1. Spirit Fanfics >
  2. Irresistible Deal >
  3. Miss Lopez.

História Irresistible Deal - Miss Lopez.


Escrita por: _rachm

Notas do Autor


Boa leitura! 💕

Capítulo 23 - Miss Lopez.


Fanfic / Fanfiction Irresistible Deal - Miss Lopez.

Selena Gomez P. O. V — Aeroporto Internacional de Orlando, Flórida. 17h53min PM.

Arrasto a mala de tamanho mediano por todo o piso bem polido, embora a movimentação esteja intensa, caminhamos calmamente pelos portões de desembarque até os arredores do aeroporto. Atento-me a cada detalhe, até mesmo os mais simples, já que é a primeira vez em que visito outro estado do país. Apesar do cansaço causado pelo voo, o entusiasmo sequer permite que a dor em meus ossos se sobressaia. 

Ao meu lado, Justin possui um semblante tranquilo após ter dormido durante todo o trajeto, ele parece estar perfeitamente acostumado e, assim, não demoramos a obter um táxi para nos levar até o hotel. Algumas vezes, o louro estreita o olhar, como se quisesse checar a minha reação à tudo.

Avanço pelo saguão, embasbacada com a arquitetura luxuosa do local, toda em tons de dourado, o que remete ao ouro. Funcionários de prontidão aguardam a nossa autorização para carregarem as malas e, enquanto isso, Justin segue até a recepção para fazer o check-in.

— É do seu quarto. — ao retornar, ele fala, estendendo um cartão a minha frente.

Franzo o cenho, estranhando a forma qual ele diz.

— Meu quarto? — Justin acena positivamente. — Não é o seu também?

— Não, Selena. — sob um tom frustrado, acrescenta com sussurros: — Eu tenho conhecidos aqui, não posso ficar no mesmo quarto de uma mulher que não é a minha esposa.

Reviro os olhos, contendo-me em retrucar com uma resposta impulsiva e rude. Talvez, essa viagem não tenha sido uma boa ideia, assim como a maioria das coisas que nos envolve. Estar ao lado de Justin tem se tornado cada vez mais difícil.

— De qualquer forma, não vão desconfiar de você ter viajado sozinho com uma mulher qualquer?

— Não, porque para todos os efeitos, você é a minha assistente. — ele sorri do modo presunçoso que passei a detestar, como se pudesse controlar o mundo em suas próprias mãos.

— Então, vai ser isso? Ficarei trancada em um quarto sem você? Francamente, seria melhor ter ficado em Atlanta. — sorrio com sarcasmo, vendo-o suspirar.

— Você subestima a minha inteligência, não é? — resmunga. — Bom, hoje você vai me acompanhar, como assistente, em um jantar com alguns empresários. — estou prestes à proferir alguma reclamação, no entanto, o louro impede-me. — Amanhã eu tenho o dia livre, serei todo seu.

— Não tem outro jeito, né. — murmuro, apenas para provocá-lo. Eu não assumiria que havia gostado da notícia. 

Adentramos no elevador e, por segurança, Justin resolveu nos deixar em andares diferentes também, como se isso anulasse a possibilidade de acabarmos juntos na cama. 

— Eu preciso estar pronta para esse jantar que horas?

— Às oito. — as portas de aço se afastam, indicando que o andar do louro havia chegado. — Vou pedir à um funcionário para ir até o seu quarto te entregar uma coisa.

— Que coisa? — ele para no corredor e me encara, enquanto seguro os lados da lacuna para que a mesma não feche.

— Um vestido.

— Por que você vai me dar um vestido?

— Porque as suas roupas são muito, ah... — Justin coça a nuca, interpreto como um embaraço ou a falta da palavra específica. — Chamativas.

— Chamativas? — arqueio a sobrancelha, esticando o corpo em uma pose intimidadora. — Você está me chamando de vulgar? Porque se estiver, eu juro que soco a sua cara, Justin Bieber.

