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História Irresistible Deal - Insane.


Escrita por: _rachm

Notas do Autor


Boa leitura! 💞 🎉

Capítulo 21 - Insane.


Fanfic / Fanfiction Irresistible Deal - Insane.

Justin Bieber P. O. V — Downtown, Atlanta. 15h00min PM.

Mais uma vez, percorro o olhar pelos números absurdos registrados na folha ofício em minhas mãos, O meu cenho está franzido, de modo que os olhos se apertem e agucem a minha visão. Embora cada detalhe esteja nítido, ainda me parece absurdo.

— Senhor Bieber, eu juro que conferi esses dados mais de dez vezes. — o jovem rapaz à minha frente garante, sob um tom vocal trêmulo e ansioso. 

— Não fizemos qualquer investimento desse porte, tem que haver uma explicação para esses gastos. É como se o dinheiro tivesse simplesmente evaporado. — protesto, totalmente incrédulo com o que está diante de mim. 

Nunca havíamos tido qualquer tipo de problema semelhante na empresa, porém, os gráficos dos últimos meses tem indicado algo que esteve fora dos meus planos. Bufo, sentindo que uma enxurrada de preocupações está prestes a despencar em meus ombros.

— Eu lhe garanto que os cálculos estão corretos. — mais uma vez, Mark defende-se. 

— Tudo bem, pode ir. — ele assente e, rapidamente, ruma para fora do meu escritório. Um dos botões no telefone preto posicionado ao lado do MacBook inicia uma ligação direta com a minha secretária. — Penélope, veja se o presidente está na empresa, por favor. — digo, a voz carrega o limite do sarcasmo ao citar o velho imprestável que não consegue controlar a própria empresa decentemente. 

Enquanto aguardo uma resposta da mulher, retiro o aparelho prateado do bolso da calça social e, deslizando o polegar sobre a tela, vou até o registro de chamadas e pressiono no primeiro número que aparece. Alguns toques depois, a voz sonolenta de Selena ecoa através da ligação. É possível que eu tenha acordado-a, ela costuma dormir por alguns períodos durante a tarde.

— Hey...

— Dia longo? — questiona, ao notar o modo qual o meu tom vocal flui fatigado.

— E ruim também. — acrescento, resmungando. No entanto, não tenho o intuito de prolongar o assunto estressante em nossa conversa. — Ei, me espere no apartamento hoje às seis, tudo bem?

— Por que?

Observo a maçaneta na porta girar e a imagem da minha secretária surgir no interior da sala, portanto, sou direto antes de encerrar a ligação.

— Temos um assunto a tratar.

* * *        

Castleberry Hill, Altanta. 18h28min PM.

O silêncio se estabelece de maneira eficaz enquanto a mulher folheia página por página do calhamaço. A pele clara reluz sob a iluminação mediana do cômodo, cuja decoração representa um tema rústico, devido a forte presença de cores frias e móveis de madeira. Ela está sentada na poltrona marrom, o tronco encurvado sobre a mesa apoiando os papéis que obtém sua total atenção. É quase acreditável que ela entenda cada palavra contida ali.

— Uau. — Selena eleva o olhar até o meu, o tom amendoado no interior de suas íris é intensificado com um brilho incomum. — Eu não pensei que fosse tão sério. — assume, um tanto desconcertada. — É...

Ela leva a ponta da caneta até a boca, prendendo-a entre os dentes. Em seguida, seus olhos espreitam o semblante do homem parado ao meu lado. De pé, observamos-a em cada movimento. Noto seu receio, visto que o nosso contrato deveria ser totalmente secreto, portanto, é evidente que ela estranhe a presença de outra pessoa. 

— Não se preocupe, ele é o meu advogado particular. — esclareço, dissipando qualquer dúvida existente. A rigidez em seus ombros se desfaz. — Totalmente confidencial. — acrescento, lançando um pequeno sorriso ao homem de traços asiático.

Novamente, ela analisa cada palavra impressa em uma das páginas. Sua relutância começa a criar uma tensão no ar, como se a qualquer momento ela pudesse desistir e sair correndo.  

— Meu Deus... — movimentando a cabeça de um lado para o outro, ela demonstra incredulidade no que está prestes a fazer. 

