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História It's Not Fine - Yes, i did it.


Escrita por: jytrack

Notas do Autor


Não demorei muito dessa vez, eu acho.
Boa leitura, de qualquer forma =)

Capítulo 22 - Yes, i did it.


— Jaehyun? Eu acho que já passou do tempo de voltar para casa. Eu tenho que ir para o trabalho... – Taeyong sussurrou no ouvido do mais novo. O Lee tinha chegado por trás do maior, enquanto ele ouvia Yuta e Seulgi falarem. Jung se assustou levemente, virando-se para encarar Taeyong, que parecia estar um pouco... para baixo? O mais velho nunca foi muito animado, mas agora ele estava pensativo demais. 

— Hm... Ok. – Falou baixinho assim como o menor. Então voltou-se para todos os outros, pigarreando para chamar a sua atenção. — Yuta, Seulgi? Eu acho que eu e Taeyong já vamos. Ele tem que ir para o trabalho. Vocês vão ficar por aqui? – Perguntou, e seu olhar eventualmente se encontrou com o de Sicheng, que tinha uma expressão vaga. — Você vem com a gente, Winwin? 

— O que? Eu? – Jaehyun percebeu que o loiro engoliu em seco, nitidamente nervoso. — Eu vou, sim... Não tem problema, não é?

— Claro que não – Taeyong falou, sorrindo levemente, fazendo com que o mais novo esboçasse um sorrisinho involuntariamente. 

— Nós vamos ficar aqui um pouco mais, Jae – Yuta falou, pegando seu celular do pouso, se levantando e sentando ao lado de Sicheng. — Aliás, você poderia me passar seu número, não é? Te achei uma gracinha. – O japonês apertou as bochechas de Sicheng, que o encarou envergonhado. 

— Suspeitei desde o início – Seulgi comentou, rindo. — Você ficou muito grudado no Tae, Yuta. Não podia ser hétero. 

— Cala a boca, Seulgi – Yuta revirou os olhos, mas acabou rindo junto com a garota. Sicheng estava ficando cada vez ais envergonhado, mas acabou dando um sorrisinho. 

— Hã, Jaehyun? – O loiro conseguiu finalmente falar alguma coisa. — Eu acho que vou ficar.

Nakamoto sorriu maliciosamente com a frase do mais novo, que se levantou e foi até Jaehyun, parando em frente ao maior. E Winwin o abraçou, tão forte que nem o Jung acreditou que ele tinha tanto força para fazer aquilo.

— Eu vou sentir saudades de você. Talvez depois de visitar meus avós eu volte pra minha cidade natal. – Falou, apoiando a bochecha no ombro de Jaehyun. — Obrigado por tudo. 

Jaehyun se sentiu vazio. Eu não queria que Sicheng fosse embora daquela maneira, mas ele sabia que era melhor. O Jung não era nenhum burro para não ter percebido os sentimentos do menor por ele; e se sentia um idiota por ter que o ignorar. 

— Eu… Também vou sentir sua falta – Jaehyun não tinha a intenção de chorar, mas deixou uma pequena lágrima cair pelo rosto e molhar o tecido da blusa de Sicheng. — Eu gosto muito de você, Winwin.

O loiro apenas sorriu e fechou os olhos, os dois ficando naquela posição por mais alguns segundos. Quando se separaram, Jaehyun deixou um sorrisinho escapar quando viu que Yuta não estava nem conseguindo disfarçar sua raiva.

— Ok, Nakamoto, agora ele é todo seu. – Yuta assentiu sorrindo, satisfeito, e Sicheng voltou a sentar ao lado do japonês, e eles começaram a conversar com Seulgi. 

Jaehyun se virou para Taeyong, que encarava o chão distraído, talvez com muitas coisas passando por sua cabeça. 

— Ei, pequeno – chamou o Lee, que levantou o olhar quase que imediatamente, fazendo com que o maior sorrisse com o canto da boca. — Vamos? 

 

...

 

— Hm, Hansol? – Taeyong perguntou para o garoto assim que entrou na cafeteria, surpreso por não encontrar Jisung, como de costume. 

— Ah, sim – o garoto parou o que estava fazendo para ir até o Lee, apertando sua mão gentilmente. 

— O que aconteceu com o Jisung? – os dois foram para os fundos do local, onde ficava a dispensa. Não teria problema, já que no momento não haviam muitos clientes, então alguns minutos seriam insignificantes.

— Ele está doente, pelo que fiquei sabendo. Acho que volta semana que vem – o moreno esboçou um sorriso, enquanto se apoiava em uma parede, respirando fundo. — Mas e você… Taeyong? – O garoto assentiu, e então Hansol prosseguiu. — Como você está?

Taeyong relutou por alguns segundos, e ficou encarando o chão, que no momento era mais agradável de se olhar do que responder a pergunta. Ele definitivamente não estava bem, embora tentasse demonstrar totalmente o contrário. 

— Eu… vou levando, eu acho… – olhou para Hansol por um curto tempo, depois voltou a encarar o chão. 

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim, mas não é importante – mentiu, tentando ao máximo desviar daquele assunto.

— Você pode desabafar comigo se quiser – Hansol se aproximou dele e encostando na mesma parede que Taeyong, cruzando os braços e esperando que o mais velho falasse.

