História It Was Meant To Be - Chapter Two

Point Of View Ayla Breckah

Acordei no susto com o bendito alarme tocando, o que indica que mais um dia se inicia e com ele vem a minha correria de todos os dias. Ainda “dormindo” levantei e segui para meu pequeno banheiro, fiz minhas higienes e isso inclui um banho maravilhoso nas águas quentinhas, após terminar hidratei minha pele como faço toda manhã e logo coloquei a roupa que eu havia separado ontem mesmo com sono eu conseguir fazer tal coisa.

Com todo organizado segui para o quarto da minha filha, ainda estou pensando o que vou fazer com a Bervely. Minha filha está dormindo agarrada ao seu inseparável ursinho que carinhosamente ela chama de Gaab.

— Filha, acorde nós temos que ir para a padaria.

— Me deixa dormir mamãe. Hoje nem tem creche.

Diz-me como não ficar com pena de acordar uma criança nesse horário? Ainda mais com a voz fofa que ela faz.

— Eu sei filha, mas a mamãe tem que trabalhar e eu não posso deixar você aqui sozinha, então levante e vamos lá ver o vô adão.

Bervely se virou pra mim e fez um bico fofo. Deus, que vontade de mordê-la.

— Promete de dedinho que vai me deixar ver o vô dão?

— Prometo de dedinho. Estendi meu dedinho para a pequena a minha frente e ela fez o mesmo. – Promessa feita, agora a senhorita trate de levantar e vamos tomar banho.

Bervely relutou um pouco e logo veio pro meu colo, ainda em sua cama eu tirei sua roupa a deixando apenas de fralda, sim ela ainda usa fralda, minha filha é pequena demais para ir sozinha ao banheiro. Segui para o banheiro onde dei um banho nela e logo sai do mesmo com a pequena enrolada em sua toalha roxa.

— Que roupa a Bervely vai colocar hoje mamãe?

— O macacão que seu avô te deu, uma blusa roxa por baixo e suas sapatilhas.

A pequena em minha frente concordou e assim eu fiz, coloquei a fralda, passei o creme que tem um cheiro maravilhoso de neném e coloquei sua roupa em seguida, penteei seus pequenos cabelos, prendendo num pequeno rabinho e logo seguimos para a cozinha onde fiz a mamadeira dela e eu comi algumas torradas.

Em poucos minutos nós já estavamos a caminho da padaria já que hoje eu vou abrir a mesma. Com Bervely no colo e ainda carregando nossas bolsas eu finalmente cheguei à padaria encontrando as gêmeas e o pessoal que trabalha na cozinha a minha espera.

— Bom dia pessoal. Sorri educada, porém todos responderam menos Vanessa.

— O que essa menina está fazendo aqui? A bruxa como minha filha mesmo chama perguntou olhando para a Bervely em meu colo.

— Não que seja do seu interesse, mas a creche dela entrou em reforma, então se acostume com a presença dela aqui por um mês e eu acho bom você tratar minha filha muito bem. Falei a olhando diretamente. – Tina, pegue a chave no meu bolso e abre a porta, por favor?

Valentina como é um amor de pessoa fez o que eu havia pedido e logo estavamos dentro da lanchonete, coloquei minhas coisas no armário e logo coloquei a Bervely sentada no banco no lado de dentro do balcão.

— A mocinha irá ficar aqui e quando seu avô chegar e puder te ver você pode ir lá, entendido?

— Sim mamãe, eu posso brincar ali no sofá?

Assenti e a pequena se sentou com suas bonecas e eu fui organizar algumas coisas até porque logo chegariam os primeiros clientes. Limpei algumas mesas, organizei algumas cadeiras e logo o barulho do sininho ecoou pela porta indicando o primeiro cliente. Como Tina estava no balcão ela foi atender o senhor que pelo o que eu vi pediu apenas um café.

— Bom dia Ayla.

Seu Adão havia chegado e eu nem tinha visto.

— Bom dia Adão, sua neta passará um mês aqui, a creche está em reforma, tem algum problema?

— Claro que não querida, pode ficar tranquila que qualquer coisa eu a deixo no escritório ou ela fica no sofá que tem ali, assim você pode trabalhar e ficar de olho nela.

— Obrigada seu Adão, o senhor é um anjo que apareceu em minha vida.

Adão apenas concordou e seguiu seu caminho enquanto eu fui ajudar as meninas no balcão.

Horas depois.

Por incrível que pareça a padaria estava bem movimentada hoje, fiz apenas uma parada para o almoço que foi onde eu cuidei um pouco da minha filha já que ela ficou a maior parte do tempo no escritório do Adão. Estava de costas limpando algumas coisas nas prateleiras quando uma voz rouca me fez parar e virar imediatamente.

