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História It's All About Us - Capítulo Quarenta e Seis


Escrita por: AllyScarlett

Notas do Autor


Olá!
Eu entendo se vocês estiverem com vontade de me matar, isso que eu fiz foi horrivel, peço mil desculpas. Acho que vocês precisam saber porque fiz isso.
Meu notebook estragou, eu estava cheia de coisa para fazer na escola e também estava lidando com o término do meu relacionamento, desculpas...
Desculpa também por não responder os comentários, estou postando pelo celular! Assim que puder, irei responder!
Se eu passar de ano (os resultados saem agora na sexta) prometo postar com mais frequencia!
Muito obrigada por não terem me abandonado!
Amo vocês!
Boa leitura!

Capítulo 46 - Capítulo Quarenta e Seis



 

" Melhor conviver com uma mágoa difícil de largar do que fingir um perdão que nunca aconteceu."

Enquanto desciam as escadas do prédio de Jay, JJ ligou para Garcia e pediu os imóveis no nome de Olivia, a analista técnica informou que ela tinha um galpão e que não era muito longe dali.
A equipe entrou nos carros e rapidamente seguiu para o galpão.

Ouviram gritos quando chegaram e logo reconheceram que eram de Olivia, seguiram o som e encontraram a ruiva dando socos em Anne.
Todos apontaram para Olivia e logo trataram de chamar a atenção da ruiva para que ela não batesse mais em Anne.
-Na verdade, você é a única que ela não pode confiar.
JJ falou furiosa, chamando a atenção da ruiva que rapidamente virou na direção da voz.

Ela observou a cena que se desenrolava na frente dela. JJ, Spencer e Rossi apontavam suas armas para ela, mirando perfeitamente para não errar.
Olivia sorriu, olhou para Anne e viu que a mesma estava desacordada.

Segurou o corpo desacordado da escritora e tirou a arma que estava na sua cintura, apontando para a mesma.
JJ e Spencer tremeram ao ver a cena e isso apenas aumentou o sorriso da ruiva.
-Vocês até podem me matar, mas se eu for, ela vai comigo.
A voz de Olivia era um tanto quanto histérica, estava claro que a mulher estava fora de si. JJ sentiu uma vontde avassaladora de atirar na mulher, mas não podia arriscar a vida de Anne, simplesmente não podia. Viu a irmã desacordada e toda ferida nos braços da sequestradora, sentiu uma raiva avassaladora tomar conta de si e teve que puxar um autocontrole de algum lugar desconhecido.
-Olivia, solte Anne agora, ela não fez nada para você, não merece isso.

Rossi tentou acalmar Olivia, mas as palavras apenas a deixaram mais nervosa.
-Ela fez, sim! -Ela gritou, completamente fora de si- Ela começou a ter convivência com vocês, ela me deixou de lado por causa de vocês! Ela só tinha a mim e continuará tendo só a mim! Vocês não merecem ela, principalmente esse nerd esquisito!
Quanto mais nervosa Olivia ficava, mais pressão ela colocava na arma, Rossi não deixou JJ e nem Spencer responde-la, afinal, ja estava claro que ela tinha muita raiva deles.
-Por que principalmente ele, Olivia?
-Por que? Por que? Porque ele mentiu para ela! Não contou que ela era apenas a substituta de Maeve Donovan!

Quando Spencer ouviu aquelas palavras, sua raiva aumentou. Quem Olivia era para dizer que Anne era substituta de Maeve? Quem era ela para julgar o amor deles?
-Ela não é a substituta de ninguém! Eu amo ela!
-Você não sabe o que é amor, doutor!
-Quem não sabe o que é amor, é você Olivia!
Spencer rebateu, totalmente furioso. Ela não poderia julgar o amor que ele sentia por Anne. 
-Olivia, por favor, solte Anne. Se você a ama do jeito que diz amar, não pode machuca-la. 