— Eu não estou. — ele dá uma risada nasal, erguendo as mãos em um gesto de inocência. — Eu só quero garantir que você esteja bem elegante.

Assinto e, sem despedir-me, retiro as mãos do elevador e as portas se fecham. Xingo-o mentalmente, irritada por imaginar que ele acha que me visto como uma puta, embora eu seja uma, de fato. Bom, era. 

O quarto com a numeração quatrocentos e doze é um dos primeiros do corredor, portanto, não demoro a estar oficialmente instalada no mesmo. Desfaço-me das roupas em meu corpo durante o tempo em que a banheira enche e, ao ver a espuma alcançar o nível que desejo, adentro na mesma. Com o laço que estivera em meu pulso, prendo os cabelos em um coque alto e estico-me o suficiente para pegar o celular deixado na bancada de mármore.

Na minha pequena lista de contatos, seleciono o primeiro que aparece e, após alguns toques, a voz doce da minha melhor amiga soa com ofegância.

— Você estava transando? — questiono, assustada. Ouço-a gargalhar.

— Só se fosse com os meus dedos. — ela resmunga, consigo imaginá-la revirando seus grandiosos olhos azuis. — Estou correndo no parque, aproveitei o tempo em que o Kyle está na escola e não tenho nada para fazer na casa do Senhor Butler.

— É tão estranho te ouvir chamando ele dessa forma. — comento e, com a mão livre, esfrego a espuma em minha pele. — Vocês tem a mesma idade.

— É uma questão de respeito, ele é o meu chefe.

— Então, como estão as coisas?

— Muito bem. — os ruídos cessam na ligação, indicando que ela parara de correr. — E ai?

— Adivinha onde eu estou! — peço, contudo, antes que a loura possa dizer algo, completo com uma entonação empolgada: — Orlando!

— O quê?! Como você foi parar ai, Selena?!

— Justin me trouxe.

— Ah, que inveja. — rimos, em seguida, Ashley suspira. — Eu fico feliz que esteja se divertindo mas, isso não é arriscado?

— Segundo o Justin, ele tem tudo sob controle e... — pauso ao escutar o eco causado por batidas na porta, bufando, lembro-me do funcionário que traria o vestido comprado pelo louro. — Ashley, eu vou precisar desligar agora, mas nos falamos depois. Estou morrendo de saudades, meu amor.

— Eu também, por favor, precisamos nos encontrar assim que você voltar. — assinto. Equilibrando o celular entre o rosto e o ombro, enrolo-me no roupão branco e felpudo que encontro em um dos armários do banheiro. — Eu te amo.

— Eu também te amo.

O homem devidamente uniformizado está parado no corredor com uma caixa em mãos e, após agradecê-lo, torno a fechar a porta do quarto. Analiso a embalagem delicada, apesar do tamanho grande e posiciono-a sobre a cama antes de puxar a tampa. Longo e preto, o vestido possui um decote mediano e certa transparência no tecido a partir da altura da coxa, foi uma boa escolha de quem pretendia fazer-me parecer uma mulher de negócios.

[...]        

Saindo do elevador, avisto-o sem muito esforço. Além da pouca distância entre nós, sua beleza jamais passaria despercebida. O terno escuro se alinha perfeitamente aos seus músculos, fazendo-me concentrar o olhar em algumas áreas específicas. Ele se desfez do habitual penteado despojado para contê-los de forma ordenada para um lado. Aproximo-me e, com um toque suave em seu ombro, sussurro próxima ao ouvido:

— Boa noite, Senhor Bieber. — apesar das palavras formais, a minha entonação vocal é sensual, os pelos de sua nuca arrepiam-se, fazendo-me exibir um pequeno sorriso em satisfação. 

