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História Is this love...? - "Eu me importo com você"


Escrita por: Rghost

Notas do Autor


Então, eu não sei o que dizer aqui nessa minha pura cara de pau de voltar com essa fanfic depois de mais de um ano de abandono.
Não vou pedir desculpa, pq n tenho o direito.
Não sei nem se alguém ainda acompanha, apesar dos favoritos continuarem, vocês não devem nem lembrar né? Jkkkk
Mas é isto, voltei com o capítulo mais dramático possível, pq esse era o plano inicial pra ele.
Como faz todo esse tempo fico com medo de ter perdido a pegada da fic, ter deixado eles OC demais. Mas é inevitável já que a obra original não mostra como eles são no lado romântico da vida.
Tenho mais umas coisinhas a dizer, mas vou falar nas notas finais pra não prolongar muito aqui.
(Resolvi fazer o capítulo pulando entre a visão dos dois, espero não ter ficado muito confuso, n tenho o costume de fazer assim.)
Boa leitura, até lá em baixo!

Capítulo 11 - "Eu me importo com você"



Algo definitivamente andava errado e nem mesmo o ruivo com toda sua lerdeza deixaria de perceber. Primeiramente, ele sentiu muita raiva, a sensação fervia em suas veias toda vez que pensava sobre o assunto, porém, ela gradativamente foi se misturando ao inevitável medo que começou a surgir, alimentando ainda mais a inesperada fagulha de dúvida que nasceu em seu âmago  recentemente.
O que era essa estranha distância crescendo entre os dois? Não fazia sentindo. Ele havia ferrado com tudo sem perceber? 
Aomine nem ao menos respondia direito as suas mensagens. Sempre que tentava marcar alguma coisa ou puxar assunto - só para jogarem conversa fora por horas como haviam se acostumado a fazer -, o moreno dizia estar ocupado, sem tempo, ou simplesmente não o respondia. E por mais que ele provavelmente nunca fosse admitir isso em voz alta, esses eram sem dúvida uns dos melhores momentos dos seus dias. Escutar aquele suave timbre rouco reverberar através da sua mente, prendendo toda sua atenção o trazia um conforto estranho que não sabia explicar. Ele gostava de relembrar como os olhos azuis escuros ganhariam um brilho inusitado ao encara-lo com o sorriso estampado no rosto, o que em algum momento passou a lhe causar pequenos arrepios, como se uma corrente elétrica repentina percorresse sua pele. 
E ainda que isso o deixasse confuso na maioria das vezes, jamais conseguiria negar como sente falta, o quanto esse costume simples deles significava tanto para ele hoje em dia. Sua pouca concentração se perdia em meio a esses reflexões que tanto insistiam em ocorrer-lhe ultimamente. 
Totalmente alheio ao que se era falado em sua sala de aula, o ruivo encarava janela a fora, divagando. Perguntando-se se o que tanto tinha passado a temer infelizmente havia voltado a acontecer. Depois de todo esse tempo, em que criaram esse laço, essa forte amizade que Kagami nunca imaginou que teria com o moreno, depois de tudo isso... Estaria ele voltando a ser fechar como antes? 
Foi quando a lembrança surgiu em sua mente, do dia em que o moreno disse que estaria ali por ele sempre que precisasse, que nunca mais precisaria se sentir solitário novamente. Se suas palavras foram verdadeiras, aonde ele estava agora? 
