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História It is just a little - "Nyck"


Escrita por: ApenasLu

Notas do Autor


Eu sei que está curtinho, mas saiu no dia e está quentinho esperando por vocês, espero que gostem. Fiz com amor.

Capítulo 35 - "Nyck"


Fanfic / Fanfiction It is just a little - "Nyck"

Eu voltei para casa sozinho, Bianca preferiu ficar um pouco mais com seu pai, eu entendi perfeitamente, eles não se viam havia mais de dois anos, eles tinham muito o que conversar. 

Aquele lugar não era para mim, o circo ainda me lembrava cenários macabros de filmes de terror, queria sair antes que o palhaço aparecesse com uma faca ensanguentada e um sorriso doentio no rosto, mas Bi não via assim o circo, para ela aquele universo era místico e sagrado, ali estava em casa, tratava o fogo como um amante antigo e sedutor e o gigante como um irmão mais velho ou um tio protetor.

Ao seu pai seria mais fácil conviver e conversar do que com a sogra, Cain podia não ser responsável, mas amava a filha e a ex mulher, eu não sei o que ele fez para causar a separação, talvez a traiu, mas ele parecia ama-la demais para tal coisa, o mais provável é que não tenha dado certo, mas ele a amaria para sempre.

Quando cheguei em casa Nycolas me esperava sentado na soleira da porta, mantinha o olhar fixo ao chão e cabisbaixo.

- Não me diga que acabou o chocolate? - Falei tirando o capacete.

Nyck não apareceu notar minha presença, continuou a olhar para o nada fazendo uma chama de preocupação trêmula se acender nos confins do meu subconsciente.

- Nyck! - Chamei guardando o capacete na traseira da moto - O que você tem?

Meu irmão ergueu o olhar pra mim, estava pálido, terrivelmente pálido, as veias envolta dos olhos eram visíveis, a boca entreaberta tentava puxar ar com dificuldade fazendo o peito subir e descer lentamente.

- C-Cass-sy - Ele tentou dizer antes que eu o pegasse no colo.

Nycolas era ridiculamente leve para alguém da sua idade, sempre foi assim, desde que nasceu, tão magro, tão pequeno, tão pálido, Nycolas me olhou com seus olhos grandes e escuros.

- Eu. Não. Consigo. Respirar. - Disse fazendo um som estranho a cada palavra pausada.

- Tem alguém aqui? Martha? Gabi?

Nycolas apertou as mãos no sofá fazendo força para falar, se eu pudesse meus pulmões seriam dele!

- Calma, anjo, nós vamos dar um jeito, sua bombinha! Isso. 

Eu me levantei, mas Nycolas segurou minha camisa.

- Escola…

Droga! Mil vezes droga! Eu ainda lembrava as palavras do médico para mim quando ele nasceu, eu cinco anos, "Você é o irmão mais velho dele agora, sabe o que isso significa?"

- Vamos tirar essa camisa, capitão.

Coloquei uma mão em suas costas e outra em seu peito.

- Quero que respire como eu, entendeu? Como eu - Nycolas puxou ar para levar para seus pulmazinhos danificados.

"Significa que os anjos o enviaram primeiro para que pudesse ser forte e protegê-lo, você é o guardião dele, é isso o que significa" Nunca me senti tão importante quanto naquele dia.

- Isso, inspire, expire, inspire, expire - A cada palavra uma lágrima caia. - Isso mesmo, inspire, expire, inspire.

Quando sua respiração se estabilizou ele me olhou, seus lábios se ergueram em um sorriso frágil, seguirei seu rosto entre as mãos, por uma fração de segundo estava tudo bem, ficaríamos bem, mas foi só uma fração de segundo, Nycolas caiu desacordado nos meus braços e meu mundo perdeu o foco, não era mais eu, não era mais Nycolas, éramos átomos perdidos na imensidão do espaço.

 

  ** Sr. C.**

- Como assim o perdeu? - Bati a mão na mesa de vidro escuro com tanta força que uma dor latejante e quente se estalou ali.

- Ele estava de moto, Senhor, é mais fácil para desviar dos carros.

Passei a mão pelo cabelo com raiva, o homem a minha frente me olhava preocupado e ansioso pela próxima palavra, arrumei minha gravata negra no pescoço.

- Pelo menos viu com quem ele estava? 

O homem mudou de postura e pareceu relaxar.

- Sim, senhor.

- Uma notícia boa - Me sentei na cadeira acolchoada e fiz um sinal para que continuasse.

- Fizemos uma pesquisa, Senhor.

O homem me entregou a pasta preta e sem graça que segurava nas mãos.

- Bianca Drummond, dezessete anos, ela mora com a mãe perto do Centro, Senhor.

Abri a pasta, lá continha toda a vida da garota, "Lysandre não é?" A foto da garota prendeu minha atenção, era uma beleza rara, ruiva, olhos verdes escuros, sardas.

- Bonita. - Falei em voz alta.

- O pai é trapezista no circo onde estavam.

"Trapezista?" Deixei escapar um risada, Cristã, nascida no dia 18 de fevereiro de 1997 em Fortaleza, Ceará, boas notas, bom comportamento, pobre, bonita, romance adolescente, olhei para o homem em um terno escuro a minha frente.

- O que está esperando? Um aumento? Vamos, saia! 

- Sim, Senhor, Desculpe.

Olhei pelas paredes de vidro da minha sala, todo aquele prédio era meu, assim como outros quarenta só naquela cidade, da cobertura podia ver toda a movimentação da cidade, tão cheia de gente e tão solitária.

- Natália - Falei pelo interfone - Pode manda-la entrar.


Notas Finais


Grandes revelações esperam vocês! Preparem-se.


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