Ela pede orientação sobre onde deve assinar e, em poucos segundos, a caligrafia delicada de Selena preenche espaços vazios no contrato. Ao me ver exibir um grande sorriso, demonstrando toda a minha satisfação, a morena revira os olhos para cima discretamente.

— Obrigado, Matsui. — digo, assim que o homem termina de recolher os documentos em sua pasta de couro preto. Guio-o até a porta do escritório e, ao despedir-me com um formal aperto de mãos, fecho a porta à minha frente. — Então... Como se sente?

Selena dá de ombros, após ter levantado para cumprimentar o advogado, ela senta sobre a minha mesa. Afastando as pernas, ela me cede um espaço entre elas, logo, nossos corpos estão colados.

— Como você se sentiria fazendo a maior loucura da sua vida? — o tom sarcástico emitido entre os grossos lábios avermelhados causa-me uma risada curta. Envolvo os braços em sua cintura delineada, mantendo o corpo menor próximo ao meu. — Eu posso mesmo te processar se você não me der esse dinheiro? — aceno positivamente e, devido à nossa pouca distância, percebo quando suas pupilas dilatam levemente. — É quase como ter um seguro de vida.

A morena fita algum canto vazio sobre os meus ombros, aparentemente pensativa. Dedilho alguns fios que cobrem uma pequena parte de sua testa, posteriormente, escorregando-os em toda a pele macia e quente do rosto. As bochechas possuem uma sinuosidade adorável, lhe dão um ar angelical que se evidencia devido a falta de uso de maquiagem. Ela consegue ser extremamente bonita sem qualquer esforço. 

Contorno algumas pequenas marcas em sua face, beijando-as em seguida. 

— Mas, nesse caso, você não precisa morrer. — aviso em um sussurro e sua risada é abafada pelos meus lábios. 

Nos beijamos por pouco tempo, Selena ainda está inquieta, despejando-me infinitas perguntas carregadas por sinalizações de insegurança. Com alguns minutos, a convenço de que tudo está sob controle, porém, ela me impede de retomar as ideias sujas que começavam a pairar em meus pensamentos. Abraço-a por trás enquanto caminhamos até a cozinha e a mulher à frente do cooktop nos recepciona com um grande sorriso. 

— O jantar está pronto! — anuncia, indicando a mesa preparada para comermos. 

Dakota retira uma panela do fogo, levando-a até a bancada, onde despeja toda a cobertura de chocolate em cima de um bolo. Praticamente salivo com a imagem e pondero em pular o jantar para apreciar a deliciosa sobremesa. 

— Obrigado, Bá.

Selena e eu nos sentamos e, ao passar por mim, a mais velha faz um leve carinho em meus cabelos. Beijo sua mão direita e ela lança-me um de seus sorrisos ternos. É o que tenho de mais próximo da Pattie aqui em Atlanta. 

— Eu preciso voltar. — ela diz, puxando o avental que cobria parte de sua roupa. 

— Não quer jantar com a gente? — Selena oferece, no entanto, a mulher solta uma risada incrédula. 

— Eu não como com os patrões, querida.

— Eu não sou sua patroa. — a morena retruca, o sorriso tranquilo estampado em sua face parece quase mudar a decisão de Dakota. 

— Eu tenho que atender a senhorita...  — ela pausa e, após um longo suspiro, corrige-se: — Senhora Bieber.

— Pegue um táxi, por favor. — digo, ao vê-la terminar de recolher seus pertences e retornar para se despedir de Selena. — Eu não irei demorar. — ela assente e afastando-se, acena para a mulher sentada à minha frente. 

— Essa é a única coisa que eu invejo na sua esposa. — diz, indicando com o garfo a direção em que a mais velha havia desaparecido. — Eu adoro a Dakota.

Devido à alguns encontros repentinos, as duas haviam adquirido uma intimidade que me incomodou enquanto Selena insistia em caçoar do fato de eu ainda ter a minha antiga babá comigo. Era patético, mas eu não poderia negar que me agradou vê-las tão próximas. Dakota nem faz mais questão de esconder sua preferência em ficar aqui, ao invés da minha casa.

Isto lembroa-me de mais um assunto que precisa ser tratado. 

— Eu quero te fazer uma proposta. 

