História It's all coming back to me now - Fanny is like a little bear

-O que disse? -Malia direcionou seu olhar para Nicky junto de Cory.

-Que deveríamos viajar pro Havaí?

-Olha Nicky seria realmente agradável, mas sabe você não se iria ficar bravo por ficar meio alheio? -Cory disse, sentindo o arrependimento bater logo depois.

-Poderíamos levar a Fanny! - Meu coração se enchia ao falar o nome da garota.

Ele notou o quanto ela fazia falta no meio da sessão "vamos chorar" da mãe, ela obrigou o menino a ver todos filmes possíveis que envolviam mortes de cachorro, não que ele comparou Fanny com um cachorro, ele apenas deixou todo aquele assunto tomar conta de sua atenção e percebeu que sem ela tudo parecia mais chato, menos colorido e sem tantos sorrisos.

-Duvido que ela concordaria

-Posso tentar? -As palavras saíram como fogos de artifícios, beijei a testa de Malia correndo pra fora da loja que cada segundo parecia menor. 

Eu corria pela cidade e poderia até ouvir uma música inspiradora nas Dias, até que senti meus ombros bateram contra uma pessoa

-Nicky. -A voz de Fanny era fraca, sua roupa provocativa de Britney foi substituída por um vestido escuro florido e sua franja caia sobre sua testa. 

-Fanny me desculpe, eu nunca deveria ter te deixado partir por uma besteira minha, eu quero tentar! Quero estar com você, te abraçar e rir das suas coreografias decoradas ou então do barulho que você faz quando ri -Senti uma risada fugir da minha garganta, olhando para Fanny como se ela fosse a única garota do mundo, mas tudo caiu quando senti sua mão bater contra meu rosto.

-Você acha que depois de passar anos longe de mim iria voltar com um discurso barato decorado e eu te perdoria? - Seu rosto tinha um semblante cansado, ela apenas abraçou seus ombros e saiu andando pra direção contrária que eu ia.

-Fanny! 

-Me deixe em paz, Nicky.  

Assim que Fanny chegou no apartamento seu coração pareceu apertar, ela se sentia uma pessoa horrível, o garoto que ela mais amou na vida tinha aberto seu coração e ela simplesmente desperdiçou. Ao perceber que Malia e Cory ainda não tinham voltado ela decidiu abrir a caixa do "emergências" que ela e Malia fizeram, lá pode encontrar uma faca, uma peruca ruiva e então o tão famoso vinho de framboesa comprado quando Malia foi ao Brasil junto de Cory.

Aquilo era uma emergência? Não para Malia mas toda aquela situação estava corroendo Fanny por dentro, e tudo isso só tinha durado um dia. 
A perciana que tapava os perversos dos vizinhos verem Malia ou Fanny usarem a banheira agora estava aberta, Fanny tinha seus olhos presos na imagem de uma Nova York inteira esperando por ela, sussurando um "Corra atrás, você precisa disso!"

E então ela pensou em o que ela precisava talvez um papel em um musical e muita fama e dinheiro, ou então, ela só precisava de Nicky. 

Assim que ouviu vozes na sala, ela percebeu que era tarde demais para jogar o secador na água e morrer dramaticamente com o vinho esparramado pelo chão, enrolou seu pequeno corpo em uma toalha branca colocando seu pijama quase caindo várias vezes no banheiro.

"Vocês dois fiquem ai vou fazer pipoca, CORY SEGURA O NICKY!" - Malia berrou, e pude sentir a vontade de rir na voz dela.

-CARA NÃO SE JOGA DA JANELA-Cory abraçou o corpo do amigo que ria sem se controlar.

-Por que ela fez isso comigo? Eu adoro ursos, Fanny me lembra um urso! Pequeno e adorável e quando fica bravo morde sua canela por ser tão pequena!

-Eu vou matar a Fanny! 

-Eu estou ouvindo Cory. -Assim que entrei na sala, os olhares dos homens foram em minha direção, Cory tinha um semblante assustado e quase pedia socorro.

-Nicky, você está bêbado? 

-Fanny, você gosta de mel? 

-Oh deuses judaicos, você está! Vem comigo. -puxei um Nicky resmungão para meu quarto, o jogando na cama e procurando algo para o mesmo vestir.- Pode parar de rir seu idiota?

-Você me deixou triste, doeu no peito, ou no coração não no peito!

-Vai tomar um banho e depois vem aqui! -Joguei uma camiseta e calça que tinha roubado de Cory, que ficariam gigantes em mim e em Nicky.

- Eu posso levar meus amigos pro banho? O nemo!

-Você se torna uma criança quando fica bêbado? -tranco a porta do banheiro escutando o mesmo cantar uma música natalina com a língua tão enrolada que poderiam achar que o idioma era hebraico, ou uma bruxaria de American horror Story:Coven.

-Fannyzita, me solta do seu calabouço! -Sinto uma risada alta escapar ouvindo Nicky se juntar logo depois.

