11:08
As noites nunca foram tão frias. O mar, mesmo continuando agitado com a sua partida, não possui mais o calor que antes o habitava. Este foi extinguido junto de seu ser, levando consigo também os sorrisos e as promessas inocentes já feitas. Ainda lembro-me dos seus cabelos ricocheteando com a brisa da praia, lhe caindo sobre a face branca e delicada enquanto corria. Lembro-me de seu riso perfeito, o qual nunca mais verei novamente. E penso que não deveria ser eu a te dizer isso.
Mas meu tempo não acabou, e eu ainda te amo.
11:09
O chão é coberto de cartas. Cartas que pararam de chegar, assim como você. Gosto de lê-las . De algum modo, aquieta meu coração saber que aquelas palavras tão doces já foram direcionadas a mim. É uma ilusão que vale o esforço. Porque no fundo, sei que não vai voltar.
Mas meu tempo ainda não acabou, e eu continuo te amando.
11:10
Consigo ouvir sua voz. Você costumava ler para mim, e tudo o que tínhamos eram pilhas e pilhas de histórias de amor. Eu queria acreditar que a nossa seria igual. Mas agora, o “era uma vez” e o “felizes para sempre” não passam de meras palavras vazias. Afinal foi o que você um dia me disse.
Meu tempo está acabando, e por que eu não consigo parar de te amar?
11:11
O abandono dói. O desamor dói. E como ele, dói também o amor. Mas, entre a desilusão e a lembrança, temo que eu tenha escolhido a segunda opção. O amor pode doer, mas nada comparado a esquecer você.
Eu não consigo esquecer você.
“O tempo dirá o contrário” já é tão verdadeiro quando o seu “eu te amo”.
Porque já são 11:11, e eu ainda não deixei de te amar.
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