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História Is burning - Capítulo 4


Escrita por: porfircah

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Is burning - Capítulo 4

 

 

•••

 

 

Já passava das 15h da tarde quando resolvi fazer o caminho de volta para o apartamento lentamente. Fiquei na dúvida se saía de casa ou não, mas decidi que não ia ficar me escondendo, ia aproveitar o dia de sol. Ainda sinto a impressão de estar sendo constantemente vigiada, e trato logo de tirar essa ideia absurda da cabeça. E aqui estou eu, sem vontade nenhuma de me enfiar dentro do apartamento pra arrumar as coisas pra viajar.

Paro por um instante sentindo o calor do sol se fixar na minha pele e observando as pessoas ao meu redor, muitas delas estão rindo e brincando e algo nisso me faz sentir vontade de participar dessas coisas. Sinto um arrepio involuntário passar pela minha coluna me lembrando de que isso não é pra mim e solto um suspiro frustrado. Quem me olha de fora não imagina o tormento que é estar dentro da minha cabeça. Mais um suspiro. Olho em volta mais uma vez e penso que realmente gosto dessa solidão, pelo menos funciona pra mim. Funciona muito bem na verdade.

Faço o caminho de volta para o apartamento e passo reto pelo porteiro interesseiro sem lhe dar atenção, aciono o botão do elevador e entro assim que as portas se abrem. Pressiono o botão do meu andar e espero as portas fecharem, mas nada acontece. Pressiono novamente e quando elas decidem fechar uma mão as segura me assustando. E ouço um cumprimento animado.

- Oi Dari.

Ufa, é apenas o David, respira, meu vizinho.

- Oi. - Respondo sem animação.

- Como vai?

- Bem e você?

- Bem também. O dia está lindo lá fora, não é?

Isso é suspeito. David raramente tem falado comigo.

- É, está mesmo. – Respondo curta e grossa.

- Bom... Planos pra hoje? Fiquei sabendo que a Sam e a Caroline vão ir naquela boate em que todo mundo costuma ir essa noite. Você vai também?

As portas do elevador se abrem e saio apressada não querendo estender muito essa conversa.

- Não, não vou.

- Ah, ok então. - Ele coloca a mão no meu ombro, mas logo a tira ao ver que me encolho. - Se mudar de ideia estaremos lá, eu estarei lá, como nos velhos tempos... - Ele se dirigiu para a porta do seu apartamento que fica em frente ao meu e ao entrar pisca um de seus olhos.

Velhos tempos...

Essas coisas parecem que faz anos que aconteceram. Eu e ele costumávamos encher a cara na boate aqui perto e depois de muitas doses de bebida nos atracávamos aos beijos, apenas uma satisfação e íamos para seu apartamento. Transávamos, mas nunca dormi com ele, sempre levantava e ia pro meu apartamento. Ele tentou insistir em mim, me entender, estar ali pra mim. Mas não aconteceu e nunca vai acontecer. Era só curtição e ainda é. Mas fazia tempo que não acontecia. Na verdade, depois disso, fui parando de beber. Bom.. Mais ou menos. Pelo menos não bebia sem uma boa razão. Comecei então a ir pra boate simplesmente porque o pessoal do hospital estava lá, não conversava com ninguém, mas como muitos ficavam bêbados eu ajudava a leva-los pra casa. Raras vezes alguém me chamava à atenção e quando acontecia eu simplesmente aceitava a oferta de ir pra casa dos caras, só pra curtir e fugir um pouco da realidade que me reprimi.

Depois de entrar no apartamento, fui checar meu celular e vi que tinha duas chamadas perdidas do meu chefe. Rapidamente retornei a ligação. Enquanto eu esperava ele atender, fui até meu roupeiro pra começar a escolher as roupas que eu ia levar.

- Boa tarde, Dari. Já arrumou as malas?

- Boa tarde Dr. Sanders. E bom, estou providenciando isso agora.

- Então pare o que está fazendo! - Ele se desespera no telefone. - A conferência foi adiada, parece que um tornado está indo pra Nova York e a cidade entrou em alerta, os voos pra lá foram cancelados.

