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História Ironia do Destino - Por Favor, Me Ajuda


Escrita por: lp_

Notas do Autor


EU AINDA TENHO LEITORES?!

Olá, gente! Tô viva!!!
Não vou tomar o tempo de vocês, sei o quanto esse capítulo demorou a sair. Portanto, tudo que tenho pra falar estará nas notas finais.

LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!

Boa leitura!

Capítulo 13 - Por Favor, Me Ajuda


Fanfic / Fanfiction Ironia do Destino - Por Favor, Me Ajuda

Robin acordou primeiro que Regina e ficou admirando-a dormir. Ele estava com pena de acordá-la, ela dormia tão lindamente ao seu lado. Resolveu então descer e preparar um café da manhã pra ela, ainda tinham tempo até a hora dela acordar para trabalhar. 

 

Ele preparou uma linda bandeja, com tudo que ela mais gostava de comer pela manhã. Porém, enquanto se encaminhava para o quarto, para acordar sua amada, viu seu celular vibrar em cima da bancada da cozinha. Olhou a tela do celular e leu o nome “Marian” escrito. Pensou em deixar tocar, pois não estava com a mínima vontade de falar com ela, mas poderia ser algo importante relacionado ao Roland, afinal era cedo para ela estar acordada. Resolveu atender:

– Alô, Marian.

Oi, Robin. Finalmente você atendeu esse telefone. - Bufou.

– Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupado.

Sim, estou te ligando, pois o Roland amanheceu com febre, eu não sei o que fazer... Onde você está? Volta logo Robin, eu estou nervosa, sem saber como agir. - Na verdade Marian fazia ideia da onde ele estava, afinal ele não dormiu no acampamento, só podia estar com Regina.

– Calma Marian, não deve ser nada. Eu já estou chegando. 

 

Robin desligou o telefone, sem dar tempo para ela responder. Respirou fundo colocando o celular no bolso. Subiu as escadas e quando entrou no quarto viu Regina se espreguiçando, ela já estava despertando.

– Bom dia, meu amor. - Colocou a bandeja na ponta da cama e lhe deu um selinho.

– Bom dia. - Sorriu. – Acordei e não te encontrei na cama, achei que já tivesse ido embora.

– Jamais iria embora sem um beijo seu. - Roubou-lhe outro selinho, fazendo Regina sorrir. – Fui preparar uma bandeja de café da manhã com tudo que você gosta. - Colocou a bandeja mais próxima dela. – Queria te fazer essa surpresa.

– Eu amei, obrigada. - Regina ficou o olhando encantada, com um lindo sorriso nos lábios.

– O que foi?

– Queria tanto acordar ao seu lado todos os dias. Por que tudo tem que ser tão complicado?

– Ei, a gente vai dar um jeito. Tudo que eu mais quero e te ter pra sempre em meus braços. Por favor, não duvide disso nunca mais.

– Me desculpa, Robin. Por ter duvidado de você. Por ter dito todas aquelas coisas. Eu... Eu estava...

– Você estava com raiva de mim. - A interrompeu. – E eu entendo. Não precisa se desculpar. Só promete pra mim que não permitirá que ninguém atrapalhe a nossa relação de novo?!

– Eu prometo! - O beijou.

– E pode deixar que terei uma conversa com Marian. Essas mentiras que ela inventou... - Respirou fundo. – Ainda não sei o que fazer a respeito, mas assim não ficará, tenha certeza. Só me preocupo com Roland no meio disso tudo...

– E como ele está? - Regina tentou mudar o foco daquela conversa, não queria estragar sua manhã falando daquela cobra.

– Não está sendo fácil tudo isso pra ele. Marian não é a melhor mãe do mundo, na verdade ela está bem longe de ser. - Abaixou a cabeça ao se lembrar do seu filho chorando e lhe contando como Marian o tratava. – Sem falar que ele morre de saudades de você, acho que você pôde perceber lá no Granny’s, quando ele te viu. - Ele sorriu.

– Também morro de saudades dele. - Sorriu ao se lembrar do pequeno.

– Só dele? - Robin perguntou com uma sobrancelha arqueada e um bico nos lábios esperando por uma resposta da morena.

– Não, seu bobo. - Sorriu. – Sinto muita saudade do pai dele também. - Regina puxou Robin para um beijo, não apenas um selinho como os anteriores, mas sim um beijo de tirar o fôlego. Queria matar a saudade do seu amor. Eles se separaram quando o ar se fez necessário, colando suas testas uma na outra, apenas aproveitando a presença um do outro.

