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História Isabella - Alegria!!


Escrita por: Estherzinha13

Notas do Autor


Gente, desculpe pela demora, eu estava com bloqueio de criatividade...

Capítulo 10 - Alegria!!


Acordei na manhã seguinte atordoada. Pensei que tinha sido um sonho. Mas, no segundo em que meu corpo voltou do mundo dos sonhos, senti uma mão quente contra a minha. Virei meu rosto e abri lentamente os olhos e vi uma pessoa encostada em uma cadeira, olhando para fora.

- D-Davi? É você?

Ele virou-se e sorriu.

- Isa... Você está bem?

Assenti.

- O... Onde estamos?

- Paris. Na sua casa.

- Quanto tempo eu apaguei?

-  Um dia, mais ou menos.

- Quê?!

- Acalme-se. Foi uma pancada forte. E um corte sangrento na sua bochecha. Era normal que ficasse tanto tempo apagada.

Involuntariamente, levei minha mão à bochecha. Encontrei ali uma casca longa. Imaginei onde eu me cortara. Involuntariamente, sorri para Davi, feliz por ele estar ali. Mas, preocupada, perguntei-lhe:

- O que aconteceu? Digo, depois que eu apaguei?

- Paulo e eu tivemos uma briga. Ele te deixou cair, cortando a sua bochecha. Depois de algum tempo brigando, eu levei-a para o aeroporto e voltamos a Paris. Você foi ao hospital, mas você está bem. Eu fiquei aqui a noite toda, até porque não queria encarar meus tios e meu primo depois daquele conflito.

- Mas, Davi, em algum momento você vai precisar voltar! Eles são seus responsáveis e você não pode fugir deles!

- Na verdade, posso. E vou.

- Mas como?!

- Você vai saber.

- Você sabe que pode me falar, não é?

- Sei. Mas ainda tenho que pensar um pouco sobre isso.

- Está bem.

Involuntariamente, meus braços ergueram-se e enlaçaram o pescoço de Davi em um abraço agradecido.

- Obrigada, Davi. Por tudo.

Ele me abraçou de volta, passando os braços em minha cintura.

- Eu é que devo agradecer.

Sorrindo, afrouxei o abraço, me distanciando a ponto de poder ver seu rosto. Lentamente, a sua mão direita deslizou até minhas costas. Ele me puxou para perto dele. Eu estava à distância de milímetros dele. Meu coração acelerava. Puxei-o para perto. E...

- ISA!!!!!!!!!!!!!

Involuntariamente, soltei Davi e caí com a cabeça na cama, soltando um gritinho. Olhei para porta e vi Estela ali, parada, nos encarando. Ela veio saltitando até mim e abraçou meu pescoço com força.

- Você acordou!! - falou, alegremente.

- Mami! Papi! Isa acordou!!

Saltitando, ela foi para a sala chamá-los. No entanto, não foram só eles que entraram. Animadamente, Gigi, Rafhinha, Larissa, Danny, Cecy, Liv e Mari entraram no quarto, seguidas por meus pais. Todos partiram para cima de mim. Em respeito a eles, Davi afastou-se um pouco e vi suas bochechas vermelhas. Depois de abraçar todo mundo, me puseram sobre uma nova cadeira de rodas (mesmo depois de ter andado, minhas pernas continuavam paralisadas) e foram comigo para uma pizzaria. Alegres, pedimos algumas pizzas. Davi sentou do meu lado, Estela (grudada em mim) do outro. Meu pai do lado de Davi, minha mãe do lado de Estela. As meninas se organizaram no resto da mesa à maneira delas. Davi manteve sua mão esquerda na minha o tempo todo. Estela não largou minha cintura até a pizza chegar. Pouquíssimo me lixando para a educação, peguei a pizza com a mão e mordi-a. No fim, ninguém utilizava os talheres. Na hora da de chocolate, utilizei os talheres apenas para raspar o prato. Ao final, quando Gigi precisou ir, todos me abraçaram e foram embora. Menos minha família e Davi. Olhei para ele.

