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História Is Too Late? - You're not and Never will my Sister


Escrita por: Leozadoo

Notas do Autor


Espero que gostem da fic, é a primeira vez que faço algo do tipo, então vamos ao capítulo!

kiseu <3

*Lauren e Camila tem, respectivamente, 8 e 7 anos de idade/a capa da fic é temporaria*

Capítulo 1 - You're not and Never will my Sister


Fanfic / Fanfiction Is Too Late? - You're not and Never will my Sister

MIAMI FLÓRIDA, 2008.

Há quanto tempo que Camila esperou aquele dia? Quantas horas ela já gastara sentada no banco do jardim sonhando com o futuro que começaria a partir daquele dia? Finalmente ele havia chegado. Sete anos esperando por uma família que a escolhesse para fazer de sua vida um local repleto de felicidades. Não que sua vida no orfanato fosse infeliz, longe disto, tinha sua melhor amiga, Dinah, que é extremamente divertida e animada e as moças que cuidavam da mesma transbordando alegria, mas Camila queria mesmo era ter pais... irmãos, uma família, mesmo que não fossem de verdade... ainda valia.

- Dj, você não tenho vergonha de acordar tão tarde? - Camila dirigiu-se a Dinah que sentou-se ao seu lado naquela manhã fria. A maior trazia consigo um urso de pelúcia rosa, esse que é a única lembrança que havia de seus pais.

- Você que acordou cedo... e isso não é minha culpa! Alias, por que está aqui fora neste frio? - Dinah perguntou abraçando seu urso para tentar amenizar os arrepios que sentia devido ao vento.

- Hoje iram me buscar! Como pode se esquecer disso? - Camila fingiu estar com raiva, mas notou que a expressão da amiga era tristonha e desanimada. Ela sabia que a maior estava chateada por ter que despedir-se da mesma, mas o que poderia fazer? Seu dia havia chegado. - Dinah... Por favor não fique assim, mesmo indo embora iremos continuar nos falando e sendo amigas, eu prometo. - Então Camila abraçou forte a amiga tentando não chorar, já que aquele, certamente, seria um bom dia e não deveria estraga-lo. Dinah sorriu fracamente para a Karla antes de um carro preto parar na frente do orfanato, alertando a mais nova.

- Eu acho que são eles, Camila! - Dinah disse sorrindo para a menor. Ela era do tipo de criança que uma hora estava triste e na outra estava feliz. A mais velha, no fundo, ficou feliz ao saber que Camila iria ser adotada e acreditava que logo seria sua vez. Agitada a menor correu para dentro chamando a freira, deixando para trás Dinah, mesmo não sendo sua intenção deixa-la sozinha lá, mas sua animação não tinha limites,

- Eles chegaram, Demi! Rápido, onde estão minhas coisas? - Karla foi correndo para um dos quartos do orfanato, que além da freira havia outras 7 crianças, que estavam assustadas pelos gritos da mesma. Demi se aproximou de Camila e tampou sua boca.

- Shi! Silência, Karla Banana! Você não ira querer chamar atenção da Selena. - Camila arregalou os olhos ao ouvir Demi citar o nome de sua namorada, a mais temida das freiras, Selena. Ela era a inspetora do orfanato, era latina como a mesma e tinha um humor que colocaria qualquer criança para debaixo da cama. Suspirou profundamente, Demi retirou a mão que cobria a boca da mesna e a puxou para fora com a intenção de receber a família Jauregui.

Era um casal de loiros jovem, não passavam dos 30 anos. Camila havia os visto de longe no dia da escolha da criança e mal podia imaginar que aquelas pessoas tão bonitas e de expressões gentis fossem-na escolher como filha de mentirinha, mas ainda assim filha.

Eles cumprimentaram a Demi e então se agacharam a frente de Camila, abraçando-a. Camila não conseguira expressar em palavras o tamanho de sua felicidade com aquele gesto. Ela pela primeira vez sentira-se amada, queria chorar, mas não seria justo. Aquele era um dia feliz, não é?

- Bem vinda a nossa família, Camila! - A mulher loira sussurrou para a garota, que passou seus braços pequenos ao redor da nuca dos dois que ali demonstravam uma atenção e carinho tão grande por ela. Demi apenas assistia tudo, agradecendo aos céus pela família da pequena Karla, aparentemente, ter todo o amor do mundo para dá-la.

