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História Isabella - Consolo


Escrita por: Estherzinha13

Notas do Autor


Desculpem a demora!! Eu estava com bloqueio criativo...

Capítulo 7 - Consolo


Nos dias que se seguiram, parecia que as meninas fizeram um trato para me incluir no grupo delas. Quase todo dia, me chamavam para as casas delas, e acabei conhecendo-as melhor. Mari era dois anos mais velha, mas fizera dois intercâmbios e estava fazendo o nono conosco. Larissa crushara um quarto dos meninos da turma (seu pensamento: Meu Deus, é muito! Aí eu te digo que a minha turma só tem oito meninos) e escrevia um pouco. Daniele (ou Danny) era centrada e focada quando queria, ou seja, publicamente; entre nós, é super engraçada. Maria Cecília (Cecy) é um pouco estressada, mas é divertida e é boa com conselhos. Rafhaela é caladinha... SQN. Eu pensava isso. Mera ilusão... Ela conversa bastante e tem sempre um sorriso no rosto. Gigi, que eu também tinha a ilusão de quietude, falava bastante, criticava, elogiava, e era APAIXONADA por medicina. Detalhe: Eu tenho AVERSÃO à medicina. Por fim (ela vai me matar por deixá-la no fim, mas...), Lívia (Liv), sarcástica, bem-humorada, auto-estima nas estrelas. Não, ela não se acha, ela se tem certeza. Acabei entrando naquele bonde de doidas que eu julgava quietas e virei amiga delas. Eu fiz amigas!

Mas, como dizem, alegria de pobre dura pouco. Logo chegou a apresentação de geografia. Mandei meus tópicos bem antes da data. Minhas mãos estavam suadas. Nervoso. Adivinha o azar desta pessoinha? O primeiro grupo que Rita sorteou...

- África desenvolvida! Grupo do Davi! Podem ir!

Ai... Subi ali no palco erguida por Davi, que, ao se abaixar para sustentar a cadeira, sussurrou para mim:

- Relaxe. Vai ficar tudo bem. Você vai conseguir encantar a todos.

- Obrigada... Você também...

Pareceu que aquela apresentação demorou SÉCULOS até acabar. Mas, quando acabou, eu voei para a minha carteira. Que nervoso!!! O que aconteceu? Deu errado! Carol colocou tópicos 1001% diferentes dos originais! Aí Rita foi perguntar as coisas daqueles tópicos, que eu não fazia a menor ideia do que falar deles! Vou perder ponto por causa delas... Grunf. Davi sentou com a mesma cara enfezada estampada em meu olhar. Ao fim da aula, ele chegou do meu lado:

- Isa, para ter um... Consolo pelo fiasco dos slides, vamos almoçar fora?

- Topo!

Fomos para uma pizzaria próxima, que, apesar de não ter lugar para cadeirantes, o Davi arranjou assento para mim. O garçom (que fisicamente não era nada mal, olhos azuis e cabelo preto) se aproximou e perguntou:

- O que desejam?

- Pizza!

- Brócolis?

- Brócolis!

- Está bem, sr....?

- Coelho.

- Sr. e sra. Coelho.

- Pera, quê?! Não!! - corei. - Eu não sou casada com ele! - balbuciei, envergonhada.

Ambos garçom e cliente riram enquanto aquele anotava o pedido e saía. Aquilo acabou gerando uma conversa gigantesca entre eu e Davi, sobre diversos assuntos. Quando a pizza chegou, ataquei minha fatia. Eu estava faminta. A pizza estava perfeita! Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, Davi pediu uma sobremesa. Avoada, não escutei o que era.

- Pera, o que você pediu?

- Sobremesa.

- Que sobremesa?

Ele deu um sorrisinho.

- Segredo.

- Davi! - comecei a rir.

- O quê?

- Quero saber o preço que eu vou pagar!

- Você não vai pagar absolutamente nada!

Ri um pouco mais até sentir que minha cadeira era empurrada para longe.

- Ei! - virei-me para o sujeito. - O que está fazendo?!

Seu rosto estava coberto com um capuz que deixava à mostra apenas olhos frios como o gelo e algumas mechas de crespos cabelos negros em contraste com sua pele branca.

- Me solta!

Dei um tapa em sua mão. Ele ignorou. Frustrada, empurrei seu peito com força. Ele caiu. Rodei o mais rápido possível para longe dali, para casa. Vi que Davi me ligara algumas vezes. Retornei e disse que estava bem. Ele pareceu suspirar de alívio e disse que viria. No entanto, recusei que viesse. Eu estava sem vontade de vê-lo depois daquilo. Aliás, não queria ver ninguém. Nesses pensamentos, acabei lembrando que, no dia seguinte, teria uma viagem de campo pela escola e eu sequer havia começado a arrumar as malas! Imediatamente, pus-me a arrumar tudo até que acabasse, perto da noite. Dormi cedo para acordar cedo no dia seguinte. Mas até em sonhos o vulto encapuzado me perseguiu. Quem seria...?



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