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História Isso não é... - Isso não é um jogo.


Escrita por: KurohimeYuki

Notas do Autor


Meu horário está uma bagunça... Ah, olá! Então, aqui está o capitulo, um capitulo grande por sinal.

Capítulo 26 - Isso não é um jogo.


I hate you, I love you

I hate that I want you

(Eu te odeio, eu te amo

Eu odeio querer você)

 

26-Isso não é um jogo. (É apenas indecisão.)

08 de Maio de 2016

Tem momentos que você fica irritada sem saber o motivo, tudo e qualquer coisa te irrita. Precisar respirar para viver te irrita, não conseguir ficar sem piscar te irrita. Naquele momento, olhar para a cara do Ash irritava Julie; saber que ele sabia que a irritava, irritava-a; e saber que ele fazia aquilo porque a irritava, irritava Julie ainda mais. Em suma, ela estava irritada profundamente. Pensando bem, tinha sim um motivo e ele se chamava Ashton Irwin.

Talvez eu estivesse sendo paranoica mais uma vez e ele não soubesse de nada..., pensou Julie, ate perceber a verdade. Não, Ashton sabia. Não tinha como ele não saber, mas eu era uma ótima atriz. Eu acho.

Se Julie pensou que estava distraída no dia anterior foi porque ela não esperou as duvidas que lhe encheram a mente ao acordar. Ela tinha decidido não levar em frente a paixão que sentia – e ignorar o fato que Ashton foi primeira pessoa com quem sentiu atração sexual e podia ser a única – mas era difícil não se lembrar disso enquanto observava Ashton. Por que ele tinha que tornar as coisas tão difíceis? Por que desistir tinha que ser tão difícil?

Porque eu não gosto de desistir, pensou Julie. Porque eu não gosto de ter medo. Porque eu não gosto de ser fraca.

-Você parece que quer me matar – observou Ashton, pronunciando-se pela primeira vez diretamente com Julie desde que chegou e recuando.

Quanto mais longe de Julie melhor. Ele não tinha tido coragem de falar com Julie antes – ela tinha um olhar assassino no rosto! – e não tinha agora – a expressão continuava a mesma, se bem que mais pensativa, como se considerasse os pros e contras de cada maneira de assassiná-lo – então era bom ele ficar bem longe.

Quanto mais longe de Julie melhor. E isso significava Julie sentada num sofá e Ashton no outro. Quando ela o viu deslizando para mais longe dela, Julie teve que reprimir um sorriso, pois não podia deixar aberturas, se não a represa de irritação poderia vazar e Julie queria continuar com raiva, se ela esquecesse que estava com raiva, ela teria que lidar com muitas coisas que não queria. Raiva era mais fácil por mais difícil que parecesse no momento, pois as consequências seriam desastrosas. Consequências que ela não estava com vontade de lidar no momento. E era por isso que Julie odiava ficar pensando nas coisas.

-Oh, eu quero te matar – disse Julie, colocando a mão na bochecha e suspirando. – Devagar e do jeito mais doloroso possível.

-Por quê?

-Você não sabe?

-Foi por causa de ontem? – chutou Ash. Era o único motivo que ele podia pensar.

-Não – respondeu Julie, monossilábica.

Ela nem se lembrava do que aconteceu ontem, mas a lembrança a deixou tanto irritada – por que ele tinha se intrometido? – quanto feliz, pois isso significava que Ash se preocupava com ela. Julie era a encarnação da indecisão e ela odiava isso.

Ashton esperou por mais, uma explicação obviamente, mas quando Julie não disse mais nada – ela também não saberia explicar – ele acrescentou:

-Vai me contar?

-Estou tentando esquecer.

Encarando um ao outro, eles ficaram calados ate que os garotos voltassem para a sala com todas as comidas que encontraram – biscoito, pipoca, refrigerante, frutas – já que a tarefa deles era diferente. Não que Julie quisesse passar um tempo a mais com Ashton, ela tinha se candidatado a outra tarefa, mas todos tinham rejeitado sua opinião.