Rossi novamente tentou acalmar a mulher que a cada momento colocava mais força na arma que estava contra a cabeça da mulher desacordada. JJ e Spencer pensavam em milhões de maneiras de fazer a ruiva solta-la, mas nenhuma parecia ser boa o bastante, para manter Anne viva. 

-Sabe, esquisito, você teve a melhor mulher do mundo na sua vida e o que você fez? Você a tratou como uma substituta de uma falecida. -Spencer abriu a boca para interrompe-la- Cale a boca! Agora você irá me escutar! Agora ela já sabe a verdade, já sabe de tudo e nunca mais vai querer você. Você a perdeu, guarde o que eu estou dizendo, esquisito, ela nunca mais vai querer nenhum de vocês. Porque nenhum de vocês a contou a verdade, mas ela não vai viver para vocês saberem o que vai acontecer, mas se ela soubesse, ela nunca mais iria olhar na cara de nenhum de vocês. 

Olivia preparou o gatilho, olhou para Anne desacordada, sorriu. Agora ela seria para sempre somente dela. 
O som do disparo ecoou pelo galpão inteiro. 
 

POV'S Spencer Reid

Quando ouvi o som do tiro, meu coração parou. 

Ela tinha ido embora, tinham a levado de mim, para sempre. 

De novo.

Não tinha coragem de abrir meus olhos e a ver ali caída e ter a certeza de que eu jamais a teria de novo. Eu jamais poderia dizer que a amava, jamais iria poder ver aquele sorriso tímido, as bochechas vermelhas, jamais iria vê-la acordar e ver os seus olhos que eu tanto amava. 
Eu não iria conseguir viver, sabendo que eu nunca mais iria vê-la. 

Continue com os olhos fechados, se continuar com os olhos fechados, tudo isso não vai parecer real, você nunca terá a perdido. Apenas mantenha os olhos fechados, aonde ela será eterna.
Rossi colocou uma das mãos no meu ombro, deu um aperto forte, mas eu não tinha coragem para abrir os olhos, simplesmente não tinha.
-Chamem uma ambulância, precisamos levar Anne para o hospital agora. 

A voz de Rossi tomou o ambiente, continuei com os olhos fechados, sabia que não adiantaria leva-la para o hospital. 
-Não adianta chamar ambulância para Olivia, ela já está morta.
Olivia estava morta?
Mas eu ouvi somente um disparo, como ela poderia estar morta se o disparo que eu ouvi tinha sido disparado por Olivia e tinha matado Anne? 

Eu precisava abrir os olhos.

Assim que os abri, Morgan segurava Anne em seus braços e a levava para fora do galpão, sendo seguido por JJ, o corpo de Olivia estava no chão, a arma estava em suas mãos e seu corpo não tinha vida alguma. 
Então, finalmente entendi, Olivia tinha morrido, Anne não.

Rapidamente, saí correndo para onde Morgan havia saído, ele estava a colocando em uma maca dentro de uma ambulância. 
Tudo estava passando em uma câmera lenta. JJ parou ao meu lado, sua expressão já estava mais suave e ela parecia relaxada. 
-Ela está viva? -perguntei baixo, queria ter a certeza de que aquilo não era sonho. 
-Está, vá com ela na ambulância. Vi que achou que foi ela quem tinha morrido, estarei indo atrás de vocês.
Sentindo-me aliviada, entrei dentro da ambulância e olhei para seu rosto, que estava todo machucado. Mas apesar dos machucados, pelo menos ela estava viva e aquilo para mim era o bastante. 

Comecei a fazer um carinho nos seus cabelos e beijei suas têmporas, agradecendo por não tê-la perdido.
 

POV'S Jennifer Jareau

Spencer entrou no carro com Anne e o resto da equipe ficamos para trás. Morgan e Emily se aproximaram de mim, os dois estavam do mesmo jeito que eu. Sentiam-se aliviados por tudo isso ter acabado.
-Acha que a louca está certa? -Derek perguntou, olhei confusa para ele- Sobre ela nunca o perdoar por nunca ter falado sobre Maeve, acha que a ruiva nunca irá perdoar o Spencer?
-Por mais que me doa dizer isso, não sei se ela irá o perdoar, quando acordar talvez isso apenas seja demais para ela. 

