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História Is It Love? G. 💌 - Com muito prazer!


Escrita por: MilFor

Notas do Autor


Olá, caros leitores (se é que há algum)
Meu nome é Millena e estou escrevendo essa fanfic baseada em Is It Love, versão Gabriel. Admito que essa é a versão mais chatinha, mas estou dando algumas incrementadas e acrescentando novas falas e cenas que eu espero que tornem a história mais divertida e depois de alguns capítulos vai ficando cada vez mais legal, vocês vão ver! Além disso, em breve escreverei a fanfic do Matt e Ryan.
Atenciosamente, espero que gostem 😘

Capítulo 1 - Com muito prazer!


Fanfic / Fanfiction Is It Love? G. 💌 - Com muito prazer!

Passei duas horas escolhendo o que vestir na tentativa de ficar apresentável. Acabei ficando com o meu tailleur branco que uso com uma bolsa transversal de cor roxa. Até pensei em usar minha Prada de couro preta, mas como essa cidade tem uma péssima fama, decidi evitar algo muito chamativo. Estou tão ansiosa! Consegui um emprego como assistente de comunicação nas empresas Carter. De fato foi muita sorte conseguir essa vaga tão rápido, pois acabei de terminar meus estudos e não tenho muita experiência.

Vim da Europa e fiz uma longa viagem para chegar até aqui, espero conhecer pessoas legais e quem sabe, talvez, ter uma grande história de amor... Ainda há um pouco de romantismo dentro de mim? Já faz 3 anos que estou solteira. Pois é, digamos que os meus relacionamentos passados não sejam um grande exemplo a ser seguido por ninguém. Atualmente, eles se limitam a um crush ou outro, às vezes nas férias, às vezes em baladinhas da vida. Eu me mudei pra cá faz alguns dias e parece que as coisas estão dando certo. Aff, tinha certeza que daria tempo de chegar mas, parada no trânsito congestionado. Liguei para avisar. Poxa! É impossível falar com alguém! Ninguém atende! Assim que saio do táxi, perco o ar. O prédio é enorme e imponente com sua parede toda de vidro. É necessário levantar bem a cabeça para conseguir enxergar o topo. Em um letreiro é possível ler com letras gigantes e prateadas: EMPRESAS CARTER. Ando devagar para a entrada quando, de repente, algo toca a parte de trás dos meus dois ombros violentamente. Sem entender nada do que está acontecendo, sou derrubada e caio de quatro no chão, apoiada sobre minhas mãos e meus joelhos.

- AAAI! - eu grito com o susto da queda. Mas logo levanto o olhar repleto de raiva querendo saber o que me atingiu.

Há um homem muito mal encarado olhando para mim​ com olheiras fundas e escuras e com o sorriso de dentes pontudos mais macabro que já vi. Ele usa um boné de beisebol com a aparência visivelmente suja e encardida e por cima está o capuz do moletom preto que o veste.

- Ei! - eu digo brava, me levantando.

Mas antes que eu consiga, o homem pisa em minha mão esquerda e eu fecho os olhos para não deixar uma lágrima de dor escorrer. -FILHO DA... - Sinto algo passar pelo meu pescoço. Não acredito! O desgraçado roubou minha bolsa!

Eu me levanto o mais rápido que posso, decidida a discutir com o ladrão e fazê-lo devolver minha bolsa, mas ele já está longe demais e eu estou tão atrasada que nem vale a pena, já que, para minha sorte, não há nada de valor, nada além dos documentos e minha carteira com pouco mais de 20 dólares. Ainda bem que não foi a Prada de couro! Diz minha consciência. Me apresso para entrar na empresa, além de perder a bolsa, não quero perder também meu emprego. Emprego este que ainda nem comecei. Decidi engolir o meu desejo de vingança, porque minha vontade era correr até o ladrão e lhe dar uma boa lição de moral! Passo minha mão direita sobre a esquerda que esta vermelha e dolorida devido a pisada daquele filho da mãe. Gravei seu rosto. Ah se eu o encontro novamente, não respondo por mim! Maldito!

Com desespero, eu procuro meu celular nos bolsos. Ufa, ele está aqui, está em segurança. Nossa, se ficasse sem celular, não sei o que seria de mim, minha vida toda está nele. São 9:15, estou apenas 15 minutos atrasada. Guardo o iPhone no mesmo lugar que estava antes e olho a minha volta. Ninguém aqui parece ligar para o que acabou de acontecer comigo há 2 minutos atrás, sou completamente invisível!

