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História Irresistible Deal - Closer.


Escrita por: _rachm

Notas do Autor


Boa leitura! 💞

Capítulo 4 - Closer.


Fanfic / Fanfiction Irresistible Deal - Closer.

Justin Bieber P. O. V — Atlanta, 03h25min PM.

Os passos da mulher refletem pelo assoalho todo o apartamento até que sua fisionomia esteja em meu campo de visão, ela sorri minimamente ao ver-me aparentemente relaxado, em uma posição esticada sobre o estofado do sofá enquanto mastigo preguiçosamente alguns pedaços de uma maçã. O momento pacífico que perdura se deve unicamente ao fato de Stella ter decidido passar algumas horas no cabeleireiro, dando-nos uma folga de sua presença irritante.

— Não está atrasado, querido? — indaga-me, em ressalto aos meus trajes inferiores nível requisitado para o coquetel que eu deveria estar presente em uma hora. — Sabe que a senhorita Lancaster não gosta quando se atrasa.

— A senhorita Lancaster que se dane. — o meu tom grosseiro e abatido ocasiona em um suspiro de Dakota, provavelmente, repreendendo a minha atitude.

— Eu ainda não entendo o que você faz com ela, Justin.

Ela retira um espanador de algum compartimento do uniforme que insiste em usar e agilmente, começa a esfregá-lo nos poucos móveis da sala de estar, espalhando poeira por toda a atmosfera.

— Eu preciso garantir que o Fréderic não vai destruir tudo o que o meu pai custou para construir, Bá. — argumento, embora já tenha explicado-a minhas razões certa vez.

— Mas não é por isso que precisa enganar uma mulher, se casar com alguém que você não ama... — intervém, Dakota não me olha mas, se o fizesse, acredito que seu semblante estaria coberto por chateação. — E além de tudo, fica saindo com outras!

Abro a boca para contestar, entretanto, a mulher desloca o corpo na minha direção, como se pudesse pressentir o que eu estava prestes à fazer.

— Nem tente negar. Eu sei muito bem o porquê daquele outro apartamento existir e eu já encontrei roupas íntimas femininas nele enquanto arrumava. — me vejo sem saída perante à sua acusação e limito-me a revirar os olhos. — Deus! Eu não acredito que você vá insistir nessa loucura! Sabe o quanto a sua mãe fica magoada...

As inúmeras chantagens emocionais ao mencionar a minha família não soam exatamente como uma novidade aos meus ouvidos. Em toda ocasião que lhe permite, Dakota tem o deleite de lembrar-me o desgosto que tenho dado à minha mãe por esta decisão sem cabimento. 

— A Pattie vai entender...

— Não, ela não vai. E ela já lhe disse infinitas vezes que não suporta a sua noiva!

— Ninguém suporta a minha noiva. — corrijo-a de forma humorada, ela acerta um pano em minhas pernas, porém, acaba rindo em seguida. — Bá, eu só preciso chegar à presidência e assumir a maior parte das ações da empresa. Quando acontecer, eu me divorcio da Cruella e nós nos mudamos.

— Meu Deus, menino, o que eu faço com você? — sua voz flui em um tom bravo, contudo, o olhar terno lançado à mim denuncia o verdadeiro sentimento que prevalece, a preocupação maternal que a mulher nutre por mim há anos. — Eu te conheço desde quando você era apenas uma criança, Justin. Eu quero vê-lo sendo feliz, se casando com alguém que ame e construindo uma linda família, assim como os seus pais fizeram.

— Eu farei isso, Bá. — garanto, abrindo um sorriso singelo ao que seus lábios tocam suavemente a minha testa. — Eu apenas tenho outras prioridades por agora.

* * *        

Com o fluxo mediano de carros nas avenidas, em menos tempo do que esperava, atravesso a cidade no prazo de estar no coquetel antes que Stella agrida os meus tímpanos com seus gritos. Uma melodia suave do Creed faz-me debater levemente os dedos contra o volante, enquanto aguardo o sinal abrir novamente, o meu olhar vagueia pela calçada movimentada e, dentre vários rostos desconhecidos, um destes cativa a minha atenção.

Diferente do que estou acostumado a encontrar, a mulher dá passos apressados, suas longas pernas estão cobertas pela lavagem escura de um jeans e, da maneira mais despojada já vista por mim, uma camisa preta do Guns cai até o início de suas coxas, demonstrando uma certa largura para o corpo magro dentro dela.

A luz verde alerta-me que devo acelerar e, com isso, consigo alcançá-la, diminuindo a velocidade do carro ao me aproximar, posteriormente. Nenhum pensamento coerente surge em minha mente neste momento, portanto, não pondero em abaixar o vidro e chamá-la. A morena cessa sua caminhada, olhando à sua volta de maneira atordoada e, ao franzir o cenho, seu olhar mira em minha direção, arrancando-me um sorriso franco, tranquilizando-a.