- E agora...?

- Não sei...

- Mami, hoje o Davi poderia dormir na nossa casa, não é? - disse Estela, lendo minha mente.

- Claro que sim... Se os tios dele deixarem.

Silêncio mortal. Desconfortável, cutuquei a minha mãe e puxei-a para longe.

- O que foi, Isa?

- Sabe, o Davi... Não vai mais voltar lá. Não tão cedo.

Ela fez cara de espanto.

- Por quê?!

Acabei contando toda a história para ela, da luta entre Davi e Paulo.

- Meu Deus! Claro que ele pode ficar conosco até resolver esse problema, Isa!

- Obrigada.

Voltamos para perto dos outros. Minha mãe sussurrou algo para o meu pai.

- Davi, venha conosco. - ele disse.

Davi assentiu e agradeceu, seguindo-nos até o carro. Ele sentou ao meu lado e novamente tomou minha mão dentre as dele, acariciando-a lentamente. Ao longo do trajeto, fechei os olhos, me envolvendo pela escuridão da noite e o sono. Apoiei minha cabeça em seu ombro e tirei um cochilo durante a viagem para casa. Chegando, Davi foi para o quarto de hóspedes. Descansei um pouco, ainda sentada na cadeira. Olhei pela janela, além da escura casa à minha frente, reflexiva. Peguei meu caderno no criado-mudo e voltei a escrever. Fui surpreendida por batidas na porta. Subitamente, virei-me. Era tarde da noite. A voz da pessoa sussurrou:

- Isa? Está acordada?

Abri a porta, dando de cara com Davi, com a mesma roupa de antes.

- Oi... - ele disse.

- Oi... Também não consegue dormir?

- É...

- Aqui. Venha comigo.

Levei-o até a escada do sótão, onde uma pequena varanda estava. Ele subiu. Içando-me com as mãos, subi. Sentei-me na beira da escada e com um ganchinho ergui minha cadeira, como eu fazia para subir ali. Era um dos meus lugares preferidos, principalmente quando eu queria espaço para pensar. Icei meu corpo sobre a cadeira com a força dos braços (e a ajuda de Davi). Ele me levou para a parte aberta e levou uma cadeira, sentando ao meu lado. Não falávamos nada, nossas mãos encostadas. Apenas eu, ele e a lua. O silêncio era agradável. Ele arrastou a cadeira para mais perto de mim e passou o braço sobre meus ombros. Recostei minha cabeça em seu ombro. Ele comentou comigo, o olhar perdido na escuridão da noite:

- Sabe, Isa... Acho que... A minha única saída dos meus tios... É... Me emancipar.

Aquela última palavra deixou-o cabisbaixo, os olhos fechados. Levantei seu rosto com uma mão. Ele abriu os olhos.

- Se essa é a sua decisão, se for o melhor para você, é assim que deve ser. E saiba que sempre poderá contar comigo.

Tirei minha mão de seu queixo. Ele, no entanto, ainda me encarava. Um sorriso escapou por entre seus lábios.

- Obrigado, Isa. Por tudo.

Passei meus braços por seu pescoço, envolvendo-o em um abraço que ele não tardou a retribuir. Não sei exatamente quanto tempo ficamos ali, mas um raio de sol vindo do horizonte me fez soltá-lo. A bela paisagem do sol nascente me aquecia, apesar da manhã fria. Ergui o queixo, a brisa da manhã fazendo meus cabelos voarem. Davi fez o mesmo. Era quase a sensação de voar. No entanto, a brisa se dissipou. Olhei para Davi.

- Vamos voltar?

- Vamos.

Descemos as escadas, cada um indo para o seu respectivo quarto. Deitei-me na cama, mesmo sabendo que em breve eu precisaria levantar para a aula. Dormi um sono tranquilo e sem sonhos.



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