História Isso é Guerra Bebê! - Isso é Amor Bebê!

Ele corria passando muito apressado pelos corredores sombrios lotados de alunos grinfinórios, sonserinos, lufanos e corvinos, era hoje o "grande dia."

Quando ele chegou a um corredor quase deserto sentiu a presença dela, o cheiro dela e sim o medo dela. Todos os gritos de dor que ouviu ao longo dos anos e os diferentes semblantes de medo e pavor que viu o ajudavam, e o semblante dela lhe deixava transparecer o medo. Ele parou de súbito e o barulho de passos foi reduzido a algo irritante nos andares de baixo, os olhos prata foram para a nuca da morena que olhava fixamente para a redoma protetora que rodeava o castelo, a janela no alto da torre concebia uma visão esplêndida e os céus escuros e trovejantes que estavam em guerra clamavam por uma guerra terrestre que estava prestes à ocorrer, a jovem não se virou para o encarar mas ela o via nitidamente através do reflexo da grande janela, ela suspirou, fitando as íris prateadas falou num fio de voz:

-Tem certeza?!-

-Não, não tenho.-Respondeu calmo mas resignado.

-Mas por ela vale à pena.- Não foi uma pergunta pois ambos já sabiam a resposta.

-Você sabe que sim então... -

-Não vou te julgar eu também faria o mesmo!- Ela o cortou, ela era a única que não o julgaria, ela o apoiaria agora e sempre!

-Eu sei que faria você tem esse coração belo que jorra coragem.- Os olhos prata brilharam, ele sempre adimirará a coragem dela, tão maior que a dele...!

-Coragem... Algo que me falta agora!-

-Em Hermione Granger não falta coragem!- Ele lhe devolveu ríspido.

-Em Draco Malfoy não falta coragem!- Ela o imitou também ríspida e teimosa.

-Então me dê esperança pois isso me fora arrancado a tempos... A verei depois?!- Foi um sussuro, sentimentos mesclados medo, dor, angústia, pesar e necessidade tudo confuso e dolorido.

Ele a pegou! Finalmente a deixou sem resposta e isso era assustador, não saber de algo, não poder lhe afirmar com um nariz erguido.

-Você deseja isso?- Ela resolveu mudar um pouco o foco, o assunto não poderia ficar mórbido...

-Perguntinha estúpida, claro quem mais eu irei infernizar?!- Ele falou com um sorriso torcido nos lábios a tristeza estava presente ali tanto quanto a amargura.

-Então prometo voltar inteira e ficar sempre do seu lado para lhe infernizar!- Ela respondeu com um sorriso igual ao dele.

-Que bom não irei precisar lhe amarrar na minha cama!-

-Duvido que conseguiria eu não vou para a cama de ninguém, preciso de um compromisso sério.- Ela brincou zombeteira, queria o ver sorrir mas ele continuou com o rosto aristocrático sério.

-Lembre-se que estou do lado das trevas mas sempre penso em você, por isso tive que te deixar mas quando aquele resto de cobra cair, como ele vai você será Hermione Malfoy!-

-Como sabe que quero isso?!- Ela perguntou, era uma bela distração contra o relógio invisível contra à qual eles corriam.

-Eu não sei, mas a cabeceira da minha cama irá ajudá-la a descobrir! Eu preciso que me prometa não morrer... Não dê a sua vida por ninguém pois você merece viver, você merece ser feliz mesmo neste mundo de merda!-

-Não posso lhe prometer isso Malfoy, eu farei tudo o que for necessário.- Ela lhe respondeu convicta.

-Se eu fosse um homem bom lhe entenderia Granger mas eu não sou um homem bom, sou um homem egoísta se você se for nessa guerra que não tem nada haver conosco vai me levar junto! Faça o necessário mas se coloque em primeiro lugar uma vez!-

-Faça isso você Malfoy, você não é egoísta você não está lutando por si e sim por sua mãe! Eu não luto por mim também mas sim por todos.-

-Tem certeza?!-

-Não, não tenho.-

Draco suspirou e Hermione o acompanhou, eles se encararam por algum tempo segundos, minutos ou horas quem sabe?!  Mas quando o castanho e o prata estavam prestes a se fundir a primeira explosão ocorre e os gritos tanto dos comensais de Voldemort quanto dos armados de Dumbledore são ouvidos e eles se separam tomando seus papéis.

-Não se esqueça que sou seu inimigo afinal: Isso é guerra bebê!- Hermione balançou a cabeça e concordou mas antes de Draco lhe dar as costas ela o puxou para perto e depositou um beijo regado de sentimentos amor, esperança, paixão e dor!

Eles estavam com as testas coladas, a respiração de menta fundida com a de canela, depois de normalizar sua respiração ela fala:

-Isso é amor bebê!-

Foi pouco mas serviu para lhes acalmar as almas. E assim mesmo com os corações em pedaços eles se afastam ela, Hermione Granger indo para a luz das explosões, e ele Draco Malfoy indo para as trevas da morte, ambos seguindo caminhos diferentes mas ainda unidos por um pensamento, o mesmo pensamento:

Isso não é o fim bebê!