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História Isabella - Festa... e mais!


Escrita por: Estherzinha13

Capítulo 4 - Festa... e mais!


8 de agosto. Aniversário do Davi. Ele fez um bolinho com os tios. E, para a minha surpresa, me chamou, assim como meus pais. Apressei-me em chegar rapidamente assim como meus pais e Estela. Chegamos lá, a festa no andar de baixo.
- Oi! - cumprimentei-o animadamente.
- Oi, Isa!
Ele se abaixou para me dar um abraço. Olhou para os meus pais em seguida.
- Olá... Tio Eduardo e Tia Elker, certo? Posso chamá-los assim?
- Oi, Davi! Claro, sem problemas! Há quantos anos! Isa nos contou que você estava por aqui! - falou meu pai, dando-lhe um abraço.
- É muito bom vê-lo de novo - disse minha mãe.
Estela chegou perto de mim e sussurrou:
- Quem é esse?
- Um amigo meu de longa data. O vizinho novo, Davi.
- Essa é sua irmã?
- Sim. Fale com o Davi, Estela.
Ela fez que não com a cabeça, um sorriso maroto brotando nos lábios. Com um movimento rápido, Davi pegou-a no colo. Ela começou a rir. Davi, divertindo-se, ergueu-a.
- Agora você é a mais alta nessa festa!
Ele colocou-a no chão de novo, e ela se escondeu atrás da longa saia de minha mãe.
- Aqui, eu te trouxe um presente! - entreguei-lhe a pequena embalagem.
- Obrigado! Não precisava! - ele guardou sobre uma mesinha no canto.
Pouco depois, vejo os outros. Paulo e seus pais. Mais ninguém. Depois dos parabéns, a festa acabou. Davi me levou para o jardim.
- Obrigado por ter vindo.
E, abaixando-se, beijou minha bochecha. Depois, ajudou-me a empurrar a cadeira de volta para a minha casa, junto aos meus pais e minha irmãzinha. Meu pai sentou-se numa cadeira e comentou com minha mãe:
- Os jovens de hoje em dia dão muita bandeira...
- QUÊ?!
- Nada não, filha, vá dormir...
- T-tá... Boa noite...
Fui para o segundo andar ainda me perguntando o que meu pai quis dizer.
***
No dia seguinte, a turma estava agitada: Todos haviam recebido um convite de aniversário de uma das ricaças populares da turma: Carol. Ela tinha um jeito meio nojentinho, jamais me chamou para nada mesmo quando a turma inteira era convidada. E ainda levava doces para os professores depois!! Mas, desta vez, ela me chamou. Também, quinze anos! Ela ia fazer festa e ia viajar num cruzeiro para a Grécia depois. Mentalmente, comentei "quero só ver como essa aí vai falar. É tão pobre que só tem dinheiro." E, antes que perguntem, eu sei um pouquinho de grego. Transliterar e rezar o pai nosso e mais umas poucas palavras. E não, não é fácil. Só de exemplo: para cada função sintática que a palavra exerce, a palavra termina de um jeito diferente. Mas, voltando, nenhum professor conseguiu dar aula no silêncio, sempre alguém comentava. Principalmente as "escravas" dela. Dava até abuso daquilo! No intervalo, Paulo me interceptou antes que eu saísse da sala.
- Eu quero falar com você. A sós.
Intrigada, assenti.
- Ótimo. Eu te encontro na biblioteca. - e partiu.
Terminei de pegar minhas coisas, lanchei e fui para a biblioteca. Paulo estava lá, no fundo da biblioteca, quase invisível. Aproximei-me.
- Paulo? O que você queria?
- Fale baixo! - ordenou. - Você pode até não saber, mas quero que esteja ciente que quando você menos esperava, eu sempre estive ao seu lado.
- ... Quê?
- No dia do acidente. Eu chamei a ambulância. Eu gritei por você. Convenci meu pai a me deixar vê-la. Nos outros dias, eu também sempre estive lá, velando por sua saúde.
- Ah é? E por que foi que vocês fizeram um encontro do grupo no piso de cima, sabendo que eu não podia subir? Por que você sequer foi ajudar o Davi a me levar?
- Eu esqueci que você era do grupo! E, além disso, minha mãe não gosta de você! Ela me mataria se eu fosse!
- E por que fala desdenhoso sobre mim? "Não quero ser visto com ela", você disse!
- Eu não gosto de vê-la com outros rapazes!
- Pois acostume-se. Eu não sou sua garota.
Antes que eu pudesse falar ou fazer qualquer coisa, ele me beijou.
- Veremos.
Ele saiu.
Irada, com lágrimas nos olhos, triste, confusa, com ódio e fúria, rodei a cadeira para fora da biblioteca. Me escondi o resto do intervalo em um local em que ninguém me acharia, nem o Davi. Joguei a cadeira para longe e abracei os joelhos, mantendo-os apoiados. Chorei ali, escondida de tudo e todos. Mas a aula começaria em algum momento. Arrastei-me de volta à cadeira e subi, rodando de volta à sala, ainda com a cara vermelha. Me contive ao máximo para não meter um tapa na cara do Paulo e evitei ao máximo o Davi. As meninas pareciam sentir minha raiva, chegando a perguntar se eu estava bem. Com um sorriso muito forçado, assentia. Elas me deixavam quieta. Ainda bem. Assim que a aula acabou, liguei para o meu pai dizendo que eu ia sozinha. Rodei com todas as forças para não cruzar com os meninos, chegando a pegar caminhos diferentes para que não me seguissem. Assim que cheguei em casa, tentei melhorar a expressão, ajeitei meu cabelo que estava cheio de frizz e entrei.
- Oi...
- Oi, filha, como foi o dia hoje? - minha mãe falou, me abraçando.
- Foi ótimo... Eu vou subir para tirar a farda e chego já para comer.
- Tudo bem.
Subi. Eu, no entanto, depois de tirar a farda, não desci. Lavei a minha boca ao máximo, tranquei a porta e joguei-me na cama, ainda com puro ódio percorrendo cada centímetro meu. Escondi-me do mundo por sob as cobertas e travesseiros, tentando usar os livros como rota de fuga da realidade. Aquele foi o pior dia da minha vida. E também o pior primeiro beijo da história.



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