- Sério? Mas que pena... - digo fingindo tristeza, mas quase pulando de alegria por dentro, afinal tudo o que eu queria não era me forçar a ser uma pessoa querida e social.

- Ah Dari, consigo ver a sua tristeza. - Ele solta uma daquelas risadas escandalosas. - Você ainda não está livre da conferência mocinha, assim que eles decidirem a nova data você irá. Não precisa ir trabalhar esse fim de semana, fique em casa e descanse, você trabalha demais. Mas agora me diz, pra que dia você vai querer sua folga?

- Ok, assim que sair a data me avise. E quero a minha folga para o dia 23 e 24, como sempre. - São sempre as mesmas datas, não sei por que ele ainda me pergunta todo mês. - E obrigada Dr. Sanders, mas não sei se é uma boa ideia não trabalhar no fim de semana.

- Bobagem, Dari. Fique em casa. Agora vou desligar, tenha um bom fim de semana e aproveite! Fique tranquila e fique de folga dia 23 e 24.

Dou um suspiro profundo relaxando.

- Obrigada Dr. Sanders, bom fim de semana.

Desligo a chamada e fico parada pensando no que posso fazer. E tomo um susto quando meu celular vibra na minha mão. O nome da Sam apareceu na tela, e resolvo atender.

- Oi Sam.

- Oi Dari, tudo certo? Vamos à Supperclub hoje?

Penso um pouco e como sei que se eu não sair vou ficar mofando em casa sem fazer nada, decido que vou.

- Sim, claro. Que horas vocês vão?

- Às 23h, pode ser?

- Encontro vocês lá.

- Ai que demais! Ok, até mais, beijinhos.

Não sei pra que tanta animação. Como se alguma vez eu tivesse recusado.

- Ok, tchau.

Já sabemos que em casa mais uma noite não vou ficar.

 

 

•••

 

 

Depois de me encher de doces durante o resto da tarde e praticamente desmaiar no sofá, quando o relógio marcou 21h30 me obriguei a levantar e ir para o banho.

Vou em direção ao meu roupeiro pego um conjunto de lingerie preto e escolho uma blusa azul escura quase transparente que vai realçar minhas tatuagens que tenho na parte de cima do meu corpo e um short preto. Pego um salto alto preto e coloco na beirada da cama, prendo o meu cabelo em um coque e me encaminho pra dentro do box do banheiro tirando minhas roupas.  Ligo o chuveiro, espero a água esquentar e começo a tomar banho aproveitando pra relaxar e desfrutar do calor da água, que estava divina.

Depois de quase 15 minutos no chuveiro só aproveitando o calor, desligo, pego a toalha e começo a me secar. Se eu estivesse cansada nem cogitaria em sair de casa, mas como não sinto nem um pouco de sono tiro esse pensamento da cabeça.

Talvez hoje seja o dia de uma nova diversão, penso e sorrio.

Saio do banheiro apenas com a roupa íntima e sigo até a cama onde coloquei a roupa. Visto o short e coloco a blusa, abotoando-a e me olhando no espelho com aprovação. Aliso o meu cabelo lentamente, e deixo-o cair em minhas costas, coloco os brincos e quando vou calçar os saltos ouço a campainha tocar.

Pego os saltos na mão, meu celular e saio do quarto apagando as luzes. Já são 22h50. Caminho apressadamente me perguntando quem seria e abro a porta dando de cara com o David vestindo uma camisa e uma calça, ambas pretas. Calça apertada. Calças apertadas me dão vontade de rir e não sei o porquê disso. Ele me encara vendo o divertimento estampado no meu rosto e esboça um sorriso.

- Decidiu nos acompanhar? - Pergunta divertido, me olhando de cima abaixo e aprovando o que estou vestindo.

- Sim. - Respondo simplesmente, voltando a fechar a minha expressão e caminhando apressadamente de volta pra cozinha, pra pegar minha carteira, as chaves da moto e meu capacete.

- Sabe - Ele diz me olhando da porta. - Eu posso te dar uma carona, afinal o caminho de volta é o mesmo.

Abro um sorriso mínimo e saio do apartamento com ele me acompanhando até o elevador.

