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História Isabella - Melhoras


Escrita por: Estherzinha13

Notas do Autor


Desculpa!!!!!!! Eu n to mt criativa esses dias... Mas eu finalmente consegui terminar!

Capítulo 17 - Melhoras


- Surpresa!!! - foi a primeira coisa que escutei pela manhã, o que me fez sentar na maca com o susto.

- Socorro! Querem me matar do coração?! - olhei ao redor, vendo ali Cecy, Liv, Mari, Dani, Larissa, Rafhaela e Giovana. Davi sorria de seu lugar na poltrona.

- Calma, menina! A gente não pode mais te fazer uma surpresa no hospital? - falou Dani.

- A-ah... - fiquei sem fala.

Elas riram de mim enquanto eu corava e nervosamente ria junto. Elas colocaram uma mesinha na frente da maca, entre eu e Davi. Puseram cadeiras ao redor e sentaram, colocando um belo bolo ali. Era bolo de chocolate e tinha chantilly em cima, além de raspas de chocolates e cerejas formando "Isa!!". Olhei para elas e sorri.

- Obrigada, meninas!

- Não foi nada!

- Ei, vamos partir logo esse bolo? Eu tô com fome, ainda não tomei café da manhã! - reclamou Larissa.

- Okay!

Peguei o cortador de bolo e tirei o primeiro pedaço. Sem pensar, dei para Davi, que me deu um beijo na bochecha. Claro, prosseguido de um "hmmmmm..." das meninas. Davi apenas sorriu, mas senti minhas bochechas queimarem. Prossegui cortando e dando as fatias do bolo, dando para todas antes de mim mesma. Provei o primeiro pedaço do bolo.

- Srta. Isabella? - entrou Ruy, me impedindo de experimentar totalmente o bolo. - Vejo que tem visitas. Mas vocês, meninas e Davi, precisarão sair.

- Por quê?! - indagou Mari, indignada.

Ruy não conteve um sorriso.

- Isabella está indo para casa!

Elas, como meninas comuns, começaram a gritar e me abraçar chorando e dizendo "você vai para casa!!!!" animadamente. Não contive um enorme sorriso com a notícia. Davi sorria para mim com muita alegria. Estendi a mão por entre Rafhaela e Giovana em sua direção. Ele segurou-a e puxei-o para o abraço. Logo depois, Ruy me autorizou a sair e fui ver Estela e meus pais. Desta vez, o médico levara uma cadeira de rodas. Agradeci e fui para o quarto ao lado. Estela estava serenamente deitada na maca e notei que tomava soro. Desviei o olhar. Meu corpo já arrepiava só de imaginar como o soro entrara ali. Meu pai dividia a poltrona com minha mãe, os dois abraçados. Não contive um sorrisinho. Minha mãe abriu um olho e sorriu, sinalizando para que eu entrasse. Obedeci, parando na frente dela e de meu pai.

- Já está liberada, filha? - sussurrou.

Assenti para ela, que falou:

- Ótimo. Posso te pedir uma coisa? - assenti novamente. - Vá para casa. Eu e seu pai vamos ficar com Estela o resto da semana. Aqui está a chave. - ela me entregou. - E... Poderia trazer alguma coisa para eu e seu pai?

- Posso sim, Mamy. Conte comigo. - beijei sua bochecha e peguei as chaves em sua mão, beijando também a face de meu pai e minha irmã.

Acenei para ela, despedindo-me. Saí do quarto e vi que todo mundo me esperava.

- O que foi...?

- Vamos para a sua casa?

Espera. Hã?

- Como assim?

- Por favor! Já até pedimos o Uber, Isa! - pediu Mari.

- T-Tá... Mas não pode ser muito tempo.

Assentiram energicamente para mim. Felizmente, vieram dois carros. Quatro em um, quatro no outro e dois motoristas (e eu no colo de Davi, afinal, éramos em nove). Fui com Liv, Rafhaela e Giovana além de Davi. O motorista estava com fones e dirigia atentamente, ignorando tudo ao redor. Liv, cansada de tanto silêncio, puxou assunto:

- E as provas? O que acham que vai ser pior?

- P-Provas?!

- Não me diga... Isa, você esqueceu as provas?! De novo?!