– Acho melhor você comer, senão você se atrasará para ir pra prefeitura. Eu fiz uma vitamina de maça, mas também tem café, se quiser. - Ele falava enquanto ia mostrando a ela o que havia preparado. – Também tem pão e torrada. Achei essa geleia de morango na geladeira, sei o quanto você gosta. - Quando Robin destampou o pote de geleia, Regina sentiu aquele cheiro forte. Estava tão feliz por ter acordado sem enjoou, mas sua felicidade durou bem pouco naquela manhã. Rapidamente tampou de volta o pote e colocou a mão na boca. Robin estranhou a atitude dela e notou que ela estava mais branca que o normal.

– Regina, você está sentindo alguma coisa? Você tá pálida.

– Não... Mas esse cheiro tá muito forte. Está me embrulhando o estomago.

– Mas é sua geleia preferida. Será que está estragada? - Robin abriu o pote de geleia mais uma vez, cheirando o conteúdo, conferindo se estava boa ou não. – O cheiro está normal, Regina. Será que está fora da...

– Robin, por favor, fecha isso! - O interrompeu.

 

Regina tentou segurar ao máximo aquela ânsia de vomito, mas fracassou. Correu para o banheiro, fechando a porta logo em seguida. Robin ficou sem saber o que fazer. Correu para porta do banheiro, mas ela havia trancado. Só ouvia Regina passando mal lá dentro, queria poder ajudar.

– Regina, abre essa porta! - Robin chamava por ela, enquanto batia na porta. Regina nada respondeu. Após poucos minutos ela saiu do banheiro. – Regina, o que você está sentindo? Você tem que ir ao médico! Vamos! Se arruma que eu te levo. 

– Robin, se acalma! Eu não preciso ir ao médico, eu estou bem.

– Claro que precisa, Regina. Você passou mal no Granny’s, Henry disse que não foi à primeira vez, e agora você passou mal de novo. A gente precisa saber o que você tem.

– Eu não estou doente, eu sei o que eu tenho.

– Então o que é? - Regina respirou fundo criando coragem para contar o que ela tinha. Porém, assim que ela abriu a boca para responder, o celular de Robin tocou, ele tirou do bolso e viu quem era.

– É a Marian. Ela me ligou mais cedo dizendo que o Roland está com febre. - Regina abaixou a cabeça, odiando saber que aquela mulher estava ligando para Robin, mas ela sabia que ele tinha que atender.

– Atende, deve ser sobre ele. - Robin a olhou buscando confirmar se era mesmo isso que ela queria que ele fizesse. Ela concordou com a cabeça e ele atendeu.

– Marian, aconteceu alguma coisa?

Robin, pelo amor de Deus, ele está vomitando, eu não sei o que fazer. Você vai demorar? Você não disse que já estava vindo?

– Marian, eu já estou indo. Fica calma. Eu chego aí em alguns minutos. - Desligou. – O Roland está vomitando, Marian está desesperada sem saber o que fazer. - Robin passou a mão nos cabelos, preocupado. Não sabia o que fazer. Não sabia se ia até o filho ou se levava Regina ao médico.

– Vai ver seu filho, Robin.

– Mas e você?

– Eu estou bem. - Se aproximou dele acariciando seus braços. – Vai ver como ele está, e depois me manda notícias. Eu vou ficar bem, não se preocupa.

– Qualquer coisa que você sentir você me liga, ok? - Ela concordou com a cabeça. – Agora se alimenta, por favor, você precisa comer.

– Eu sei, pode deixar que eu vou me alimentar. Agora vai! Seu filho precisa mais de você do que eu. - Deu um selinho nele. – Depois a gente conversa.

 

Robin foi correndo para o acampamento saber como Roland estava. Chegando lá, encontrou o menino deitado na cama, com frio. Marian estava ao lado dele, mas Robin decidiu ignorar a mulher. Por hora só queria saber se seu filho estava bem, portanto se aproximou do menino dizendo:

– Ei, campeão, como você está? - Robin passou a mão no rosto do menino, como forma de carinho, e pôde constatar que ele ainda estava com febre. 

– Minha barriga dói, papa. Tá muito frio aqui.

– O frio é por causa da febre meu filho, papa vai comprar um remédio pra febre passar. - Sorriu, tentando tranquilizar o menino. – Já a dorzinha na barriga, aposto que foi por alguma besteira que Little John te deu ontem pra comer, estou certo? - Roland balançou a cabeça concordando, envergonhado. – Já te falei para não comer essas porcarias que ele te dá, quanto mais de noite, mas você é teimoso... Ainda come escondido! Aí agora está passando mal. - Robin falou sério, dando uma leve bronca no filho.