- Muito bem, mocinha. Vamos buscar suas coisas? - Demi chamou a atenção da criança, que se desvencilhou do abraço para seguir a mesma até o quarto que dividia com mais 5 crianças. Essas que, provavelmente, Camila se lembraria, mas não sentiria tamanha falta, sentiria apenas de Dinah, já que foi sua companheira de varias horas e que provavelmente era a única que compreendia a mente sonhadora da mesma.

Invadiu o quarto com a pressa e a alegria que só uma criança de sua idade tinha, arrancando da cama as bagagens mais leves, já que era mais magra do que o normal, não que fosse desnutrida ou algo do tipo, só que estava em seu genes ser daquela forma, deixando as mais pesadas para a freira. Retornou a entrada com pressa, quase tropeçando em seus próprios pés. Entregou suas malas para seus novos pais e enquanto via eles indo coloca-las no carro, notou a Dj se aproximando de si e a abraçando sem nenhum aviso.

- Espero que essa seja a melhor família do mundo, Mila! - A menina desejou com uma voz falhada, mas que continha toda a esperança de uma vida melhor para a Camila. Afinal, eram amigas. Karla nada respondeu, só apertou mais o abraço.

- Ei, mocinha. Seus pais estão te esperando. Apresse-se! - Demi tocou levemente no ombro da menor, alertando sobre sua demora naquele abraço. Os Jauregui's esperavam pacientemente, mas nunca era bom deixar alguém esperando, pensava a freira.

- Nunca vou esquecer de você, Dj. Eu prometo. - Então Camila partiu para o carro, sorrindo levemente para seus parentes. Aconchegou-se no banco traseiro, colocando certa força pra consegui afivelar o cinto de segurança. Pôs-se a observar o orfanato da janela do carro, sua casa durante longos oito anos. Era aconchegante e morno. Tinha pouquíssimos amigos, mas os necessários. Tinha também Demi que era a única que lia historias para ela quando não conseguia dormir. Então, notou que sentiria falta dali. Deixou uma solitária lágrima descer por seu rosto puro enquanto acenava para a Dj e a freira. As únicas que foram importantes na sua trajetória ali. Agora ela tinha novas pessoas para cativar.

No caminho, ergueu sua cabeça, tentando não demonstrar nenhuma tristeza para o casal que estava a frente. Eles vez ou outra olhavam pelo espelho retrovisor, e não era impossível notar o desanimo da menina.

- Querida, não fique assim...Nos iremos cuidar de você muito bem. - A Sra. Jauregui preencheu com sua doce voz, o espaço que antes só existia silêncio. O coração da pequena Mila se tornou aquecido e ela sorriu para a mulher, que suspirou feliz.

- Olhe, você tem uma irmã, sabia? O nome dela é Lauren. Aposto que ela vai gostar muito de você.  - Então, Camila se sobressaiu no banco. Ela não podia acreditar no que seus ouvidos tinham escutado. Poxa, além de ter ganhado pais, ela ainda havia ganhado uma irmã!

- De verdade? Eu tenho uma irmã? - Pronunciou animada, teria ido totalmente para parte frontal do carro devido a sua alegria, mas foi segurada pelo cinto. Os Jauregui's  apenas riam da inocência da menor, já que apenas de saber de tal noticia, seu dia tinha se tornado colorido.

Com isso, o tempo parecia correr mais devagar para a garota. Ela só queria chegar logo em casa e conhecer sua irmã. Queria poder brincar, contar historias e comer doces. Contudo, chegaram na casa, que para a surpresa da menor, parecia mais com um castelo de tão grande que era. Seus olhos nunca haviam brilhado tanto, era como se ela fosse ser uma princesa. Sua vontade era correr do carro e explorar todo aquele local, mas tinha modos e ainda era estranha naquele ali, então teria de se conter, pelo menos por enquanto.

- Vamos então, querida? - Sra. Jauregui desafivelou seu cinto e virou-se parcialmente para trás para poder perguntar olhando nos olhos de Camila, que concordou rapidamente abrindo a porta do carro e sentindo em seu rosto uma brisa,que trazia um ótimo cheiro de rosas. Os Jauregui's desceram e ambos foram de encontro a Mila, segurando suas mãos e caminhando em direção a entrada principal.