- Ah... Esqueci...

- Olhe pelo lado bom. - falou Davi. - Amanhã é matemática.

- Graças a Deus!

- E depois vêm história, geografia e ciências juntas.

- Não... - gemi de preguiça, o que arrancou risadas de todos, inclusive um esboço de sorriso do motorista.

- Mas... Espera... Amanhã começam as provas?!

- Sim. Uma semana e meia.

- Maravilhoso. - resmunguei.

- A vida é injusta. - comentou Giovana.

- Pelo menos as provas dão uma chance de limparmos a vista! - falou Rafhaela, que, por estar na frente e não conseguir me ver diretamente, provavelmente esqueceu que 1- Eu só tenho olhos para Davi e 2- Davi também não aprecia esse tipo de paisagem.

Um silêncio tomou o carro até Rafhaela ligar os pontos.

- Ah... Opa... Desculpa!

- Tudo bem - falei. -, é bom mesmo limpar a vista. Mas, assim, acho que o amor cega um pouquinho mesmo. - abracei Davi.

- Menina, você é apaixonada por ele desde que nasceu?! Você nunca olhou para ninguém além dele!

Um "owwwwnnnn" coletivo foi escutado enquanto eu corava. Olhei para a janela de trás, avistando o outro carro. O motorista conversava animadamente com Mari, Ceci, Dani e Larissa. A mais velha, que estava no banco do carona, acenou para mim. Acenei de volta. Ela apontou para as próprias bochechas, para mim e fez cara de interrogação. "Por que você está vermelha?", foi o que entendi. Ri e sinalizei que depois eu explicava. Escutei Davi falar apenas para mim:

- Fico honrado. Saiba que eu sinto o mesmo. Desde... O primeiro ano.

Outro "owwwwwwnnnn" das meninas. Abracei-o forte. Olhando pelo espelho retrovisor, vi que o motorista exibia um esboço de sorriso. As meninas continuaram a conversar, mas acabei por me alienar um pouco do mundo quando vi o mar passando ao nosso lado. Se tem alguma coisa em que o Brasil bate a França, essa é a praia. No Brasil, a areia é quentinha, bem amarela, contrastando com o azul do mar e o preto acinzentado das pedras, que juntos compunham uma bela paisagem. Na França, a areia era bem mais fria, quase branca. O mar parecia ser bem menos vivo e as rochas eram... Rochas. Nada demais. Era bonito, mas... nada a mais. Isso é uma coisa que me faz sentir falta da minha terra natal.

Quando finalmente me livrei dos devaneios, havíamos chegado em minha casa, afinal, o condomínio era na esquina da praia. As meninas desceram primeiro e levaram minha cadeira. Davi me colocou na cadeira e me empurraram para a entrada da casa, onde Cecy, Mari, Dani e Larissa já esperavam.

- E então, dona Isabella, por que toda aquela vermelhidão? - perguntou Mari.

- Ah... - senti-me ficar vermelha de novo.

Arranquei um riso de todo mundo e deixei que Rafhaela explicasse:

- Eles dois aí - indicou a mim e a Davi. - ficam sendo fofos um com o outro e os dois terminam vermelhos.

- Ahh!! - exclamaram em coro. - Hummmm... - claro. Não sei como não previ o "hummmm..." antes.

Tentando não ficar ainda mais vermelha, abri a porta de casa, onde entraram em disparada. Colocaram o bolo na mesa e cortaram de novo. Quando finalmente pude experimentar o bolo, senti o sabor invadir meu paladar, o doce em destaque. Agradeci-lhes pelo bolo e pela surpresa. Quando olhei o relógio, notei que já era tarde da noite e elas ainda estavam ali.