Não queria pensar no que iria acontecer com Anne e Spencer, apenas queria agradecer por ela estar viva agora, quando Olivia apertou os dedos para atirar, não pensei nem duas vezes e atirei nela e logo depois ela caiu morta.
Eu não entendo como não me sinto culpada por ter matado Olivia, mas eu não me sentia de maneira alguma, ela quase havia matado Anne e mesmo que não tenha matado, Anne estava toda machucada, Olivia deu uma surra em Anne.
-Precisamos ir para o hospital ver se está tudo bem com Anne, vamos?

Rossi nos chamou e entramos nos carros, seguindo para o hospital.
 

POV'S Spencer Reid

Anne estava sendo atendida pelos médicos, enquanto eu ficava na sala de espera, angustiado esperando por uma resposta.
As palavras de Olivia não saiam da minha cabeça. Será que Anne nunca mais iria querer me ver? 
Sei que deveria contar a ela sobre Maeve, mas eu não tive coragem e agora, Olivia contou por mim e da pior maneira possível e eu não sei se ela algum dia irá me perdoar por isso. 

Eu imploro para que me perdoe, pois eu não posso ficar sem ela, não posso ficar sem tê-la. 
Um médico alto de cabelos loiros e aparência cansada apareceu.
-Parentes de Anne Jareau.
Ele chamou e eu rapidamente me levantei e me aproximei dele.
-Sou o namorado dela, doutor, como ela está?
Perguntei nervoso, esperando que ele me desse uma boa notícia, eu precisava que ele me desse uma boa notícia.
-Ela está bem, demos um remédio para ela não sentir as dores, mas assim que o efeito passar ela irá sentir muita dor, por esse motivo ela irá tomar de tempos em tempos o remédio. Por algum milagre desconhecido, não quebrou nenhum osso, apenas tem alguns cortes superficiais pelo corpo e acordou há alguns minutos, mas ela está fraca e precisa descansar. Quer falar com ela?
-Por favor.

O segui até o quarto em que Anne estava e assim que passei pela porta, congelei.
Seus cabelos estavam espalhados pelo travesseiro, ela tinha milhões de agulhas em seus braços, os machucados e os roxos estavam presentes em cada canto da sua pele, sua expressão estava cansada e seus olhos estavam foscos, do mesmo jeito que estavam na primeira vez que a vi. 
-Oi, meu amor.
Sentei ao seu lado e tentei pegar sua mão, mas ela a afastou lentamente. Anne virou o rosto para mim e manteve os olhos fixos em mim, seus olhos totalmente sem vida, que eram a mais confusa mistura de vários tons de azul.
-Me fale, Spencer, o que Olivia me disse era verdade? 

Quando as palavras saíram de sua boca, sua voz que para mim sempre parecia um tanto melodiosa, agora parecia seca e eu sei que estava.
-Olha, meu amor...
-Não enrole, Spencer, eu quero que me responda agora! O que Olivia disse, era verdade? 
Olhei para baixo, não conseguia aguentar seu olhar duro sobre mim.
-Era... 
-Então a história sobre Maeve era toda verdade? Para você eu sou apenas uma substituta dela?

Sua voz não parecia mais tão firme, ela falhou, levantei os olhos para olha-la e seus olhos estavam marejados, tentei tocar seu rosto, mas ela não deixou.
-Você não é uma substituta, meu amor, eu te amo! 
-Então por que nunca me contou sobre ela? 
A primeira lágrima caiu por seu rosto e aquilo me quebrou em milhões de pedaços. Anne estava chorando e a causa da suas lágrimas era eu, jamais me perdoaria por isso. 
-Porque eu não queria te deixar insegura, não queria que duvidasse do que sinto por você.

