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História It Girl - Norminah - Déc. Segundo Capítulo


Escrita por: norminahizer

Notas do Autor


Não tenho muito o que dizer, só pedir desculpas pela demora mesmo :/
E devo admitir que só voltei porque três pessoinhas ficaram no meu pé pra postar logo e eu não tive paz até fazer o que elas queriam jdhdjkdkdjk
Ana, Mands e Luana, esse capítulo é para vocês <3 espero que gostem!

E AH, PERDÃO POR SÓ POSTAR AGORA O QUE DEVIA TER POSTADO NO HALLOWEEN

Capítulo 12 - Déc. Segundo Capítulo


Fanfic / Fanfiction It Girl - Norminah - Déc. Segundo Capítulo

NORMANI'S POINT OF VIEW

 

 

 

Houston, Texas -31 de Outubro de 2016

 

 

 

Com base em tudo que aprendi durante meu tempo de vida até agora, ser mulher é ter que lidar com nossos hormônios – que são bastante peculiares, por sinal. Temos que aguentar a pressão das pessoas a nossa volta que esperam que a gente case e tenha três filhos, mesmo que a gente queira viajar pelo mundo todo sem ter data para voltar. Ouvimos coisas por aí do tipo “só podia ser mulher” quando se trata de carros, direção, gerenciamento de negócios e outras atividades que consideram “feitas para homem”. Somos assediadas desde cedo, homens faltam com o respeito na rua e ninguém acha isso um absurdo? Precisamos tomar mais cuidados que os homens ao sair de casa, especialmente se formos a uma balada.

 

Minha própria família havia imprimido em mim que, se eu realmente queria ser alguém na vida, eu teria que ter um marido rico. Eu nunca tinha concordado com isso, dessa forma eu decidi que estudaria muito para ser independente e não precisar dar satisfações do que eu faço e deixo de fazer a ninguém. Mas como nem tudo é tão simples, meus pais me arrumaram Arin, meu atual namorado. Se é que posso assim dizer, tendo em vista que nós não somos como a maioria dos casais.

 

Mas eu havia decidido que de agora em diante tudo seria diferente. Eu já era uma mulher adulta, tinha meu trabalho como estagiária e estava prestes a me tornar uma advogada. Eu nem sabia porque continuava morando na casa dos meus pais. De uns tempos pra cá eu vinha me sentindo mais segura, e isso implica em querer ser livre e viver sem muitas preocupações, e eu diria que isso estava me fazendo muito bem. Estava fazendo bem ao meu estado emocional e sentimental, estava fazendo bem ao meu corpo e para minha autoestima.

 

Eu não teria mais medo de dizer o que penso e fazer o que eu quero, pois o medo não combinava com a postura de mulher forte e independente que eu estava disposta a ter a partir de então. O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo. Definitivamente, eu não queria mais sentir medo.

 

O que não te mata te deixa mais forte.

 

:— Mani, você ainda não está pronta? –Ouvi a voz de Jilly, e parei o que estava fazendo para fitá-la por cima do ombro. — Eu não acredito nisso, Normani! Eu já vim aqui te apressar três vezes e você continua aí sentada? A Zendaya já ligou duas vezes, dizendo que a Lauren está impaciente. Eu não quero me atras...

 

:— Eu já sei. Você esperou o ano todo por essa festa e não quer perder nem um minuto, eu já sei. –A morena cerrou seus olhos em minha direção, mas assentiu. — Nós não vamos nos atrasar. Eu prometo.

 

Sorri abertamente tentando confortá-la, e deu certo. Recebi um lindo sorriso de volta. Ela estava ansiosa demais pela festa, e eu entendia o lado dela.

 

Voltei a ficar de costas para a morena e mirei meu reflexo no espelho. Eu estava me sentindo estranha com aquela lente de contato verde, mas eu jamais poderia dizer que não estava satisfeita com a minha fantasia. Eu estava do jeito que eu queria: chamativa.

 

:— Você está deslumbrante, Woe. Lindíssima e elegante, mas sem deixar de ser sexy. Vai roubar a atenção de todos na festa só pra você –Minha amiga se pronunciou, fazendo-me lembrar que ela ainda estava ali. Um pequeno bico estava em seus lábios. —Como sempre.

 

:— Obrigada, Chilly. –Sorri sincera, em agradecimento. —Você também está linda e muito quente, devo dizer. –Disse depois de analisar a roupa que ela vestia, e a forma como lhe caia bem.