— Boa noite. — sua voz falha, refém de uma rouquidão repentina. Ele lança-me um olhar meticuloso, que passeia por todo o meu corpo quando ponho-me à sua frente. Noto uma mistura de surpresa e luxúria, as íris caramelo parecem queimar a minha pele apenas com o contato visual.

— Estou boa o bastante para parecer a sua assistente? — ao dizer, encaro o meu próprio corpo e, retornando o olhar ao louro, vejo-o morder o lábio inferior, posteriormente, umedecendo o mesmo com a língua.

— Acho que me arrependi. — admite, tragando a saliva posteriormente. O sussurro não é proposital, ele parece obter alguma dificuldade em organizar as palavras. — Caralho, eu não pensei que você poderia ficar tão sexy nele.

— Acho que fui subestimada. — debocho, jogando uma mecha dos meus cabelos ondulados para trás dos ombros. — O meu querido chefe tem alguma instrução para mim esta noite? — indago, aderindo uma expressão séria, que parece causar um efeito contrário a Justin. Dedilho seu paletó, fazendo-o acompanhar o caminho dos meus dedos.

— Evite conversas e, por favor, não opine em assuntos que não faça ideia do que se tratam. — pede, contrário ao seu tom vocal fraco e vago, o olhar firme lembra-me de que preciso levar isso à sério. — E, sobretudo, se comporte.

— Eu sempre me comporto, Senhor Bieber. — alego, meus lábios curvam-se levemente para um sorriso malicioso.

O louro suspira e, apesar das faíscas de desejo cintilando em seus olhos, ele se contém, posteriormente, acena para que eu o siga. 

No restaurante do hotel, sou apresentada como Senhorita Lopez, assistente de Justin, à todos os homens e mulheres que preenchem a grande mesa retangular. O assunto em pauta é algo que não me interessa, no entanto, arrisco-me em fazer breves comentários baseando-me no que Justin havia me explicado algumas vezes. Eu não pretendo me enturmar totalmente, de qualquer forma. Tenho apenas o intuito de desfazer uma possível dúvida ou desconfiança sobre a minha presença.

Minutos depois, a disposição que havia encontrado após o banho se esgota e o cansaço da viagem retorna com vigor, fazendo-me desconectar do que acontece ao meu redor. Concentro-me em coisas aleatórias para evitar que a sonolência provocada por duas taças de vinho comece afetar-me ainda mais e, quando estou admirando o jarro multicolorido que fora posto no centro da mesa, sinto o meu braço ser tocado no lado contrário ao que Justin está. 

— Senhorita Lopez? — desvio o olhar, direcionando-o até o homem ao meu lado, que me encara com certa atenção. — Está um pouco distraída?

— Ah, me desculpa. — murmuro, envergonhada por imaginar a expressão abobada enquanto divagava em meus pensamentos. — Eu só estou me sentindo um pouco cansada.

— Ah, não se preocupe, eu também acho esses jantares um porre. — diz em tom humorado, causando-me uma risada. Além da rouquidão melodiosa em sua voz, esta vem acompanhada de um forte sotaque britânico. — Eu aproveito para apreciar as sobremesas enquanto eles falam. À propósito, deseja algo? A torta de limão deles é sensacional.

Aceno negativamente, porém, de um modo mais confortável. Sua informalidade me tranquiliza um pouco. Ele ajeita-se em sua cadeira, diminuindo a distância entre nós.

— É a primeira vez que acompanha o Bieber? — assinto, suas íris azuladas fitam-me com intensidade, o que me traz a desconfiança de que talvez ele possa estar tentando descobrir algo. — Sabe, quando vocês chegaram, eu pensei que ele a apresentaria como esposa.

— E por que pensou isso?

— Com todo o respeito, Senhorita Lopez, sua beleza me faria confundi-la facilmente com alguma modelo. — surpreendendo-me, seu tom não soa de modo galanteador, parece-me como um simples e inocente elogio.

— Jura? Bom, muito obrigada. — sorrindo, observo seus traços e sinto-me no direito de devolver a gentileza. — O senhor também é bem bonito.