O jardim da casa era deslumbrante, tinha grama por todos os lados, e Camila pode notar uma plantação de rosas um pouco distante deles e então confirmou de onde vinha o cheiro agradável. Notou também que havia um gazebo de madeira pintado de branco onde havia bancos. Ali parecia um bom lugar para sonhar acordada, e isso, de certa forma, agradava a garota.

Pararam frente a uma porta, que para Camila, era enorme. Ela mal podia alcançar a maçaneta, e a menor tinha quase certeza que não era por culpa de sua altura, e sim porque a porta era muito alta. Fechou as mãos em punhos e apertou, tentando segurar sua ansiedade. Olhou para cima vendo seus recentes parentes destrancarem a porta em movimentos que pareciam mais devagar do que eram realmente.

Parecia que estava no paraíso quando a porta foi aberta. Aquilo era realmente um castelo. Era tão grande por dentro que Camila, de primeira vista, achou que demoraria horas pra explorar só o térreo. Timidamente, deu passos nervosos para dentro da casa e parou frente as escadas que levavam para o segundo andar. Os Jauregui's puseram suas mãos sobre os ombros da menor, demonstrando carinho.

- Lauren! Temos alguém que quer te conhecer. - A Tia Ally elevou a voz em direção a escada, chamando a sua única filha legitima. Lauren Jauregui. A menor ,que tremia levemente, sentiu-se mais tensa quando pode ouvir passadas longas e apressadas vindo do segundo andar, e por fim, uma garota, que tinha longos cabelos pretos, olhos verdes e expressão nada amigável, mas ainda assim bonita, surgiu no topo da escada, avaliando a pequena Mila, que no momento, nada conseguia fazer a não ser encarar a garota.

Então, lentamente, a pequena Lauren descia os degraus da longa escada, como se realmente não quisesse fazer aquilo, e Camila, a cada segundo, se sentia amedrontada e com vontade de correr. Quando chegou no térreo, a Jauregui encarou demoradamente a Mila, que abaixou a cabeça. Uma nova coisa que a assustava: O olhar de Lauren. Ela queria se sentir acalentada e bem recebida, mas aquele olhar ,de alguma forma, dizia para ela que ali não era seu lugar.

- Filha, essa é a Camila. Sua nova irmã. - Tio Troy falou lentamente para que a garota pudesse associar o que estava acontecendo. Lauren sempre foi uma menina um tanto retraída. Nunca foi de ter amigos correndo pela casa ou de pedir brinquedos novos para que pudesse se divertir ao menos sozinha. Tudo o que gostava de fazer era tocar piano e desenhar coisas abstratas demais que seus pais não conseguiam entender. Isso os preocupavam, e com isso, chegaram a conclusão de que se a Jauregui tivesse uma irmã quase de sua idade pudesse se tornar uma criança aparentemente normal.

A mais velha olhou para a menor a sua frente e se aproximou. Camila esperava um monte de ações que a garota a sua frente fizesse, mas não passava por sua cabeça um segundo se quer que fosse escutar o que teve ouvir.

- Você não é e nem nunca será minha irmã. - E com tais palavras, a garota de longos cabelos negros e olhos verdes pôs-se a correr,  retornando ao segundo andar. Para onde quer que fosse seu destino, ela tinha deixado para trás uma garota um pouco menor para sua idade completamente frustrada e magoada. Camila ouviu os Jauregui's gritando algo para cima novamente, mas tudo o que sentia mesmo, era as lágrimas que desciam por seu rosto.

***

Camila se encontrava em uma cama em que provavelmente nunca teria no orfanato. E também num silêncio em que não estava acostumada. Ouviu a porta do quarto ser aberta e o tio Troy passar por ela com uma xícara em mãos. Ele sorriu amigavelmente para a menor, que estava bem aconchegada com diversos cobertores que a tia Ally insistiu que ela utiliza-se. E mesmo que não tivesse tão frio, ela acabou concordando.