 

Jilly estava realmente divina com aquele bodysuit vermelho da Chicago Bulls e uma calça preta de moletom, que estava muito abaixo do que deveria estar, possibilitando a visão de sua pelve saliente.

 

 

 

[…]

 

 

 

 

 

 

DINAH'S POINT OF VIEW

 

 

 

 

Em pleno dia trinta e um de outubro, popularmente conhecido como Dia das Bruxas, eu estava abandonada em minha esperando que minhas amigas Ally e Camila dessem o ar da graça de suas ilustres presenças. Nós havíamos combinado de ir em uma festa de Halloween juntas, mas ambas disseram que já estavam a caminho da minha casa, e até agora nada. Bem, pra ser mais específica, eu estava mesmo preocupada com a Camila, já que não tinha tanto tempo que Ally havia saído de sua casa.

 

Resolvi que esperaria mais um pouco para poder ligar. Não existiam chances da Camila ter sido pega por palhaços assassinos no meio do caminho, não é? Pouco provável, tendo em vista que agora nos Estados Unidos existia uma ordem judicial que impedia qualquer um de fantasiar de palhaço, caso contrário o responsável pelo delito seria preso. E as leis aqui costumavam serem eficazes.

 

Estava dispersa em pensamentos quando ouvi o barulho da maçaneta da porta, o que com que eu tomasse um leve susto. Camila entrou pela porta acompanhada de Ally e... Lauren.

 

Agora tudo estava muito claro para mim.

 

:— Antes que inicie o sermão, quero que saiba que nós acabamos ficando presas no trânsito. Parece que um carro se chocou com uma moto, mas não se sabe ao certo se houve morte. –Camila se apressou em falar, quando percebeu que eu estava impaciente. Gemi frustrada. Desse jeito nunca chegaríamos a festa. —Mas não se preocupe, não há engarrafamento para onde vamos. Apenas para o lado contrário, de onde viemos.

 

:— Certo. Mas eu posso saber como vocês ocasionalmente chegaram juntas, se cada uma veio de sua casa? Até onde eu sei vocês não moram juntas. –Franzi o cenho, ainda confusa. —E a Ally saiu de casa depois de você. –Alternei o olhar entre as três mulheres a minha frente, com expressões entediadas em seus rostos.

 

:— A Ally me ligou dizendo que não queria sair de carro pois vai beber a noite toda, e também porque não vê necessidade disso se eu estava de carro e um só é suficiente para nós quatro. –Fitou Ally que somente confirmou com a cabeça. —Ela não te avisou porque não deu tempo. Eu estava apressada e ela já havia de dito que estava saindo, então depois que ela conseguiu falar comigo ela apenas saiu do prédio e ficou me esperando, eu estava por perto. –Concordei com a cabeça, dando aquele assunto por encerrado.

 

 

 

[…]

 

 

 

Atração física é o grau em que os traços físicos de uma pessoa são considerados esteticamente agradáveis ou bonitos. Esse termo geralmente significa atração sexual ou desejabilidade. Existem muitos fatores que influenciam a atração de uma pessoa para outra, sendo os aspectos físicos um deles. A própria atração física inclui percepções universais comuns a todas as culturas humanas, bem como os aspectos que são culturalmente e socialmente dependentes, juntamente as preferências subjetivas individuais. Já a atração interpessoal é a atração que uma pessoa tem por outra, resultando na amizade ou relacionamento amoroso. O processo de atração interpessoal é diferente da atração física porque também relaciona o que não é considerado bonito ou atraente.

 

Eu não sei exatamente o que senti quando vi surgir por entre o amontoado de pessoas, uma silhueta muito conhecida por mim. Normani estava vestida de Rainha Akasha, ironicamente também referenciada como Rainha dos Condenados. E eu estava condenada. Estava condenada a me rastejar por aquela mulher, mesmo que ela fosse alguns anos mais nova que eu, ela conseguia me deixar totalmente atordoada com tamanha beleza.

 

No momento em que seus olhos castanhas, agora cobertas por lentes de íris verdes que somente a deixaram ainda mais irresistível, cruzaram-se com meus olhos castanhos, eu me vi completamente nua. Eu me sentia despida diante daqueles olhos tão intensos, e ao mesmo tempo encurralada. Eu estava sem saída, não sabia como me portar ou o que dizer, não sabia o que fazer. Talvez eu tenha ficado mais tempo encarando-a do que eu pude calcular.

 

Quando me dei conta do que estava fazendo, já era tarde demais para tentar disfarçar. Por outro lado, Normani não parecia nem um pouco afetada por meus olhares direcionados a ela. Ela mantinha sua postura fria me olhando, sem expressão nenhuma que pudesse denunciar qualquer tipo de reação que me favorecesse. Alguns minutos depois alguém chamou sua atenção, e ela estava saindo do meu campo de visão.