Eu aguardo um pouco para me recompor do baque. Ajeitando minha roupa, caminho em direção a porta da empresa, dessa vez estou bem atenta a todos aqui. Ao entrar, avisto a secretária. Vou falar com ela. Mas antes de chegar até lá, uma jovem alta, loira, com um coque impecável e muito bem maquiada entra na minha frente. Seu rosto é delicado, bem como seus olhos verdes que me olham com simpatia.

-Bom dia, senhorita, posso ajuda-la? - a moça pergunta sorrindo.

-Bom dia, meu nome é Michelle Youmine Suzie. Me disseram que devia me apresentar ao senhor Simons.

A secretária olha a tela de seu iPhone alguns momentos.

- Ah sim! Senhorita Michelle Suzie! Seja bem vinda as Empresas Carter! - ela parece realmente contente. - Aguarde um instante, por gentileza. A secretária digita algo em seu iPhone preto e espera.

- O senhor Simons está em reunião e se atrasará um pouco. Aceita algo para beber?

- Não, obrigada. Não se preocupe.

- Tem certeza? Realmente não me atrapalharia de forma alguma lhe trazer algo.

- Bom, sendo assim, será​ um prazer!

- Imagina, o prazer é meu! - seu iPhone emite um som estridente. - Dê-me licença um instante.

Ela murmura alguma coisa e logo se volta novamente para mim.

- Prefere chá? Café? Água?

- Cafeína, por gentileza!

A moça sorri largamente como se também fosse viciada em café assim como sou. Ela caminha para um corredor e a perco de vista. Eu dou alguns passos pelo salão de forma a conhecer melhor. Paro próximo a alguns quadros que estão dispostos em linha reta muitíssimo bem espaçados na parece de fundo branco. Vejo homens apertando as mãos, decido ler a legenda e me aproximo mais, já que sou míope e estou sem os óculos.

- Aqui está, senhorita Suzie. Eu volto para buscá-la dentro de alguns minutos, enquanto isso espere aqui, por favor. - a secretária me mostra algumas cadeiras de couro pretas.

- Muito obrigada.

Ela se volta graciosamente para sua mesa e se senta novamente para receber as pessoas. Cada movimento seu parece perfeitamente ensaiado, bem como toda ela.

Vejo passar vários homens e mulheres impecavelmente vestidos. Quantas pessoas trabalham aqui? Duzentas talvez? Esse mundo não tem nada a ver com todos os pequenos trabalhos que tive que pegar para pagar meus estudos. Me sinto profundamente intimidada!

Dou uma olhada no relógio que está na parede marcando 9:40. Espero que o senhor Simons não tenha tido que mudar sua agenda devido aos meus quarenta minutos de atraso. Eu me balanço mudando de peso de uma perna para a outra. Não tenho nem sequer uma bolsa para me dar credibilidade... Um look sem nenhuma bolsa, NÃO É POSSÍVEL! Mostra um despreparo para começar a trabalhar. Eu me percebo com as mãos no bolso e logo as tiro. Tipo "Oi, sou eu. Eu estava passando por aqui, vi a luz acesa e entrei". Respiro fundo. Preparei tudo tão cuidadosamente. Tenho a impressão de estar totalmente nua sem minha bolsa, e que todos percebem. Ainda mais nós mulheres que levamos nossa vida dentro da bolsa. Um lugar para guardar maquiagem é indispensável! Enfim, agora eu preciso me esquecer dessa desventura e focar no meu primeiro dia de trabalho. Respire fundo, Michelle, respire! Eu arrumo meu cabelo em um movimento forte jogando para trás e olho a minha volta. Eu preciso mesmo aprender a ficar calma. Não sou mais uma criança! Me concentro nas pessoas trabalhando a minha volta. Quanta energia há aqui, é bem o que eu gosto mesmo: atividade. Finalmente estou me sentindo tranquila. Esse não é o momento de por tudo a perder, Michelle! Eu obedeço minha consciência e mantenho a calma, mesmo estando com raiva de mim mesma. Eu sempre fui a melhor pessoa para colocar pressão em mim mesma. Sempre me cobrando, querendo ser perfeita. Mas no final, obviamente, sou falha e erro. Isso me frustra.

A secretária finalmente volta. Tenho a impressão de tê-la esperado por uma eternidade, mas, na verdade, não foram mais que cinco pequenos minutos.

- Não se preocupe, tudo vai ficar bem. - diz a loira mais angelical que já vi. Diante a tanta simpatia, sinto-me obrigada a concordar, mesmo sem acreditar muito. Mas eu preciso!

- Sim, claro! - tento transmitir confiança, mas está mais que óbvio que não estou segura de mim mesma. Depois de tudo que aconteceu.

