História Isabella: A Esperança do Mundo Sobrenatural - Season 1- Capítulo 1

1 DE SETEMBRO DE 1989, LONDRES, HOTEL, 7:56 AM

-PAPAI.-gritava Hope diversas vezes correndo em direção ao quarto de seu pai, entrando sem permissão e subindo em cima da cama- Papai, acorda. Papai, acorda.

-Já acordei, princesa. Posso saber o motivo de tanta animação?-pergunta Niklaus a olhando com as sobrancelhas erguidas.

-Eu não acredito!- exclama Hope inconformada para o pai.- O senhor esqueceu? É hoje que irei para Hogwarts.-explica deitando ao lado do pai.

-Claro que não esqueci, Little Wolf.-Fala o pai, a abraçando apertado.- Mas precisava me acordar às -  olha para o relógio ao lado da cama- 7 horas e 56 minutos da manhã?

-Claro, papai. Se levantarmos cedo, aproveitaremos um pouco mais juntos e depois vamos para a estação.

A TOCA, 9:37 AM

-FRED WEASLEY! LEVANTE JÁ DESTA CAMA.- gritava  Molly Weasley em uma tentativa fracassada de acordar m dos seus filhos.

"JORGE WEASLEY! -voltou a gritar para outro filho- EU TINHA TE AVISADO PARA ARRUMAR SEU MALÃO ATÉ ONTEM."

-Eu não sou o Jorge, sou o Fred.-retrucou o gêmeo arrumando seu malão as pressas.- Francamente, mulher, você diz ainda que é nossa mãe? 

-Não consegue ver que eu sou o Jorge? -pergunta o outro se levantando da cama.

-Desculpe, Fred, querido. - fala Molly para o filho que estava arrumando o malão.

-É brincadeira, eu sou o Jorge.- Fala o menino colocando o restante de roupa na bagagem.

LONDRES, ESTAÇÃO DE KING'S  CROSS, 10:45 AM

-Tchau, pai.-fala Hope o olhando pela última vez e corre em direção a plataforma  nove e dez, fechando os olhos se preparando para a colisão.

E ela não aconteceu... Ela continuou correndo... Abriu os olhos...

Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada na plataforna apinhada de gente. Um letreiro no alto informava "Expresso de Hogwarts, 11 horas". Os primeiros vagões já estavam cheios de estudantes, uns debruçados às janelas conversando com os pais e outros brigando por causas de lugares.

Hope continuou andando pelo meio da aglomeração até que encontrou um compartimento vago no final do trem. Primeiro colocou sua "Sky" para dentro e em seguida seu malão

O trem começou a andar. Hope observava os pais de outros estudantes quando o trem fez a curva. As casas passaram como um relâmpago pela janela.

A porta da cabine se abriu e dois meninos ruivos identicos entram.

-Olá, moça.-fala um deles.

-Podemos nos sentar aqui?-pergunta o outro.

-Claro.- responde Hope com um sorriso no rosto.

-Sou Fred Weasley.-fala um dos ruivos sentados a sua frente.- E esse é meu irmão mais feio, Jorge Weasley.

-Não ligue para o Fred.- fala Jorge risonho- Eu sou o gêmeo mais bonito. E qual é o nome da senhorita?

-Hope, Hope Mikaelson.- responde colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, olhando os meninos pasmos em sua frente.

-Eu não acredito! -exclama Fred a olhando.-Você é filha do...

-Híbrido Original?-completa Jorge.

-Em carne e osso.- responde Hope. E Em seguida os três embarcam em uma conversa como se conhececem a anos.

Ouviram batidas na porta da cabine e outro menino ruivo entra.

-Fred e Jorge Weasley! Por favor se comportem em Hogwarts.-fala e em seguida sai do vagão antes que algum dos três respondessem.

-Esse é o nosso irmão Percy.-fala Jorge.

-Ele é um metido idiota.-completa Fred fazendo Hope rir.

Uma voz ecoou pelo trem.

-Vamos chegar em Hogwarts dentro de cinco minutos. Deixar  a bagagem no trem, ela será levada para a escola.

-Para qual casa quer ir, Hope?- pergunta Fred se levantando pálido.

-Grifinória, mas acho que irei para a Sonserina.-responde ela.- E vocês?

-Grifinória.-respondem juntos.- Por que você acha que irá para lá?

-Por causa da minha família.-responde Hope saindo da cabine juntos com os gêmeos.