Observo meticulosamente a maneira na qual ela se movimenta ao entrar no carro, seus cabelos escuros contidos em um  rabo balançam minimamente e o familiar cheiro de lavanda penetra as minhas narinas, causando-me uma breve fisgada na espinha. Possuindo uma habilidade indiscutível, ela se mantém absurdamente sexy mesmo tendo o corpo praticamente todo coberto.

— Oi. — sua voz habitualmente doce flui como um sussurro e, em seguida, os lábios roliços se unem numa fina linha ao formarem um sorriso tímido.

— Para onde está indo? — pergunto, sendo obrigado a desviar o olhar de sua face angelical, já que preciso estar atento ao trânsito quando acelero o carro.

— SunTrust Bank. — a seriedade na qual ela diz, assistindo a vista da cidade passar como um borrão através do vidro, ocasiona-me uma risada nasal que, obviamente, desperta a sua atenção. — O que foi?

As esferas amendoadas apertam-se com o modo inquisitivo no qual ela me encara, interessada com a razão da graça. A intimidação elevando-se em sua feição desafiam as lembranças vagas que possuo de seus momentos mais descontraídos e íntimos. 

— É estranho vê-la assim. — confesso, passeando em uma cautela sugestiva, o olhar por seu corpo devidamente protegido hoje. Ela une o interior das pernas uma à outra, encolhendo-se no banco passageiro. — Não que seja algo ruim, é claro. — esclareço. 

— Esse papo só funciona quando estamos na boate. — em um falso tom desdenhoso, ela alerta. Entretanto, pelo canto dos olhos, consigo enxergá-la sorrindo minimamente. — Eu não sou tão fácil fora do trabalho e você não vai conseguir nada comigo.

— Ah não? — inclino a cabeça para o lado momentaneamente, unicamente para assisti-la acenar negativamente. — Você acabou de aceitar a carona de um desconhecido.

Suas sobrancelhas enrugam-se e, disfarçadamente pensativa, ela se cala, buscando a sua maneira de retrucar.

— Eu tenho um canivete na minha bolsa. — conta, sustentando uma entonação ameaçadora. — Além disso, você não é exatamente um desconhecido... Eu já vi a sua bunda.

A gargalhada que escapa das minhas cordas vocais involuntariamente ecoa por todo o carro e, aparentemente, acaba contagiando-a, pois consigo escutar o chiado que soa entre seus lábios segundos depois. 

— Certo, este é um ótimo argumento. — ergo uma das mãos em sinal de rendição e um sorriso vitorioso surge em seus lábios rosados. — Mas, eu posso saber por que você tem um canivete?

— Por causa do meu trabalho. Alguns homens passam dos limites.

— O que aqueles brutamontes que ficam espalhados pela boate fazem, afinal? — questiono, injuriado com a ideia de que uma mulher necessite usar a força física para defender-se. 

Embora a Havanna, evidentemente, não seja um estabelecimento que preze o bem estar feminino, acredito que, ao menos, a integridade física das mulheres precise ser preservada.

— Protegem a bunda do Devin. — acompanho-a em um riso breve, ela expõe certa aversão por seu chefe ao contorcer o nariz em uma careta. — O resto que se fodam. 

— É, ele parece ser bem histérico quando não respeitam as suas vontades. — comento, recordando-me do episódio mais recente em que obtive o desprazer de trocar algumas palavras com o sujeito. 

— Ele disse algo à você? — assustada, a morena sobressalta em seu assento, fitando-me apreensivamente. 

À medida em que pude perceber, o homem não passa de um velho amargurado, descontando suas frustrações em um maldito whisky barato e as garotas sem rumo que buscam refúgio dentro daquela espelunca. Contudo, a minha constante presença e exigências não parecem agradá-lo, visto que o público frequente da Havanna não está acima de homens com pouca renda e, além de usufruir de quase todo o tempo de expediente de uma de suas funcionárias, ele desconfia de que eu possa estar favorecendo-a com alguma quantia significativa.

Em contrapartida, suas atitudes não passam de ameaças vazias. 

— Talvez. — manuseio a cabeça para os lados, demonstrando despreocupação com tal fato. — Nada que tenha me afetado diretamente.

Ela assente, parecendo levemente mais aliviada. O silêncio torna a ser a companhia soberana e, enquanto enfrento o tráfego intenso, os últimos acordes de My Sacrifice se espalham no ambiente e, de uma maneira suave e abafada, são cantados pelos lábios da morena.

— Você gosta do Creed? — questiono-a, acabando por interromper a sua distração com a música. 

— Um pouco. — ela dá de ombros e torna a calar-se, apreciando os últimos segundos da melodia que a rádio nos disponibiliza. — Eu escuto sempre tocando nas rádios quando volto para casa.

— Hm, não parece o seu tipo de estilo musical. — analiso momentaneamente sua feição transformar-se em uma curiosa, ela encara-me à procura de uma justificativa.