— Me chame de Daniel. — ele diz, estendendo sua mão para que eu a aperte.

Sou revestida por uma bolha, alheia à todo o resto, com a irreverência de Daniel. Ele diverte-me com assuntos banais enquanto os demais empresários discutem assuntos relevantes para a reunião do dia seguinte. Se eu o conhecesse em uma ocasião diferente, nunca poderia imaginá-lo vestindo ternos diariamente atrás de uma mesa de escritório.

Ele narra uma de suas viagens à Bélgica após ter relevado sua nacionalidade inglesa, exijo um grande esforço para que gargalhadas não escapem dos meus lábios com seus comentários infames. Embora pareça ser um homem altamente instruído, Daniel possui o espírito de um adolescente aventureiro. 

Cesso o riso ao sentir dedos envolverem o meu pulso com força e, recompondo-me, inclino o tronco para o lado contrário, permitindo que Justin possa sussurrar em meu ouvido:

— Chega dessa conversinha. — seu tom vocal soa rude, a maneira qual ele se controla para manter uma expressão inlegível é evidente.

Franzo o cenho, confusa sobre sua reação repentina, contudo, ao escutar a voz de Daniel atrás de mim, comentando algo sobre a torta de limão que saboreia, noto o corpo de Justin enrijecer automaticamente, as veias do pescoço estão levemente saltadas.

O idiota acha que estou flertando.

— O que? — pergunto, usando uma falsa entonação inocente. — Eu só estou sendo simpática.

— Eu sei até onde a sua simpatia quer ir. — ele praticamente rosna, lançando um olhar furioso em minha direção. Involuntariamente, encolho o corpo contra a cadeira. — Apenas... Fique quieta e pare com essa palhaçada.

Movo a cabeça em negação, incrédula com sua estupidez. Virando-me novamente para o moreno ao meu lado, profiro em um tom alto suficiente:

— Sabe, Daniel, eu não gosto muito de torta de limão, mas o que acha de me indicar algum bolo de chocolate?  

[...]        

Sigo-o em silêncio, acompanhando seus passos rápidos para fora do restaurante. Apesar do resultado positivo no jantar, o louro está aborrecido como se absolutamente tudo tivesse sido um desastre. Ele sequer me olha enquanto atravessa o saguão do hotel.

— Está bravo? — indago, tendo a necessidade de erguer o tecido do meu vestido para conseguir alcançá-lo. — Não aja como uma criança, Justin! — ele permanece em silêncio, no entanto, finalmente para de andar e me encara com toda a fúria contida em seu olhar. — Não me culpe, eu não sabia que você é ciumento.

— Mas é muita audácia. — ele solta uma risada sarcástica, balançando a cabeça negativamente. Em seguida, forma uma expressão irritada ao travar o maxilar. — Eu não estava com ciúmes, estava com medo de você dizer alguma besteira e algum deles acabar desconfiando que trouxe uma mulher aleatória para essa viagem.

Ainda que a firmeza em sua voz seja inquestionável, soa como uma desculpa esfarrapada de seu ego ferido. Reviro os olhos e, desta vez, tomo a frente do caminho até adentrarmos no elevador.

— Se te serve de alguma coisa, em nenhum momento eu tive segundas intenções naquela conversa. — falo, ao pararmos lado a lado no interior da caixa de aço. Justin ignora, mantendo sua pose irredutível. — Eu só queria me distrair daquele jantar chato.

Encaro o painel que exibe os números vermelhos aumentando e noto que o louro havia esquecido de acionar o nono andar. Quando sinto o elevador parar, resmungo sem muita vontade:

— Boa noite.

Ele direciona o olhar até o meu rosto, por fim. Entretanto, sua feição demonstra dúvida.

— Boa noite?

— Esse é o seu andar.