Ela me olhou. Anne parecia extremamente frágil, mas mesmo assim fazia de tudo para que não parecesse, fazia de tudo para que eu não visse que ela estava sofrendo. 
-E como você acha que eu estou agora, Spencer? Cada vez que fecho meus olhos, vejo Olivia me dando uma surra, mas sabe o que é pior? De tudo que passei, toda dor física não é pior que a dor que eu estou sentindo por dentro, Spencer. Não consigo parar de pensar que se ela estivesse aqui, você nunca teria olhado para mim, se ela ainda estivesse viva, eu seria apenas a irmã depressiva de JJ. Eu não seria nada para você. 

Quanto mais Anne falava, mais desespero eu sentia. Ela precisava acreditar em mim, precisava saber que eu a amava mais que tudo nessa vida.
-Você é tudo para mim, Anne, tudo
Ela balançou a cabeça, fechou os olhos e olhou para a janela que tinha no quarto. 
-Não, Spencer, eu não sou. Ela é. 
-Anne...
Implorei a ela, mas ela não via. Não via que era tudo para mim, que era o motivo de eu acordar todas as manhãs, não via que eu a amava mais que tudo. 

Ela precisava ver.

-Spencer, seja sincero comigo, pelo menos uma vez, você acha que se ela estivesse viva, você teria se quer olhado para mim?
Abaixei a cabeça, não poderia mentir para ela, não teria coragem de fazer isso de qualquer forma.
-Eu não sei. -admiti com a voz baixa- Não sei se teria te olhado se Maeve estivesse viva, talvez eu só demoraria para olhar, mas te amaria no momento em que colocasse meus olhos em você, porque eu amo tudo em você, Anne.

Anne soltou um soluço baixo, tentei me aproximar novamente, mas ela não deixou, colocando seu braço entre nós, me impedindo de se quer me aproximar.

Aquilo estava me matando. 

-Eu não consigo, Spencer, simplesmente não consigo! -ela fechou os olhos e deixou mais um soluço escapar de seus lábios- Cada vez que fecho meus olhos é as palavras de Olivia que vem em minha mente, é você com ela se ela estivesse viva, é eu sem nunca ter te conhecido. Isso está me matando! 

Anne começou a chorar desesperadamente, tentei me aproximar dela, mas ela não deixou. Os aparelhos que estavam ligados à ela começaram a apitar sem parar, fazendo vários médicos entrarem na sala e me expulsarem de lá. 
Eu estava acabado. As palavras dela não paravam de fazer ecos na minha cabeça, o modo como ela se encontrava. Tudo aquilo era culpa minha, somente minha que não fui corajoso o bastante para lhe contar a verdade, agora ela estava sofrendo e eu não conseguia fazer nada sobre isso. 

Sentei na sala de espera e deixei as lágrimas caírem livremente pelo meu rosto. 
Ela nunca iria me perdoar, eu tinha a perdido para sempre e nunca conseguiria reparar meu erro. 
O vazio que eu sentia, não era nada, comparado a dor que eu estava sentindo. 
Eu não iria conseguir viver sem ela, eu não era nada sem ela.
 

POV'S Jennifer Jareau

Chegamos ao hospital. No caminho liguei para Will e para Garcia e eles estavam vindo para o hospital. Falei o nome de Anne para a recepcionista e ela me avisou que o namorado dela estava na sala de espera esperando por notícias. 
Assim que entramos na sala de espera, que por um milagre estava vazia, senti meu coração apertar ao ver Spencer chorando como uma criança que tinha se perdido da mãe.

Todos ficamos parados assistindo a cena, totalmente assustados com o estado em que ele se encontrava. Achei que jamais veria Spencer chorar desesperadamente como havia visto no dia que Maeve morreu, mas agora ele estava chorando muito mais do que chorou naquele dia. 
-O que aconteceu?
Hotch perguntou preocupado, nenhum de nós respondeu pois não fazíamos ideia do que tinha acontecido.
Nos aproximamos de Spencer, ele não notou, mas quando sentamos ao seu lado, ele notou.