Enquanto guardo umas roupas no meu armário percebo que ele já não falava mais nada, desviei meu olhar pra cama com medo de ver meu Nicky morto de tanto beber, mas apenas vejo um Nicky dormindo sereno com um pequeno sorriso nos lábios. Apago a luz do quarto ligando os pequenos piscas-piscas brancos na cabeceira da cama deitando meu corpo ao lado do seu. 

-Eu espero que eu consiga te perdoar. 

Nick, na outra manhã.

Acordar com Fanny em meus braços foi como se o mundo estivesse parado e existia apenas eu e ela, encaro seu rosto com medo da reação que ela teria ao me ver ali, vou até a janela encarando a vista que ela tinha, poderia ver um pouca do Central Park, e um Starbucks. Clichê.

Seu quarto tinha sua identidade, em cima da mesa de estudos tinha um grande mural, e me assustei a ver uma foto minha e dela em que tiramos enquanto Crazy in Love tocava em sua festa de 16, tinha também várias estrelas douradas espalhadas pelo mural, e logicamente uma foto de Funny Girl.

Ela não tinha esquecido tanto de mim assim. 

Alguns papéis coloridos estavam espalhados pelo mural sem segurar minha curiosidade comecei a ler 

"ser madrinha do bebê da Malia e do Finn"

"Ter um papel em um musical"

"Passar um Natal sem brigas com minhas mães"

"viajar para uma praia, talvez Havaí"

"Conhecer um macaco"

"ler um livro que eu não sinta sono"

"Terminar de ler a Biografia da Britney."

"Perdoar Nicky"

Aquilo fez meu coração explodir e não sei como a garota não acordou com o barulho de um eu pulando pelo quarto e batendo contra a porta do closet dela.

-Porra, porta o que você faz aí?

-Sendo uma porta talvez. -Ouvi a voz risonha de Malia, pisando na ponta dos pés e vindo me abraçar.- Está melhor?

-Parece que todos os bichinhos do Divertidamente que controlam meu cérebro estão dançando Work dentro da minha cabeça, mas vou ficar bem. 

-Você dormiu aqui? 

-Sim, mas foi antes dela.

-Ela sente sua falta-Sua voz estava baixa, e seu olhar estava fixo na amiga que dormia com uma daquelas máscaras pra olhos com desenhos de estrelas douradas 

-E eu senti falta dela, e de você também.

Malia me encarava segurando uma xícara de chá, decidimos sair do quarto por motivos de: uma Fanny sonâmbula jogou uma biografia contra meu lindo rosto.

-As coisas em Ohio ficaram paradas, mas eu não podia largar tudo lá, minha mãe estava doente o que dificultava tudo.

-Por que você terminou tudo aquela noite? -Malia sentiu os braços fortes de Cory abraçarem seu pescoço, acariciando o mesmo esperando uma reposta de seu amigo.

-Ela estava certa, eu era um covarde, Fanny tem um ego enorme, e é uma pessoa difícil de lidar, eu sempre pensei em "sou mais velho, estarei lidando com mulheres mais velhas que ela" e não queria um grupo ainda do colegial comigo, então a brilhante ideia de virar um idiota me piscou. Tentei namorar outras meninas mas ela e seu jeito meigo de ser sempre invadiam e nada acontecia, quando descobri que vocês estavam indo pra NY, chorei como um bebê, eu havia perdido tudo isso. 

-Enquanto na verdade, estava tudo te esperando. - Malia sussurrou, sorrindo fraco.- a gente vai pro Havaí e no final daquele viagem, seremos o quarteto fantástico novamente! 

Malia, festa de boas vindas da escola em Ohio.

 Eu estava meio perdida sem Fanny naquela festa, ela preferiu chorar em casa invés de vir e conhecer pessoas novas, a pista de dança estava cheia, já haviam se criado panelinhas, desbloqueio o meu celular vendo uma mensagem de Nicky.

"Briguei com a Fanny mas já nos resolvemos, estamos indo pra aí!"  

Eu sabia que em algum momento Nicky tomaria coragem e assumiria o amor por Fanny, sério, quem briga com o melhor amigo por causa de uma ficada com uma menina super fofa que gostava do cara? Me poupe.

No momento eu encarava o suco de framboesa que a treinadora servia, parecia conter alguns cérebros e talvez alguns insetos, porém mãos finas tapam minha visão, e eu me finjo surpresa.

-ADIVINHA QUEM É! 

- Oh meu Deus, Fanny ou papai Noel?

-Fanny!-Viro para o grupo encarando duas líderes de torcidas de mãos dadas e um garoto alto atrás de Nicky.- Essas são Lydia e Karlie e o Cory, nós encontramos eles no estacionamento.

-Sou Malia! 

E o resto da noite foi definida entre nós seis dançando pelo resto da noite, e Nicky beijando Fanny o que não era normal.