Gemi e arqueei as costas, minhas unhas fincaram em seus ombros e suas mãos me puxaram para sentar na sua ereção, exatamente em cima dela. Extasiada o puxei para um beijo, seus dedos apertaram minha cintura com força, deixando marcas. Me apoiei em seus ombros, deslizando minhas mãos pelo seu corpo, interrompi o beijo arfante, joguei a cabeça para trás, com um pequeno sorriso. Cruel segurou minha cintura e começou a distribuir chupoes pelo meu pescoço e colo, deixando sua marca. 

 
Sua mão para e seu corpo paralisa. Entendo, agora não. 

 
Me levanto da cama frustrada , sigo para o banheiro e assim que entro me inclino na pia. Estava acabada, cansada e com uma pequena ânsia a vir. Abri o armário do banheiro tirando alguns comprimidos, os engoli e entrei no box. 

 
Meu corpo relaxou em segundos. Estava mais cansada do que o normal, minha mente pesava e meu corpo não reagia. Sai do box me enrolando em um roupão, comecei a pentear meu cabelo ainda sem muita coragem de ir para o quarto. Me olhei pelo espelho, parecia que tinha engordado alguns quilos, parecia mais saudável. Meu rosto tinha mais cor e minha bochecha parecia um pouco mais cheia. Deveria ser o efeito da gravidez. 

 
Sai do banheiro quase pronta, me vesti, uma blusa branca comprida , uma calça e um coturno. Procurei Cruel, estava tomando banho, entrei no banheiro e abri o box, ele me olhou por cima do ombro. O cabelo escorria comprido pelos ombros, as mãos ocupadas lavando o cabelo mostrando a tatuagem. Seus olhos me avaliaram com interesse. 

 
Me escorei na porta do box e cruzei os braços. 

 
- não está com raiva. Oque aconteceu? 


- nada. – disse dando de ombros. 

 
Continuei a olha-lo enquanto tomava banho. Era como um anjo, se tornava mais belo a cada milímetro avaliado. O modo como seus cabelos caiam sobre seus ombros ou como os músculos eram talhados com perfeição. 

Tudo tão perfeito para mim. 

 
Sai da porta dando espaço para ele passar. Ele nem sequer tinha se preocupado em se enrolar em uma toalha. Suas mãos abrem uma gaveta procurando uma toalha para secar os cabelos. 

 
- segunda. 

 
Ele abre a gaveta e puxa a toalha. Me sento em cima da pia o olhando de lado. Seus olhos me fitaram com interesse. 

 
- você bateu a cabeça em algum lugar? 

Cerrei os olhos e bufei. 

- apenas queria olhar para você. 

 
Ele larga a toalha e fica entre as minhas pernas.

 
- acho que você merece mais do que apenas olhar. – sua mão toca em uma mecha do meu cabelo e a coloca atrás da minha orelha. Estendo minha mão, mas paro. Ele me encara e antes que eu puxasse minha mão por completo ele a puxa para si colocando-a em cima do seu coração. Sua pele estava quente e seu coração batia forte, levantei a cabeça olhando seu rosto de anjo demoníaco. 

 
- eu te amo


Seu rosto mudou de expressão estava feliz. Sua mão me envolveu minha cintura e me puxou mais para perto. Ergui o rosto ficando a centímetros do seu e o beijei.

Estava deitada no sofa, já eram 8 horas, não tinha ido para a escola, Cruel achou melhor não ir. Me levantei com o celular na mão, apitava a cada minuto com uma mensagem de Theo. 

 
Meu celular vibrou de novo. Theo. 

 
Baguncei os cabelos e acabei atendendo. 

 
- Qual o seu problema, estou tentando falar com você a quase uma hora. 


Me sentei no braço do sofa. 

 
- não queria falar com ninguém. 

 
Pausa. 

 
- mentir é feio Hell. Porque não veio. 


- achei melhor ficar em casa. Aconteceram algumas coisas. 

 
Ouvi ele suspirar. 

 
- me encontre no ginásio em meia hora. Precisamos conversar. 

 
- Theo... 


- apenas venha. Não posso falar por telefone, acho que você está em perigo. 

- chego daqui a pouco. 

 
Desliguei o telefone ainda ouvindo a voz de Theo. 

 
Fui até o quarto e peguei uma bota e um sobretudo, olhei no espelho e sai de casa. 

 
Andei o mais rápido que pude, queria voltar o mais rápido possível. Algo em mim estava com medo. Acho que você está em perigo, as palavras tinham grudado na minha mente. Precisava contar a Cruel ,mas antes tinha que ter certeza. 

 
Cheguei na escola e olhei para os lados, o portão estava fechado. Andei em volta do muro e pulei caindo com delicadeza no outro lado. Olhei por cima do ombro vendo se não via ninguém e logo depois continuei a andar. 

 
Theo estava sentado em uma das cadeiras do ginásio quando entrei. Os cabelos presos em um elástico, a figura esguia largada em cima dos bancos. Assim que me viu se ajeitou e me chamou com um movimento de cabeça. 

 
Me aproximei passos longos e fiquei ao seu lado. 

 
- oque você quis dizer com aquilo – seus olhos se estreitaram. 

 
- Lucian descobriu sobre vocês. Aaron contou.

 
Gelei e quase cai para trás. Me apoiei em uma cadeira e senti meu estômago revirar. Virei a cabeça e pus tudo para fora. Limpei a boca com o casaco e mirei Theo de volta que estava com a expressão triste. 

 
- então era verdade. Você está grávida. 

 
- como você? – perguntei assustada. 

 
- eu estou na lista dos mais ricos Hell. Apenas pedi para alguém observar você, que a protegesse. A dois dias chegou a notícia aos meus ouvidos e provavelmente já chegou a Lucian. 

 
- não é possível. Aaron não teria coragem. – era inacreditável. Me sentei de cabeça baixa, como aquilo era possível? Logo agora? Apertei minha mão na barriga, Lucian não faria nada com aquela criança.

- ele teve. Ele contou, vocês precisam sumir imediatamente. – Theo me estendeu a mão. Parei de me mecher quando senti meu celular vibrar no bolso do casaco. 

Era Cruel. 

 
- Aonde você está?
Reprimi a vontade de me desfazer em lágrimas, mas Theo estava ali. Não choraria na frente dele. 

 
- na escola. Cruel por favor venha me buscar. 

 
Eu estou  com medo. Apertei mais a minha mão no meu celular. 

 
- chego em cinco minutos. 

 
Alguns minutos se passaram e eu não aguentei. 

 
- Hell ! 

 
Ouvi Theo gritar. Eu deveria ter ouvido. Eu deveria ter ficado. Assim que sai do ginásio em disparada e ia atravessando a rua um carro parou e dois homens saíram de dentro dele, homens de Lucian. Vi o carro de Cruel na esquina e ele gritar meu nome, eu corri, passei pelos homens e fui em sua direção. 

 
Não foi o suficiente. 

 
Eles pegaram e pela primeira vez eu chorei em publico. Implorando, suplicando para que me soltassem. 

 
- por favor, não. Cruel! 


Ele não chegou a tempo e eu fui levada. 

 
- CRUEL

 
Foi a última coisa que saiu dos meus lábios antes de apagar.  


Notas Finais


Sei que tá meio bosta, mas tentei ao máximo.


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