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História Is this a dream? - Capítulo um : A descoberta


Escrita por: TouchScream

Notas do Autor


Esse foi o primeiro capítulo de uma série que pretendo terminar ainda nessas férias. Se tiverem alguma dica ou correção de meus muitos erros de português (hahaha) podem falar ok? Pretendo postar pelo menos um a cada semana, espero ter causado uma boa reação ^^

Capítulo 1 - Capítulo um : A descoberta


Fanfic / Fanfiction Is this a dream? - Capítulo um : A descoberta

     Ela está deitada já nem sabe mais há quanto tempo. Catarina já é quase parte integrando do leito da sala 74 da ala 3 do Hospital Universitário Aliança no qual recebe visitar mensais de seus pais. A situação é que Catarina já está em coma há dois anos.

-Feliz Aniversário, querida- uma mulher com um sorriso torto chega perto do leito e dá uma olhada nas unhas de sua filha, fazia meses que vinha e pintava suas unhas como uma espécie de ritual.

-Hoje temos diversas opções, já que é seu aniversário não quero que fique de qualquer jeito ok? Vai que seja hoje o dia em que você acorde – uma lágrima tímida salta dos olhos marejados da mulher. Por que isso aconteceu justamente com seu bebê? No que ela tinha errado para merecer essa vida tão miserável? Se isso fosse considerado uma vida...

-Joane, não faça isso com você e com ela. Deixe-a descansar, não podemos fazer nada... –um homem de olhar forte  com barba por fazer apareceu na porta de vidro do quarto 74 e encarou a mulher.

-Nunca deveria ter encorajado você nisso, sempre foi assim não é? Você se apega demais a tudo Joane – reclamou ele enquanto balançava os ombros daquela que um dia amou tanto.

-E VOCÊ NÃO SE APEGA A NADA... NEM A NOSSA PRÓPRIA FILHA AUGUSTO!! – mais um surto, mais uma briga... Joane entrou em prantos, as lágrimas que havia prometido não deixar cair acabaram não obedecendo a sua vontade.

-Eu sei que ela ainda está ai Augusto, eu sinto. Eu a tive em mim por nove meses e esse tipo de ligação você nunca vai ter.

-Olha Joane, eu sei que as coisas não andam muito bem desde o acidente. Sei que você me culpa pelo que ocorreu... Eu sei que nunca vou poder ter esse tipo de ligação com ela, mas Catarina ainda é minha filha.

-Juro que depois de hoje vou abrir um processo contra você, não vai mais chegar perto da gente escutou? VOCÊ  A ATROPELOU AUGUSTO!! Isso, de todos os erros, eu nunca vou poder perdoar.

- E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SINTO A DOR? Desde o acontecido eu prometo, a você e a quem quiser ouvir, que não bebi uma gota de álcool. Estou na reabilitação Joane, vou melhorar e não serei mais aquela pessoa vou voltar a ser o cara por quem você se apaixonou.

-Augusto, você tem que entender que algumas coisas devem permanecer como estão. Agora saia daqui, ela já ouviu brigas demais por hoje.

     O pai se aproximou da filha e lhe deu um beijo na testa. Ainda ansiava ser o último aniversário dela nessas condições. Não é possível que com uma medicina tão avançada ainda não arranjaram um jeito de trazer essas pessoas de volta.

     Mas o que eles não imaginaram é que Catarina estava mais acordada do que nunca. Só que não nesse mundo.

-Aqui só existem três regras simples para os que permanecem presos – várias pessoas se reuniam ao redor de um palanque, sussurros enchiam a sala- A primeira delas é: Não conversem com os passageiros; número dois: Não se interessem pelos sonhos dos passageiros e número três: Não façam amizade com os passageiros. Tirando isso acho que vocês ficarão bem – quem falava com um ar autoritário era a Alice, haviam boatos de que todos a obedeciam pois ela estava aqui há uns 30 anos. Com uma experiência dessa ninguém questionava suas decisões.

     Os recados acabaram de ser dados e a multidão começou a se espalhar pela sala.

-Ei, novata! – Alice gritou.

-Err... Oi?

-Só queria dizer que você é bem vinda pra festa no meu sonho hoje ok? É bom nós cuidarmos uns dos outros se é que você me entende... – disse isso olhando para um grupo de garotos mal encarados do outro lado da sala.

-E exatamente onde eu estou? Só me lembro de uma luz bem alta vindo em minha direção. E do nada apareci aqui e escutei você falando de sonhos, então estou sonhando?