Ela pega a xícara de café vazia da minha mão e me mostra o caminho. Sigo-a por um longo corredor cheio de salas de reunião e pessoas entrando e saindo. O mesmo corredor que a vi entrar para me servir café. A verdade é que raramente eu pude ver tanto luxo assim. Através das paredes de vidro, as salas parecem imensas! Muitas vezes com sacadas de vidro com vista para a cidade.

- Aqui há quantas salas de reunião? - quebro o silêncio. Percebo que a secretária já deu um fim na xícara e eu nem vi como.

- Nós temos uma dezena de salas de reunião neste andar e aproximadamente a mesma quantidade em todos os outros andares.

Eu fico um pouco alucinada com esse número e me sinto como uma formiguinha em um enorme formigueiro. A sensação é maravilhosamente chocante. Sempre me Imaginei fazendo parte de algo grandioso.

A secretária me convida para entrar no elevador e fico impressionada ao ver que a elegância do salão se estende também aos elevadores. Espero que isso também ocorra nos banheiros. Tenho pavor de banheiros coletivos. Esse elevador, sem exageros, tem quase o tamanho da minha sala! As paredes são feitas de aço polido e brilhante. No chão, um carpete cor de chumbo. Sinto um inacreditável, mas verdadeiro, perfume que vem fazer cócegas em minhas narinas. Os mínimos detalhes foram estudados para que tudo fosse o mais próximo possível da perfeição, e eu, perfeccionista como sou, estou amando!

Diante meu olhar admirado, a secretária se dirige a mim com doçura. - Você é nova na cidade?

- Sim! Eu cheguei há apenas uma semana. Tenho muita sorte de ter conseguido um emprego tão rápido! - as palavras pulam para fora da minha boca.

- Você vai ver que é uma cidade muito agitada! - diz sorridente e pressiona rapidamente as teclas de seu iPhone. - Vamos lá. Você vai trabalhar no 42° andar.

Wooow, ainda bem que não precisarei subir escadas. Nunca estive em um prédio com mais de trinta andares. Talvez essa fosse a motivação que eu precisava para enfim começar a praticar um esporte. Sou a preguiça em pessoa! E nunca gostei de nada que me fizesse suar.

As portas se abrem diante de uma grande área revestida de carpete.

- Pode vir comigo se quiser. - diz a secretária sempre cheia de carisma. Saímos do elevador e a secretária pára para esperar que eu a alcance. - Aqui onde estamos é o salão principal deste setor. O senhor Simons deve mostrar sua mesa depois. Diga-me, por favor.

A atmosfera é bem profissional. A grande sala é muitíssimo bem iluminada. Há espaços separados por baias perfeitamente posicionadas e alinhadas. Nós continuamos até chegar em outra grande sala e eu posso ouvir pessoas discutindo.

- Aqui é a sala de descanso. Você pode vir aqui sempre que quiser comer algo ou, simplesmente, relaxar. Todas as mesas estão a disposição dos funcionários. - eu aceno que sim com a cabeça e continuamos a andar. - O escritório do senhor Simons, gerente do seu setor, fica bem ali, do outro lado do salão principal. Vou informá-lo que você já está aqui.

A secretária caminha em direção ao escritório e eu fico sozinha. Observo que todos aqui estão bem concentrados em suas atividades e envolvidos em suas ocupações. Envolvidos demais para notarem minha presença. Meu coração acelera. Ok, é agora que conhecerei meu superior. No fundo, espero que seja um homem jovem, dinâmico, com quem poderei ter um trabalho apaixonante. Mas é óbvio que não posso esperar um chefe perfeito! Bem que eu gostaria, né? Eu riu de mim mesma por este pensamento. Vejo a secretária andar cheia de segurança até o escritório, cumprimentando as pessoas por onde passa. Juliette Iarc, Kate Rodriguez, Justin Lee, Jacob Jones, Isabella Müller, Emma Parker, William Peterson, Michael Morgan, Liam Hayes, Sophia Flores e Matthew Ortega. A secretária faz questão de chamá-los pelo nome. Pronto, já conheço um terço dos meus futuros colegas de trabalho. Eu a vejo abrir a porta, caminhando e saindo novamente, deixando a porta aberta. Ela se volta para mim, sempre com a mesma elegância, e sorri.

- Chegamos, senhorita, ele virá te encontrar. Foi um prazer conhecê-la, tenha um bom dia!

- Igualmente! - a secretária entra no elevador e sai.

Um homem jovem, loiro de olhos azuis, que parece muitíssimo confiante anda em minha direção. Várias pessoas o cumprimentam, eu o vejo até parar um momento para assinar algo e rapidamente volta para mim.