Não era sua culpa que tivesse jogado quase todos os copos no chão num acesso de raiva. Não era sua culpa que ela estava segurando-os quando ficou irritada. Não era sua culpa que estivesse irritada agora e pudesse quebrar os copos que restavam. Não era sua culpa que todos perceberam sua irritação e estavam tratando-a com cuidado por medo. Medo dela quebrar os copos restantes. Talvez ate com medo dela jogar o controle na televisão e quebrá-la e adeus jogo de basquete na televisão de 52 polegadas. E jogo de basquete na televisão de 52 polegadas era tradição, e ninguém além dos Hemmings tinha uma televisão tão grande, exceto os Hood e ficar lá estava fora de questão.

Com tudo pronto, Luke e Mike se sentaram ao lado de Ashton e Calum no chão, percebendo que Julie não dividiria seu sofá nem com ele naquele momento. Apesar de não saberem o motivo, todos ali percebiam a tensão entre Ashton e Julie, e não seriam eles a se meterem na confusão. Luke não queria nem saber o que aconteceu depois que saiu da boate ontem; já que sua irmã chegou bem em casa, tudo ótimo.

-Você é um idiota – declarou Julie, não precisando nem especificar quem era. E não era Ashton.

Todos sabiam quem era, ate Ashton, embora por um momento tivesse acreditado que Julie falava dele, afundando ainda mais no sofá, parecendo arrependido, mesmo sem saber o que fez. Contudo quem fez algo realmente foi Michael, por mais que Julie ainda não conseguisse acreditar no quão lerdo ele era.

Depois de ter seguido Demi após a briga que ela teve com Julie, Michael a levou para casa e agiu como um idiota, dizendo que Julie estava certa. É claro que ela estava certa, mas não era isso que Demi queria ouvir.

-Hum hum – concordou Calum.

-É verdade – afirmou Ashton.

-Sem duvidas – finalizou Luke.

-Idiotas – murmurou Michael.

E tudo se repetiu:

-Hum hum – concordou Calum. De novo.

-É verdade – afirmou Ashton. De novo.

-Sem dúvidas – finalizou Julie, dessa vez.

-Cara, você é tapado? – perguntou Luke, dando-lhe um tapa, o que poupou Julie do esforço de se levantar para fazer isso. – Como pode ter feito isso?

-Nem eu faria isso – disse Julie.

-Foi tão ruim assim? – perguntou ele, assustado.

Olhando-o decepcionado, Julie podia ver por onde os pensamentos dele vagaram, Michael devia estar pensando algo do tipo “Para Julie dizer que ela não agiria assim, a coisa tava seria. Não são muitas as coisas que ela não faria.” O que era uma interpretação correta, tanto no fato de que Michael pensou nisso quanto na questão que Julie não faria isso. Luke lhe deu outro tapa para reforçar a ideia de que ele errou. Julie aprovava, pois mesmo sem falar com Demi desde ontem – ela que se desculpasse pelo ciúme sem sentido! – ela ainda era sua amiga e Michael um idiota.

-Você é um idiota – disse Ashton.

-Hum...

-Já chega! – gritou Mike, apontando para a televisão. – O jogo vai começar, prestem atenção.

 

-Eeeeee é cesta! – narrou o interlocutor. – É o fim do ultimo tempo e o time da casa ganhou!

Antes mesmo do narrador ter anunciado ou da bola ter entrado nos aros, enquanto ainda girava por eles, esperando por uma assistência, que alguém realizasse o rebote – ou o impedisse – os cinco já estavam de pé, extasiados pela possibilidade do time que torciam ganhar.

-Vocês acreditam nisso? – questionou Julie, mal conseguindo manter-se quieta, pulando sem sair do lugar.

