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História Isso não é uma história de amor - IFHY - Tyler The Creator


Escrita por: YoungHemmings

Notas do Autor


Oi oi oieee galerinha bonita!
Tudo bem com vocês?
Primeiramente queria agradecer a quem comentou e favoritou, isso significa muito pra mim e me deu muito mais inspiração pra terminar o capitulo dois e postar ainda hoje, por isso o feedback de vocês é tão importante, saber que alguém gostou do que eu escrevi me da muito animo pra continuar, por isso não deixam de comentar.
O link da musica deste capitulo vai estar nas notas finais como de costume, e desejo a todo mundo uma ótima leitura.
Amo vocês.
XoXo
Daisy

Capítulo 2 - IFHY - Tyler The Creator


Fanfic / Fanfiction Isso não é uma história de amor - IFHY - Tyler The Creator

Tentava focar na ampla lista de email’s a serem respondidos antes de ir para o intervalo, sempre coloco metas a mim mesma, para o dia render mais, mas meu pensamento estava tão distante devido ao acontecimento de horas atrás, que precisava arranjar uma forma de parar de repassar o momento em que nossos olhares se cruzaram, e realizar as tarefas impostas pelos meus superiores. Mas como? Fazia meses que não olhava diretamente nos seus olhos, era algo que costumava fazer todo dia, e que todo o dia me causava arrepios diferentes, assim como causou hoje. Apesar de ter sido uma fração de segundos, pelo fato de ambos terem desviado o olhar tão rapidamente quanto se encontraram, foi o suficiente para trazer a tona todas as lembranças, inclusive as coisas não tão boas, que predominavam aquela “quase relação”. Como as inúmeras brigas, às vezes seguidas de inúmeros beijos, outras vezes permitindo que o orgulho engolisse qualquer resquício de arrependimento. Nosso problema era sempre fingir que nada tinha acontecido e mascarar os fatos óbvios. Pra ele sempre foi mais fácil ignorar um problema, ao invés de tentar entender e consertar. Eu era um problema, e dos complicados. Odeio levar o papel de complicada na vida das pessoas (inclusive na minha), irônico é que ele sempre acaba sendo meu. A questão é que parece que na vida do mesmo aumentava o nível de qualquer proporção de complexidade. Por quê? Simples. Tratava-se dele e isso aumentava as proporções de qualquer coisa, inclusive do amor que apesar de pouco demonstrado e nada admitido, existiu em cada segundo, inclusive quando nossos olhares se cruzaram hoje.

 O horário do intervalo chegou e eu tentava montar um jeito mais aceitável de falar para Cody tudo que estava em meus pensamentos, mesmo sabendo que ele tem conhecimento de tudo o que eu sinto (por me conhecer como ninguém mais conhece) conversar abertamente sobre isso me deixava insegura, a ponto de enrolar até eu conseguir fugir do assunto. A questão é que não tinha como adiar aquele diálogo que eu sabia que estava por vir, então decidi só ir, porque mesmo estando relutante e aflita quanto a tal situação, sabia que tudo terminaria em um abraço.

Quando as portas do elevador se abriram, respirei fundo, pisando firme, mas assim que entrei no café e vi meu melhor amigo de longe, anotando o pedido de umas das mesas a confiança que eu tinha adquirido, sumiu. Cody começou caminhar em minha direção e quando notei que não dava pra voltar atrás, dei um suspiro profundo e segui em seu encontro.

“Desembucha, vai...” – Disse ele me encarando com o olhar de “sei o que tu ta sentindo, só quero ouvir da tua boca.”

“Hoje, vindo pra cá, cruzei com o Rodrigo, e desde então é só nisso que eu penso”.

“O.K. Confesso que foi meio inesperado, não o fato de tu só pensar nisso porque eu sei que não é de hoje, e nem tenta negar que eu te conheço, mas quando ele voltou pra cidade? Achei que ainda tava viajando nos campeonatos.”

“Sei tanto quanto tu sobre isso, tu mais do que ninguém sabe que to me esforçando pra superar essa história, e que mesmo depois desse tempo continuo evitando qualquer assunto que me lembre ele, o problema é que  TUDO me lembra alguma coisa relacionada ao que passamos, e a vida também não quer colaborar comigo, porque parece que faz questão de jogar na minha cara que o pouco que a gente tinha, diminuiu pra NADA

“Só me ouve ok? Eu vi cada efeito colateral que ele causou na tua vida, te vi acordando sem um sorriso, te vi quieta sem falar com ninguém, eu tive que assistir isso, sem poder interferir, porque eu sabia o quanto ele era, e ainda é  importante pra ti, mesmo tendo total noção que pra ele tu não significava metade do que o mesmo significa pra ti. O que eu mais vi durante esse tempo, foram tuas lagrimas, que eram mais constantes que os teus sorrisos. Sinceramente tu acha que foi fácil ver a pessoa mais importante da minha vida insistir em algo que era completamente inconstante e prejudicial?” – Falou com os olhos verdes marejados, não sabia que aquilo o afetava tanto. Á essa altura da conversa, tentava segurar as lagrimas que insistiam em cair. Quando abri a boca pra falar, o menino me interrompeu, antes mesmo de me deixar começar.