- Senhorita... Seja bem-vinda às Empresas Carter.

Eu o encaro por alguns segundos, em silêncio. Ele estende a mão e nos cumprimentamos, sem piscar. Seu aperto de mãos é firme. Seu olhar é... intenso. Eu o recebo como um alívio. Meu Deus, como ele é bonito. Seus olhos são como o céu, firmes e penetrantes. Os reflexos de seu cabelo brilham e realçam seu olhar. Apertando sua mão, eu percebo um grande anel de prata em seu anelar direito.

- Olá, eu... Eu me chamo Michelle Youmine Suzie. - finalmente consigo dizer. Porra. Tanta dificuldade para alinhar algumas palavrinhas. Devo parecer uma idiota!

- Encantado, senhorita Michelle Suzie. Sou Gabriel Simons. É francesa?

Eu aceno que sim. De maneira alguma eu esperava tudo isso. Parece que meus sonhos se tornaram realidade! Estou completamente surpresa! São emoções demais para tão pouco tempo. Não sei onde enfiar minhas mãos, sei que não devo esconde-las nos bolsos nem cruzar os braços, então mantenho-as diante de mim, segurando bem firme. A única coisa que eu consigo fazer é balançar a cabeça.

- Tudo certo no caminho de vinda para cá?

- É... Na verdade, Nova Iorque é cheia de surpresas... - Senhor Simons me olha firme por um momento que mais me parece uma eternidade​.

- Você não faz ideia. Nova Iorque ainda me surpreende. - diz com seu olhar intensamente penetrante. - Você conseguiu visitar alguns lugares?

- Sim, rapidamente.

- Que bom! Me siga, senhorita Michelle Suzie.

O senhor Simons me faz atravessar toda a sala. Eu percebo um andar tão confiante que chega a invejar, este homem exala respeito e postura. Sem dúvida esse traje de marca que usa, com elegância, tem um motivo! É mais que evidente que de baixo deste termo se esconde um corpo musculoso e atlético. Meu gerente para diante de uma baia e me faz um sinal para entrar. Eu supero meu embaraço para concordar e caminho. Eu vejo que há duas mesas, uma particularmente bagunçada, porém não há ninguém.

- Aqui está sua mesa, fique à vontade para se instalar. - E então ele olha para mim bem confuso. - Você não trouxe nada para o seu primeiro dia?

Pronto, agora sim! - Sim, sim! Eu trouxe, mas roubaram minha bolsa em frente á empresa. Logo antes de eu entrar. - Odeio me fazer de vítima coitadinha, mas não posso passar uma imagem de desorganizada e despreparada no meu primeiro dia de trabalho.

- Poxa! Você está bem? Ele não te machucou, não é? - ele parece realmente preocupado.

- Bom... o ladrão me derrubou... Depois pisou em minha mão esquerda... Mas está tudo bem, não está mais doendo.

- Deixe-me ver isso.

Gabriel pega minha mão e a olha com muito cuidado. Ele parece analisá-la minuciosamente. Não consigo decifrar sua expressão. Ok! Realmente não tenho ideia do que fazer agora.

Eu puxo minha mão por desconforto a essa situação. - Está tudo bem, não se preocupe, é sério, já passou.

Gabriel me olha e eu percebo algo que me parece revolta em seu tom de voz.

- Se eu estivesse com você, eu... Esse mau elemento iria ter que se desculpar. Pode ter certeza disso!

Eu fico rindo por dentro ao imaginar que só um indivíduo que não dá o mínimo de valor à própria vida ousaria encostar em alguém que estivesse na companhia do senhor Simons. As suas costas dão quase duas vezes o tamanho da minha e suas mãos são grandes e fortes. Eu não consigo parar de olhar as mãos dele, seus dedos grossos. Ou talvez a maneira como seus olhos brilham... E sua boca... Meu Deus, que boca... Bem, e se eu parasse de detalhar meu gerente!?

- Você gostaria que eu chamasse a secretária para que ela se ocupe de dar entrada em sua nova documentação?

- Isso seria muito gentil de sua​ parte.

- Considere feito! - diz com um sorriso. - Eu preciso ir, estão me aguardando para uma reunião. Logo logo seu colega voltará com seu material.

Estou ansiosa para conhecer meu colega bagunceiro. Acho que vamos nos entender no meio das nossas bagunças.

- Tudo bem, muito obrigada !

O senhor Simons acena a cabeça em confirmação, em seguida vira as costas e sai. Alguns poucos passos depois, meu gerente retorna.

- Eu virei aqui novamente durante o expediente para te ver.

Com muito prazer!



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