-Isso é... isso é... – murmurou Calum, mexendo os dedos como um maníaco.

A virada foi impressionante. A bola cair dentro do aro foi o que todos esperavam, era o ponto que traria a vitória ao time e ele foi tudo que todos esperavam. Foi emocionante. E muito dramático para apenas um jogo, mas ninguém ali se importava se estavam fazendo um show por uma partida de basquete. Eles amavam aquele esporte!

-Isso é espetacular! – completou Ashton, olhando assombrado para a televisão.

-Devemos comemorar! – sugeriu Luke, agarrando a irmã quando ela pulou em cima dele. Julie e sua mania de não conseguir ficar quieta e sobre as próprias pernas.

-Não dá, gente. Eu tenho um encontro – lembrou Julie, afastando-se do irmão para mostrar seu sorriso irônico, mas verdadeiro.

Ela tinha um encontro. Um encontro de verdade, não uma aposta. Seu primeiro encontro e Julie tinha que se arrumar direito, se produzir completamente, fazer tudo que uma garota faria nessa situação. Virar uma barbie.

-Você realmente vai sair com Ethan? – questionou Luke, franzindo as sobrancelhas.

Serio, por que ele que herdou essa habilidade?, pensou Julie, olhando para o irmão. Parece ate que Luke era o gêmeo bom.

-É claro que sim – zombou ela para o irmão. Porque não prestava. – Concordamos que ele pagaria quanto bolo e pizza eu conseguisse comer.

-Me tire uma duvida – pediu Calum, sentando-se no sofá ao lado de Ashton, cansado de ter ficado sentado no chão duro durante todo o jogo. – Esse é o cara que Blake disse que estava afim de você e você disse que só sairia com ele se ele comprasse... Como foi mesmo? – perguntou Calum, virando-se para Michael.

-“Um bolo e treze pizza” – imitou Mike a voz de Julie.

-Minha voz não é tão fina – reclamou a própria. – E, sim, é ele. Vocês não lembram que Blake mandou uma mensagem para ele durante a aula na sexta-feira e marcou?

Todos estavam surpresos, inclusive Julie, por ter conseguido seu primeiro encontro na emocionante aula de historia, essa que dividia com Calum e Michael. Julie estava muito animada para esse encontro... Certo. Quem ela estava querendo enganar? Era óbvio que Julie estava de olho na comida. Quanto bolo e pizza conseguisse comer? Ela estaria feita.

-Você deve estar tão animada – comentou Ashton, que estava calado ate então, mandando mensagem.

Julie balançou a cabeça, nem confirmando ou negando o que ele disse. Em outras palavras, ela o ignorou.

-Eu ate convidaria vocês para a boca livre, se não, vocês sabem – disse Julie, dando de ombros – fosse um encontro... – E completou, quando os garotos ficaram calados: – Vocês estão tão deprimidos que ate parece que vou a um velório.

-É que acabamos de perceber que você não é mais a nossa garotinha – disse Calum, balançado a cabeça.

-Calum, querido – chamou Julie, sentando-se ao lado dele. – Eu nunca fui a sua garotinha.

-Você sabe o que eu quero dizer – falou ele, revirando os olhos. – Você cresceu, não posso mais te chamar para uma partida de vídeo game...

-Porque você sabe que vai continuar perdendo e não aguenta – completou Julie, não dando tempo dele completar com algo que pudesse se arrepender. – Eu vou a um encontro, não vou me casar e, se esse fosse o caso, eu os convidaria.

-É claro que sim, Julie – concordou Luke, segurando o braço dela e puxando-a para um abraço, completando após beijar sua testa: – Eu que irei te levar ao altar, só... Tenha juízo.

-Eu sou a gêmea ajuizada – declarou Julie, revirando os olhos e soltando-se dele.

