Isabela P.O.V
Algumas pessoas falam que a "Paciência é uma virtude" virtude qual eu certamente não tenho.
Admiro meu copo vazio á tanto tempo que já perdi as contas. Para uma pessoa com 23 anos, estou bem impaciente, e o casamento da minha amiga não estava tão divertido, bom, para mim. Digamos que meu tipo de diversão é outro, como ficar em casa assistindo Netflix e me entupindo de doces e coisa gordurosas. Não que eu não esteja feliz por Jade, mas neste momento da festa todos estavam dançando e não me dou muito bem com a dança.
Começo a observar cada detalhe do salão, o local está muito lindo, a decoração está perfeita, com as cores em tons de laranja, branco e bege. Minha atenção é tirada da decoração da festa, para Talita, irmã da Jade, ou melhor, a irmã metida, irritante e insuportável da Jade. Nesse momento ela estava gritando por causa de um inseto que ela tinha acabado de pisar, não entendo Talita, se ela tinha pisado no pobre inseto, e ele já estava morto, porque gritar?
Sei que como madrinha, deveria estar dançando com o resto do pessoal, mas para mim como já disse a festa está monótona, não horrível nem insuportável, só chata. Volto a observar á festa, paro meu olhar em um cara, o mesmo que entrei na igreja esta noite, ele foi um dos padrinhos, mas não chegamos á trocar nenhuma palavra. Olhos azuis, cabelos lisos e castanhos, bagunçados mais sexy's, um pouco mais alto que eu.
O rapaz (vamos dizer assim) olhou para mim, e ao perceber que eu estava o olhando, riu, abaixo a cabeça envergonhada por ter sido pega, e volto á admirar meu copo vazio. Sinto um toque em meu ombro, olho pra cima, era ele:
- Oi, sou Henry.
- Oi. - Respondo friamente.
- Não vai me dizer seu nome?
- Isabela. - Fria mais uma vez.
- Você é muito bonita sabia?
Fala sério, esse é o melhor que ele tem a dizer?
Penso, e dou um sorriso meio forçado.
- Olha eu vou direto ao ponto... - Lá vem merda. - Hoje uma cigana leu meu mapa astral, e disse que eu encontraria o amor da minha vida hoje á meia-noite, ela olharia pra mim e ficaria envergonhada, acho que é você.
Olho para ele tentando encontrar algum traço em seu rosto que indicasse que ele estava fazendo uma brincadeira, mas não encontrei, ele estava sério. Começo á rir histericamente, quase caio da cadeira de tanto rir, se isto foi uma tentativa de cantada, foi horrível. Quando me acalmo, olho á hora e digo:
- Querido, ainda são 11:53. - Falo rindo sem humor. - Espera um pouco que seu amor verdadeiro deve estar chegando.
- Então, posso esperar meu amor verdadeiro, sentado aqui com você?
- Claro, ás pessoas são livres para se sentarem onde quiserem, e falarem todas as besteiras que quiserem também, e nisso posso afirmar que você é bom. - Respondo e ele se senta.
- Como você é gentil, nem parece a moça que alguns minutos á trás estava me admirando.
- Oque?! Eu não estava te admirando, e obrigado, você também é um amor de pessoa. - Falo revirando os olhos.
- Você está com algum problema? Ou você é assim mesmo? - Sei que esse tal de Henry não disse isso por educação.
- Sim, tenho um problema enorme.
- Qual?
- Um cara insuportável que está aqui me irritando. - Sou sincera, fazer oque?
- Quem é? - Bom, acho que ele não entendeu a indireta.
- Você! - Exclamo irritada.
- Como você é chata.
- E como você é idiota.
Quando ele ia abrir a boca para retrucar minha ofensa, Talita aparece do nada. Jesus! De que buraco essa mulher saiu que eu nem vi?
- Henry! Vem dançar comigo, você não é de ficar parado nas festas. - Diz com uma voz melosa. Em seguida, Talita sai puxando Henry em direção á multidão, e em poucos segundos os dois desaparecem do meu campo de visão.
Eu mereço..
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