Ele olhou para nós, seus olhos estavam em um tom muito claro de Verde e onde deveriam estar branco, estava muito vermelho.
Spencer não se importou em esconder como estava, muito pelo contrário, deixou claro o estado em que se encontrava.
-Nós conversamos, ela está bem, só precisa descansar, eu entrei no quarto. Ela disse que não consegue parar de pensar no que Olivia disse, ela acha que eu nunca a amei, mas eu amei! Eu amei mais do que jamais amei qualquer  coisa nessa minha vida vazia, eu a amo mais do que achei que fosse possível, eu não vivo sem ela, eu não consigo viver sem ela. Me tornei dependente da minha escritora.

Spencer fechou os olhos e deixou as lágrimas caírem pelo seu rosto, peguei suas mãos e apertei, tentando passar segurança e confiança.
Todos ficamos em silêncio, apenas ouvindo sua respiração entrecortada por causa do choro.
Um médico se aproximou de nós e nos disse como ela estava.
-Anne acabou se agitando e não podia ficar assim, porque isso fez mal para ela, tivemos que dar um sedativo para ela dormir, agora ela está dormindo e irá ficar assim até amanhã. Somente uma pessoa poderá ficar aqui com ela durante a noite.

O médico informou e se afastou de nós, sentei ao lado de Spencer e comecei a fazer carinho nos cabelos dele.
-Spence, vai pra casa. Hoje foi um dia muito longo e você precisa descansar.
-Não, JJ, eu não posso deixa-la aqui...
-Você não vai deixa-la aqui, eu vou ficar e logo Will irá chegar também. Descanse, durma um pouco e venha pela manhã, ela ja vai estar acordada e vai ser melhor para vocês conversarem.
Spencer levantou, ainda estava indeciso. Olhou na direção do quarto de Anne e suspirou.
-Ela não vai querer falar comigo quando acordar.
-Vai sim, confie em mim. Até amanhã.

Baguncei seu cabelo e sorri, tentando passar confiança para ele. Spencer olhou para baixo e seguiu para a saída do hospital, assim que vimos que ele ja tinha ido embora, todos deixamos nossas preocupações aparecerem.
-Acha que eles vão ficar bem?
Emily me perguntou, não respondi logo de imediato, não consegui.
O fato de não ter certeza sobre aquilo me deixava nervosa. Era duas pessoas que eu amava envolvidas naquilo e eu não conseguiria vê-las magoadas.

-Eu espero que eles fiquem bem, eles precisam ficar.
Eu respondi e o silêncio dominou o local. Todos acabamos nos afundando em nossos pensamentos e preocupações mais profundas.
O silêncio teve fim quando três pessoas chegaram.

Garcia tentava correr em cima dos saltos altos, seus cabelos estavam bagunçados e sua roupa amassada, mas ela parecia não se importar com aquilo, em seus olhos a preocupação estava estampada neles.
Logo atrás dela, vinha Will e Henry. Will tentava manter a calma, para transmitir aquilo para nosso filho, mas o pequeno estava agitado e carregava o mesmo olhar da madrinha.

Seus olhos procuraram por nós e assim que acharam, apertaram o passo e se aproximaram de nós.
-JJ, cadê a Anne? Ela está bem? Cadê o Spencer?
Garcia perguntou nervosa e logo depois Henry fez as mesmas perguntas.
-Mãe! Cadê a tia Anne? Diz que ela voltou pra nós!
Os olhos de Henry se encheram de água e eu o puxei para meus braços e o abracei.
-Calma, querido, a tia Anne está lá dormindo, ela está bem e logo logo irá voltar para casa com a gente, ta bom?
Will e Penelope ao ouvirem aquilo, deixaram o corpo relaxar, mas eu vi os olhos de Garcia me questionar sobre Spencer. Não iria falar sobre isso com Henry ali, mas ela parecia já ter alguma ideia do motivo.
-Gente, se vocês quiserem ir, podem ir. Vocês precisam descansar, eu e Will vamos ficar aqui.

