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História Irresistible Deal - Nowhere Left To Run.


Escrita por: _rachm

Notas do Autor


Notas finais. Boa leitura! 💞

Capítulo 9 - Nowhere Left To Run.


Fanfic / Fanfiction Irresistible Deal - Nowhere Left To Run.

Selena Gomez P. O. V — Atlanta, 00h09min AM.

Sinto o ar seco transportar por minha garganta, imóvel, mantenho o olhar paralisado no homem raivoso à minha frente. Beneficiado por alguns centímetros, ele me prensa contra a porta e a temperatura gélida do ferro entra em contato com a minha pele dos ombros. Arrepios espalham-se por todo o meu corpo, contudo, não identifico se este é devido ao choque térmico ou ao olhar invasivo do homem à minha frente.

Encorajada por um atrevimento, ergo a minha postura e, consequentemente, inclino o rosto para cima, sustentando um contato direto com as íris douradas, neste momento, possuindo um tom escurecido.

— Eu não estou fugindo de você. Apenas não tive tempo para atendê-lo. — minto, de forma descarada, e rezo para que a minha voz tenha soado convincente o bastante.

Contudo, a minha esperança é desfeita ao som de sua risada nasal carregada por deboche.

— Agora, inclusive? — ao arquear uma sobrancelha, o louro mira o olhar por detrás dos meus ombros, em curiosidade sobre o que há seguido da porta que escora as minhas costas. — Por que você mandou outra pessoa no seu lugar?

Certamente, em um ato desesperado e imprudente, nenhum raciocínio lógico passara por minha cabeça, como por exemplo, a exigência de Justin com a minha presença. Sob as idéias mais positivas, imaginei que ele aceitaria Ashley de bom grado. Entretanto, neste momento, não encontro palavras para rebatê-lo, seu semblante questionador revoa sobre mim e acabo sentindo a minha pele esquentar.

— Eu não sou obrigada a transar com quem não quero. — digo em um murmúrio, temendo uma reação agressiva de sua parte, ou algo do gênero.

— Oh sim, você é. Assim como vários outros homens que aparecem nessa espelunca, eu sou um cliente e tenho o direito de escolher quem irá me fazer gozar hoje.

Justin sorri de maneira presunçosa e, analisando as circunstâncias, fora perda de tempo tentar enfrentá-lo, afinal, se este pequeno incidente chegasse aos ouvidos de Devin, provavelmente, eu teria o mesmo rumo que Amanda tivera. Recusar algum cliente é o mesmo que roubar dinheiro de seu bolso, ele nunca perdoaria.

— Aconteceu alguma coisa, Selena?

— Não.

— Aconteceu sim, diga o que é!

— Não, você não é o único que pode esconder alguma coisa. — deixo escapar, de maneira enfezada, a frase na qual o meu tom vocal é amontoado de ironia.

— Do que você está falando? — ele une suas sobrancelhas grossas e, em tal gesto, seu maxilar trava.

— Nada, esquece.

Ao fazer menção em dá-lo as costas e retornar ao camarim, o louro puxa o meu copo com brutalidade contra o seu, causando o impacto de nossos hábitos quentes.

— Fale agora. — ele ordena, abaixando sua voz à ponto de que esta alcance o limite da rouquidão.

— Você nunca comentou que é comprometido.

Ao dizê-lo, por fim, vejo-o baquear e afastar-se minimamente. Justin aparenta surpresa por minha revelação, em suas orbes, é perceptível a dúvida sobre onde eu havia conseguido tal informação.

— Como você sabe disso?

Desloco o meu olhar ao longo de seu corpo rígido e, inconscientemente, fixo-o em seus dedos anulares, desta vez, completamente vazios.

— Você não usa a sua aliança?

— Como você sabe?! — Justin ignora a minha pergunta, elevando seu tom vocal que dá indícios de irritabilidade.

Reviro os olhos, incomodada por precisar ceder e usar a sinceridade com ele, embora não tenha recebido o mesmo em troca.

— Eu trabalhei em um evento na semana passada e te vi lá com a sua noiva. — contragosto, resmungo em resposta. 

Mentalmente, ele parece conferir a veracidade do meu relato e, ao concluir sua reflexão, acaba bufando.