-O que realmente não significa muito – murmurou ele, balançando a cabeça para a visão da sua irmã subindo as escadas apressada. Ela era um caso perdido e nem valia a pena discutir, e não era como se Ethan fosse fazer algo a Julie, então ele se virou para os amigos e questionou: – Vamos? Eu proponho irmos ao cinema.

-Eu voto na boate – disse Michael, alongando-se. Passar tanto tempo sentado deixou-o todo dolorido.

-Eu não vou – pronunciou-se Ashton pela segunda vez, de olhos fechados.

-Por que não? – questionou Calum, franzindo a testa. Ashton rejeitar uma festa não era o Ashton que ele conhecia.

-Minha mãe mandou uma mensagem – disse ele, balançando o telefone. – Ela quer que eu faça umas compras para ela agora.

-Agora?

-Hum hum. Vou daqui a pouco – disse ele, abafando um bocejo.

A mentira saiu fácil da sua boca e não colou na sua consciência, pesando-a. Por alguma razão, Ashton achava que não devia mandar Julie para um encontro em pleno século XXI sem dá um aviso prévio ao garoto, garoto esse que nem sabia o nome – não seria Ash a pedir o nome do garoto, ele tinha uma droga de orgulho e ainda morreria por isso, sua mãe sempre lhe dizia – além de que aquele seria era o primeiro encontro dela e Julie conseguia ser bastante ingênua apesar de tudo.

 

Sentado no sofá, Ashton ouviu muito barulho vindo do primeiro andar e teve que se esforçar a ficar lá embaixo e não subir correndo as escadas para ter certeza que Julie continuava viva. Estranhamente, a cada som ele sentia-se aliviado e logo depois preocupado, era tão contraditório. Ashton sabia que Julie viveu o suficiente para uma próxima queda, mas depois vinha a preocupação de que poderia não existir a próxima vez.

Quando escutou passos, Ashton desviou os olhos da TV e a encarou. Por um momento, Julie olhou para ele, surpresa, e rapidamente deu um passo para trás, escondendo-se atrás da parede. Devagar, ela inclinou a cabeça para frente, com o corpo ainda escondido.

Ela devia estar com medo que eu a dedurasse para Luke pela roupa que ela usava, pensou Ash. Ele havia visto apenas um borrão, mas podia afirmar que era curto. Muito curto.

-Ashton? – perguntou Julie, piscando os olhos. – Você não tinha ido com os meninos?

-Não. Vai continuar escondida?

Olhando-o irritada, Julie desapareceu de novo – nesse tempo Ashton imaginou que ela estivesse batendo a cabeça na parede – e retornou com tudo, descendo as escadas rapidamente, mas mesmo assim Ashton conseguir analisá-la.

E, cara, que roupa era aquela?, Ashton queria saber.

Julie esqueceu as bolinhas e usava um conjunto de saia e top que deixava as costas e a barriga completamente descobertas, os cabelos estavam lisos como sempre e, o mais surpreendente de tudo, ela estava maquiada. Ashton nunca havia visto Julie maquiada, achava que ela nem sabia o que era isso, entretanto ela estava. Seus cílios estavam longos, as pálpebras tinham uma coloração azul claro e os lábios vermelho de gloss brilhavam.

-O que acha? – questionou Julie, parando na sua frente e dando uma voltinha.

-Você parece uma menina... Quer dizer, você parece mais feminina. Não, arrumada... Linda?

Fazendo cara de nojo – estava óbvio que isso não agradou Julie; ela não queria estar feminina, ela não queria parecer que se arrumou demais ou que nem arrumou. Julie queria o meio termo, contudo a reação de Ashton era condizente com “Julie se arrumou demais” – e, antes que ela própria pudesse dizer um comentário mordaz ou correr de volta para seu quarto e se desarrumar apropriadamente, a campainha tocou.

Esquecendo-se de Ashton ou mais provavelmente ignorando-o, Ashton chutava nessa, Julie se virou para a porta, dando dois passos antes de parar do nada.

-Esqueci...