 

Fiquei ali na expectativa de que ela fosse voltar, mas depois de um tempo percebi que isso não aconteceria, então me permiti dançar com minhas amigas e beber para me distrair. Mas sempre me perguntando onde a dona da fantasia mais bonita e perturbadora da festa poderia estar e com quem. Estaria ela acompanhada do namorado babaca?

 

No escritório Normani vinha me evitando o tempo todo, e eu já nem tinha mais cara de pau para procurá-la com qualquer desculpa esfarrapada. Eu sabia que algo estava errado, mas não sabia o que. Não sabia o porquê desse comportamento tão de repente, se nós estávamos tão bem no dia do desmaio. Bem, pelo menos eu achei que ficaríamos bem, já que eu fiz questão de cuidar dela o tempo todo até ter certeza de que ficaria bem.

 

Quando Normani finalmente se tornou visível de novo, eu percebi que ainda não havia me acostumado com o quão bonita ela estava naquela fantasia. Mais uma vez eu estava admirando-a como se fosse a primeira vez na noite. Porém dessa vez ela nem sequer se deu o trabalho de me encarar.

 

Eu deveria ir até ela e perguntar se algo estava errado? Será que eu tinha feito algo de errado?

 

Algo estava nitidamente errado, mas eu não tinha respostas concretas. Eram perguntas e mais perguntas sobre seu comportamento estranho e repentino.

 

:— Dinah, eu esqueci de te perguntar... Mas você não falou que se fantasiaria de Tartaruga Ninja? Dinah! –Saltei no lugar com o susto. Ally estava com os olhos cerrados em minha direção. — Que espécie de Tartaruga Ninja é você? –Franzi o cenho, sem entender nada.

 

:— Como? –Precisei elevar um pouco a voz, pois a música estava alta. —Oh! Eu não sei... Ninguém precisa saber que a intenção era parecer uma Tartaruga Ninja... Eu posso ser um soldado, ou qualquer coisa que vista camuflado.

 

Falei sem dar muita importância para aquilo. A verdade era que eu já estava frustrada demais com minha própria fantasia, ainda mais agora depois de ver a fantasia da Normani. Eu definitivamente não precisava da ajuda de minhas amigas para me sentir pior.

 

:— Ou você pode ser uma Tartaruga Ninja moderna, Chee. Você só não tem um casco de tartaruga, porque isso seria muito ridículo e eu com certeza não ficaria perto de você. –Camila foi a única a rir do que ela mesma havia dito. Revirei os olhos.

 

:— Onde está sua namoradinha, querida? –Perguntei ironicamente.

 

:— Ela saiu daqui assim que as amigas dela chegaram. Você não percebeu? –Aceno negativamente. — Mas ela já deve estar voltando... Olha ali! –Apontou para um ponto específico fazendo com que eu procurasse com os olhos para saber do que se tratava.

 

Congelei no mesmo instante. Lauren estava acompanhada por Normani e mais algumas pessoas de quem eu não fazia questão de lembrar os nomes agora. E elas estavam se aproximando.

 

Todas menos ela. Todas elas estavam vindo em nossa direção, menos a Normani.

 

Fiquei encarando-a atentamente disposta a descobrir o motivo para ela continuar lá, mas assim que encontrei a resposta, concluí que seria melhor não ter encontrado. Ela não estava sozinha. Havia um homem com ela. Eles estavam conversando e trocavam sorrisos discretos. Na verdade ele sorria abertamente, ela quem estava sendo discreta.

 

Ficar olhando aquilo era uma tortura pra mim. Por quê ela estava fazendo aquilo? O que eu tinha feito para merecer aquilo?

 

Praticamente corri para o banheiro. Saí dali apressadamente, andando em meios a todas aquelas pessoas desconhecidas sem nem me preocupar se estava batendo em alguém. Eu precisava chegar ao banheiro antes de desabar.

 

Chegando no banheiro, a primeira coisa que fiz foi me trancar em uma daquelas cabines. A última do lado esquerdo do corredor.

 

Por quê isso estava acontecendo comigo? Como fui deixar as coisas chegarem a esse ponto? Eram as perguntas que eu não conseguia parar de fazer a mim mesma. É sempre assim: toda minha bondade é confundida com fraqueza. Permiti-me chorar tudo que eu estava guardando, me permiti chorar por finalmente ter me apaixonado, e eis que agora aqui estou. Chorando como uma criança por ter meu coração partido por alguém com oito anos a menos que eu. Uma garota.