— Nós vamos dormir juntos. — diz, com a tranquilidade de quem responde o que está óbvio. Penso em questioná-lo sobre sua mudança repentina de humor, porém, acredito que o diálogo terminaria comigo lhe acertando um soco na cara.

— Eu pensei que toda essa coisa de quartos fazia parte do disfarce.

— E quem é que vai conferir se eu fui mesmo dormir no meu quarto? — questiona, exibindo um sorriso de canto.

Desisto de contestar, visto que, no fim das contas, Justin continuará fazendo o que sente vontade sem dar muitas explicações. Sua bipolaridade jamais deixará de ser um mistério para mim. 

Seguimos até o meu quarto e, dentro deste, me apresso em livrar-me dos saltos que estiveram machucando os meus dedos durante toda a noite. Sinto o louro passar por mim devido ao perfume delicioso que exala pelo cômodo e acabamos dividindo o espaço do banheiro. Enquanto ele retira sua roupa, permanecendo apenas com a boxer azul marinho, utilizo alguns produtos disponíveis para desfazer a maquiagem em meu rosto.

— O que vamos fazer amanhã? — Justin adquire uma expressão pensativa por alguns instantes mas, por fim, dá de ombros.

— Eu não sei mas, por ora, eu só quero descansar. — fala e, de uma das gavetas do armário sob a bancada de mármore claro, pega uma escova de dentes lacrada. 

Ele termina primeiro, contudo, se mantém ao meu lado, observando-me repetir o mesmo processo com roupas e higiene. Nos olhamos através do grande espelho quadrangular.

— Teremos uma longa semana pela frente. — comento, posteriormente, sendo surpreendida pelo toque preciso de Justin em minha cintura. Posicionando-se atrás de mim, ele abraça o meu corpo, apoiando o queixo na altura do meu ombro.

— Eu sei. — sussurra ao depositar um beijo suave em minha bochecha. Ver a nossa imagem refletida no vidro me faz sorrir levemente. — Obrigado, Selena.

— Por que?

— Por ser o meu suporte, minha cúmplice.

Suas palavras me afetam de um modo inesperado, causando uma fisgada prazerosa em minha espinha. Pendo a cabeça para o lado, tendo seu rosto de frente para o meu.

— Estamos juntos nessa. — afirmo e, em seguida, trocamos uma pequena sessão de selinhos longos.

No instante em que ergo o edredom até a altura dos meus ombros, sinto uma movimentação estranha atrás de mim. O louro parece escolher uma posição ideal para dormir e, inesperadamente, sou envolvida por seus braços. Reflito sobre questioná-lo, visto que o mesmo nunca havia feito isso anteriormente, entretanto, a sensação de ser abraçada por ele é reconfortante ao ponto de fazer o meu receio se dissipar em poucos segundos. Acomodo a cabeça sobre o travesseiro, permitindo que os meus cabelos se espalhem pelo mesmo e, assim, liberando a curvatura do pescoço para que o louro encaixe seu rosto. 

Pela primeira vez, dormimos nos sentindo exaustos por algo que não seja sexo e, sem proferir qualquer palavra, aproveitamos uma noite tranquila de sono como um casal comum.

[...]        

        

Justin Bieber P. O. V — Hotel Rosen Inn. Orlando, Flórida. 09h20min AM.

Desperto gradativamente, piscando fortemente os olhos até acostumá-los com a claridade do dia. Ao apalpar a cama, estranho encontrar um espaço vazio e, ao vagar o olhar pelo quarto, vejo a mulher que está de pé, andando de um lado para o outro com um panfleto em mãos. Os cabelos foram presos de modo desajeitado e o leve inchaço visível em seu rosto indica que ela havia acordado há pouco tempo. Para a minha infelicidade, a morena manteve apenas a parte superior da lingerie e cobriu a bela área de sua bunda com um short de malha preto.

Admiro-a sorrateiramente durante algum tempo, porém, a concentração de Selena no que está lendo aguça a minha curiosidade.