– Eu não vou mais comer as porcarias que o tio John me dá, papa. 

– Acho bom, meu filho! - Sorriu. – Vou preparar um chazinho pra sua barriguinha ficar melhor e vou comprar um remédio pra baixar sua febre. Se até o fim da tarde você não melhorar, vamos ter que ir ao médico.

– Ai! Médico não, papa!!! - Roland pulou para o colo de Robin, já chorando. – Não quero levar injeção de novo não.

– Calma, meu filho. Se Deus quiser, você vai se sentir melhor após o chazinho e o remédio. Mas se tiver que ir ao médico, você não levará injeção não, prometo.

 

Robin ficou por um bom tempo acalmando o filho, mas assim que saiu da cabana, para preparar o chá para Roland, ele percebeu que Marian tinha vindo atrás dele. Ele não queria ter que lidar com ela agora. Seu filho estava doente e precisava dele. 

 

Ele estava com raiva dela, ainda não sabia como ela tinha sido capaz de envenenar Regina contra ele, de forma tão baixa. Essa não era a Marian que ele conheceu, ou será que ele realmente não a conhecia? Queria manter certa distância dela, pois sabia que se começassem a conversar, ele seria grosso com ela e eles brigariam feio.

 

Marian por sua vez, estava louca para saber onde e principalmente com quem ele havia passado a noite. É claro que ela desconfiava que era com Regina, mas queria ter certeza. Ao mesmo tempo estava com medo de falar com ele e descobrir que Regina tinha desmentido sua versão da história e havia envenenado Robin contra ela. Só que com a verdade, diferente dela que inventou absurdos a respeito de Robin, para acabar com o relacionamento dos dois. Porém, mesmo com tudo isso, Marian se sentia no direito de exigir explicações.

– Robin, onde você estava? Estou te ligando há horas e você não me atende...

– Marian, eu já estou aqui não estou? - A interrompeu. – Então me deixa preparar o chá do meu filho.

– Nosso filho! - Respirou fundo. – Você estava com ela, não é?

– Eu não lhe devo satisfações, Marian! Quantas vezes tenho que dizer que não temos mais nada? Pra mim você já tinha entendido isso... - Respirou fundo, tentando se acalmar, pois agora não era a hora de ter essa conversa com ela. – Vai ficar com o Roland. Não quero discutir com você, não com o Roland doente precisando de mim.

– Não precisa nem responder, Robin. Eu sei que você estava com ela, que dormiu com ela... - Marian secou algumas lágrimas que escorreram pelo seu rosto. – Eu também não quero discutir. Preciso ir a farmácia comprar algumas coisas, pode deixar que eu compro o remédio do nosso filho.

– Tudo bem. 

 

Marian estava arrasada. No dia anterior Robin havia lhe tratado tão bem, tinha prometido proteger-lhe caso Regina lhe fizesse algo. Mas agora tudo havia mudado. Com certeza ele já sabia a verdade e pior, era questão de tempo para ele expulsá-la de sua vida. 

 

Mas nenhum tudo estava perdido. Ela estava desconfiando de algo, que se confirmasse, teria Robin de novo aos seus pés. Pelo menos assim ela queria acreditar. Mas caso sua desconfiança não se confirmasse, precisava tirar de vez Regina de sua vida. Então, estava disposta a fazer o papel da esposa traída e tirar satisfações com a amante do seu marido.

– Eu te avisei Regina, para sair da vida do meu marido, mas você não me escutou... - Pensou alto.

 

 

***

 

 

Após tomar um café da manhã reforçado e um bom banho, Regina foi para prefeitura. Ela estava se sentindo leve, feliz... Como há tempos não se sentia. Tinha um sentimento de culpa no peito, por não ter contado a Robin que está grávida. Mas ele precisava ir ver o filho, e se Deus quiser, não faltariam oportunidades para ela finalmente lhe presentear com essa maravilhosa notícia. 

 

Poucos minutos depois que já estava na prefeitura, ouviu alguém bater em sua porta. Regina estava distraída, não procurou saber quem era, apenas pediu para que entrasse. Quando levantou a cabeça e fitou quem havia entrado em seu escritório, seu corpo ficou em alerta.

– O que você faz aqui?

– Ora, você achou mesmo que teria meu marido assim, tão fácil pra você?