-Na verdade todos nós estamos eu, por exemplo, estou sonhando há 30 anos – abriu os braços e saiu pulando em círculos com uma risada um pouco escandalosa.

-Mas... como isso é possível? Você parece ter minha idade.

-É que aqui o tempo não passa como no mundo real, na verdade ele passa do jeito que você quiser que ele passe – e do nada as coisas começaram a andar bem rápidas como a opção 2x em um vídeo, depois tudo estava em câmera lenta e como num estalar de dedo voltaram ao normal.

-Incrível?  Espera até entrar na sua sala dos sonhos - e começou a puxar Catarina pelo braço.

-Espera, calma. Ainda não entendi como vim parar aqui. Você disse que todos os presos não devem conversar ou ser amigo de um passageiro... O que diabos isso significa?

-Já vi que você é uma daquelas curiosas pé no saco que não sabem aproveitar o momento. Então tá, senta ai que eu vou te contar.

     Catarina olhou para os lados e não havia nada.

-Sentar aqui aonde?

     De repente, um banquinho de praça surgiu e como se isso fosse pouca coisa uma praça toda apareceu.

-Bem vinda a minha sala do sonho, aqui eu mando em tudo. No tempo – e começou a chover, nevar, fazer um calor infernal... – Na gravidade também – e as duas começaram a flutuar – Posso fazer qualquer coisa que eu quiser é só ter um pouco de imaginação.

- Mas que loucura é essa????

-Todos aqui têm suas salas dos sonhos, passageiros comuns ficam presos em suas salas e é assim que você sonhava todas as noites. Uns passageiros até podem controlam melhor os próprios sonhos do que outras, mas eles não conseguem achar uma saída como nós presos conseguimos. Está vendo ali no canto? – Alice apontou pra uma das esquinas da sala – É uma porta, ela vai te levar a um imenso corredor com um número surpreendente de portas dos sonhos eu estava te levando pra lá, mas a senhorita sabe tudo não gosta de esperar não é? Pois bem, agora que você está sentada vou te contar uma notícia um pouco assustadora: Você está em coma!! – E nesse momento surgiram fogos, serpentinas, balões e um coral bem simpático cantando uma música alegre.

-Hã???? ACORDA! ACORDE CATARINA! – e instantaneamente começou a se beliscar, como se fosse adiantar alguma coisa.

-Já vi que essa aqui vai ser difícil de convencer. Ei, pode parar? EI!!! – e Catarina deu um tempo nas suas tentativas inúteis- É o seguinte, os presos estão em coma os passageiros são pessoas normais que estão sonhando. Você não pode conversar com eles.  NUNCA! JAMAIS! Entendeu? Já que você está um pouco atordoada vou te levar logo para sua porta.

     As duas caminharam até a porta de madeira e saíram do que parecia ser a sala de sonhos da Alice. Foram até o balcão mais próximo do corredor e para a surpresa de Catarina havia uma tablet com uma lista enorme de nomes. Alicecomeçou a procurar:

-Cadê? Cadê... Lista dos Presos...Nome que começam com C... Pronto, agora é só esperar que sua porta vai descer bem ali e lembre-se uma vez lá dentro tudo pode ser possível!!! Se quiser habilitar a opção de visitar a sua sala você vem aqui nessa bancada e troca as suas configurações, aqui também tem o nome e foto de todos os presos, vai que você se interessa por alguém. Então, acho que vou indo. Boa estadia e até a festa!!

     Se existisse alguém mais louca do que Alice nesse mundo Catarina sabia que não ia conseguir aguentar por muito tempo.

-Vejamos... A porta vai descer por ali... – e puft! Uma porta carregada por garras mecânicas transparentes trouxeram a sua porta – Nunca imaginei que iria ser tão futurístico assim.

     Catarina finalmente entrou na sua sala, de primeira vista era apenas uma caixa branca sem janelas.

-Aquela moça disse que é só pensar e as coisas vão aparecer certo? Então... – Catarina pensou no seu quarto na antiga casa em que morava quando pequena e não é que a doidinha estava certa?  Tudo estava como havia imaginado, o papel de parede mofado e com um pequeno rasgo no canto inferior perto da cômoda talhada na madeira... Aos poucos foi deitando na cama que agora parecia um pouco menor do que lembrava só que percebeu que não conseguia dormir.

-Era só o que me faltava.



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