Frustrado, o ruivo suspira, apertando os punhos inconscientemente. Apenas aliviando a forte pressão que exercia ao ouvir o sino do intervalo tocar. Kagami precisava saber o que havia acontecido, pois em algum ponto de tudo aquilo ele passou a se importar com Aomine, o moreno já não era mais apenas um forte rival ao qual tanto admirava, era seu amigo agora, alguém especial.
                                                 [...]
Se arrastando pelo que pareceu uma eternidade, os horários de aulas enfim se encerraram. Como hoje não haveria treino, por razões que pela primeira vez em muito tempo Kagami não se preocupou em descobrir - desinteresse incomum por algo que tanto ama que atraiu a atenção de um certo baixinho de cabelo azulado –, após observar o céu por um momento depois de sair pelos portões do colégio, tudo o que o ruivo desejava agora era ser capaz de chegar em casa antes da chuva que estava por vir.
                                               [...]
Para o seu azar, o céu acinzentado parecia tornar-se mais denso a cada passo dado rumo ao apartamento. Quando a leve garoa começou a cair, retirou rapidamente o guarda-chuva da mochila, a apertando contra o corpo e acelerou o ritmo de sua caminhada.
 Seguiu distraído, tão absorto dentro da própria mente que não notou o rapaz dono daqueles olhos escuros petulantes, somente a alguns metros de distância a sua frente. Como um pequeno empurrão misericordioso do destino, um trovão repentino vibrou por entre as nuvens espessas, o despertando do vicioso transe em que encontrava-se. O fazendo levantar a visão quase que imediatamente, bem a tempo de ver um rápido vislumbre daquele rosto tão familiar desaparecer esquina a dentro.
Sem pensar duas vezes, disparou a correr, jogando o velho guarda-chuva no chão sem se importar com mais nada que não fosse alcançar o causador de seus tormentos. Ignorando completamente o misto de emoções subindo pela boca de seu estômago e o forte zumbido do vento contra suas orelhas, Kagami manteve o foco, gritando pela primeira vez em muitos dias o nome de quem tanto sentiu falta durante aquelas últimas semanas. 
- Aomine! – o primeiro grito pareceu morrer no ar, abafado pelo barulho da chuva que curiosamente dava-lhe a impressão de tornar-se mais pesada a cada respiração descompassada que executava. 
No instante em que por fim alcançou o meio fio da esquina e virou, ele pode avistar as costas do moreno, retornando a chama-lo, com ainda mais afinco:
- AOMINE?! – gritou uma segunda vez, abrindo um grande sorriso de alívio ao vê-lo parar de caminhar.
                                               [...]
O corpo de Aomine inteiro travou, reconheceria essa voz em qualquer lugar... 
Por que agora? - perguntou-se repetidamente durante a pequena eternidade que permaneceu parado, incapaz de se virar e confrontar o ruivo.
Estava tudo indo bem! Ele estava conseguindo lidar esses sentimentos, sem ferrar com tudo. Só necessitava de mais tempo, certo?! Um pouco mais e então conseguiria apagar isso, só precisava de mais alguns di-
Respirou fundo, dissipando o turbilhão de pensamentos que insistiam em atropelar-se em sua mente. Agora não era hora para isso.
Apertando os punhos para se recompor, virou-se, soltando o ar presos dos pulmões ao mascarar um singelo sorriso de canto nos lábios.
- Há quanto tempo em, como vai? – indagou Kagami o fitando sorridente.
- Ei! – cumprimentou aumentando o falso sorriso, tentando enganar mais a si mesmo do que o ruivo a sua frente – Já faz alguns dias, não é? – fingiu descaso, como se  próprio não houvesse contado cada mísero dia – Andei meio ocupado.