 

 

***

 

 

Henry havia prometido a mãe que descobriria se toda aquela história contada por Marian era verdadeira. Viu ali a oportunidade de se aventurar em uma nova missão, “Operation Mongoose”*, assim ele nomeou. Havia matado aula naquela manhã, com o intuito de ir até o acampamento de Robin, em busca de informações. Precisava descobrir se Marian estava mentindo ou se Robin estava mesmo enganando Regina.

 

Henry estava escondido entre as árvores quando viu Robin chegar e entrar em uma cabana. Surpreendeu-se quando, alguns minutos depois, Robin, seguido de Marian, saíram da cabana, porém, com caras não muito boas. Aproximou-se com cautela dos dois para conseguir ouvir o que eles falavam.

 

Percebeu que a conversa não tinha um tom amigável e pode confirmar quando Robin se alterou deixando claro para Marian que não lhe devia satisfações, respondendo quando ela havia perguntado se ele estava com “ela”. Com toda certeza esse “ela” se referia a sua mãe. Sorriu ao se lembrar de ter ajudado os dois na noite anterior, quando Robin apareceu na porta da casa de Regina e ele mesmo mandou Robin entrar. Estava aliviado, pois não receberia nenhum castigo de Regina, uma vez que os dois aparentemente haviam se entendido.

 

Pelo visto todo conto de fadas que Marian havia narrado para Regina não era real. Robin estava visivelmente chateado após a pequena discussão com Marian e ela havia saído do acampamento secando suas lágrimas. O garoto estava pronto para ir embora quando pisou em um graveto que se quebrou fazendo barulho anunciando para Robin que alguém estava ali. “Merda” pensou.

– Quem tá ai? - Robin perguntou já se armando em defesa.

– Sou eu, Robin. - Henry respondeu saindo de seu esconderijo com um belo de um sorriso amarelo no rosto evidenciando sua vergonha.

– Henry, o que faz aqui? Não tinha que estar na escola?

– É... Tinha... - Respondeu sem graça por ter sido pego no flagra. – Por favor, não conta pra minha mãe! - Pediu com as mãozinhas juntas.

– E por que eu não faria isso?

– Porque eu só estou aqui para ajudá-la. - Robin arqueou uma sobrancelha para o menino. – Eu não aguento mais ver minha mãe sofrer. - Disse sincero.

– Te entendo, rapaz. Também não quero mais ver sua mãe sofrer... Vamos fazer assim, senta ai. - Apontou para um tronco de árvore perto da fogueira. – E me espera que já volto para conversar com você. Preciso fazer um chá para o Roland que está doente. Pode ser?

– Aham, eu espero.

 

 

***

 

 

– Marian, por favor, vai embora. Eu não quero discutir com você. - Regina respirava fundo tentando se acalmar. Não queria e nem podia ficar nervosa, tinha que pensar primeiro em seu bebê.

– Mas eu quero! - Marian foi andando em direção à mesa de Regina, até estar bem próxima a ela. – Se você pensa que vai roubar o Robin de mim, você está muito enganada. Eu já te avisei... Eu acabo com você antes disso! - Regina começou a gargalhar, se levantando da cadeira. Seu sangue começava a ferver.

– E como você pretende acabar comigo? Olha pra você e olha pra mim.

– Eu não tenho medo de você, pelo menos não mais. Aqui, neste mundo, você faz esse papel ridículo de boa moça, tenho certeza que não seria capaz de fazer nada contra a esposa do Robin, mãe do filho dele. - Sua frase carregava um tom de sarcasmo e deboche, deixando claro para Regina quem ela era. – Sem falar que ele te desprezaria para todo sempre se algo me acontecesse. - Sorriu vitoriosa. – Portanto, estou aqui pra te avisar, pela última vez, que o Robin é MEU MARIDO! - Gritou. – Você só é a puta que ele levava pra cama quando não tinha mais a mim, A ESPOSA DELE.

– Ah é? - Regina deu a volta na mesa, ficando cara a cara com Marian. Tentou se controlar e manter a calma, mas ouvir tudo aquilo calada estava fora de cogitação. – Então o que o seu marido estava fazendo na minha cama ontem à noite, hein? - Agora foi a vez de Regina sorrir vitoriosa. Marian estava roxa de raiva. Ela levantou a mão para Regina com o intuito de lhe dar um tapa na cara, mas Regina foi mais rápida e segurou seu punho. – Nem ouse! - Avisou.