Sem pensar muito, acabei por convidá-las para dormir ali. Elas aceitaram e ficaram por ali mesmo. E então, lembrei de Davi. Eu não queria que ele fosse. Ainda temia por sua segurança. Pedi-lhe que ficasse. Depois de um pouco de relutância, ele acabou aceitando. Comecei a pegar colchões pela casa e arrumá-los na sala. Como da outra vez elas tinham trazido colchões, desta vez ficou bem mais apertado. Para folgar mais para elas, deitei no sofá com Davi (porque eu abri meu sofá, aí couberam duas pessoas). Consegui um travesseiro e um lençol para cada. Achei um ruffles perdido na despensa e abri para comermos durante um filme. Chegamos a um consenso de assistir A Esperança parte dois (porque elas sabiam que só vendo algo do tipo Jogos Vorazes para que eu me mantivesse acordada). Acomodamo-nos em nossos respectivos lugares e cobri-mo nos com os lençóis e comíamos ruffles. Acabaram antes de Finnick se casar. Eu, por ser hipersensível, chorei no casamento dele e em sua morte. Assim como Prim. Claro. Mas Davi estava lá. Senti sua mão passar por minha cintura e puxar-me para seu peito. Ele estava lá, enxugando cada uma de minhas lágrimas e acalmando meus soluços. Pelo menos eu não era a única chorando. Assim que o filme acabou, Rafhinha tirou e guardou o filme e fomos todas dormir. Pelo menos eu acho. Eu simplesmente apaguei quando acabou o filme.

Na manhã seguinte, fui a primeira a acordar. Olhei ao redor, tentando achar minha cadeira de rodas. Só então vi que ela estava próxima de minha cabeça. Sentei-me e subi na cadeira. Comecei a rodar para a cozinha para preparar alguma coisa para nós oito quando minha mãe me liga, acordando todas com um susto por causa do toque "sinistro". Atendi o telefone enquanto elas reclamavam do meu toque.

- Alô, Mamy?

- Isa! Tudo bem por aí?

- Sim, e aí?

- Sua irmãzinha está se recuperando rápido. Ela queria falar com você...

- Ah! Pode passar!

- Isa!!!!!! - escutei um grito alegre do outro lado da linha.

- Oi, Estela! Você está bem?

- Sim! Os médicos acham que eu vou para casa cedo, eu estou melhorando rápido!

- Que bom!

- Eu preciso desligar, o médico chegou! Tchau!

- Tchau, minha linda!

Ela desligou e foquei novamente na comida: Preparei leite com chocolate, pão, geleia, manteiga, margarina, torrada, bacon, ovo frito... Pus tudo na mesa e voltei para beber um copo d'água. No instante em que eu voltei, todos estavam à mesa, comendo. Ri alto e posicionei-me ao lado de Davi, pegando comida para mim também. Comemos e conversamos, rindo de qualquer besteira que escapasse de nossos lábios. Elas foram embora logo em seguida, seus pais haviam chegado. No fim, estávamos apenas eu e Davi. Ele olhou em meus olhos e sorriu, iluminando cada canto meu. Sorri de volta, contente por sua presença.

- Acho que eu devo ir para casa...

- Não. - abracei-o, apoiando minha cabeça em seu ombro. - Por favor, não me deixe.

- Nunca. - ele me segurou mais forte. - Mas eu não posso ficar aqui para sempre.

- Mas...

- Não há nada a temer. Paulo vai ficar bem preso, acredite. Ele vai ser mandado para um internato em dois dias.

- Mas fique. Por favor, não quero estar só. Pelo menos por estes dois dias.

Esperei em silêncio por uma resposta. Senti sua cabeça mover-se de cima a baixo e seus braços afrouxarem o abraço em meu corpo. Ele se afastou um pouco e ergueu meu queixo, fazendo meu olhar encontrar-se com o dele. Inclinando-se um pouco, seus lábios tocaram os meus. Sua mão direita me prendia ali, suavemente me acariciando as costas. A outra mão segurou minha nuca, enlaçando os dedos em meus cabelos firmemente. Não posso dizer com certeza por quanto tempo ficamos ali, mas eu soltei-o apenas quando meu telefone tocou.

- Alô?

- Isa. Guarde minhas palavras: Eu não acabei. Eu volto, e não vou parar tão cedo. Ninguém de que você gosta está seguro até você me aceitar.

- Seu...!

Ele desligou o telefone antes que eu pudesse revidar qualquer coisa. Senti lágrimas transbordando por meus olhos.

- Não... - murmurei repetidamente.

Davi me abraçou, aninhando-me em seus braços. Ele me balançou lentamente, acariciando-me enquanto meus soluços não cessavam.


Notas Finais


Só avisando: vou passar todo o mês de janeiro sem internet, então eu não vou poder postar...


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