  — Justin, eu mal acabei de assinar um contrato com você. — Selena resmunga e, ao largar os talheres sobre o prato, um som estridente ecoa entre nós. — Agora vai ser o momento em que você vai me pedir um órgão?

Rio de sua expressão interrogativa, com uma sobrancelha arqueada e os cílios semi-cerrados. Respiro fundo antes de começar, imaginando todos os possíveis argumentos que precisarei rebater. 

 — Não. Eu quero que você pense bem antes de começar a espernear e negar. — peço, a voz flui cautelosamente.—Bom, você ficará grávida em breve e irá precisar de assistência.

  — Sim. — acena positivamente e, em seguida, reforça: — Estava no contrato.

 — Mas eu quero te fazer outra proposta. — seus olhos flamejam curiosidade, sinto-me apreensivo por saber que este seria o passo final. —Vem morar aqui?

  — Aqui? — a morena engole o seco, com os olhos completamente arregalados. Eu não esperava surpreendê-la tanto. — Você enlouqueceu, Justin? — o tom vocal soa esganiçado. Certo, esta é a hora de argumentar.

 — Selena, vai ser muito melhor. Você tem mais conforto e não vai precisar ficar indo de um lugar para o outro pra me ver.

Ela pisca fortemente e repetidas vezes, alternando o olhar entre o meu rosto e pontos incertos na cozinha. 

  — Você tem ideia que nós vamos, praticamente, morar juntos?

 — Esse lugar já é nosso, não terá muita diferença. — alego, mantendo toda a minha seriedade. Ela começa a ponderar, aparentemente. — Além disso, você terá a Dakota para te fazer companhia algumas vezes.

Em inúmeras ocasiões a escutei reclamar de solidão e, obviamente, este seria um ponto chave para convencê-la a fazer o que eu quero. Ela suspira e, posteriormente, cobrindo o rosto com ambas as mãos, murmura de modo abafado:

  — Eu tenho que parar de ceder pra você.

Um sorriso se forma em meus lábios de imediato, é tudo o que eu preciso escutar. 

 — Isso foi um sim?— indago, esperançoso.

  — Foi um vou pensar com carinho.

Ela me encara, fixa os olhos em minha direção e os mantém por alguns segundos. Dentre eles, os significados são imperceptíveis por mim e, após uma espécie de hipnose momentânea, Selena retorna à realidade com um longo suspiro. 

  — O que foi?

 — Acho que fui infectada com a sua insanidade. — ri de forma sarcástica, sua expressão se assemelha à algo como frustração, formando uma pequena ruga no centro da testa.

— Talvez eu só esteja aflorando a insanidade que sempre esteve viva dentro de você. — rebato, o sorriso ardiloso contornado pelos meus lábios é involuntário. Ela revira os olhos para cima e tomba o corpo para trás, apoiando as costas no espaldar da cadeira.

— É, eu me tornei, oficialmente, a sua amante e cúmplice nesse plano maluco. — murmura, no entanto, apesar do bico, ela não parece brava. —Qualquer sinal de lucidez em mim já se foi há tempos.

— Você nunca irá se arrepender disso, Selena. Eu lhe garanto.

Ela ergue a taça de vinho preenchida até a metade e ingere um gole.

— É, eu não tenho nada a perder mesmo.

Ela não se importa e eu também não, afinal, o que poderia dar errado se somos tão semelhantes com nossos interesses? Uma dupla perfeita.


Notas Finais


That's all folks!

Oi pessoas lindas do meu Braseeeel! Me desculpem por não ter tido atualização antes, eu fiquei meio enrolada para escrever as outras fics também. Então, eu notei que chegamos aos trezentos favoritos, né? Gente muito obrigada, de verdade. Mesmo que a maioria seja "leitora fantasma" eu fico agradecida por cada um que tira um tempinho pra ler a história e gosta de acompanhar. E, à vocês que estão sempre me incentivando, todo o meu amor. Enfim, a Lay (fundadora da treta toda) e eu estamos imensamente satisfeitas que o rumo que essa fic está tomando, com a evolução de cada acontecimento e com a retribuição de vocês.
Que venham mais 100 favoritos futuramente. Obrigada por tudo!

Espero que tenham gostado do capítulo, embora ele esteja pequeno, comentem por favor, é muito importante. Até semana que vem, um beijo e um queijo. ❤


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