 

 

***

 

 

Robin já havia preparado o chá para Roland e o menino já havia bebido quando ele se aproximou de Henry para que finalmente pudessem conversar. Estava um pouco desconsertado com aquela situação, afinal de contas ele tinha grande parcela de culpa no sofrimento de Regina. Mas, assim como Henry, não queria mais vê-la sofrer. E muito menos queria ser a pessoa que a fazia sofrer. Ele queria ser o motivo dos sorrisos de sua morena, assim como ela sempre foi o motivo dos seus, desde que a conheceu.

– Ei, desculpa ter feito você esperar. Roland acordou um pouco doentinho hoje, fui dar um chazinho a ele pra ver se ele se sente melhor. Agora ele está dormindo, podemos conversar.

– Não precisa nem se desculpar, matei aula mesmo... Tô com tempo. - Sorriu, brincalhão.

– Se sua mãe souber disso vai querer te matar... E me matar também... - O repreendeu com o olhar, mas sua boca estampava um sorriso.

– Mais um motivo pra ela não ficar sabendo! - Piscou.

– Não havia pensado por esse lado... Pode deixar, não contarei nada a ela. Segredo nosso! - Sorriu. – Mas então, posso saber o que o senhor fazia escondido entre as árvores ao invés de estar na escola?

– Então... Estou aqui em uma missão. - Robin arqueou as sobrancelhas, sem entender muito bem. – Prometi a minha mãe que descobriria se toda aquela história que Marian contou a ela, no dia do Granny’s, é verdadeira ou não.

– Ah... Então é sobre isso que essa missão se trata... - Robin respirou fundo. – Ontem ela me falou mais ou menos o que aconteceu.

– Ela está sofrendo muito com essa situação. Marian falou coisas horríveis pra minha mãe. E como você desconfiou dela, ela começou a acreditar em tudo que Marian havia lhe contado.

– Eu não desconfiei dela. Eu... Eu só queria entender o que havia acontecido...

– Eu sei, eu disse isso pra ela, mas ela ficou cega e acabou se deixando levar. Mas pela pequena discussão que eu acabei de ver aqui, você e Marian não estão juntos, não é?

– Por Deus, Henry! Eu e Marian não temos nada!!! Eu disse isso ontem a Regina, e espero que ela tenha acreditado em mim, pois não sei viver mais sem ela. Eu amo sua mãe, Henry.

– E minha mãe te ama. - Robin respirou fundo.

– Eu só não sei o que fazer nessa situação... Marian é a mãe do meu filho. Regina é a mulher que eu amo. Não sei como agir... Hoje vou ter uma conversa com Marian, isso que ela fez foi muito grave, não pode ficar assim!

 

 

***

 

 

– ME SOLTA! - Marian gritou, se soltando de Regina. – Eu te avise da outra vez, que o Robin estava te enganando, mas pelo visto você é muito BURRA, e caiu na lábia dele outra vez. O que ele te disse? Que não me convidou para morar no acampamento? Que a ideia foi minha, né? Aposto que ele disse também, que era pelo Roland que ele aceitou que eu fosse morar lá, estou certa? - Regina abaixou a cabeça segurando as lágrimas, essas eram as exatas palavras de Robin. Enquanto Marian riu, debochando da reação dela. – Que papelão, Robin... Colocar a culpa no seu próprio filho, só para enganar a pobre coitada.

– Robin não seria capaz disso...

– MAS FOI!!! - Gritou interrompendo-a. – Entenda de uma vez por todas, ROBIN É MEU MARIDO! Estamos juntos, felizes... ELE ME AMA! Quanto a você... - Apontou para Regina. – Você é passado. E quer saber?! Sinceramente, eu não me importo que ele tenha transado com você ontem a noite. Não me importo... Sabe por quê? Porque a família dele SOU EU e o NOSSO FILHO! Você é só a vadia com quem ele me traiu. Ele não vai largar a família dele por você, pode esquecer isso! Robin é um homem de princípios. Ele deu a palavra dele quando nos casamos, que fosse até que “a morte nos separe”. E ela até nos separou, mas o nosso amor é maior do que isso, e estamos juntos de novo. E NÃO SERÁ VOCÊ QUE IRÁ ATRAPALHAR ISSO! - A essa altura, Regina já não conseguia mais segurar suas lágrimas, que escorriam sem lhe pedir licença. Não queria acreditar em Marian. Havia prometido a Robin não colocar o amor dele aprova outra vez, mas cada palavra que Marian lhe dizia, plantava uma dúvida cruel em seu coração. Começou a respirar fundo, na tentativa de se acalmar. Estava sentindo umas cólicas incomodas no ventre.