— Eu lhe contei praticamente a minha vida inteira, Justin! Por que você nunca, ao menos, mencionou que possui um relacionamento, merda? — não controlo o descontentamento, acompanhado por chateação, que se dispõe em minha fala. No entanto, seu olhar sobre o meu se transforma em algo indignado. 

— Eu deveria?

— Você acha que não? — cruzo os meus braços, na tentativa de manter a minha feição intimidadora.

— Eu não lhe devo satisfação alguma, Selena. Você é só uma prostituta.

Um soco no estômago. Suas palavras atacam-me ao nível de uma agressão física, deferidas com tanto amargor que fazem toda a minha fibra óssea estremecer. Em minha defesa, abro a boca para retrucar, contudo, ainda que algum som tivesse sido produzida nesta, o tom vocal grave do louro me cortaria.

— A nossa relação é estritamente profissional. Eu não vi qualquer motivo para comentar que tenho uma noiva, afinal, isto não é da sua conta. Além disso, eu não me lembro de ter lhe obrigado a desabafar sobre a sua vida, você falou porque quis.

Embora a vontade que atravessa as minhas veias seja de erguer os meus punhos fechados e acertá-lo no rosto, encolho os ombros, sentindo o peso da minha estupidez repousar sobre mim. Sob as palavras rudes, Justin apenas restabelece os limites que nunca deveriam ter sido ultrapassados, visto que em momento algum, eu deveria tê-lo questionado à respeito de algo tão pessoal. Merda, eu sou apenas um depósito temporário para o seu pênis, ele não se importa em ser franco comigo.

— Anda, vamos para o quarto, já perdemos muito tempo com isso. — surpreendendo, ele diz com tranquilidade, como se cada fragmento de raiva fosse dissipado de seu corpo em milésimos de segundos. 

Estagnada, não movo os meus pés e o louro nota que não é seguido por mim.

 — Anda, Selena. — ele ergue sua mão, esperando que eu segura. Entretanto, limito-me a recuar. 

— Eu já disse que não quero.

— Ah, por Deus, mulher. Pare com essa merda.

Avidamente, ele alcança o meu corpo, colando-o ao seu, onde um delicioso aroma amadeirado emana, impregnando as minhas narinas. A firmeza em minhas pernas falha e, sob o contato de sua língua fazendo movimentos precisos em minha pele do pescoço, reprimo um gemido ao morder fortemente os meus lábios inferiores. 

Excitada o bastante para não afastá-lo, permito-me ser conduzida à mais um momento de prazer intenso.

[...]        

Com o bambeamento das minhas pernas, o meu corpo sinaliza fraqueza excessiva para que eu deixe a cama, entretanto, recuso-me à permanecer ao lado do louro e reproduzir o nosso ritual pós sexo, o que havia se tornado um hábito íntimo entre nós. Eu não farei isso. Não após descobrir que ele é exatamente como todos os outros. 

Sinto seu olhar meticuloso observar os meus movimentos enquanto busco cada peça que estivera cobrindo o meu corpo pelo chão e, ao que o êxtase se esvai das minhas células, a vergonha me assombra por entrega tão fácil e por ter ajudado-o a inflar seu ego ao me ver gemendo como uma cadela sob suas investidas bruscas. De alguma forma, Justin parece ter descontado alguma frustração que estivera o perturbando em nossa transa, odeio-me por precisar admitir que um prazer absurdo me arrebatou enquanto ele me fodia com força. 

— Não foi melhor vir aqui e trepar comigo de uma vez do que ficar fazendo aquele cu doce todo?

Sua voz arrastada desperta os meus sentidos e, posteriormente, com o olfato, percebo que ele havia acendido um cigarro. Evito olhá-lo, pois tenho conhecimento do meu próprio desejo por vê-lo nu enquanto fuma. Contudo, a irritação volta a percorrer efusivamente em mim, fazendo uma frase mal pensada e petulante escapar dos meus lábios.

— Teria sido proveitoso se eu ao menos tivesse gozado. — comento, de forma provocativa. 

— O quê?! Você não...

Sua fala atordoada morre no ar, tamanha à sua surpresa com a minha falsa revelação. Ergo a saia tubo até a minha cintura, cobrindo parte da regata branca e, inclinar o tronco para resgatar os meus sapatos atirados no chão, encontro seu olhar perdido. 