- Trouxe chocolate quente para você, querida. - O homem sentou-se na beirada da cama e entregou a xícara para a Son , que agradeceu baixinho. - Eu sei que você não esperava essa recepção. A Lauren é uma criança difícil, mas eu tenho certeza de que logo ela vai achar interessante ter uma irmã. - O Jauregui sorriu novamente para a mais nova, contudo, essa não retribuiu o mesmo sorriso. Apenas olhou para o conteúdo da xícara, sentido seus olhos arderem novamente.

- Eu acho que ela nunca vai gostar de mim, tio Troy - A garota sussurrou para o homem, que passou a mão levemente por seus cabelos. Camila, pela primeira vez, achou que nunca deveria ter saído do orfanato. Lá, pelo menos, ela tinha Dinah.

- Querida, eu não quero que me chame de "Tio Troy". Afinal, agora sou seu pai e isso vale pra "Tia Ally" também." - Certas palavras podem nos tirar de uma tristeza e trazer o brilho nos olhos novamente a vida. Certamente foi o que Camila sentiu naquele momento. Ela tinha um pai e uma mãe. Ela não estava tão sozinha quanto achava que estivesse. Ela poderia não ter uma irmã oficialmente...mas tinha o que queria desde sempre: Pais.

- Papai...Obrigada por ser minha família agora. - Pôs a xícara na cabeceira e ergueu-se para abraçar aquela pessoa que foi uma verdadeira esperança para a mesma, que achava que não poderia esta mais deslocada. Naquela noite, ela pode dormir com pensamentos esperançosos e felizes. Assim como deveria ser.

***

Em três dias na sua nova casa, Camila nenhuma vez viu Lauren. A garota de olhos verdes selvagens parecia não sair do quarto desde que a mesma pôs os pés naquela casa e isso deixava a menor tão chateada e triste que, ao fim do terceiro dia, ela encheu seus pulmões de ar e girou a maçaneta da porta que a separava de sua "irmã".

A mais nova sabia que aquilo era uma invasão de privacidade e que ela nem ao menos bateu na porta, mas sabia que se batesse, ninguém responderia. Sentiu suas pernas tremerem novamente e pisar no chão parecia uma esforço enorme, sem levar em conta suas mãos que já transpirava mais do que desejava. Pensou em considerar a possibilidade de correr, quando o olhar que tinha tanto medo a atingiu em cheio.

Lauren estava sentada em sua cama, cercada de folhas e lápis de cores. Certamente estaria rabiscando mais desenhos que seus pais nunca compreenderiam, mas que para maior, faziam todo sentido. Ela pôde ouvir a sua maçaneta ser girada e quando viu quem era, um sentimento de desprezo se fez presente.

A Jauregui nunca pediu uma irmã. Ela nunca precisou de uma. Não entendia porque seus pais tinham pregado tal peça nela. Eles nunca davam atenção necessária que ela queria, eles não entendiam e nem gostavam do jeito que ela era, isso ela tinha certeza. Então, eles adotam uma outra criança. Lauren tinha certeza que era para substituí-la e devido a isso, ela tinha todo o direito de odiá-la.

- O que você está fazendo aqui? - A maior pegou um lápis de cor laranja e pôs a rabiscar com agressividade o papel. Ela estava irritada. Ver o rosto de Camila despertava uma vontade enorme de gritar e chorar, mas sabia que tinha que manter a aparência de uma garota forte. Camila se aproximou até ficar rente com a cama e ,assim, observar os movimentos da Jauregui.

- E-eu... queria perguntar um coisa... - A voz da menor era tão baixa e tão fraca que se não estivesse tão silencioso o local, provavelmente Lauren não teria a notado. Essa, por sua vez, virou o rosto lentamente para a nova membra da família e notou que a mesma tremia. Teria até se importado ou ficado preocupada, mas como era apenas Camila ali não se importou. - Lauren... por que você me odeia? - Então quando Camila levantou o olhar a Jauregui pode notar que a mesma estava chorando, contudo, ao invés de dar uma resposta para Karla ela apenas virou-se e foi de encontro ao banheiro trancando-se no mesmo, deixando Camila sozinha em seu quarto. Mais uma vez, Lauren rinha deixado ela com a dor da rejeição e então, Camila notou que realmente não havia chance de amizades ali.

 


Notas Finais


E aí... Continua?
Desculpem os erros!


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