— Com licença. Um loiro, até que bem bonitinho é o dono da voz rouca.

— No que posso ajudar?

— Meu amigo e eu queremos saber se a vaga de garçom ainda está valendo.

Só então eu percebi que havia outro homem ao seu lado.

— Oh sim, ainda temos vaga. Espere um instante, vou chamar o dono.

Deixei os dois sentados ali e segui para o escritório do seu Adão.

Point Of View Noah Bieber

Procurar emprego está se tornando algo automático na minha vida e na do meu primo, Justin e eu já rodamos metade de Los Angeles e até agora nada, já fomos a grandes cafeterias, lava jatos, oficinas entre outras coisas que vocês podem imaginar, mas em nenhum desses lugares tinham vagas. Nós estavamos quase desistindo quando decidimos parar em uma padaria simples para comer alguma coisa e voltar a nossa procura, porém para a nossa surpresa tinha uma plaquinha indicando que eles estavam à procura de garçons e nós vimos ali uma grande oportunidade.

Assim que entramos tinha três mulheres trabalhando, duas atendiam as mesas e uma estava limpando as prateleiras, até o Justin interromper o serviço da mulher, que é linda por sinal. Após nós atender ela seguiu para uma sala onde ela disse ser o escritório e em poucos minutos ela saiu com uma menina no colo e sorriu fraco para nós dois.

— Podem me seguir até aquela salinha ali. Ela disse e apontou para a sala ao nosso lado e caminhou em nossa frente.

A criança em seu colo brincava com o cabelo da mulher que nos atendeu e soltava umas gargalhadas quando a mesma fazia cosquinhas em sua barriga.

Entramos na sala, onde havia uma mesa mediana e três cadeiras, ela se sentou em uma com a menina ainda em seu colo e nós sentamos em sua frente.

— Meu patrão infelizmente não pode atender vocês, pois ele vai sair agora, porém pediu para que eu os entrevistasse e caso forem contratados é para eu mostrar a padaria e ditar as ordens, tudo bem pra vocês?

— Claro, sem problemas. Justin respondeu por mim e eu apenas concordei.

— Tudo bem, meu nome é Ayla, só um minuto, por favor. Ayla pediu e olhou para a criança em seu colo. – Filha, a mamãe vai conversar com esses moços e você vai ficar quietinha, ali no sofá ok?

— Ta mamãe, o vô Dão vai demorar?

— Eu não sei Beverly, agora a mamãe vai conversar aqui, depois prometo que te dou sorvete se você se comportar.

A criança que agora sabemos que se chama Bervely concordou e saiu do colo da sua mãe indo se sentar no sofá.

— Desculpe-me! Bom qual é o nome de vocês e por que querem trabalhar como garçom?

— Eu sou Justin e esse é meu primo Noah. Justin falou aparentemente nervoso, é a primeira vez desde hoje cedo que somos entrevistados. – Queremos o emprego por necessidades mesmo, estamos um bom tempo sem trabalhar e queremos dar um basta nisso. Justin concluiu fazendo Ayla rir.

— Pode ficar calmo Justin, eu te entendo perfeitamente, e você Noah, concorda com seu primo?

— Sim, está muito complicado arrumar um emprego e acredite aqui é o primeiro lugar que nos chama para uma entrevista.

— Posso imaginar, a padaria em breve irá virar um restaurante também, então vamos precisar de mais pessoas, por isso eu preciso saber se vocês estão mesmo dispostos a encarar essa vaga.

Olhei para o Justin e ele apenas concordou, estamos sim preparados para essa vaga, afinal ser garçom não é tão ruim assim.

— Sim, estamos preparados.

— Ótimo, vocês vão passar por um período de avaliação. Podem começar amanhã aqui na padaria mesmo, para já irem treinado até o restaurante ficar pronto. O horário é de seis e meia da manhã até as sete ou oito da noite, estejam aqui antes. Ayla respirou e voltou a falar. – Tudo bem pra vocês?

— Sim, o uniforme vocês dão ou é qualquer roupa? Perguntei calmo.

— Vocês vão receber blusas e usarão apenas calças, nada de bermudas, ainda não tenho certeza, mas acho que em breve teremos uniformes, mais alguma duvida?

— Não, muito obrigada mesmo pela oportunidade Ayla.

— Não me agradeça, agradeça ao seu Adão que é um anjo, bom vejo vocês amanhã e, por favor, não se atrasem. Ayla falou e se levantou. – Ah e meninos sorriam, alegria é um ponto importante para ter um ótimo dia no serviço.

Assentimos e logo saímos da sala sendo seguidos por ela e sua filha que parece ser uma criança bem tranquila. Despedimo-nos dela e saímos a  padaria, só espero que esse serviço seja certo..

Continua..