— Deu formiga no seu lado da cama? — indago, fazendo-a sobressaltar de susto. Ela ri, cessando seus passos na frente da cama.

— Estou agitada. — diz, soltando um longo suspiro em seguida. — Fiquei pensando no nosso dia e acho que podemos fazer algo diferente.

— Diferente tipo sexo anal? — encaro-a de modo sugestivo, no entanto, o efeito é contrário. Selena revira os olhos e, alcançando a almofada mais próxima, atira em minha direção.

— Não! E esqueça essa ideia. — apesar do tom autoritário, um sorriso se forma em seus lábios rosados. — Eu acho que devemos ir para a Disney.

Sua fala afasta quaisquer resquício de sonolência em meu corpo enquanto absorvo o que acabo de escutar.

— Você está brincando, não é? — questiono, segundos depois, absolutamente incrédulo.

— Claro que não.

— Disney? — repito, a minha entonação vocal flui com indignação. — É sério, Selena?

— Qual é o problema? — ela arqueia as sobrancelhas, cruzando os braços sobre o peito. — É o meu sonho de infância, sempre quis conhecer e já que estamos aqui...

— Eu estou acompanhado de uma adolescente de quinze anos, por acaso? — contesto com impaciência, erguendo o meu torso para cima, de modo que as minhas costas sejam apoiadas pela cabeceira da cama.

— Puta merda, você é tão chato! — reclama, batendo o pé no chão de forma birrenta. O gesto não me intimida, portanto, limito-me a revirar os olhos. — Por que não pode fazer o que eu quero, pelo menos uma vez?

— Porque eu não quero passar o dia em parques de diversões. 

— Mas você me trouxe para ficarmos juntos então, você vai. — abro a boca para rebater, no entanto, a morena interrompe: — Sem discussões. — diz, sinalizando com o indicador sobre a boca. — Se for bonzinho, eu te faço um boquete na roda gigante.

Ela segue para o banheiro, impedindo-me de prosseguir com a discussão. Bufo, atirando-me contra o colchão da cama novamente.

* * *        

Estou, verdadeiramente, irritado. Imaginar um dia inteiro caminhando sem parar, enfrentando filas e locais lotados de turistas me faz grunhir em frustração. O arrependimento por ter aceitado tal ideia me corrói, além do sol que queima a minha pele, elevando o meu nível de estresse.

— Eu te odeio, não acredito que estou fazendo isso. — resmungo, enquanto sou praticamente arrastado pela morena.

Ela gira o rosto, exibindo um sorriso vitorioso enquanto andamos na direção do Magic Kingdom. O oposto de mim, Selena demonstra extrema satisfação por sua conquista ao me convencer a sair do hotel.

— Eu aposto que você vai adorar e vai acabar se divertindo até mais do que eu.

Eu poderia xingá-la, contudo, seu entusiasmo lhe dá uma feição angelical, o que faz com que ela pareça uma criança prestes a realizar um sonho. Por fim, me rendo, permitindo que Selena domine a situação.


Notas Finais


That's all folks!

HELLO GALERA! Tudobacon vocês? Eu não gostei da minha escrita nesse capítulo mas, eu estava com sono quando o escrevi então segue o baile. Esse foi um pouco maior do que os outros e, na verdade, eu ainda o dividi em duas partes. A outra parte eu devo postar no meio da
semana e mais um na próxima sexta-feira. Aliás, o próximo capítulo está bem fofinho, na minha opinião.
Não pensem que o estresse do Justin termina por aqui, ele ainda vai se irritar com o Daniel outra vez e, à propósito, eu o imaginei como o Danny Jones, meu homão da porra.
Espero que vocês tenham gostado, deixem seus comentários para eu saber, por favor.

Meu outro baby: https://spiritfanfics.com/historia/loyalty-bonds-9226135

Até logo! Um beijo e um queijo! ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...