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História It Started With Fish - PARTE TRÊS


Escrita por: Invernia

Capítulo 4 - PARTE TRÊS


PARTE III: LUZ VERDE.

 

Percy não conhecia Nico muito bem.

Sabia que ele preferia suas panquecas mais finas que fofinhas e sabia que roncava durante o sono quando gripado. Sabia todos os pontos no seu corpo que o fazia perder o controle, e sabia que seu programa preferido era Bob Esponja porque nunca tinha crescido, não de verdade.

Sabia que Nico chorou na primeira vez que viu Procurando Nemo porque foi no seu apartamento e ele não conseguia esconder as lágrimas, que ele tinha essa ideia errada de coragem, misturando estupidez no meio, que sempre queria provar alguma coisa.

Sabia que Nico cantava no chuveiro quase sempre a mesma música, uma antiga que ele não conhecia e que lembrava Percy que: Merda ele nasceu nos anos trinta mesmo.

Sabia que Nico tinha essa amizade meio estranha com sua madrasta, Perséfone, e sabia também que ele detestava Kool-Aid e sempre dizia que aquilo era veneno e Percy deveria parar de tomar.

Mas não o conhecia, não de verdade.

Sempre via novos aspectos de Nico, como descobrindo novos lados de um cubo mágico que tinha que resolver, e talvez era por isso que queria tanto, tanto, ele para si o tempo todo.

Havia paredes que não ultrapassavam, esse grande muro de Berlim que Percy queria destruir com uma espada.

As visitas de Nico começaram a ficar mais crescentes e longas, ele chegou a ficar por quase duas semanas uma vez, mas foi embora antes do próximo domingo, sem se despedir.

Havia coisas que ele não comentava, então Percy começou a se abrir, algo no fundo do seu peito dizendo que, se se abrisse, talvez Nico faria o mesmo.

Assim, quando Nico estava em seus braços numa tarde chuvosa de outono, ele conta de seu trabalho, casualmente, como quem não quer nada.

As sobrancelhas italianas de Nico se erguem em confusão, e ele vira o rosto para Percy, esquecendo Up na tevê pequenininha que se apoiava no balcão da cozinha.

"Você descama peixes como profissão?"

"Sim, não é tão nojento quando você se acostuma."

Nico meneia com a cabeça, e então sorri.

"Isso é meio irônico, sabe? O filho de Poseidon matando peixes para sobreviver."

"O que você acha q eles comem lá embaixo? Carne bovina? É o ciclo da vida, não é... Estranho." Argumenta, um pouquinho indignado, Nico dá de ombros.

"Diga o que quiser se o ajuda a dormir a noite, Jackson." 

Ele se aconchega na manta azul, puxando-o para mais perto, as mãos descendo sobre seu pijama até a calça de moletom.

"Sabe o que a gente poderia fazer?" Pergunta, sussurrando e perverso, Percy rola os olhos.

"Prestar atenção no filme?"

"Nah." Nico diz, subindo as coxas nas de Percy de modo que o prendesse contra o sofá, a luz da janela passa pela cortina verde fechada e o deixa parecendo uma sereia, ou um alien de ficção científica. "Algo melhor."

Percy é fraco, sua fraqueza principal é ligar muito para os outros, e também Nico DiAngelo subindo em suas coxas e pedindo com educação para que o fodesse no sofá.

Ele não consegue dizer não.

Os dois vão juntos, vagarosamente, Nico em cima de si com os olhos presos nos de Percy, sem nem mesmo desviar.

Primeiro são beijos lentos, molhados e descuidados, depois é Percy retirando as calças de Nico, e então apertando aquelas coxas e bunda que sonhava quando era inverno.

Era quase como se fosse um sonho, o moletom de Percy abaixado até as coxas, suas mãos no peito de Percy, investigando, os olhos sérios como se tentasse resolver um problema de matemática.

Era perfeito.

Ele guia o membro de Percy até sua entrada cegamente, e Percy o assiste franzir as sobrancelhas e suspirar quando tudo cabe, o esticando por dentro.

Percy se estica, beijando-o nos lábios fechados, Nico sobe e desce devagar, tomando seu tempo, suspirando fracamente, e então gemendo quando Percy acha o ângulo certo, acertando bem ali, e ele joga a cabeça pra trás, lentamente perdendo o controle.

É algo lindo de se ver.

Eles aceleram, Nico começa a pular, gritinhos saindo do fundo da sua garganta enquanto Percy o começa ajudar, segurando em suas mãos e olhando em seus olhos.

Percy consegue sentir a mão de Nico trabalhando no próprio membro, pra cima e pra baixo acompanhando os movimentos e grunhe, algo primordial vindo em si ao agarrar os braços de Nico pra longe, o forçando a atingir o ápice sem nada a não ser Percy.

O orgasmo de Nico chega lentamente, Percy passa suas mãos pelo peito magro e pálido do outro, sua camiseta, o cabelo, puxando só um pouquinho.

Então ele fecha os olhos, franze as sobrancelhas e abre a boca num grito silencioso que Percy toma para si, o engolindo num beijo enquanto estoca Nico mais rapidamente e com força, quase não saindo para voltar de novo, olhando diretamente nos seus olhos até gozar, e gozar, e gozar, no orgasmo mais logo que já teve, poderoso que faz seu corpo parecer geleia.

Ele se derrete no sofá, Nico se levanta, como quem quisesse ir se limpar, mas não aguenta, e então se joga no peito de Percy, suas pernas muito longas e ficando para fora, porém beija-o na bochecha do mesmo jeito.

"Eu não acredito que Percy Jackson está trabalhando numa peixaria." Murmura, sem fôlego e rindo contra seu pescoço. "Que mundo irônico é esse."

"O que você anda fazendo?"

Nisso, Nico ergue-se novo cotovelos, como se quisesse considerar falar a verdade ou não.

Então, finalmente, depois de um silêncio que dura tempo de mais ele diz:

"Estive ajudando meu pai nos negócios."

Percy ergue as sobrancelhas.

"Lá embaixo?"

Nico concorda, então beija os lábios de Percy mais uma vez, ele tem gosto de panqueca que fizeram hoje cedo e também de outra coisa, forte, bem Nico.

"Não vamos falar dele, eu venho aqui pra esquecer de tudo. Perséfone chama você de spa de relaxamento alga-marinha."

Percy ri, rolando os olhos.

Mas ele quer ser mais que um spa, mais que algo que é usado uma vez a cada mês, mais do que isso.

Ele não diz nada, porém, e toca no membro desacordado de Nico, dando uma leve puxadinha.

"Vamos assistir o filme."

Eles não assistem, claro, e não passa da hora em que a ave Narseja aparece pra Nico estar sem roupas novamente.



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