1. Spirit Fanfics >
  2. Isabella >
  3. Luta

História Isabella - Luta


Escrita por: Estherzinha13

Capítulo 9 - Luta


POV. Davi

- Solte-a. - falei friamente para Paulo.

- Por que eu faria isso?

- Solte. - rosnei.

- Não.

Sem pensar duas vezes, voei em meu primo. No entanto, derrubei-o e o corpo inerte de Isa voou e bateu com um baque surdo no chão. Olhei com fúria para Paulo e empurrei-o para longe de meu caminho. Caminhei para a direção de Isa, mas Paulo deu um chute em minhas pernas, de modo que eu caí, a dor se espalhando. Senti meu ombro falhar e bati com o rosto no chão. Não me causou mais do que algum arranhões. Ergui o olhar um pouco. Vi o rosto branco de Isa, um arranhão parcialmente cicatrizado em sua bochecha. Ela precisava de alguém, alguma ajuda. Da minha ajuda. Aquela era a minha chance. Minha chance de salvá-la. Lentamente, olhei para Paulo, algumas mechas de seu cabelo caindo por sobre os olhos azuis, a fúria invadindo o seu olhar. Ele sorriu maliciosamente para mim. Senti a raiva percorrer todo o meu corpo.

- E então, priminho? O que vai fazer? Vai tentar salvar a sua "princesinha"? Saiba que ela continuará aí até que eu queira soltá-la.


Golpeei-o, mas ele não pareceu sentir nem notar o pequeno fio de sangue em seu nariz. Ele revidou. Caí de costas no chão, a dor invadindo meu corpo. Ergui-me com dificuldade e encarei-o.

- Por que você está fazendo isso?! - gritei.

- Você jamais entenderia. Você foi aceito por ela.

- O quê?!

- Ela não me ama! Me ignora! Me odeia! E você, ela ama!

- Paulo, mas...

- Oras, cale-se! Pode vê-la ali? É ali que vai ficar durante a volta a Paris!

- Não!

Empurrei-o com toda a minha força contra o chão de pedra cinza. Ele ficou parado ali, então corri para Isabella. Mais próximo, pude ver que estava mais pálida do que o normal e um pouco suja. Com a ponta dos dedos, toquei-lhe a face. Rasguei um pedaço de minha manga e pressionei contra o ferimento. Olhei novamente para Paulo, ainda jogado no chão. Não achei que o havia machucado, mas atordoei-o o suficiente para conseguir pegar Isa em meu colo. Carreguei-a para fora daquele lugar infernal. Peguei um táxi próximo, rumo ao aeroporto. Coincidentemente, a turma acabava de chegar e iam fazer a contagem. Misturei-me a eles, e, de longe, vi Paulo e Thomas chegarem. Fingi não vê-los e embarquei no fundo, Isa ao meu lado, sua cadeira perdida. Sua cabeça pendia em várias direções, então apoiei sua cabeça em meu peito durante a viagem de volta a Paris. Adormeci algumas vezes na viagem. Ao desembarcarmos em Paris, desci cuidadosamente com ela, misturando-nos entre os outros alunos. Assim que pus os pés na plataforma, corri em busca de um taxista. Assim que eu o achei, ele levou-nos para o hospital. Liguei para os pais dela e pedi que viessem. Eles chegaram, aparentemente Estela ficara em casa com alguém. Ambos me interrogaram sobre tudo o que aconteceu, e descrevi com o máximo possível de detalhes. Preocupados, foram vê-la. Fui junto. Isa ainda dormia. Ela era bela quando dormia... Ainda assim, a preocupação me ocupava inteiramente. Os médicos, no entanto, detectaram que ela estava completamente bem e permitiram que ela fosse conosco para casa. Fomos de carro. Com a ajuda do pai de Isa, levei-a para seu quarto e deitei-a em sua cama. Puxei uma cadeira. Durante a noite, segurei sua mão. A luz pálida da lua iluminava seu machucado, agora com os devidos curativos. Sorri para ela, enrolada em suas cobertas, ainda com o mesmo vestido rasgado da festa. Ela era muito bela... Acabei por cochilar um pouco durante a noite, mas eu era atormentado com pesadelos sobre ela e Paulo. Todas as vezes em que eu acordava e me deparava com a casa de meu primo, eu abaixava o olhar. Não sabia se conseguiria encarar meus tios e meu primo depois daquilo. Eu conhecia Paulo o bastante para saber que ele falaria para os tios se fazendo de vítima. E sabia que sequer me dariam ouvidos. Olhei para as estrelas, precisando de uma solução. Eu não aguentaria aquele inferno com meus tios e primo. Até que uma ideia súbita me invadiu. Era viável, mesmo que burocrática. Mas eu precisava me librar deles. Olhei novamente para o rosto de Isabella e então notei que tudo o que eu precisava era vê-la acordada. Comigo. E por isso fiquei ali.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...