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História Irresistible Deal - Replacing.


Escrita por: _rachm

Notas do Autor


Boa leitura! 💞

Capítulo 8 - Replacing.


Fanfic / Fanfiction Irresistible Deal - Replacing.

Selena Gomez P. O. V — Atlanta, 01h27min AM.

Cada músculo do meu corpo reage aos movimentos cautelosos que produzo, latejando em sequência. Da mesma maneira que havia recebido, dobro cada peça do uniforme, posteriormente, devolvendo à Ashley o elástico emprestado que sustentava os meus cabelos emaranhados.

— Você sabia daquilo?

Mantenho a concentração do meu olhar opaco pela exaustão no cadarço, cujo as fitas precisam ser entrelaçadas, entretanto, presumo que a loura me olhe da mesma maneira curiosa de pouco tempo atrás. 

— O quê? — questiono, por precaução, embora saiba à que ela se refere ao batucar, repetitivamente, o pé no chão, sinalizando sua ansiedade aglomerada à impaciência. 

— Que ele é comprometido, oras!

Seu tom é afobado, ela demonstra uma sutil indignação por minha falta de compreendimento lógico ao que ela indaga e, ao inclinar o meu rosto para cima, tenho sobre mim o mesmo olhar meticuloso sustentado nas íris claras. 

— Não, eu não sabia. — por um suspiro longo que escapa entre os meus lábios, a minha falta de expressividade surpreende à mim mesma ante à raiva que havia sentido poucos segundos após presenciar a cena entre o louro e sua, aparentemente, noiva. — O Justin não me disse nada.

— Justin?

O movimento de sua sobrancelha bem desenhada encurvando-se, atribui à um repentino e questionador olhar.

— Sim, esse é o nome dele. — ao dizê-la com demasiada tranquilidade, as pupilas de Ashley dilatam-se perante à informação recém recebida. 

— Ele lhe disse o nome dele?

Aceno positivamente, ao fim de sua pergunta. Sua mudez permite-me supor que o assunto está encerrado e, erguendo o meu corpo, busco em um canto qualquer, a mochila que contém os meus pertences. 

O caminho em que traçamos desde o salão elegante até o ponto de ônibus, a loura se isenta de reações, como se houvesse algo à ser absorvido, depois de tudo.

— Vocês criaram algum tipo de intimidade mais profunda?

Quando, novamente, estamos ocupando os bancos do transporte público, ela atrai o meu olhar com sua voz em um tom quase sussurrado, temendo que alguma alma penada que esteja neste ônibus vazio possa nos ouvir. 

— Não, Ash. Ele só me disse porque pediu o meu celular. 

— Ele pediu o seu celular?! — antes que eu possa censurá-la com um olhar, ela cobre a própria boca com as mãos, policiando à si mesma por seu tom vocal alterado. — Como assim? Por que não me contou isso, Selena?

— Ele disse que queria poder me encontrar quando quisesse. Eu preciso de dinheiro, Ashley. Não poderia negar isso.

Após a minha justificativa, engulo à seco o incômodo que agarra em minha garganta. Embora eu saiba que a loura não seria capaz de criar pensamentos hostis à meu respeito, sinto-me envergonhada. 

— Então, vocês saíram? 

— Ele me levou à um motel na semana passada, não foi diferente do que costuma ser na boate. — dou de ombros, demonstrando o pouco caso que faço com a situação habitual. — Eu só aceitei porque, apesar das circunstâncias, ele me trata com algum respeito e paga muito bem. 

— Vocês tem algum tipo de diálogo? — unicamente por seu tom vocal, percebo a excitação na qual Ashley diz, como se estivesse à escutar os relatos de um filme com enredo emocionante. 

— Sim. Mas parece que só eu quem conversa ali, já que ele nunca, se quer, mencionou um relacionamento.

