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História Isso é amor? - Agora é tudo ou nada


Escrita por: BellaT

Notas do Autor


Olá amores! Olha a sumida aqui de novo.
Espero que gostem do capítulo.

Capítulo 5 - Agora é tudo ou nada


Fanfic / Fanfiction Isso é amor? - Agora é tudo ou nada

Não tivemos tempo nem para trocar algumas poucas palavras, pois assim que chegamos na parte onde os últimos convidados estavam sentados durante a cerimônia, fomos cercados. Receber os cumprimentos de todos foi extremamente cansativo. Sorri aliviada quando Caroline finalmente apareceu para nos salvar de toda aquela agitação e pude perceber que Stefan compartilhava deste mesmo sentimento.

O almoço que se seguiu foi calmo. Mantive uma conversa animada com Bonnie - que fora propositalmente convidada a sentar-se ao meu lado na mesa principal, que era composta pelos noivos, os pais de Stefan e meu irmão e sua esposa, para não levantar suspeitas quanto ao fato de eu não possuir assunto para falar com meu próprio marido.

Logo após a sobremesa ser servida, os pais de Stefan juntamente com Jeremy e Bonnie decidiram se juntar aos outros convidados na pista de dança, deixando-nos à sós pela primeira vez naquele dia.

- Não devíamos estar dançando também? - indaguei olhando fixamente para suas íris verdes.

- Sim, provavelmente deveríamos. - respondeu ele sorrindo levemente enquanto se levantava, oferecendo-me sua mão - Concede-me a honra desta dança? - perguntou.

- Sim. - respondi simplesmente e levantei-me, segurando sua mão.

- Você está linda, a propósito! - disse-me fazendo sorrir de modo contido, mas verdadeiramente pela primeira vez naquele dia.

- Obrigada, você também está muito elegante, querido - falei de modo doce entrando no personagem de ‘noiva apaixonada’ quando avistei alguns parentes passando próximos o suficiente para nos ouvir. Notei que Stefan segurava o riso, pouco antes de piscar para mim de forma cúmplice.

Durante o tempo que dançamos apenas conversamos amenidades sobre a festa, os convidados e outras coisas sem importância, tentando manter as aparências.

Quando o cansaço chegou, o que não demorou muito visto que meu vestido era todo bordado com pedrarias o que o tornava extremamente pesado, voltamos a nos sentar.

A festa parecia estar agradando, todos estavam bem animados, alguns nem tão sóbrios. Cutuco discretamente meu acompanhante e lhe indico a direção onde a família Mikaelson encontrava-se sentada, conversando e rindo definitivamente muito alto.

- Quanto acha que eles já beberam? - perguntei elevando um pouco a voz para ser ouvida.

- Muito, definitivamente muito! - respondeu-me enquanto nos permitimos rir de forma descontraída de um deles que agora havia se levantado e tropeçava nos próprios pés ao tentar se dirigir até a pista de dança.

- Casal para a pista agora - ouvimos a voz doce e ao mesmo tempo autoritária de Caroline.

- Estou cansada, não quero mais dançar - retruquei fechando a cara.

- Sem reclamar, Elena! Vamos, vocês tem que dançar a valsa. Faz parte da tradição! Depois eu prometo que é só você jogar o buquê e eu deixo os dois se retirarem para seus aposentos. - disse de modo totalmente cúmplice.

- Tudo bem, eu vou - suspirei resignada e me levantei.

Assenti para Stefan que entrelaçou seus dedos nos meus e nos dirigiu ao centro da pista de dança. A valsa dos noivos foi anunciada e começamos a deslizar graciosamente pela pista de dança.

- Sorria, Sra. Salvatore - suspirei fundo ao ouvir o sobrenome que sempre quis, mas não desta forma - As pessoas comentam.

Minha reação instantânea e quase involuntária foi abrir um gigante sorriso, vendo-o levantar as sobrancelhas como quem diz: Esse é o sorriso mais falso que já vi na vida, você pode fazer melhor.

- Estou me esforçando - disse em resposta a sua repreensão não verbalizada.

Nos movimentamos conforme o ritmo da música, até que inadvertidamente sinto Stefan segurar minha cintura mais forte e rodopiar-me no ar. Surpresa, deixo uma gargalhada escapar-me os lábios.

- Assim está bem melhor, um sorriso genuíno - comenta meu marido.

Ao final da valsa, Stefan deposita um delicado beijo em minha testa. E por algum motivo, mesmo sabendo que tudo não passa de mais uma encenação, me sinto bem. Apenas um pouco incomodada e nervosa com o público que nos assiste, mas eu teria de me acostumar com esses gestos ‘carinhosos’ do “meu marido”, já que teríamos de ser um típico casal apaixonado.