— E qual seria o meu tipo de estilo musical?

— Ah, me deixe pensar. — reflito por alguns segundos, baseando-me na aparência sobressaída desde o nosso primeiro contato visual. Ela aguarda e, de soslaio, noto que a mesma prende a risada por algo que está por vir. — Uma mistura de... Britney Spears, com banda country e boyband.

— Uh, é isso o que eu aparento gostar? — resmunga com desgosto, contudo, desloca o olhar ao próprio corpo, julgando-se em dúvida. 

— A sua aparência de dezesseis anos, sim. — caçoo, provocando um riso posterior. — Mas, não se preocupe, é o ótimo ser jovem.

Sua face concentra-se contra o vidro suspenso que nos engloba dentro do veículo, isto impede-me de observar, ainda que rapidamente, sua reação. 

— Não é o que a minha coluna diz. — ela brinca, desta vez, fazendo-me soltar uma risada. — Essa juventude superficial é o que sustenta o meu trabalho, de resto, não possui muita utilidade. 

— Ah, que isso. — discordo de seu pouco caso pois, com toda a clareza, exponho a minha admiração por sua beleza. — Olha, você pode conseguir um lugar na fila do supermercado, ganhar ingressos de graça do atendente do cinema e ter um namorado.

O riso irônico da morena desperta a minha atenção, em dúvida, olho-a de forma questionadora.

— Quem namoraria uma prostituta?

As minhas cordas vocais falham por falta de argumento, todavia, embora esteja sendo obrigado a concordar, sorrio ao me dar por vencido e a mulher repete o gesto.

— É, foi o que eu pensei.

Sua voz flui de maneira despreocupada, o que demonstra a sua habitualidade com tal situação. Os minutos silenciosos que seguem permitem uma curta reflexão, onde pergunto-me qual seria o tipo de relação que ela mantem com cada um de seus clientes. Ela divide um cigarro e inicia algum diálogo com eles? Produz os mesmos sons? Aparenta tanta satisfação, como faz comigo? Nesse instante, pego-me desejando que, de algum modo, as nossas transas sejam diferenciadas das outras, ainda que de maneira profissional.

Desde os dezesseis, quando estive com uma mulher pela primeira vez, nunca havia sentido o êxtase máximo de uma foda ao mesmo nível em que ando sentindo com a morena. Embora eu saiba que este é o seu trabalho, outra dimensão parece ser criada quando nos tocamos e, em suas íris pardas, deparo-me com um prazer ardoroso, fazendo-me pensar que ela não se importa em estar sendo paga por aquilo ou não.

A entrada do SunTrust surge em meu campo de visão e, quando a mulher desengancha o cinto de segurança, encontro-me sem jeito para realizar algum gesto. Eu deveria tocá-la ou isto seria anti ético?

— Obrigada pela carona. — observar com tamanha atenção o movimento dos seus lábios acaba não sendo uma grande ideia, já que no segundo seguinte, começo a imaginar-me chupando-os.— Se quiser, eu desconto na próxima visita.

Seu tom humorado traz-me certo conforto ao notar que ela age com tranquilidade por estar na companhia de um cliente fora de seu ambiente de trabalho.

— Quem disse que vai ter próxima?— brinco, erguendo uma sobrancelha. A morena solta uma risada nasal ao abrir a porta para saltar do veículo.

— As suas duas últimas em uma mesma semana denunciaram isso.

Ao dar uma piscadela e bater a porta, a morena se afasta, desfilando sua bunda deliciosamente cilíndrica para longe de mim. É o instante em que percebo a minha fascinação pelo sexo de uma mulher que nem mesmo sei o nome.

De dentro do porta-luvas, retiro a aliança dourada que contorna o meu dedo anelar, deixando aquela região levemente apertando e aumentando o meu incômodo em usá-la. 

Projetando um falso sorriso em minha face, adentro ao local onde passarei as próximas três horas falando sobre investimentos na bolsa de valores e viagens caras. Embora eu tenha certa paixão pelo meu trabalho, estar em um ambiente fútil como este fora dele, não é algo que eu desejo para uma tarde de sexta-feira.


Notas Finais


That's all folks!

Olá, vocês! Como estão?
Eu sei que hoje não é sexta, mas como estou atrasada... Aqui está o capítulo.
Gostaria de pedir à vocês que deixem as suas sinceras opiniões porque eu realmente estou em dúvida sobre essa fic. Quando eu as vejo visualizando sem dizer nada, imagino que não esteja legal e, se for o caso, eu aceito numa boa. Mas, eu realmente gostaria de saber para poder continuar.
Bem, é só isso por hoje. Obrigada às lindas que estão comentando e me incentivando, vocês são uns amorzinhos!

Twitter: @fckzemog

Até o próximo! Um beijo e um queijo! ❤


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