História It is just a little - "Dorme comigo "

Assim que chegamos em casa a primeira coisa que Nyck faz é se jogar no sofá, com o movimento sua camisa levanta revelando veias roxas como hematomas de luta sobre a pele pálida de sua barriga, percebe meu olhar e rapidamente a colocou no lugar, um nó se formou em minha garganta, odiava ver aquelas marcas e ele sabia disso, me aproximei bagunçado seu cabelo, Nycolas sorriu e ligou a tevê, nós dois ficamos incomodado com aquele clima que formou-se naquele sala, até uma voz com um soquete nordestino quebra-lo.
- Castiel! Tu viu meu celular? eu não tô achando - Chamou Bianca.
- No meu bolso, Tem uma mensagem do Nathaniel, posso saber o que quer com você?
- Oxe! O que você tá fazendo com ele? - Disse ainda da cozinha, as vezes ela me irritava pelo simples fato de ignorar minhas perguntas ou minha existência.
- Minha pergunta, Anjo, responda!  - Falei me aproximando.
Eu haveria  esquecido completamente dela se não houvesse falado, a blusa xadrez Vermelha grande demais assim como todas as outras que vestia essa também lhe caiu bem assim como a calça descolorida e rasgada, quase uma roqueira, mas cara de criança e o jeito extrovertido não deixavam parecer uma garota má, só a deixou mais sexy.
- Eu e ele fazemos parte do grupo de ciências ou o "Senhor odeio Nathaniel" Esqueceu? - Ela falou de um jeito tão engraçado que não pude deixar de rir.
- Não… Não dá pra esquecer disso.
- Olha, não precisa ficar com essa cara amarrada não, eu gosto de você, Nath é meu amigo.
- "Nath é meu amigo" - Imitei sua voz.- Ah! Não seja tão idiota ao ponto de pensar que ele vai ficar só nessa de "Somos amigos e tô feliz assim"
Bianca se afastou de mim e deu um empurrão no meu peito.
- Olha aqui! Da próxima vez que me chamar de idiota na minha cara será a última vez que vai olhar pra ela! - Esbravejou.- Tá pensado que eu sou quem? Alguma…
- A gata mais chata e brava que eu conheço e eu gosto disso - Disse com a voz rouca.- Não gosto é dele e isso me tira do sério.
- O que não tira, não é?
Sorri e me aproximando ainda  mais ficando de frente a ela e involuntariamente ergui a mão para toca-la, Bianca não se afastou, apenas sorriu quando minha mão passou pelo seu braço e segurei a sua.
- Dorme comigo.- Pedi da maneira mais inocente que podia apesar de todas as promessas que esse pedido trazia.
- Não posso... - Falou com um sorriso.
- Como não?
- Não moro mais aqui - Disse erguendo minha mão e entrelaçando nossos dedos - Mainha não ia deixar.
- Eu falo com ela.
Nós dois rimos, ai é que ela não deixaria.
- Eu posso ficar só um pouco mais, tenho que chegar em casa antes das dez se não apanho de cinto de couro.
- Sério? - Falei preocupado.
Ela rir e me abraça transmitindo seu calor para mim, tento não ficar excitado, mas Nycolas está bem, meu coração está bem e Bia estava ali se apertando contra mim.
- Claro que não apanho mais não… Bom… Talvez ela só me espere com o cinto mesmo como quando eu chegava tarde.
- Ela te batia?
Ela solta uma gargalhada.
- Vish… Quando era criança vivia apanhado! - Ela rir novamente, mas eu não.- O que foi?
- Não gostei de saber que tua mãe te batia.
- Ainda bem que ela fez isso, se não eu seria pior que a Ambre, já imaginou?
- Eu nunca apanhei!
- Por isso é assim, esquentando, mimado e resmungão.
Eu estreitei os olhos para ela.
- Vai me chamar de babaca novamente?
Ela rir, está risonha hoje.
- Não, hoje não.
- Meu quarto fica tão vazio sem você lá comigo…
- Só o quarto? - Disse passando a mão na minha nuca distribuindo uma onda de magnetismo e tensão por todo meu corpo.
- Toda a casa, mas minha cama é quem mais sofre.
Nós sorrimos, mas agora o ar a nossa volta se tornou carregado, denso, cheio de erotismo.
Minhas mãos viajaram pelo maravilhoso trajeto de suas costas até sua bunda e a apertei com força contra mim, dessa vez ela não recuou, ao invés disso, ela mordeu o lábio.
- Bia - A adverti se ela não queria aquilo, não me deixasse excitado.
Ela sorriu e olhou para alguém atrás de mim.
- Aí! Moleque, sai da cozinha que eu quero trabalhar - Disse Martha me empurrando.
- Amor, não precisa ter ciúmes.
- É Martha, já entendi que você é a mulher da vida dele, me contento em ser um casinho, viu?
- Você ouviu a garota - Falei abraçando Martha - Ela é um casinho, você é meu grande amor.
Martha rir e me manda ir à merda, acabo desistindo, com ela não tenho chances.
- O que acha de dar uns amassos no quintal? - Pergunto a Bianca.
- Só se for agora.
Dou um tapinha na sua bunda e Bianca sai correndo para fora da casa, parece uma criança, feliz, leve, como de não tivesse nenhuma preocupação.
Depois que ela foi embora, Gabrielli chegou e se trancou no quarto sem falar com ninguém, a casa se encheu de um silêncio digno de cemitério, ao contrário da minha namorada, nós não sabíamos o que falar, não sabíamos de onde tirar assunto, estávamos presos ao marasmo da televisão, até que o telefone tocou e Nyck correu pra atender na cozinha, tenho certeza que ele pensou que tinha sido um de nossos pais ou quem sabe os dois.
- Mamãe? - Disse afobado.
Ele suspirou desanimado e sentou no balcão da cozinha.
- Ah… Oi, vovô…
Martha e eu olhamos um para o outro.
- Você avisou a ele? - Perguntei.
- Não, Mas é normal ele saber.
- Verdade… - Eu olhei para meus dedos.
- Eu avisei a eles também.- Disse lendo meus pensamentos.
- Não ligaram, não é? Esquecem que têm filhos…
- Cassy… - Martha colocou a mão sobre meu joelho e procurou meu olhar, quando o achou falou calmamente.:  Eles vão ligar, eu sei disso.
- Mas eu não - Falei com raiva.
- Cassy - Disse Nycolas.- Vovô disse que amanhã ele e a vovó vem comer aqui.
- Vovó? Vovó Lucy? - Perguntei assustado, ela nunca vinha sem nenhuma data comemorativa.
- Não temos outra vovó Lucy! Sim, vovô, eu sei, não estou bem, até amanhã.