 

Quando eu ainda era criança, minha avó me disse uma vez que chorar é saudável, nos liberta da frustração e do estresse. E como ela era mais experiente podia me afirmar com toda certeza que depois do choro nos sentimos bem melhor, mesmo que as coisas não mudem por uma lágrima, sempre podemos retomar a situação com mais calma e nos empenhar para continuar vivendo da melhor forma possível. Com isso, desde sempre eu tenho sido uma pessoa muito emocional, que não consegue reter suas emoções e assim que sinto vontade, eu choro.

 

Ouvi barulhos vindo do lado de fora da cabine e automaticamente silenciei. Eu não queria que ninguém ouvisse meus soluços, porque eu ainda tinha vergonha que me vissem chorar. Então eu me escondia sempre que sentia vontade de chorar. Eu não conseguia me sentir a vontade pra chorar na frente das pessoas sendo uma promotora e tendo a imagem de mulher forte e séria que eu tinha. Fiquei ali encolhida, me recuperando do choro, mas com a audição apurada.

 

No momento seguinte alguém estava tentando abrir justamente a porta da cabine onde eu estava.

 

:— Tem gente aí? –Prendi minha respiração. —Não vai responder? –Mais silêncio.

 

Será que não tinham mais cabines vazias naquele banheiro? Mas não era possível!

 

:— Eu vou chamar alguém pra ver o que está acontecendo aqui. –Ouvi mais barulho de saltos batendo no chão e entrei em alerta. Eu não queria que mais pessoas soubessem disso, então rapidamente me levantei e abri aquela porta e saí da cabine com a pior cara de assustada possível.

 

Situação completamente constrangedora. Eu só piorei quando vi que garota que estava querendo abrir a porta era amiga de Normani, e a mesma estava acompanhando-a. Ela tinha um ar de deboche, como se me acusasse de alguma coisa.

 

:— Então você é muda ou pode explicar o que estava acontecendo? –A mulher de pele morena e cabelos loiros perguntou, tomando minha atenção para ela novamente. Rude.

 

:— Mas o que eu tenho que explicar? Eu estava apenas usando o banheiro, algum problema? –Perguntei no mesmo tom, surpreendendo-a.

 

:— Por que não respondeu quando eu perguntei se tinha alguém lá? –Apontou para a cabine, clogo atrás de mim.

 

:— Onde está escrito que eu preciso te responder? Por acaso você é uma funcionária do estabelecimento? Pelo visto que não. –Respondi a minha própria pergunta, sendo sarcástica. — Passar bem!

 

Dito isso, deixei o banheiro e as duas mulheres me olhando com expressões engraçadas. Talvez elas não esperassem tanto.

 

Normani devia ter esquecido que trabalhava para mim.

 

Voltei para perto das minhas amigas que já estavam um pouco altas e agora sem nenhuma das amigas de Normani por perto, a não ser por Lauren. Decidi que não iria mais me preocupar com outras que não fosse a minha própria diversão naquela noite.

 

 

 

 

 

NORMANI'S POINT OF VIEW

 

 

 

 

Após o acontecimento no banheiro, eu estava pensativa. A forma como Dinah estava agindo e o jeito que ela me olhou antes de sair indicava que algo não estava certo. Fora o fato de que os olhos dela estavam bem inchados e vermelhos, eu não pude deixar de reparar. Isso me fez lembrar da noite no lago, quando nos beijamos pela primeira vez. Vê-la chorando me deixou totalmente desconcertada daquela vez, e também dessa. No entanto, eu mantive a pose fria e indiferente que eu tanto queria. Quando ela saiu do banheiro as pressas e com ira nos olhos, as barreiras que eu estava construindo quase despencaram.

 

Mas isso aconteceria com qualquer outra pessoa, afinal eu não era tão má a ponto de não sentir pena de alguém que aparentemente estava chorando dentro de uma cabine, e eu tampouco sabia o motivo.

 

Felizmente esse pensamento não durou muito. Logo eu estava de volta à pista de dança me deixando levar pela batida de This Is What You Came For, enquanto gravava alguns snaps com a Jilly. Apesar de toda modéstia, era necessário admitir que nós éramos muito atraentes separadamente e ainda mais juntas.

 

:— Será que as donzelas aceitam minha companhia? –O homem alto e bem vestido tinha um pequeno sorriso sedutor no rosto, e as mãos nos bolsos de sua calça social. — Desculpem a demora, é que eu recebi uma ligação importante de trabalho e não pude recusar.