Eles relutaram de início, mas depois foram vencidos pelo cansaço que estavam sentindo, todos se foram e pediram para que eu os deixasse informados sobre qualquer coisa.
Todos se foram, menos uma que emperrou o pé e disse que não iria sair daquele hospital.
Penelope ficou sentada ao meu lado, a cabeça apoiada no meu ombro e as milhões de perguntas que tinham no ar.
Will se levantou e convidou Henry para ir comprar algo para comermos, de início, ele não quis ir. Não queria deixar Anne sozinha, mas depois de prometer que ela não iria a lugar algum, ele foi com o pai.
-Eles brigaram?

A voz de Garcia saiu baixa, mas eu pude ouvir, apenas consegui suspirar.
-Acho que sim. Spencer veio na frente e assim que ela acordou, eles conversaram. Mas ela se agitou e estava magoada demais, tiveram que seda-la. Quando chegamos, Spencer estava aqui na sala chorando desesperadamente, ele acha que ela nunca irá o perdoar.
Penelope apertou minha mão fortemente.
-Acha que ela irá o perdoar?
-Eu espero que sim.

O silêncio voltou a dominar o local, depois Will e Henry voltaram e eu fiz Garcia voltar para casa.
-Mamãe, a tia Anne vai ficar bem?
Henry perguntou, quase dormindo com a cabeça apoiada na minhas coxas.
-Vai sim, meu amor. Por que você e o papai não vai pra casa e voltam amanhã de manhã? Ela ja vai ter acordado.
-Eu não posso deixar ela aqui sozinha.
-Ela não vai ficar sozinha, eu vou estar aqui com ela e prometo que se algo acontecer, eu ligo pra você e pro papai, pode ser?
Ele pareceu pensar, estava caindo de sono, apenas assentiu levemente com a cabeça e dormiu.
-Vai ficar tudo bem, meu amor.
Will me disse, beijou minha cabeça e pegou Henry no colo.
-Eu sei que vai.
-Vou dormir ao lado do telefone, qualquer coisa, não hesite em me ligar.
-Ok. Eu te amo.
-Eu também, Jennifer.
Ele me deu um longo selinho, sorriu acolhedor e seguiu para fora do hospital.

Apoiei minha cabeça na parede.
Esperava que Anne e Spencer ficassem bem, esperava que se acertassem, que tudo aquilo tivesse chegado ao fim.

Eu vi. Vi Anne mudar com o amor de Spencer, vi o quanto esse amor a ajudou, a incentivou. Não queria ver como ela ficaria sem esse amor.
Vi o quão bem Anne fez para o Spencer, vi os sorrisos que ela conseguiu colocar no rosto dele, vi ele ficar mais animado com tudo aquilo.
Os dois não podiam se perder, de maneira alguma.
Pensei tanto nos dois, que acabei pegando no sono.

Alguém sentou ao meu lado, olhei assustada para a pessoa e encontrei a professora de Anne.
Olhei para o relógio, ja era de manhã, na verdade, eram seis horas da manhã.
-Jennifer Jareau?
A professora perguntou indecisa. Tentei arrumar meu cabelo e parecer um pouco mais apresentável, mas estava um pouco complicado.
-Sim, sou eu. Senhora...?
-Marks. Mas me chame de Ellen.
-Ok, Ellen...
-Vim ver Anne, eu vou fazer uma importante viagem de negócios e precisava falar com Anne antes de ir. Tentei falar com ela ontem, mas uma mulher me explicou tudo que aconteceu e vim agora antes de ir para o aeroporto.
-Desculpe, Ellen, mas Anne ainda está dormindo.