O sorriso sarcástico que surge de maneira involuntária em meus lábios indica a palpitação da irritabilidade desejando sobressair-se com a lembrança de todas as ocasiões em que Justin me questionara sobre algum fato da minha vida e eu, em contrapartida, nunca o exigi alguma informação.

Ainda que ele seja mais um de muitos, dentre todos, o louro fora o que me tratara com um pouco mais de dignidade e, de algum modo, parecia possuir algo diferenciado de tantos outros. 

Entretanto, nesta noite, conclui que Justin está incluso nos que são desprovidos de caráter e, enquanto sirvo como sua diversão temporária, uma mulher enganada o aguarda em casa.


* * *        

Justin Bieber P. O. V - Atlanta, 04h19min PM. 

O Candy Crush incentiva o movimento ágil dos meus dedos até deixá-los dormentes e, em meu subconsciente, ignoro a conversa tediosa que se desenvolve à minha volta. A espera da sobremesa nunca fora tão tortuosa para mim, visto que o único momento pacífico aos meus sentidos afetados pelo falatório desenfreado é quando a comida é posta sobre a mesa. 

— Justin, você já pesquisou um local para a sua família ficar hospedada no nosso casamento? 

A bolha criada entre os demais presentes à minha volta é estourada sob o tom vocal agudo da minha noiva, dirigindo-se à mim após algum tempo. Contragosto, pauso o jogo em meu celular e desloco o rosto até encontrar seu olhar atento à minha reação. 

— O que? — indago, embora o meu sensor auditivo tenha captado suas palavras proferidas com tranquilidade, busco uma confirmação para tamanho absurdo. 

— A sua família. Onde ficará? — Stella repete e, em sua face, vejo-a aderir uma expressão confusa, como se eu é quem estivesse falando algo fora da compreensão óbvia. 

— Na nossa casa, obviamente. 

Sua testa se enruga no mesmo instante em que ela inclina ambas as sobrancelhas, formando uma expressão surpresa. 

— Claro que não, Justin. A minha família ficará em nossa casa. — rebate, quase no mesmo instante. 

— Stella, a casa que iremos morar é enorme. 

— A nossa família também é! — Susane, a mais velha das filhas Lancaster, intervém na outra extremidade da mesa.

— Por que é que a sua família precisa ser mais importante do que a minha?— os respingos de indignação contidos em meu questionamento indicam a irritação que ameaça percorrer as minhas veias. — Eles devem ficar na nossa casa tanto quanto a sua!

Sinto-me encurralado ante à todas as faces pertencentes à família oposta, que fitam-me sob olhares inquisitivos. Dentre estes, Frédéric sinaliza em sua feição que aguarda uma explicação plausível de minha parte, devido ao aparente desprezo que demonstro por seus familiares. 

— Justin, eu não acredito que você esteja dizendo isso. — de maneira repreensora, Stella murmura ao meu lado e, em um desvio rápido do meu olhar, noto seus dedos sendo esmagados contra o tampo da mesa. — Mas é claro que a minha família precisa de alguns privilégios, afinal, quem está sempre convivendo conosco?

A naturalidade em sua entonação causa-me um amargor na garganta, facilmente confundido com asco. Ela sugere, de maneira sutil, que eu simplesmente despache a minha família para que a dela seja alojada, embora os mesmos possuam suas casas próximas à que moraremos. 

— Então, você está supondo que eu devo dizer aos meus parentes que eles ficarão em um hotel qualquer, unicamente para abrigar toda a sua família?

À esta altura, pouco me interesso no atual pensamento que possa estar pairando sobre os pensamentos das outras faces que nos observam silenciosamente. A revolta que agita todas as minhas células encobre o bom senso que costuma dominar todas as minhas ações em relação aos Lancaster.

— É! — seu tom vocal flui de maneira pirracenta, denunciando a indignação por minha discordância persistente. 

Essa patricinha metida realmente imagina que me fará de seu cão adestrado.