 

:— Tudo bem, Mark. Nós fomos ao banheiro e acabamos de voltar. –Sorri tentando mostrar que estava tudo bem. Seus olhos azuis se cruzaram com os meus.

 

Mark Sloan era um homem alto, corpo sarado e cabelos grisalhos. Conhecido popularmente como coroa enxuto, mas com aparência jovial. Ele tinha braços fortes, barba bem feita e olhos azul piscina. Vale ressaltar que ele tinha muito bom gosto para roupas, pois optou por se vestir com roupa social de executivo a colocar uma fantasia de super herói ou coisa assim. Homem bonito e maduro.

 

Eu o conheci ali mesmo. Ele era simpático e bonito, só chegou em mim e começou a puxar conversa. Segundo o mesmo, ele só estava a procura de diversão pois estava farto de tanto trabalho. Ele estava sozinho.

 

Tinha um meio sorriso no canto dos lábios o tempo inteiro e seus olhos só desviavam dos meus para olhar o resto do meu corpo, claro, tudo de forma muito discreta e sem faltar com o respeito. Ele era um cavalheiro. Seu sorriso era um charme, mas eu estava preocupada. Será que ele não cansava?

 

:— Eu adoro essa música! –Exclamei ao ouvir toque inicial de Sim ou Não. —Vem, dançar Mark.

 

O puxei pela mão direita sem esperar respostas. E aliás, que mãos!

 

:— Me desculpe, eu não sei dançar esse tipo de música.

 

Sussurrou não tão baixo em meu ouvido devido ao som alto, depois de se posicionar atrás de mim, com o corpo bem próximo ao meu e suas mãos firmes em minha cintura. Para alguém que não estava acostumado a dançar funk até que ele estava sendo bem soltinho. Ele era bem quente.

 

Era possível os músculos do peito dele encostando em mim. Ele era cheiroso, gentil e bem educado.

 

Jilly estava logo ao lado, dançando lindamente mas de vez em quando ela me dava sorrisos sugestivos. Do tipo “se você não quiser, eu quero”

 

Dancei conforme a coreografia da Anitta, e o Mark estava logo atrás de mim tentando me acompanhar. O ideal era que ele dançasse como o Maluma, mas ele não tinha experiência e nem conhecia a música, então eu não poderia reclamar do desempenho dele. Nada mal.

 

Eu estava muito a vontade e confiante, estava sendo divertido dançar com ele. Sem contar que estava sendo gostoso também.

 

Quando a música chegou ao fim, eu me virei sorrindo em direção ao Mark que também estava sorrindo. Automaticamente coloquei minhas mãos nos ombros dele para me apoiar, e de repente nenhum de nós estava mais rindo.

 

Mark segurou meu rosto com uma de suas mãos e olhou nos meus olhos com aqueles olhos azuis que vez ou outra desviava para meus lábios. Ele era irresistível, eu não poderia negar.

 

No momento seguinte nós estávamos nos beijando. Não era um beijo desesperado, e nem muito lento. Um beijo bom e rápido, apenas lábios se tocando. Antes de afastar ele mordeu meu lábio inferior sem aplicar muita força e puxou. O adereço que fazia parte da minha fantasia com certeza estava atrapalhando.

 

Minhas pernas tremiam de nervoso.

 

:— Você está bem? –Perguntou demonstrando preocupação. Apenas assenti, incapaz de falar. — Tem certeza? Eu fui longe demais?

 

:— Não, Mark. Não é isso. –Sorri. Ele era encantador. — Você é ótimo.

 

Então ele sorriu novamente daquela forma sedutora me deixando um pouco sem graça.

 

:— Eu vou buscar bebidas. Você tem alguma preferência? –Acenei negativamente.

 

:— Me surpreenda.

 

Sorri desafiadora para ele que me retribuiu com uma piscadela e saiu em direção ao bar. Girei em meus calcanhares a procura de Jilly ou qualquer uma de minhas amigas, que eu sequer havia notado a ausência até então.

 

Meus varreram aquele lugar até que se cruzaram com o olhar castanho que eu não estava esperando encontrar ali. Tinha algo de diferente naquele olhar. Ela estava... Chorando?


Notas Finais


Não me matem! Tenho certeza que as meninas vão fazer de tudo para que eu volte logo (:
Me desculpem por ficar mudando de user no twiter o tempo todo ydgdjdjdj já é outro agora, e eu não prometo que vai continuar sendo esse por muito tempo.

Twitter: @djhnavy


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