Ainda no meio da pista ouvimos uma música qualquer começar e as pessoas voltarem a dançar.

- Pode por favor me contar logo qual é o seu plano genial? - sussurrei para que apenas ele ouvisse, enquanto nos desviava delicadamente das pessoas que dançavam, indo em direção a parte mais afastada da festa.

- Não se preocupe, apenas confie em mim. - pediu vendo minha cara de pavor pelo que viria a seguir.

“Eu realmente posso confiar nele?” Era a pergunta que ecoava em minha mente. Não que ele tivesse a intenção de me prejudicar, disso eu tinha certeza, mas caso algo desse errado e seu plano não funcionasse… ele me entregaria para se salvar.

Me recomponho, tentando manter a pose de noiva feliz e realizada sem deixar transparecer todo meu medo e insegurança, enquanto Stefan me leva para longe da festa.

Atravessamos o maravilhoso jardim da mansão e adentramos na mesma. Passamos rapidamente pela sala principal e subimos as escadas, eu sabia o que vinha a seguir, a consumação do casamento, aquele momento pavoroso pelo qual os recém casados tinham de passar, o embaraçoso momento em que todas as mulheres tinham que sangrar ou pelo menos torcer para que o marido as amasse tanto a ponto de mentir por elas. Eu estava apavorada, mas Stefan havia me dito que encontraria uma solução para que todos acreditassem em minha ‘pureza’ e por mais estranho que parecesse eu queria acreditar nele, pois caso ele não cumprisse com sua palavra eu estaria perdida e tudo o que eu mais queria no momento era ter esperança.

Assim que paramos em frente a uma grandiosa porta, Stefan parou, olhou fixamente em meus olhos e puxou-me para seus braços. Gritei em total surpresa.

- O que está fazendo? - perguntei sem entender o motivo daquilo - Por favor me coloque no chão. - continuei.

- Parte do show, querida - sussurrou baixinho em meu ouvido - Temos companhia.

E lá estavam, os pais de Stefan e meu irmão ao lado de Bonnie, que como a boa amiga que era, parecia desconfortável com a situação, percebi ao olhar da forma mais discreta que pude para o topo da escada no outro lado do corredor. Caroline também estava lá, um pouco mais escondida atrás deles, o que era estranho, já que geralmente apenas os pais ou parentes mais próximos em caso deles já terem partido dessa vida, costumavam estar encarregados da tarefa de garantir que o casamento não só seria consumado, como de confirmar a pureza da noiva. Após me lembrar do motivo de estarem lá, reagi automaticamente colando meu rosto no peito de Stefan que ainda me segurava no colo, enquanto sentia minhas bochechas queimarem de vergonha por estarmos sendo vigiados.

Assim que fiz isso notei Stefan sorrir, entrar e fechar a porta, trancando-a em seguida. Ele me colocou sentada na cama, enquanto parecia comemorar algo internamente e pensei em não me intrometer, mas a curiosidade não me permitiu ficar calada.

- O que lhe deixou tão animado? - indaguei olhando fixamente para seu rosto.

- Você - respondeu-me sorrindo - Teve exatamente a reação que eu e Caroline esperávamos que tivesse, você ficou constrangida e com isso, ela conseguirá que eles não fiquem escutando atrás da porta como fizeram no casamento de Damon. - disse em tom divertido.

- Isso é terrível, lembro quando Jer e Bonnie se casaram, meus pais e os dela fizeram exatamente isso! - exclamei em meio a uma careta de desaprovação - Tem certeza que Caroline conseguirá fazê-los desistir desta ideia? - perguntei temerosa encarando-o fixamente para ter certeza de que ele me diria a verdade.

- É a Caroline, Elena. Com o tempo perceberá que ela consegue tudo o que quer - ele parecia orgulhoso da amiga ao dizer tais palavras - como acha que ela ficou sabendo do nosso casamento forjado? - completou com sinceridade.

- Isso é ótimo. Ao menos uma aliada em meio a isso tudo - suspirei aliviada - Mas porque não me pediram para encenar a reação da qual precisavam? Eu podia não ter reagido daquela forma e estragado tudo - perguntei sentindo-me frustrada por não ter sido comunicada.

- Você é transparente demais e não podemos esquecer que apesar de cunhada Bonnie também é sua melhor amiga, ela saberia se estivesse fingindo. - comentou calmamente, exibindo um brilhante sorriso.