— Então, você só pode estar ficando louca. — sorrindo com sarcasmo, desconsidero seu semblante raivoso e faço menção em retornar à minha atenção ao jogo que me parece conter uma importância maior do que o assunto em questão. 

— Papai! Diga algo! — Stella protesta, em seu habitual gesto desesperado por não conseguir algo que deseje. — A Pattie me odeia! Como quer deixá-la em nossa casa, Bieber?

Sábio é quem diz que conselho de mãe não falha. De fato, eu tenho a total segurança de que a minha mãe não faz qualquer questão em se hospedar em nossa casa, contudo, eu nunca poderia admitir que tal coisa se concluísse. 

— Odiá-la não a faz ser menos minha mãe. — o meu resmungo vem acompanhado por uma impaciência evidente que, de imediato, alerta os sentidos de Frédéric. 

— Justin, você não está agindo de maneira consciente. O que a Stella está querendo é que...

— Ela está querendo controlar a situação toda, como se esse casamento fosse só sobre ela. — interrompo sua defesa, mirando diretamente em seus olhos cinzentos. — E, quer saber? A minha família ficará na minha casa. Goste a Stella ou não. 

Sem delongas, ponho-me de pé e, em passadas apressadas, rumo para fora do restaurante, sem qualquer preocupação relacionada à família que permanecera no restaurante. 

Em anos, venho engolindo infinitas atitudes estúpidas provindas dos Lancaster e, após a morte do meu pai, sinto-me cada vez mais impotente para rebatê-las. Todavia, contrariamente do que eles esperam, não agirei como um mero subordinado que os deve algum favor. Afinal, a fortuna que eles tanto zelam por esbanjar, me pertence. 

Os níveis de estresse causam-me uma dor incômoda, fazendo as minhas têmporas latejarem ao serem massageadas. Pela terceira vez na semana, disco os números da morena e, igualmente às outras ocasiões, a chamada é ignorada. 

Subo o olhar até o canto superior da tela do celular, indicando que o horário ainda não é propício para que eu tome uma atitude efetiva. Sem saída, decido aguardar enquanto esvazio um maço de cigarros. 

* * *        

Durante as duas semanas em que não havia posto os meus pés na Havanna, alguns detalhes parecem ter sido mudados. Estranhamente, apenas dançarinas se mantiveram no andar inferior e, no percurso da escada que costumava direcionar aos quartos, algumas sinalizações brilham em cores néon.

Atordoado, percorro o caminho até o caixa e, atrás da bancada onde uma mulher - a esposa de Devin, segundo Selena me dissera certa vez - recebe o pagamento dos programas, está localizado um painel preso à parede. Em tons de vermelho, neste contém informações sobre horários e preços. 

— O Senhor deseja um quarto?

Ao notar a minha confusão facial enquanto observo as letras iluminadas, a mulher indaga atenciosa. 

— Hm, é. — digo, entretanto, o meu olhar se perde em distintas direções à procura da mulher de cabelos escuros. 

— Possui alguma preferência? 

— Preferência? — franzo o cenho, vendo-a começar a digitar algo no computador apoiado no interior da bancada. 

— É, alguma garota em especial?

Seu sorriso sugestivo desperta os meus sentidos e, em um gesto rápido, aceno positivamente. 

— A Selena? — receio em imaginar que a morena possa não estar disponível, pois a vontade que sinto em tê-la começa a dar indícios de descontrole. 

— Certo. O senhor só precisa me informar o tempo. 

De forma nada surpreendente, opto pelo máximo de tempo em que é permitido, o que faz com que o meu desprezo por Havanna comece a se abranger internamente. Após ter experimentado estar em um lugar privado com Selena, me submeter à retornar ao quarto estreito e abafado é quase uma humilhação. O quão desesperado para ser atendido por ela eu posso estar?

Ansioso, não demoro a seguir o rumo de um dos quartos e, ao adentrar em um dos doze disponíveis, exatamente iguais, repouso o meu corpo tensionado sobre a cama enquanto aguardo a chegada da morena. 