 - Cara, eu entendo, a escola também tem estado um inferno. –  o ruivo coçou o pescoço, mantendo o sorriso no rosto, ao passo que sentia a euforia ceder lugar ao nervosismo – Mas e agora? Tem algum compromisso nesse final de semana? A gente podia ir jogar algumas partidas, depois sair pra' comer...
Aomine estava tão fodido.
Afasta-lo, ao contrário do que esperava, parecia só ter aumentando a proporção de seus sentimentos.
 Pois apenas ao poder vê-lo novamente, a ouvi sua voz sempre cheia de entusiasmo, lhe perguntar uma coisa tão simples como aquela, ele já sentia seu coração acelerar no peito, bombeando o sangue mais rapidamente. Levando a sua cabeça os desejos do seu coração que tanto lutou para reprimir.
Outro trovão estalou pelo céu a distância quando uma infâmia conclusão o atingiu.
Ele teria que acabar com aquilo, de um jeito ou de outro. Era preferível afasta-lo ao ter que enfrentar a provável rejeição e acabar por perde-lo por completo.
Há esse ponto já conhecia o ruivo bem o suficiente para saber que Kagami nunca agiria com preconceito em frente a sua “declaração”.  A questão era: Ele só não a faria.
Não possuía a coragem, pelo simples fato de jamais ter se sentindo assim em relação a outra pessoa, principalmente um cara. Mas tudo bem, ele já havia superado esse ponto. Pois sempre que lembrava-se de como era bom estar perto do ruivo, conversar sem perceber as horas passarem, ver seu sorriso, ser a razão dele, e observa-lo perder a cabeça tão facilmente – o que só aumentava mais seu divertimento -, isso mostrava-se irrelevante. 
Ainda que de início tenha ficado confuso, ao passar dos dias, nos quais refletiu pesadamente sobre o assunto. Concluiu que complicar coisas desse género era perda de tempo. Aomine sempre foi assim, nunca se importou com as opiniões negativas dos outros, não é agora que começaria. Principalmente em relação a isso.
É, o moreno estava definitivamente fodido.
Agarrando-se a linha de raciocínio anterior, respondeu:
- Desculpa cara, mas não vai dar. – cortou a possibilidade. Limpando inutilmente a água que escorria pelo rosto antes de tomar uma posição fria que já não possuía mais o costume de manter. 
Transparente do jeito que era, o ruivo foi incapaz de disfarçar o misto de tristeza e decepção que atravessaram seus olhos cor de sangue. Aomine precisava ir embora agora, ou iria acabar ferrando tudo de vez. 
- Tenho que ir. – acrescentou rapidamente, desviando o olhar, na tentativa de anular qualquer chance que o outro possuía de faze-lo mudar de ideia – É melhor fazer o mesmo. Se cuida. Não vai adoecer de novo.  
- Espera, já?! – indagou exasperado. Perdendo de vez naquele instante a postura calma na qual se obrigou a manter-se, ao ritmo que o estranho nervosismo por estar perto do moreno, e o pressentindo de que algo estava extremamente errado, só pioravam.
- Foi bom te ver Kagami. – despediu-se dando as costas.