O forte aroma de um perfume masculino começa a embriagar-me e, rapidamente, junto o par de sandálias em minhas mãos, na intenção de fugir do cômodo o mais depressa que puder, antes que a minha sanidade falhe outra vez. 

— Não. Mas, não se preocupe. Você é só um cliente, certo? Estou aqui apenas para satisfazê-lo. 

Um sorriso sarcástico é a última imagem que o louro possui do meu rosto, já que, logo em seguida, giro os calcanhares e sigo rapidamente para fora do quarto, entretanto, consigo ouvi-lo gritar o meu nome três vezes. Embora a maioria dos homens sejam absurdamente egoístas em relação ao sexo, nada fere mais o ego de um do que saber que não fez um trabalho bom o bastante para levar uma mulher ao ápice. 

E, no olhar indignado que estivera consistido em sua face, percebo que, de alguma forma, Justin se importa em me dar prazer. Logo, ele sofrerá com a dúvida. 

* * *        

A madrugada se esvai lentamente, carregando consigo o frio da escuridão. Intercalado em algumas cores, o céu adere um tom arroxeado, indicando a chegada próxima da luz solar, enquanto percorro as ruas vagas, o único som que se sobressai é o dos meus saltos contra o asfalto gélido. 

Contudo, ao que me aproximo do prédio em que resido, a circulação de pessoas aumenta bruscamente e, se não fosse por suas expressões aterrorizadas, acabaria pensando ser simples trabalhadores saindo para mais uma jornada de trabalho. Em alerta e, ligeiramente curiosa, sigo em frente e, quanto mais próxima me encontro, mais evidente se torna a gritaria causada pelo caos que se propaga na rua. Logo, estalos ocos são identificados por meus tímpanos fragilizados e, imediatamente, todos os meus sentidos se agitam com o perigo.

O som de tiros se repete com mais frequência e, em meio à pedidos por socorro, mantenho-me paralisada ao ver os moradores e, meus atuais vizinhos, do prédio saírem por este em uma correria desenfreada. 

Com o meu estado de choque, sou empurrada por uma manada que foge desesperada, fazendo-me colidir com um poste de luz e, posteriormente, ao chão. Assustada, ergo o meu corpo e, tendo a consciência de volta em funcionamento acelerado, corro na direção oposta ao prédio que é palco de alguma espécie de massacre. Logo, o barulho das sirenes começa a ser perceptível por todo o bairro, amedrontando-me ainda mais. As lágrimas acumulam-se em minhas orbes, entretanto, a minha ânsia em tomar distância vence a batalha contra a minha vontade de chorar.

As minhas mãos tremem violentamente quando cesso a corrida, temendo estar em zona de perigo. Segurar o celular se torna uma tarefa difícil, devido à instabilidade dos meus movimentos, o nó cresce em minha garganta quando as minhas vistas embaçadas se deparam com a minha lista de contatos, possuindo apenas três nomes. O segundo é descartado prontamente, visto que Devin nunca se preocuparia em me ajudar. 

Tento o primeiro, entretanto, recordo-me de que hoje fora a folga de Ashley, portanto, a chamada logo é desviada para a caixa postal. A minha última esperança faz-me hesitar por alguns instantes, porém, um novo grito abafado estremece o meu corpo e, rapidamente, pressiono a tecla de discagem.

Quatro toques se perdem até que ele atenda, sua voz flui de maneira falhada e baixa, indicando que eu o despertei de seu sono.

— Justin? Por favor, me ajuda!

Controlo ao máximo o choro que persiste em querer sobressair em minha voz esganiçada, no entanto, o contenho para que o louro possua algum entendimento no que o explico. Guiada pela placa de uma esquina, indico o meu endereço atual e, para a minha surpresa, vejo um carro prata surgir ao fim da rua em velocidade alta.

Ao me avistar e frear próximo a calçada na qual me encontro sentada com o corpo encolhido, Justin faz menção em sair do carro, contudo, sou mais ágil em correr até o veículo e adentrar no mesmo, antes de praticamente gritar em um tom afobado.

— Dê a ré e saia daqui, agora!

— Selena, o que...

Suas pupilas dilatam ao notar o meu estado de descontrole, torno a ordenar, despertando-o de seu transe:

— Justin, agora! Rápido!