“A resposta é NÃO lu!! Não foi e não é nada fácil. Receber mensagens tuas quase toda semana falando que ele havia saído da tua vida, e ver as consequências disso te machucarem tanto, me machuca de uma forma absurda.” – Disparou em tom mais alto, atraindo alguns olhares curiosos. Já era tarde demais pra evitar o choro. Eu estava completamente sem reação e então Cody continuou.

“Vocês nunca concordaram em uma decisão sequer, viviam fugindo um do outro, e principalmente dos problemas, mas no final, voltavam pela mesma rota, e se achavam no meio do caminho, ganhando mais caos e uma amostra grátis de sentimento, ela era tão pequena que a dor era o que completava o espaço vazio no teu coração, o espaço que o Rodrigo nunca foi capaz de completar.” – Já chorava como uma dissimulada, só queria sair daquele lugar e tirar um tempo pra organizar e digerir a avalanche de confusão e sentimentos misturados que caiu sobre mim.

“Ok, eu não esperava uma boa reação, mas não esperava por tudo isso, eu não sei o que pensar, preciso de um tempo pra organizar as coisas na minha cabeça.” – Levantei e sai do estabelecimento ainda em choque, Cody também chorava e a ultima coisa que ouvi foi um “me desculpa” seguido por um soluço. Aquilo me matou mais um pouco, e nem sabia que isso era possível.  

Tinha mais 45 minutos de intervalo, porque a conversa foi muito mais rápida e tensa do que eu havia previsto. Entrei no elevador sentindo todos os olhares sendo direcionados a mim, alguns assustados com meu estado, outros com o sentimento de pena estampado no olhar e nem precisava pensar muito no motivo disso, meu nariz vermelho, olhos inchados e ainda marejados eram a resposta perfeita. Apertei o numero 24, ou seja, o térreo (quando disse que o prédio era grande, eu não tava de brincadeira). Apesar da minha fobia de altura, lá era um dos poucos lugares incrivelmente altos em que eu me sentia bem, provavelmente isso se dava ao jardim/estufa enorme que ocupava quase todo local. Se existe uma coisa que eu amo, são flores. Cheguei ao meu destino e sentei em um dos bancos, ainda um pouco molhado pela chuva que havia caído mais cedo. Senti o vento soprar e automaticamente balançar meus cabelos, então me permiti relaxar, ou ao menos tentar. Puxei o isqueiro do bolso, e acendi um cigarro, estava precisando aquilo mais do que nunca. Depois de algum tempo refletindo sobre os acontecimentos, ouvi passos e não hesitei em virar para trás, então avistei Alceu, o porteiro, que em passos lentos se aproximou e sentou em meu lado, mantendo o silêncio.  

“Sabe menina, eu trabalho a 20 anos aqui, e já presenciei muitas histórias, de amores achados, e perdidos também. Eu to sempre observando tudo e procurando ajudar quem precisar, muitos me tacham como inútil e invisível mas  tu minha querida, é uma das pessoas mais simpáticas que eu já conheci não só nesses 20 anos de trabalho, mas na minha vida, sempre com um sorriso no rosto, e confesso que a tua alegria me da uma motivação enorme. Tu me lembra minha filha. Ela era alegre, assim como você, e vivia com um sorriso no rosto, me dói não poder ver o sorriso dela, mas o que ameniza a minha dor é ver o teu. Tu pode não saber, mas eu sei tudo que se passa, e sei exatamente a causa do teu sofrimento. Talvez não devesse te falar, mas acho que é o certo a se fazer. O menino Rodrigo, parou aqui na frente e ficou uns 5 minutos encarando a janela do terceiro andar, não sei se tu vai querer fazer algo em relação a isso ou vai simplesmente ignorar, mas teu sorriso é bonito demais pra se desfazer dando espaço para as lagrimas.” – Meu olho arregalou e uma festa se formou dentro de mim, trazendo a confusão como anfitriã. Minha única reação foi abraçar fortemente o senhor que estava do meu lado, e sussurrar o “obrigado” mais sincero já dito em toda a minha vida. Ele se levantou, deixando o local, e eu fiquei ali olhando para os canteiros coloridos, vendo as pétalas das margaridas ainda úmidas pela garoa. Não tava entendendo nada, mas isso não era novidade nenhuma quando o assunto era ele. Só passava uma coisa pela minha cabeça, eu o amava tanto, a ponto de odiá-lo por isso. 


Notas Finais


Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=5jcFFY7YVAs
Fiquem bem!
XoXo
Daisy


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