Entretanto, minutos depois, não encontro o rosto arredondado contornado por fios escuros e volumosos. Uma garota cuja a identidade eu desconheço fecha a porta atrás de seu corpo magro, fitando-me com expressivas esferas azuis. 

— Oi. — ela saúda em um tom amistoso e, de maneira acanhada, caminha em minha direção. 

— Cadê a Selena? — me atrevo à perguntar e, desviando de seus passos hesitantes, ergo-me, desocupando a cama em seguida. 

— Ah, hm... — a loura gagueja e, ao vê-la mirar o olhar atordoado em distintas direções, percebo que ela elabora uma mentira. 

— Eu sei que ela está aqui e foi ela quem eu escolhi. Onde ela está? — minha tentativa em não soar grosseiro falha miseravelmente, a mulher suspira à minha frente, contudo, nada diz. — Ela não quis vir?

O movimento em que sua cabeça faz de um lado para o outro, movimentando seus ondulados fios dourados, causa-me determinado choque. Vasculho em meus pensamentos fervilhando suposições para tal reação da morena e, segundos depois, chego a conclusão nenhuma. 

— Por que? — questiono-a, sem saída. Sua feição demonstra o temor por minha pergunta e, impedindo que ela possa inventar alguma acrobacia e fugir do quarto, me aproximo. 

— Olha, e-eu não sei, tá legal? — trêmula, sua voz flui baixa, permitindo-me sentir o nervosismo que avança em suas veias. — Ela apenas pediu para que eu viesse no lugar dela.

Inesperadamente, sinto a fagulha de raiva atingir o meu corpo, obrigando-me a cerrar os punhos, contendo algum movimento brusco.

Onde essa puta está com a cabeça para me rejeitar? 

— Você vai me levar até ela. — determinado, envolvo seu pulso em minha mão e, sem esperar por qualquer resposta, arrasto-a para fora do quarto. 

— Ei, não! Você está louco?! Eu não po...

— Escuta aqui! — interrompo seus protestos em um tom estridente e, por conta de nosso contato, sinto seu corpo estremecer diante do meu grito.— Eu acho melhor você fazer o que estou dizendo, ou vai querer que eu fale diretamente com o seu cafetão? Eu tenho certeza de que ele não gostará nada de saber que uma de suas vadias se negou a transar com um cliente que paga tão bem quanto eu. 

Em suas orbes amedrontadas, vejo-a fraquejar, ponderando obedecer-me ou se manter fiel ao pedido de Selena. 

— Você não vai querer ver a sua amiguinha se ferrando, não é? — sorrio com sarcasmo e, sob o meu semblante autoritário, ela assente lentamente. 

A loura passa à minha frente e, em passos duros, guia-me por corredores escuros até estarmos diante de uma porta maior que a que separa os quartos. Ela faz um sinal para que eu aguarde e adentra ao cômodo, segundos depois, vejo-a morena surgir por trás da estrutura de ferro. Seu olhar se ergue até o meu e, num segundo único, as pupilas dilatam violentamente, tamanha a surpresa ao me ver. 

— Eu posso saber por que você está fugindo de mim?


Notas Finais


That's all folks!

OLÁ PEOPLE! Tudo bem?
Bom, eu sei que hoje não é sexta, mas como eu não havia postado... Inclusive, eu acho que é uma boa eu parar de programar dias certos para atualizações, eu nunca cumpro, hahahahaha.
Aqui está mais um capítulo e muito obrigada à todos os comentários. Vocês são incríveis!

Grupo no whatsapp das minhas fanfics: https://chat.whatsapp.com/6bw7XQ6K7TQBC84tFx7i5L

Minha outra fanfic: https://spiritfanfics.com/historia/troublemaker-6513722

Twitter: @fckzemog

Até o próximo! Um beijo e um queijo! ❤


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