- Certo, você tem razão - disse enquanto tirava meus sapatos de salto - mas o que iremos fazer agora? Você sabe que eles ainda irão voltar para verificar - completei apontando para o lençol polidamente branco.

- Não se preocupe Elena, isso será fácil - disse simplesmente, fazendo-me erguer as sobrancelhas em dúvida - Poderia por favor ir até o banheiro e pegar a caixa preta que Caroline deixou lá? - meu olhar inquisidor recaiu sobre ele, mas obedeci sem lhe perguntar nada. Enquanto caminhava descalça até a enorme porta que ficava no canto do quarto, onde supus ser o banheiro.

O local tinha muitos armários, por isso demorei mais do que planejei para encontrar a caixa que Stefan havia pedido.

Quando retornei ao quarto fiquei chocada com o que encontrei, Stefan havia retirado a parte de cima do terno e estava sem camisa, mas não foi isso que fez minha cabeça girar, ele tinha um corte no braço que estava sangrando.

- Elena, você está bem? - perguntou enquanto analisava atentamente minhas feições. Vendo que eu não respondi, tentou novamente - Você está pálida! Está se sentindo mal? Talvez devesse se sentar um pouco - ele parecia muito preocupado àquela altura. Mas que droga! Ele é que estava sangrando!

Finalmente consegui me mover e encontrei forças para falar.

- Droga Stefan, você está sangrando! O que aconteceu? Me deixe ver isso - disse me aproximando com a caixa preta ainda em mãos.

- Ei, eu estou bem - disse segurando minhas mãos assim que larguei a caixa em uma poltrona próxima. Acho que eu estava meio histérica, pois ele parecia ainda mais preocupado agora.

- Como isso aconteceu? - perguntei depois de puxar e soltar o ar algumas vezes, agora mais calma.

- Acabei de resolver nosso problema - neste instante o vi apontar para uma faca com o brasão da família Salvatore e em seguida, vi seu olhar seguir para a cama, ela estava suja de sangue, o sangue dele.

Neste instante eu entendi tudo o que se passava. Ele havia se cortado para que houvesse algum sangue para nossas famílias verificarem nos lençóis. Ele havia me salvado, de uma forma estúpida e perigosa, mas havia.

Olhei para a caixa que havia buscado no banheiro e de súbito percebi que Caroline sabia que ele faria isso, a caixa tinha que ser relacionada a isso. Assim que abri a caixa notei que estava certa, era um kit de primeiros socorros, bem específico para cortes por sinal. Teria que me lembrar de agradecer a loira assim que a visse novamente.

- Precisamos cuidar disso - falei enquanto pegava na mão de Stefan e o colocava sentado na poltrona que ficava posicionada bem ao lado da em que havia largado a caixa de curativos. O corte já havia quase parado de sangrar, mas sem cuidados, acabaria infeccionado.

Stefan aguentou corajosamente e sem reclamar enquanto eu limpava e fazia o curativo em seu braço. Não era um corte fundo, apenas superficial e melhoraria em poucos dias. Após eu terminar ele levantou e foi até o banheiro lavar a faca, neste instante me ocorreu que não podíamos deixar vestígios do acontecido e portanto atravessei o quarto até onde ficava uma lareira e acendi o fogo, me livrando de tudo que tinha utilizado para limpar o ferimento. Depois enquanto eu bagunçava a cama para fazer parecer que alguém havia estado ali, ele guardou a faca num lugar em que acredito sempre ter ficado.

Nos minutos seguintes ficamos em silêncio, meu ‘marido’ trocou de roupa, mas tomou cuidado para colocar algo que cobrisse o curativo. Também achei que seria uma boa oportunidade para tirar aquele pesado vestido e por um mais simples.

- Ahn, Stefan? - chamei fazendo-o virar-se instantaneamente em minha direção - Preciso de ajuda com o zíper do vestido - me expliquei enquanto virava de costas para que ele pudesse me ajudar.

- Está feito - avisou-me após soltar todos os mini ganchinhos e conseguir abrir o zíper do vestido.

- Obrigada - agradeci, enquanto corria pegar o primeiro vestido da mala e me vestia.

O tempo passou rapidamente enquanto fazíamos estas pequenas coisas e já estava anoitecendo quando ouvimos batidas na porta. Nos entreolhamos e eu fiz sinal de que iria desaparecer para dentro do banheiro no momento em que vi ele se dirigir à porta.

Ouvi a porta ser aberta, algumas palavras que não consegui captar direito e em seguida um silêncio que fez meu coração gelar, será que havia algo errado? Teriam eles descoberto nossa armação?



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