Sem querer, bocejei e sabia que eu estava um caco, mas não deixaria minha irmã sozinha.
-Você parece cansada, Jennifer, vá para casa tomar um banho, eu fico aqui até você voltar.
-Mas e o seu vôo?
-Meu vôo é as nove horas, creio que até lá, você ja tenha voltado.
-Com certeza.
Eu afirmei, a ideia de Ellen ficar aqui não era tão ruim assim, mas deixar Anne com a professora que eu nem sabia de onde era, não me parecia uma boa ideia.

-Sei que deve estar a perguntando, se é certo deixar Anne aqui comigo, mas o hospital tem câmeras por todo lado, se eu fosse fazer algo, você saberia que fui eu. Juro, não quero o mal de Anne, muito pelo contrário.
Ela pareceu tão séria enquanto falava e transmitiu sinceridade em suas palavras.

Ellen Marks era uma boa pessoa.
-Tudo bem, em uma hora estarei de volta.
-Não se preocupe.
Ela sorriu e eu me esforcei para retribui-la, mas estava cansada demais.
Eu realmente precisava de um banho.
 

POV'S Anne Jareau

Abri os os olhos lentamente, a primeira coisa que encontrei foi uma luz extremamente forte.
Os fechei rapidamente.
Fui abrindo novamente, um pouco de cada vez, até que os meus olhos se acostumaram com a luz extremamente forte.
Nunca entendi porque as luzes dos hospitais eram tão fortes, eles sabiam que elas machucavam os olhos dos pacientes?

Tentei lembrar de tudo que havia acontecido e fazer isso, foi como se eu tivesse levado aquela surra novamente.
 

"Você é apenas a substituta da mulher que ele realmente amou."

Doía, doía muito duvidar do amor de Spencer. Mas se isso não fosse verdade, por que ele nunca me contou de Maeve?
Eu contei tudo para ele, tudo. Mas ele não me contou sobre ela porque ele ainda a ama, porque ele sempre vai amar ela.
Eu não tenho lugar no coração dele, la só ha espaço para ela, somente para ela.

Uma enfermeira entrou no quarto, pareceu feliz ao me ver acordada, chamou um médico e ele afirmou que eu estava bem.
Me medicou para não sentir nenhuma dor e me disse que tinha alguém querendo falar comigo.
Implorei para que não fosse Spencer, eu não estava preparada para falar com ele e o meu maior medo era que eu poderia nunca estar.

A pessoa bateu na porta e logo depois entrou, não acreditei no que vi.
Entrando pela porta do meu quarto, Ellen Marks sorriu gentil para mim e fechou a porta atrás de si.
-Olá, Anne.
-Ellen?

Perguntei supresa, ela assentiu e se sentou ao meu lado.
-Tudo bem? Sua irmã precisou ir em casa tomar um banho, eu precisava falar com você. Sei que ainda está se recuperando de uma situação muito difícil, mas...
-Está tudo bem, Ellen.
-Eu preciso fazer uma imensa proposta para você, Anne.
-Proposta?
-O homem que comandava a minha editora em Paris, decidiu se aposentar, mas eu não tenho como comandar ela. Eu teria que me mudar para Paris e mesmo assim, não conseguiria comandar a daqui e além disso, não seria justo com meus filhos, eles começaram a fazer amigos aqui.
Ellen me explicou tudo, ela parecia um tanto quanto receosa com tudo que falava.

Ouvi tudo atentamente, mas não entendi uma coisa.
-Onde eu me encaixo nisso, Ellen?
-Eu não conheço ninguém que possa comandar a minha editora em Paris. Anne, você não quer ir para Paris e comanda-la por mim?
 


Notas Finais


EEEEE Chegamos ao fim de mais um capítulo!
JJ matou Olivia, depois de tudo que essa megera fez, finalmente né? Estou com muita pena do Spence, sério!
O que será que Anne vai fazer agora? Ellen nos matou com essa!
Me falem, por favor, se estão gostando ou não, se tem algo errado!
Obrigada por nunca me abandonarem, amo vocês!
Até a próxima!


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