O trem foi diminuindo a velocidade e finalmente parou. As pessoas se empurravam para chegar na porta e descer na pequena plataforma.

.

-Alunos do primeiro ano, Profa. McGonagall.-informou Hagrid.

-Obrigada, Hagrid. Eu cuido deles daqui em diante.

Ela escancarou a porta. As paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes, o teto era alto demais para se ver, e uma imponente escada de mármore em frente levava aos andares superiores.

A Professora Minerva levou os alunos da primeira série a uma sala vazia ao lado do saguão. Eles se agruparam lá dentro, um pouco mais apertados do que o normal, olhando, nervosos, para os lados.

— Bem-vindos a Hogwarts — disse a Professora Minerva. — O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. 

Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre no Salão Comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários.

Enquanto estiverem em Hogwarts, os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam."

— Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês — disse a Professora Minerva. — Por favor, aguardem em silêncio.

A Professora Minerva voltara.

— Agora façam fila e me sigam.-fala ela.

Hope jamais imaginara um lugar tão diferente e esplêndido. Era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Minerva levou os alunos de primeiro ano até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas.

As centenas de rostos que os contemplavam pareciam lanternas fracas à luz trêmula das velas. Misturados aqui e ali aos estudantes, os fantasmas brilhavam como prata envolta em névoa.

Principalmente para evitar os olhares fixos neles, Jorge olhou para cima e viu um teto aveludado e negro salpicado de estrelas.

Era difícil acreditar que havia um teto ali e que o Salão Principal simplesmente não se abria para o infinito.

Abaixou depressa os olhos quando a Professora Minerva silenciosamente colocou um banquinho de quatro pernas diante dos alunos do primeiro ano. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado, esfiapado e sujíssimo. Por alguns segundos fez-se um silêncio total. Então o chapéu se mexeu. Um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:

Ah, vocês podem me achar pouco atraente,

Mas não me julguem só pela aparência

Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.

Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

Suas cartolas altas de cetim brilhoso

Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.

E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

Não há nada escondido em sua cabeça

Que o Chapéu Seletor não consiga ver,

Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer

Em que casa de Hogwarts deverão ficar

Quem sabe sua morada seja a Grifinória,

Casa onde habitam os corações indômitos.

Ousadia e sangue-frio e nobreza

Destacam os alunos da Grifinória dos demais,

Quem sabe seja na Lufa-Lufa que você vai morar,

Onde seus moradores são justos e leais

Pacientes, sinceros, sem medo da dor,

Ou será a velha e sábia Corvinal

A casa dos que têm a mente sempre alerta,

Onde os homens de grande espírito e saber

Sempre encontrarão companheiros seus iguais,

Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

E ali estejam seus verdadeiros amigos,

Homens de astúcia que usam quaisquer meios

Para atingir os fins que antes colimaram.

Vamos, me experimentem! Não devem temer!

Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!

(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)

Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!

O salão inteiro prorrompeu em aplausos quando o chapéu acabou de cantar. Ele fez uma reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto outra vez.

A Professora Minerva então se adiantou segurando um longo rolo de pergaminho.

— Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. Alice Smith.

Uma garota baixa e loira, se aproxima aos tropeços,pôs o chapéu, que lhe afundou direto até os olhos, e se sentou. Uma pausa momentânea...

-Corvinal.- anunciou o chápeu e a mesa da Corvinal aplaudiram uma Alice envergonhada.E assim se seguiu a seleção. 

-Fred Weasley.-Chamou a professora. 

Fred andou calmamente até o banquinho e se sentou colocando o chapéu em sua cabeça.

-Grifinória.-Falou o chapéu pela terceira vez em seguida. E em seguifa finalmente...

-Hope Mikaelson.

Hope se adiantou a andar em direção ao chapéu enquanto os alunos começaram a fazerem exclamações surpresas.

-Difícil... Muito difícil... Se for pela sua linhagem, colocaria na Sonserina.... Mas vejo bondade, inteligência, uma mente nada má... Se tornaria brilhante em qualquer casa.-diz uma vozinha.

"Coloque-me em uma casa aonde serei o orgulho de minha família"-pensou Hope.

-Hum... Tem certeza? Então muito bem... A colocarei em uma casa em que ajudará a realizar a profecia.-voltou a falar a vozinha.

"Que profecia?"-pergunta Hope.

-Um futuro grande lhe aguarda, Sra. Mikaelson.- fala o chapéu antes de anunciar.- GRIFINÓRIA.