– Você é louca! O Robin não te ama mais... - Regina afirmava mais para si do que para Marian, como forma de convencer a si mesma de que Marian estava mentindo, que Robin não seria capaz de enganá-la.

– Ah, não?! - Marian se aproximou de novo de Regina. – Só por que ele falou palavrinhas bonitas pra você ontem à noite? - Riu. – Eu achava que a temida Evil Queen fosse mais esperta, e não caísse na lábia de qualquer um. Você é digna de pena Regina. Ficará sozinha, esse é o seu destino! Você acabou com a vida de tanta gente, arruinou tantas pessoas... Você acha mesmo que terá um final feliz?!? - Marian debochava de Regina e ela não conseguia mais se defender. As cólicas em seu ventre estavam mais fortes, tinha que manter a calma, pelo seu filho. – Você não tem ninguém, nem o seu filho... Henry o nome dele, não é?

– Não fala do meu filho... - Falou entre os dentes.

– Nem o seu filho... - Aproximou mais o rosto do de Regina, que estava banhado em lágrimas. – É seu mesmo. VOCÊ NÃO TEM NINGUÉM E NUNCA TERÁ!

– AHHHHHH! - Regina gritou de dor, caindo de joelhos no chão, com as mãos no ventre. Marian se assustou a princípio, mas entendeu o que estava acontecendo quando ouvi Regina sussurrar “meu bebê”.

– Você está grávida? - Constatou assustada. – VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA DO MEU MARIDO?!? - Regina nada foi capaz de responder, estava sentindo muita dor. Estava com medo de perder o seu filho. – EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ESTÁ GRAVIDA DO MEU MARIDO!!! – Marian começou a andar pela sala nervosa. Mas parou ao observar Regina. Logo um sorriso surgiu em seu rosto. – Mas pelo visto essa criança não vingará. - Assim que Regina abriu os olhos pode perceber que estava sangrando, ficou desesperada.

– Marian, por favor... - Tentou pedir ajuda, mas sua voz estava falha devido à dor que sentia.

– O que disse? Não ouvi... - Falou em quanto se aproximava dela novamente, com um sorriso perverso estampado em seu rosto.

– Por favor, me ajuda... Me ajuda a salvar meu filho! - Regina juntou todas suas forças, implorando por ajuda. Marian abaixou a sua frente, ficando da altura de Regina, no chão.

– Agora você quer minha ajuda? - Debochou. – Você ficará sozinha, queria. - Acariciou o rosto de Regina, em puro escarnio. – POIS É ISSO QUE VOCÊ MERECE! VOCÊ É PODRE POR DENTRO, REGINA! PODRE!!! – Apertou as bochechas de Regina, com apenas uma mão. – EU TORÇO PARA QUE VOCÊ PERCA ESSA CRIANÇA, PRA VOCÊ PAGAR POR TODOS SEUS PECADOS. - Levantou-se, deixando Regina em suplicas no chão.

– Por favor, eu lhe imploro... AHHHHHH! - Regina gritou mais uma vez, quando uma finca se fez presente em seu ventre. Enquanto Marian sorria feliz em observar aquela cena.

– TOMARA QUE ESSA CRIANÇA MORRA DENTRO DE VOCÊ.

 

Marian saiu vitoriosa do escritório. Agora tinha certeza de que Regina iria querer distância de Robin, principalmente se ela perdesse aquela criança, o que era óbvio que estava acontecendo dentro daquela sala. 

 

Regina suava frio, não tinha forças para levantar do chão. A cólica que estava sentindo era muito forte. Estava assustada, com medo de estar perdendo seu filho. Não! Tudo menos isso! Reuniu toda força que ainda tinha e tentou se teletransportar para o hospital. Tentou uma, duas, três vezes e nada. 

 

Viu sua bolsa em cima do sofá e se arrastou até lá. Assim que pegou seu celular, buscou na agenda alguém que pudesse ligar para pedir ajuda. Henry... Estava na escola. Robin... Estava cuidando de Roland. Emma... Não! Teria que ter outra pessoa... Tinker... Sim! Tinker! Ligou correndo para fada.

Alô, Regina. - Regina gemeu de dor do outro lado da ligação. – Regina, você tá bem? Onde você está?

– Tinker, meu filho... Estou perdendo meu filho. - Regina não conseguia parar de chorar. Falava com dificuldade devido ao choro e a forte dor.

Calma Regina, me diz onde você está que eu vou até você.

– Na prefeitura... Vem logo, por favor... - Pouquíssimos minutos depois Tinker já havia se teletransportado para o escritório de Regina. Assim que viu a amiga, no chão, suja de sangue, gemendo de dor... Foi às pressas até ela.