- Prefiro ir de moto, assim posso voltar à hora que eu quiser.

- Você que sabe. Nos vemos daqui a pouco. - Ele pisca pra mim e sai do elevador indo em direção ao seu carro, assinto e vou até a moto, coloco o capacete, monto-a e dou a partida. Disparando na escuridão da noite sentindo a adrenalina familiar que sinto ao andar nela.

 

 

•••

 

 

Apenas quando chego e estaciono a moto é que vejo o quanto à boate está lotada hoje, bem mais do que o normal. Avisto David parado já na porta me esperando para dar nossos nomes para entrar, então me apresso em sair da moto para ir acompanha-lo. Parece que hoje a segurança também foi dobrada e realmente fico sem entender o porquê. Afinal aqui não costuma ser tão bem frequentado assim.

David me estende sua mão para que passemos pelas pessoas sem nos perdermos e encontrarmos o resto do pessoal, porém invés de colocar a minha mão na sua, agarro o seu braço para que ele não me toque. Ele revirou os olhos ao perceber que eu não quis fazer contato, mas não reclamou e começou a me guiar pela multidão de corpos na parte da danceteria. Ele se encaminha ao bar que sei que é onde o resto do pessoal está e logo que chegamos tiro a minha mão do braço dele. Cumprimento a todos com um simples aceno de cabeça e sento em uma das cadeiras que fica no bar os ignorando.

- E ai Dari, faz alguns dias que não te vejo. Tudo certo? O que vai ser pra hoje? - Diz John, o barman, me olhando quando me acomodo na cadeira.

Estendo o meu capacete pra que ele guarde embaixo da bancada como sempre faz e dou um mínimo sorriso.

- Não vim pra conversar John, o de sempre, por favor. - E pisco pra ele.

Ele suspira e sorri.

- Você não muda mesmo Dari. Pega aí. - Ele diz me alcançando o meu copo colorido com água gelada. Sem bebidas de álcool hoje.

Volto a observar as pessoas que estão ao meu redor e não consigo entender o motivo da euforia dessas garotas. Elas não param de olhar pra área VIP e lançar risinhos convidativos pra quem quer que esteja lá. Deve ser alguém famoso, penso eu, e deve ser por isso que, a boate até então calma, esteja lotada.

- Eu não acredito que eles estão aqui, é surreal. - Diz Sam suspirando.

- Será que eles vão sair da área VIP e descer até a pista? - Pergunta Caroline sorrindo perversamente.

- Vocês não sabem aproveitar o que tem. - Diz David, rindo da cara delas. - Esses caras não estão nem aí pra vocês, parem de ficar molhadas por causa deles e venham aqui que eu resolvo esse problema.

O resto do pessoal caiu na risada e até eu me permito sorrir com esse comentário do David, ninguém segura esse cara. Hilário.

- David, querido, você não chega aos pés de um deles, imagina os quatro juntos. - Lari, uma das meninas que o David estava pegando diz soltando uma gargalhada.

Resolvo me desligar das conversas e focar em tomar a deliciosa água gelada que está na minha mão. Hmmm... Nada de problemas essa noite.

- Ah Lari, não é o que você me disse essa noite enquanto gemia. - David solta descarado e o pessoal começa a fazer aquele coro de HMMMMMM.

- David, meu bem, não é todo dia que a One Direction está na boate, nenhum cara se iguala a eles.

Todos soltaram risadas e só então eu me dei conta do que ela havia falado.

One Direction. Aqui. Na boate.

Cuspi água pra todos os lados e uma crise de tosse tomou conta de mim. Todos olharam pra mim surpresos com a minha, mas o único que falou foi David.

- Dari, está tudo bem?

Apenas balancei a cabeça afirmando que sim, fazendo com que as conversas logo voltassem ao normal, mas mesmo assim o David se sentou em uma cadeira do meu lado.

- Tem certeza que está bem? - Ele pergunta me olhando nos olhos esperando ver alguma reação da minha parte. - Sabe que eu me import...

- David, por favor, não. - Digo o cortando e ele olha pra baixo, parecendo envergonhado. Ia começar a droga do discurso que se importa comigo, e isso já tá esgotando a minha paciência. - Vai comer alguém e não enche.