-Os sapatos? – chutou Ash, sorrindo.

-Não – exclamou Julie, horrorizada. Como se nunca tivesse feito isso. – Esqueci a bolsa e o celular.

-Você nunca sai com bolsa – comentou ele, vendo-a subir as escadas. – E quando digo nunca, quero dizer nunca mesmo. Nem uma vez. Tipo...

-Ashton, idiota – disse Julie, parando no alto das escadas – eu sempre saio com vocês. Para que eu precisaria de uma bolsa? Eu não conheço Ethan, vê que ele me deixa para pagar ou eu discuto com ele e ele me expulsa do carro, deixando-me plantada no meio da rua? Eu sei que vocês nunca fariam algo assim comigo, mesmo querendo me matar, vocês me levariam para casa em segurança. E vocês pagam por mim como cavalheiros que eu os obrigo a ser. Agora, abra a porta.

Terminando o longo monologo, Julie desapareceu lá em cima e, por um momento, Ashton não sabia se deveria senti-se usado por tudo que ela disse ou feliz pela confiança que aparentemente ela depositava nele, mas, de qualquer modo, ele foi abrir a porta como o cavalheiro que não era.

-Ei, Ethan – cumprimentou Ashton, apoiando-se relaxado no batente da porta. Embora não se senti-se nem um pouco relaxado; a situação não tinha nada de relaxante.

-Ashton? Cadê a Julie?

Nervoso, Ethan se inclinou para o lado, tentando encontrá-la, mas Ashton ficou parado na entrada, impedindo-o de ver qualquer coisa. Ash ainda não conseguia descobrir o que Julie queria com o Ethan e nem sabia o que ela via nele. Ethan era menor, mais novo e mais magro, como se fosse possível, do que Julie, além de medroso. Não tinha como ele aguentar as brincadeiras de Julie desse jeito. Às vezes ela passava dos limites.

E definitivamente não tinha como Ethan aguentar. Ashton nem conseguia acreditar que esse garoto foi quem chamou Julie para um encontro por mensagem de texto, Ethan não parecia ser desse tipo; Julie era, ele não. Ash não sabia o que esperava, mas definitivamente não era um garoto pequeno, de cabelos ruivos encaracolados, e sardas e brilhantes olhos verdes. Ash nunca que iria adivinhar que Ethan fazia o tipo de Julie.

-Não se preocupe, estou aqui para ter uma conversa com você – explicou Ashton, dando o sorriso mais ameaçador que conseguiu. – Quais são as suas intenções com a minha garota?

-Su-sua ga-ga-garota? – gaguejou Ethan. Olhando ao redor novamente, ele parecia desesperado para fugir. – Eu não sabia que vocês...

-Ethan. Onde você vai levá-la? – perguntou Ashton, pacientemente.

-V-vou levá-la ao cinema para ver um filme...

-Ver um filme ou se agarrar no escuro com ela?

-Vamos ver o filme! – exclamou ele. – Apenas isso.

-Por que? Ela não é boa para você?

-Não. Não é isso... Ela ainda vai demorar? – questionou Ethan, ansioso. E quando se inclinou, tentando olhar para sala, Ashton acompanhou-o, bloqueando sua visão.

-E depois?

-Jantar? – questionou Ethan, recuando.

-O horário dela é ate as dez, ouviu? – Ethan balançou a cabeça com tanto entusiasmo que Ashton pensou que ele teria um ataque do coração. – E uma ultima coisa, Ethan. Se você fizer algo com ela, desrespeitá-la, eu irei tirar satisfações com você no hospital, entendeu?

-H-Hospital?

-Você sabe, eu não serei o único que terá uma conversinha com você – explicou Ashton, dando de ombros – muitas pessoas gostam de Julie. Eu, o irmão dela, é claro, Mike, Calum, Demi e a própria Julie. E ela sabe se defender e quebrar ossos como ninguém.