– Oh, meu Deus, Regina! O que aconteceu?

– Marian... AHHHHHH! - Gritou de dor.

– Ei, calma! Não diz mais nada. Vou te levar para o hospital. - Tinker abraçou Regina e teletransportou as duas até o hospital. – AJUDEM AQUI, ELA ESTÁ PERDENDO O BEBÊ! - Assim que chegaram ao hospital, Dr. Whale veio na direção das duas.

– Enfermeiros, coloquem ela na maca! O que aconteceu? - Whale dirigiu a pergunta a Tinker, assustado em ver Regina sangrando, se contorcendo de dor. 

– Eu não sei, quando cheguei a encontrei assim no chão.

– Whale, por favor, salva meu filho. - Suplicou Regina.

– Faremos o possível, Regina. Aguenta firme.

 

 

***

 

 

– Robin, acho que já vou indo. Daqui a pouco vai dar a hora de sair da escola, fiquei de encontrar Emma no Granny’s para almoçar.

– Vai lá então cara. Corre pra dar tempo, senão Emma pode desconfiar, ai já viu né?

– Ôh se vi... - Sorriu. Assim que Henry se colocou de pé para ir embora, seu celular começou a tocar. – É minha mãe Regina, será que ela já sabe que eu matei aula? - Perguntou preocupado.

– Calma, cara. - Riu. – Não tem como ela saber... Relaxa e atende. - Henry respirou fundo e atendeu.

– Alô.

Oi, Henry. Sou eu, a Tinker. - Tinker tentava a todo custo manter o tom de voz calmo, para não assustar o garoto.

– Tinker? Por que você está com o celular da minha mãe? Aconteceu alguma coisa com ela? Deixa eu falar com ela.

Henry, se acalma. Preciso que você mantenha a calma e faça o que eu vou te pedir.

– Onde minha mãe tá, Tinker? O que aconteceu com ela? - Henry estava muito preocupado. Seu desespero já havia deixado Robin em alerta.

– O que aconteceu, Henry? - Robin já estava em pé ao lado do menino, tentando entender o que estava acontecendo através das expressões faciais do garoto.

Henry, por favor, me escuta. Sua mãe passou mal. Estou no hospital com ela. Preciso que você vá até sua casa e busque alguma muda de roupa pra ela e objetos de higiene pessoal. Acredito que sua mãe precisará.

– Mas ela está bem? - Henry tentava se acalmar, mas estava difícil. Tinha medo do que pudesse acontecer a sua mãe. Já Robin não estava entendendo o que havia acontecido, mas sabia que se tratava de Regina.

Eu ainda não sei. Levaram ela... Não tenho notícias desde então.

– Mas o que aconteceu com ela? Por que ela está no hospital?

– A Regina está no hospital? - Robin perguntou, porém Henry o ignorou prestando atenção no que Tinker dizia.

Eu... Eu acho que ela está perdendo o bebê... - Henry não conseguiu falar nada, apenas deixou que uma lágrima escorresse. Robin estava nervoso, tentando imaginar o que poderia ter acontecido para Regina estar no hospital. Sentia-se culpado por tê-la deixado passando mal sozinha. – Mas se Deus quiser nada acontecerá! Vamos ter fé, ok? Agora vai pra casa e faz o que te pedi.

– Ok, estou indo. - Secou as lágrimas. – Chego em alguns minutos. - Desligou.

– O que aconteceu com a Regina, Henry? Você está me deixando preocupado... - Henry pensou muito no que iria responder, não podia contar exatamente o que estava acontecendo. – Fala logo!

– É... Minha mãe passou mal... Tinker não soube me dizer como ela estar, só disse que a levaram e não deram notícias ainda. - Robin passou a mão nos cabelos, preocupado com o que poderia estar acontecendo. – Eu preciso ir. Tinker pediu para levar algumas coisas para o hospital...

– Ei, espera. - Robin segurou no braço de Henry antes que ele fosse embora. – Eu te levo! Só deixa eu ver como Roland está. Vou pedir para Little John ficar com ele.

 

Robin saiu correndo, foi até Roland para ver se a febre tinha cessado, porém constatou que o menino ainda estava febril. “Onde Marian se meteu com o remédio do menino?” pensou. Pediu a Little John que desse um banho em seu filho, para ver se ajudava a febre baixar, enquanto Marian não chegava com o remédio.