- ESPERA! 
Seus pés se moveram antes que qualquer pensamento racional tivesse a ousadia de cruzar sua mente. Kagami avançou, agarrando o ombro direito de Aomine com brutalidade.
- O que aconteceu?! Eu fiz alguma coisa naquele dia? Disse algo?!
Porque só poderia ser isso, ele tinha que ter feito algo, dito alguma coisa no dia em que estava doente que não se lembrava mais. Kagami preferia que a culpa fosse sua a acreditar que Aomine de fato havia voltado a se fechar como antes.
Sem encara-lo – pois sua forças já eram quase nulas e tudo só parecia caminhar para o pior cenário possível -, o moreno puxou o ombro na direção oposta, afastando-se do toque desesperado. 
- Não aconteceu nada. Eu já disse, ando muito ocupado, é só isso. - rebateu, mais frio do que pretendia. 
Então realmente estava acontecendo? Após todo aquele tempo juntos ele o afastaria assim, sem nenhuma explicação?
Deixando-se levar pela personalidade explosiva, disparou, invadindo novamente o espaço pessoal do moreno ao agarra-lo pelos ombros, o obrigando a olha-lo nos olhos. 
- CORTA ESSA! – gritou enfurecido – Tem que ter acontecido alguma merda! – suas mãos tremiam. Em parte, por conta do vento frio que os atingia, mas acima de tudo naquele instante, por considerar a hipótese de que o perderia caso o deixasse ir - Você acha que eu sou cego?! Que não percebi como tem me ignorado por quase duas semanas? – continuou, sacudindo o homem a sua frente, que o fitava sem reação – E agora diz que não aconteceu nada? – riu em descrença - Que está tudo normal entre a gente?! 
Como ele ainda era capaz de tentar negar? 
Se Kagami havia feito merda, ainda que não se lembrasse, estava disposto a se desculpar. Simplesmente só não conseguiria suportar a perda dessa amizade, não essa.
- Kagami, me solta. – foi a primeira coisa que o moreno conseguiu dizer após vários minutos em silêncio. 
Entretanto, ao invés de ter seu pedido atendido, sentiu a força do aperto aumentar, ao ponto de começar a machuca-lo.
Por que Kagami tinha que ser tão cabeça dura?  Complicar as coisas justamente agora que ele estava conseguindo controla-las?
- Que merda! Você não fez nada, entendeu?! Não tem que se desculpar por merda nenhuma! – esclareceu ao segurar ambos os punhos do ruivo, os afastando.
Isso felizmente pareceu acalma-lo por um momento, porém, logo que Aomine o viu recuar alguns passos, e que ao invés de alívio, sua expressão era tomada por confusão e tristeza, algo dentro si quebrou.
- Então... Por que? – perguntou incerto – Por que me ignorou por todo esse tempo se eu não fiz nada? - a voz do ruivo falhou – Você só ia se afastar e sumir sem me dizer nada?
O moreno se viu apertando os punhos de novo. Buscando sustento interno ao notar o tom quebrado de kagami, quase como naquele dia.
- Você tem razão, acho que realmente sou um idiota. Depois de todo esse tempo, eu pensei que éramos amigos, que o que disse pra mim aquele dia era verdade.  - conclui o ruivo, com a voz banhada em pura magoa.
- Kagami. – Aomine deu alguns à frente – Não é isso. Eu NUNCA mentiria sobre aquilo! – ergueu as mãos na direção do ruivo, desejando lhe transmitir calma, sinceridade.
- ENTÃO POR QUE? – Kagami questionou novamente, já não pensava mais com clareza, só queria entender – Se falou a verdade Aomine, se realmente se importa comigo. - a dor em seus olhos rubros era visível – Se a nossa amizade algum dia significou algo pra você... Por que não me diz o que tem de errado?
- POR QUE EU NÃO POSSO! NÃO DÁ! – gritou quando suas últimas barreiras caíram. – Não te falo justamente porque me importo com você! – respirou fundo, tentando acalmar os nervos e por os pensamentos em ordem – É culpa minha, então me deixa resolver isso, ok? Eu só preciso de mais um tempo sozinho.
- TEMPO PRA' QUE?! – gritou ainda mais alto que o moreno – Por que não confia em mim? Seja o que for, eu posso tentar te ajudar! Eu também me importo com você!
- EU SEI, EU CONFIO EM VOCÊ! - Aomine aproximou-se mais a medida que as palavras deixaram seus lábios. 
- Se confia mesmo em mim, me diz o que está acontecendo. – sentenciou - Me diz o porque.
E naquela hora o moreno soube, que se não contasse a verdade – ainda que ela fosse jogar tudo por água a baixo -, ele perderia a amizade do Kagami de uma vez por todas. Nunca mais conseguiria ganhar sua confiança.
- Por que eu estou apaixonado por você! 
                                           Continua...
 


Notas Finais


E ai? Muito dramático? Ksksksks
Eu preferi não colocar aquele drama de "eu não sou gay" pq eu acho o Aomine é maduro o suficiente quanto a coisas assim, ele só precisava pensar sobre. Agora sobre saber o que fazer com os próprios sentimentos, já sabemos que ele é ruinzinho né? Dksk
Já o Kagami, bem, eu creio que ele seja do tipo lerdo com as próprias emoções, que nunca nem pensou sobre gostar de alguém assim. Só era algo mt distante da realidade dele, sabe? Por isso ele precisou sentir a perda pras coisas "acordarem" dentro dele.
Bom, também n sei se pretendo abordar a questão em relação a família do Aomine. A mãe é esperta, ela percebe as coisas, já o pai, eu tenho não a intensão de torna-lo um vilão.
Minha intensão com esse fic é só escrever sobre esses meus dois amores ficando juntos e felizes ❤
Até o próximo capítulo!


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