Ele me olha mais uma vez e se levanta, mas ao tentar passar pelas garotas é impedido de continuar. Elas estão surtando ao mesmo tempo.

- MEU DEUS, ELES ESTÃO VINDO AQUI PARA O BAR! VOU DESMAIAR LARISSE ME SEGURA! - Grita Sam.

- COMO EU VOU TE SEGURAR SUA DOIDA, SE EU MAL ESTOU ME AGUENTANDO AQUI! - Responde Lari quase chorando.

Senhor. São apenas garotos, por favor. Mas... Eles estão vindo pra cá? Acho que chegou a hora de eu me esconder.

Viro-me em direção ao bar e fico prestando atenção nas outras pessoas que estão ao meu redor. Até que é interessante ficar olhando, mas quando o John grita, eu sei que o plano de "passar despercebida" talvez não tenha dado certo.

- E ai meninos, o que vai ser hoje?

Ao levantar meus olhos me arrependi, pois aquele amigo que riu no Starbucks, e o loiro estavam olhando diretamente pra mim.

- Esse mundo é pequeno mesmo, olha Harry, a sua amiga do Starbucks está aqui. - Disse Louis, eu acho que ele se chama assim, com sarcasmo enquanto cutucava o Harry.

Ele meio que olhou pro Louis sem entender e só quando ele apontou na minha direção que ele me reconheceu e arregalou os olhos. Ótimo, o universo só pode estar brincando comigo.

- Espera um minuto. - Disse Lari soando meio histérica e chamando assim a atenção dos meninos para si. - Dari, eu não acredito que você conhece eles e não nos disse.

- Eu não conheço. - Respondi sem emoção e me virei de volta para o bar. Assumi a minha postura de indiferença e me dirigi ao John. - Vai abrir dia 22?

Pude perceber com a demora da resposta que ele estava pensando se me respondia à verdade ou não. Mesmo ele não sabendo o porquê de eu perguntar isso, ele sabia que eu viria beber nesse dia. Afinal, todo mês é a mesma data. 

- Sim, Dari. - Disse num suspiro.

Voltei a assentir com a cabeça e alcancei o copo pra ele servir mais água pra mim. Percebi que Louis sentou do meu lado, o loiro estava de pé e Harry estava sentado do lado de Louis conversando com alguém.

- Então, o seu nome é Dari, certo? - Perguntou o loiro tentando chamar a minha atenção e me estendeu sua mão. - Prazer, sou o Niall.

O avaliei rapidamente e encarei a sua mão com certa incredulidade voltando logo a tomar um gole da minha bebida e ignorá-lo.

- Você foi a garota que o Harry derrubou o Milk shake, certo? - Ele tentou mais uma vez e deu um passo na minha direção. O meu corpo entrou em alerta com a proximidade, mas ele não pareceu perceber. E vi que só poderia evitar que ele chegasse mais perto se eu falasse com ele, mas David pareceu pensar diferente, pois se meteu na minha frente entre eu e o loiro e o encarou.

- Nem mais um passo. - Disse entre os dentes.

- Calma cara, só estava conversando. - Disse Niall com os olhos arregalados.

- David. - Resolvi me meter. - Você não ia comer alguém?

Ele me olhou incrédulo.

- Estou te ajudando.

- Não preciso de sua ajuda. - Desviei a minha atenção dele, o empurrando de leve pra sair da minha frente e fixei minha atenção no loiro. - Sim, meu nome é Dari.

Niall sorriu ao ver que lhe dei atenção e pareceu esquecer o episódio com o David, que este apenas ficou do lado da Lari nos observando. Quando Niall ia falar de novo Louis o interrompeu.

- Conseguiu salvar a sua blusa?

Eu podia ver o humor nos seus olhos, e nisso Harry se levantou e ficou na minha frente como o Niall, mas mesmo assim continuei sem demonstrar emoção.

- Sim. - Respondi simplesmente tentando ignorar o fato de que Niall e Harry estavam muito perto, mais perto do que eu me permitiria a alguém. Mas me distrai disso quando Harry falou.