 

Levou Henry até a casa de Regina, para que o menino buscasse tudo que fosse necessário para Regina no hospital. Sua cabeça não conseguia parar de gritar que deveria ter insistido em levar Regina ao médico quando ela havia passado mal pela manhã. Porém, não tinha como dar as costas ao filho que estava precisando dele. Estava em conflito.

 

Poucos minutos depois, Robin e Henry chegaram ao hospital. Henry foi correndo na frente à procura de Tinker, enquanto Robin carregava a bolsa, com os pertences de Regina, mais atrás. Assim que Henry avistou Tinker, ele se apressou em chegar logo até a fada, que lhe recebeu com um abraço reconfortante.

– Cadê minha mãe Tinker? Como ela está? 

– Ainda não sei, querido. - Passou a mão nos cabelos do menino como um gesto de carinho. Estaria ali para dar forças a ele. – Ninguém me disse nada ainda...

– Tinker, minha mãe não pode perder o bebê. - Suas lágrimas voltaram a banhar seu rosto.

– Shiu! - Colocou a mão nos lábios do menino. – Não vamos nem pensar em uma coisa dessas. Temos que manter o pensamento positivo, ok? – Henry balançou a cabeça concordando.

– Ei, Tinker! Como a Regina está? Você já tem notícias? - Tinker levantou o rosto fitando Robin a sua frete. Seu sangue ferveu ao se lembrar de Regina lhe dizer o nome de Marian quando havia perguntado o que tinha acontecido. 

– O que faz aqui, Robin? - Tinker se separou de Henry para falar com Robin. Tinha um tom ríspido em sua voz.

– Eu quero saber como Regina está. Estou preocupado...

– Preocupado?! - O interrompeu. – Robin, acho melhor você ir embora. Você aqui só irá atrapalhar...

– O que? Por que diz isso? - Robin não estava entendendo. Tinker sempre apoiou o relacionamento dos dois, era como a madrinha do casal. Por que ela estaria o tratando assim?

– PORQUE O CULPADO DISSO TUDO É VOCÊ! - Se exaltou.

– Eu? - Robin não estava entendendo o que Tinker queria dizer.

– SIM! GRAÇAS A SUA MULHER, REGINA ESTÁ AQUI NESSE HOSPITAL. SE ALGO ACONTECER A ELA A CULPA SERÁ SUA E DA DESEQUILIBRADA DA MARIAN!! ENTÃO, POR FAVOR, VAI EMBORA!!!

 


Notas Finais


*Operation Mongoose: dei esse nome a missão do Henry, pois quis fazer uma referência a operação do Henry e da Regina na 4° temporada, em busca do autor do livro.

--> Recados importantes:
- Acho que eu devia começar pedindo desculpas pela demora em atualizar a fic, né? (fiz um capítulo maior como forma de me redimir, espero estar perdoada :D) Nem vou ficar me explicando aqui, pois levaria três anos para colocar vocês a par de tudo que aconteceu nesses últimos meses. Enfim, só quero que saibam que sim, pensei em desistir. Não estava conseguindo ter ideias, escrever, me organizar para continuar com a fic. Precisei desse tempo para ajeitar minha vida, para finalmente postar esse capítulo.
- Devo dizer que esse capítulo foi o mais difícil de escrever, se não fosse o apoio que eu recebi de algumas leitoras eu não teria continuado. Devo um agradecimento especial a Bruna (Alessandra), que sempre tá no meu pé atrás dessa att. Obrigada por toda ajuda que você me deu nesse capítulo em especial. Te amo!
- Preciso também agradecer aos mais de 50 favoritos aqui no Spirit, e aos 100 seguidores no Twitter. Estou tão feliz! Mas tão feliz!!! Esses números me fizeram pensar muito antes de tomar uma decisão quanto a desistir ou não dessa história. Não podia decepcionar vocês. Obrigada! Muito obrigada!!
- Gostaria de pedir que vocês comentassem, pois preciso saber a opinião de vocês. Estou muito insegura. Esse capítulo estou escrevendo há dias e ainda acho que não está bom, mas eu precisava att e dizer a vocês que estou viva. Então, por favor, me deixe saber o que estão achando da fic, se gostaram ou não do capítulo. Sejam sinceros!
- Peço desculpas por qualquer erro que possa ter nesse capítulo. Eu ainda não tive muito tempo para revisar, então me perdoem. Quanto aos outros capítulos, eu revisei nas últimas semanas, mas ainda pode ter algum errinho... sorry.

Então, acho que é só TUDO isso... Até o próximo capítulo.

Twitter: @ironiadestino_


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