Ele desiste de contestar e, acatando ao meu pedido, o meu corpo é pressionado para trás, incliano para o lado e, por fim, impulsinado para frente e, em um suspiro aliviado, vejo-o nos afastar do bairro.

As avenidas pouco movimentadas trazem-me calmaria e desespero, na mesma proporção. Sendo sustentada pelo cinto de segurança, inclino o meu corpo para frente, apoiando o rosto no porta luvas, o qual é molhado por lágrimas grossas que desviam das minhas bochechas.

— Selena...

— Me desculpe por te incomodar. — o meu tom vocal totalmente embargado pelo choro parece assustá-lo e, ainda mais, quando eu o encaro com a face úmida por lágrimas. — Mas eu realmente não tinha mais para quem pedir ajuda, Justin. Eu estava desesperada!

— Ei, calma. Está tudo bem, eu... — ele suspira em meio à própria fala e, por um segundo, ergue uma das mãos na minha direção, entretanto, logo esta é posta de volta ao volante e o seu olhar desvia para frente. — Eu não negaria ajuda. Mas, o que aconteceu? 

— Eu não sei, eu realmente não sei!— o meu choro é intensificado à medida em que as lembranças de minutos atrás retomam à minha mente. — Eu perdi a minha casa, perdi tudo!

— Ouça, você precisa se acalmar, tudo bem? Não precisa se desesperar, está segura agora.

Ver-me chorar descontroladamente em seu carro parece causá-lo algum tipo de incômodo e, furtivamente, ele intercala o olhar entre mim e o trânsito. A situação parece induzi-lo à uma reação que, posteriormente, é reprimida. Seu impasse é perceptível na maneira qual ele trava os músculos.

— Você não tem para onde ir? — nego movimentando a cabeça, fugindo de suas íris flamejantes. — Tudo bem, eu te levarei à um lugar.

O silêncio que se propaga em seguida agita os meus pensamentos perturbados e, à todo instante, vagueio-os imaginando o que significaria o caos imposto no prédio. O pânico se apodera lentamente do meu corpo, à medida em que a ficha cai. Eu não tenho mais para onde ir.

Não seria sensato de minha parte indicar a casa de Ashley como um destino sabendo da situação atual vivida lá. E, enquanto atravessamos a cidade, idealizo que Justin me deixará em um motel qualquer, pagará a noite e irá embora. Entretanto, para a minha surpresa, a garagem do edifício em que o carro é estacionado aparenta ser residencial. 

Sem proferir qualquer palavra, Justin e eu saltamos e ele guia-me até um elevador. No interior da caixa de aço, as paredes são cobertas por espelhos e, só então, noto o meu estado de calamidade. Um fino arranhão atravessa a minha bochecha esquerda, causando um avermelhado por todo o meu rosto. 

— Venha. — sua voz suave desperta-me e, tocando superficialmente a minha mão, abandonamos o elevador.

A porta aberta à minha frente revela um amplo e luxuoso apartamento e, num único olhar, o questiono o que isto significa.

— Este apartamento é meu. Você ficará aqui.  


Notas Finais


That's all folks!

OIOI! Guess who's back?
Dois capítulos na mesma semana, to muito boazinha.
Então gente, eu quero esclarecer uma coisinha aqui: vocês estão percebendo que está havendo algumas passagens de tempo ao longo dos capítulos, certo? Passaram dias, semanas e etc. Eu só quero ter a certeza de que vocês estão notando isso para não estranharem essa proximidade do Justin com a Selena. Apesar da relação "profissional" dos dois, há uma certa intimidade e confiança por eles se verem com frequência, conversarem e tal. Enfim, espero que tenham compreendido bem.

Ah, e além disso, caso alguém não tenha visto, eu postei mais uma fanfic. Ela se chama Misconduct e é o meu novo bebê. Aqui o link para quem não leu ainda:

https://spiritfanfics.com/historia/misconduct-7821008

Troublemaker: https://spiritfanfics.com/historia/troublemaker-6513722

Grupo no whatsapp das minhas fanfics: https://chat.whatsapp.com/6bw7XQ6K7TQBC84tFx7i5L

Até o próximo! Um beijo e um queijo! ❤


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