- Posso falar com você? - Disse me estendendo a mão.

- Já está falando. - Respondi sem lhe dar atenção.

- Já voltamos. - Ouvi Niall murmurar e levar Louis com ele resmungando contra a vontade.

Senti quando Harry se sentou a minha frente, pois seu joelho raspou no meu e me afastei com o contato. Vi que ele notou que me mantive afastada, mas mesmo assim voltou a se aproximar pra poder falar no meu ouvido, devido à música alta.

- Desculpe pela blusa. - Disse simplesmente com um sorriso tomando um gole da sua bebida.

Apenas suspirei e voltei a ignorá-lo.

- Não vai falar comigo? O que quer que eu faça? Eu estou tentando recompensar, mas você não coopera. - Disse demonstrando frustração.

- Então pare. Será que não vê que eu não quero que faça nada? - Respondi no mesmo tom, observando que Louis e Niall estavam voltando.

- Nada mesmo? - Sussurrou Harry no meu ouvido tentando soar provocativo ao mesmo tempo em que colocou uma das suas mãos na minha perna. Meu corpo inteiro entrou em choque, não pelo toque dele ser bom, nada disso, mas por ser muito ruim. Não consigo... suportar, segurar. Não assim. Entrei em alerta e isso só acontecia quando alguém me tocava sem eu esperar. Ele viu que eu segurei a respiração com o seu gesto e interpretou como um suposto sinal verde pra chegar mais perto de mim.

- Se você tem amor pela sua vida - eu disse pausadamente - tira a merda dessa mão da minha perna. Agora.

Eu ouvi risadinhas que talvez fossem do Louis e do Niall vendo a cena, achando que eu estava simplesmente dando um fora no Harry. Quando na verdade eu ia acabar com a vida dele se ele não tirasse aquela mão.

- O que? - Ele me olhou confuso sem entender minha reação.

- Styles. - Eu disse soando ameaçadora, tentando me controlar. - Tira a merda da mão.

Lentamente ele foi tirando a mão, como se estivesse com medo da minha reação, olhando nos meus olhos e vendo que eu não estava brincando quando o ameacei, e só então voltei a respirar tentando controlar a minha raiva, mas estava difícil. Niall soltou uma risada escandalosa e apoiou uma das suas mãos no meu ombro enquanto dizia.

- Calma Dari, Harry não está acostumado em receber um não.

Merda. Parem de me tocar, caralho.

Parei de respirar novamente e desviei meus olhos pros olhos do Niall, lhe dando um sinal de alerta pra tirar a mão. Ele arregalou os olhos quando apertei o seu pulso com força, tirando a mão do meu ombro. Levantei-me rapidamente, me afastando desses meninos que não sabem manter suas mãos para si e fiz sinal pro John.

- Me alcança meu capacete. - Disse friamente, sem olhar para os meninos que permaneciam quietos.

- Já vai? - Perguntou John.

- Sim. Já deu por hoje, volto dia 22.

John me encarou e suspirou acenando com a cabeça, voltando a atender seus clientes.

- Desculpa Dari, não precisa ir embora. - Niall tentou dizer enquanto Louis só observava a cena com uma cara pensativa. - Eu só estava brincando.

- Ei Dari, espera, não faz assim... - começou Harry.

Ignorei ele assim que começou a falar e me virei fazendo o caminho para a saída, mas um braço me puxou. O meu reflexo com o gesto foi tão rápido que quando vi já estava torcendo o braço do Harry nas costas dele e o prensando no pilar mais próximo.

- Ei, o que está fazendo? - Ele deu um grito afetado.

- Eu disse pra não me tocar, Styles. - Disse controlando a minha voz pra não demonstrar o quanto o toque tinha me afetado.

- Wow Dari, calma, ei - Disse Niall, correndo na nossa direção. Ele me olhou nos olhos e calmamente esticou sua mão pra eu largar o braço de Harry. Suspirei e antes que ele me tocasse me afastei rapidamente andando em direção à saída.

Já passei do meu limite, preciso sair daqui - É o único pensamento que me domina quando chego na rua mal iluminada, tentando caminhar até a moto.

 

 

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