Horas depois...
- Pac! Você tá pronto? - Grita Mike lá de baixo.
- Sim! Já tô descendo! - Grito terminando de fechar a blusa.
Desço as escadas e Mike me olha de cima a baixo.
- Tá gato hein. - Diz ele sorrindo.
- Valeu, você também tá.
- Então? Vamos?
- Sim, e eu dirijo. - Pego as chaves do carro, saio de casa e tranco a porta, Mike entra no carro e eu no banco do motorista.
Giro as chaves e ligo o carro, então ele começa a andar.
- Onde é mesmo essa festa? - Pergunto.
- Quem tá dando a festa é o Luba.
- Sério? Por que você disse que era de um amigo seu? - Digo nervoso, quando Luba faz festas alguma merda acontecesse.
- Queria fazer uma surpresa.
- Odeio surpresas.
- Tudo bem né, só você ir na casa do meu pai, e que também é da sua mãe agora.
- Tudo bem.
Dirijo até a casa onde eu me mudei, onde eu me diverti pouco, pois fiquei lá só por um dia.
Entramos e a casa estava uma bagunça, o som extremamente alto, pessoas bebendo e dançando.
- Oi Pac e Mike. - Diz Luba.
- Luba, você pode me dizer que porra é essa? - Pergunto nervoso.
- Relaxa Pac, foi idéia do meu padrasto querido e da mamãe.
- Sério? Por que eu tenho certeza que minha mãe nunca autorizaria uma festa dessas, ainda mais o Rodrigo, um cara tão organizado e inteligente.
- Relaxa Pac, vamos nos divertir. - Diz Mike.
- Vou atrás do Rodrigo e da mãe, com licença. - Digo andando pela gente.
Vou até a cozinha e vejo os dois namorando.
- Vocês deixaram o Luba dar essa festa? - Pergunto.
- Claro, por que? - Diz Rodrigo.
- Vocês fumaram? Ou beberam demais? Tomaram remédios?
- Não Pac, é hoje é aniversário do Rodrigo. - Diz Minha mãe.
- Ah, parabéns Rodrigo. - Digo apertando sua mão.
- Obrigado, e como eu queria voltar às festas da adolescência então disse para o Luba dar essa festa. - Diz Rodrigo.
- Tudo bem né, se você diz.
Então meu celular começa a tocar.
- Alô? - Digo.
- Alô, é o Pac? - Era uma voz feminina.
- Sim, quem é?
- Eu sou a Bianca, amiga do Pedro Afonso.
- Aconteceu alguma coisa com ele?
- Ele tá no hospital, vem rápido.
- Tudo bem, já estou indo.
Corro entre as pessoas e me esbarro no Mike.
- Onde vai tão apressadinho? - Diz ele.
- Pedro tá no hospital e eu tô indo pra lá.
- Quer que eu vou com você?
- Não precisa. - Dou um beijo calmo em seus lábios. - Já volto.
Entro no carro e dirijo até o hospital, entro nele e caminho até a recepção e peço pra eles me falarem onde está o quarto de Pedro Afonso Rezende.
Caminho até o quarto que eles me disseram e vejo uma garota na frente do quarto.
- Finalmente você chegou. - Diz ela me abraçando.
- O que ele tem?
- Ele não te contou?
- Não. - Digo preocupado.
- Ele tem um câncer no fígado.
Quando ela disse isso meu mundo desabou, tudo faz sentido, é por isso que ele não saia de perto do hospital
- Ele tá morrendo? - Pergunto e ela assenti com a cabeça. - Eu posso ver ele?
- Claro.
Entro no quarto sorrateiramente, e me sento na poltrona ao lado da cama dele.
- Pac. - Diz ele com a voz fragilizada.
- Oi Pedro.
- Eu queria morrer olhando pra você, por isso te chamei. - Diz ele chorando.
- Ei, você não vai morrer.
- Vou sim, e eu queria morrer dizendo essas palavras, eu te amo Tarik, eu te...
Então a máquina que contava os batimentos do coração parou, o coração dele tinha parado, e o meu também.
Mas tudo isso aconteceu a 5 anos, e é muito difícil esquecer.
Continua...
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