Colocando a mão no nariz para confirmar o que disse, Ashton tentou ser o mais dramático possível, sendo recompensando ao ver Ethan engolindo como se fosse algo difícil. Agora Ashton podia entender a alegria do Michael quando “conversou” com ele,  porque aquilo era divertido. Muito divertido. E Ethan tornava tudo melhor, suas expressões eram muito engraçadas, parecia que ele desmaiaria a qualquer minuto.

Tremendo, Ethan puxou o celular do bolso e o colocou no ouvido, dizendo “sim, sim, eu entendo”.

Cara, ele nem tinha atendido para ser uma chamada, percebeu Ashton, tentando desesperadamente não sorrir. Mas Ethan tornava tudo difícil. Ele era engraçado.

-Você pode dizer a Julie que... Eu não vou poder ir com ela hoje?

-É, por... – Ashton começou a questionar, mas o garoto sumiu rapidamente.  E essa não era a intenção de Ashton.

Ainda um pouco chocado, Ashton voltou para o sofá perguntando-me como Julie agiria. Realmente, não era a intenção dele que isso acontecesse. Ash não queria estragar o encontro dela, contudo aconteceu. Não era sua culpa que não soubesse qual o limite de Ethan para brincadeiras...

-Por que você não mandou Ethan entrar? – perguntou Julie.

Olhando-o irritada, ela desceu as escadas rapidamente e caminhou o resto do espaço ate a entrada do jeito mais despreocupado que soube. Julie não queria parecer desesperada. Mas... Dando uma volta ao redor de si mesma, Julie virou-se para Ashton em busca de explicação ao encontrar a entrada vazia. Ela também meio que esperava encontrar Ethan sentado no sofá.

-É, sobre isso... – murmurou Ash, afundando-se no sofá. – Ele disse que tinha um compromisso hoje.

-Que estranho – comentou Julie, olhando-o estranho ao sentar do lado dele. – Você disse o quê a Ethan?

-Nada...

-Já sei, foi um daqueles sermão? – perguntou ela, suspirando ao se olhar. – Arrumei-me toda para o meu primeiro encontro e ele foge.

-Nós fomos a um encontro – desmentiu Ashton, batendo o olhar nela. E nem quando eles saíram, Julie tinha se arrumado tão bem.

-Ashton, pare – pediu Julie, revirando os olhos para a televisão. – Isso não foi um encontro, você apenas pagou meu jantar.

- O que quer dizer que isso foi um encontro – afirmou Ash, como se Julie fosse uma idiota. O que ela era.

- Você ter pagado não significa nada. – Suspirando, Julie ficou calada por um momento, assistindo em silencio ate que se virou para Ashton, curiosa. – Por que você não saiu com os meninos?

-Eles iam se encontrar com Lydia, a Katherine...

Mais uma vez, a mentira saiu da boca de Ashton facilmente. Dizer isso era mais fácil do que a verdade, além de que Ash sabia que Julie ficaria muito irritada com ele se soubesse que ele só ficou para intimidar Ethan.

-Mike foi também? – perguntou ela, encostando a cabeça no ombro dele.

-Sim.

-Ele é um idiota – afirmou Julie, balançado a cabeça, descrente.

-Sem duvida. Então... Quer ir tomar aquele milkshake que te devo agora?

-Claro – aceitou Julie, levantando-se e indo para saída sem olhar para trás.

-Não vai levar bolsa? – questionou Ash, pegando-a do sofá e a balançando. – Ou o celular?

-Por quê? –questionou Julie, sorrindo ao olhá-lo já da porta. – Eu vou com você.

E, pela primeira vez no dia, ela estava certa quanto a algo.


Notas Finais


A música é I love u, i hate u - https://www.youtube.com/watch?v=BiQIc7fG9pA
Então... Depois de tanto tempo sem escrever, achei difícil me acostumar a escrita e tive que reler para me situar a história. Qualquer coisa confusa, comentem.


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