— Eu não sei se fico confortável com isso... – Explicou, olhando para o lado. 

— Hm... Se você quiser conversar – falou, pausando para ouvir os murmúrios que vinham do lado de fora do local. Provavelmente clientes que tinham acabado de chegar. — Eu estou aqui. - E saiu. 

Taeyong respirou fundo e o seguiu, e assim que saiu pela pequena porta, ele perdeu o ar. 

Seu pai. Pela segunda vez.

Parece que, se ele fosse trabalhar lá por muito tempo, talvez se acostumasse a ver a cara ranzinza do homem. Ele era o próximo na fila, e enquanto Taeyong olhava vagamente para ele, teve uma ideia. Um tanto arriscada, mas poderia dar certo. Caminhou até Hansol, chegando bem perto do garoto, e sussurrando levemente em seu ouvido.

— Eu preciso ir em um lugar. Você pode me cobrir, por favor? – Perguntou, recebendo um olhar de reprovação do moreno. — Por favor...?

— Hm... – Pensou por alguns segundos, logo dando um pequeno sorriso. - Tudo bem. Só vai logo. 

Taeyong deu um pequeno abraço no garoto, e se dirigiu para a saída. Tomou um cuidado extremo para que seu pai não o visse. 
Saiu pela porta, e no momento que a abriu, prendeu a respiração novamente. Era sua mãe. Como ele podia ter esquecido. 

— Ah, Taeyong? Querido? – Ela perguntou, um tanto quanto perdido.— Com licença - Taeyong desviou da mulher. Doía ter que fazer aquilo, afinal, o culpado era seu pai, e não ela. Ele ainda acreditava que sua o amava, acima de tudo.

A mulher ainda tentou dizer algumas palavras, mas o garoto já tinha dado as costas.

 

...

 

Bom, como Taeyong realmente precisava de suas coisas de volta, que não tivera a chance de pegar quando foi praticamente expulso de casa, esse seria um bom momento para ir até sua "antiga" casa e buscar. 

Ou talvez ele estivesse apenas se fodendo mais ainda. 

Agora ele estava em frente à sua casa, ponderando se aquilo era ou não uma boa ideia.

E, ignorando completamente todas as consequências daquele ato, O Lee girou a maçaneta e...

Estava trancada. Por sua sorte, talvez.

Mas, pelo seu azar, ele se lembrava muito bem onde estava a pequena chave reserva. Escondida no vaso de planta. Tinha tido algumas vezes para Jaehyun usá-la quando ele estava com preguiça de descer as escadas e abrir a porta para o maior. 

Pegou a pequena chave, limpando em seguida os dedos sujos de terra. Agora ele sabia o porquê de Jaehyun reclamar tanto do local em que a chave ficava.

Abriu a porta lentamente, conferindo com cuidado para ver se não havia mais ninguém na residência. Fechou cautelosamente a porta atrás de si, e subiu as escadas rapidamente, pulando de dois em dois degraus. 

Empurrou a porta do seu antigo quarto e uma sensação de nostalgia o atingiu em cheio no peito. Ele tinha passado tantas coisas naquele quarto... E o que deixo-o ainda mais estático foi que estava tudo do mesmo jeito que quando ele saiu. 

A cama estava desarrumada exatamente do mesmo jeito de que quando ele tinha trazido Ten para sua casa. Isso fez com que lágrimas rolassem de seus olhos e se desfizessem em seu queixo. 

— Eu sou um idiota! – Gritou, passando a mão pelos cabelos escuros. Ele sentia mais raiva de si mesmo do do que qualquer outra coisa no mundo inteiro. 

Se a intenção de Taeyong era entrar lá, pegar todas as suas coisas e sair em menos de cinco minutos, ele estava enganado. Demorou cerca de vinte minutos apenas para conseguir dar um passo para dentro do cômodo. As lágrimas já impediam que ele visse as coisas com clareza, estava tudo nublado e esvoaçado. 

Levantou do chão, limpando seus olhos na manga da blusa de Jaehyun que estava vestindo, e adentrou o seu antigo quarto. 
Era como voltar para seu país natal depois de estar 50 anos fora. Ele tinha passado por tantas coisas ali. 

Se sentou na cama, passando a mão levemente pelo colchão. Ele tinha dormindo tantas vezes lá com Jaehyun... Tantas vezes que o Jung tinha o consolado, enquanto ele chorava até pegar no sono. 

Quantas memórias que ele não fazia ideia de ainda possuir. 

Respirou fundo, tentando se recuperar, indo até seu armário. Se ajoelhou e começou a procurar alguma coisa para que pudesse colocar o máximo de roupas possíveis. Acabou achando uma mala que ele geralmente usava quando fazia viagens com seus pais. Se levantou e abriu a porta de seu guarda-roupa, jogando todas as roupas que via pela frente dentro da mala. 

Respirou fundo assim que terminou, sentando no chão com as costas apoiadas na parede, perto de sua cama. Pegou um boné que estava jogado ao seu lado. Semicerrou os olhos, ele não era muito de jogar coisas pelo seu quarto, sempre fora organizado. Colocou-o na cabeça, lembrando-se de quando Jaehyun dizia que ele ficava bonito usando bonés. Pegou mais alguns itens significativos para ele e respirou fundo, se sentando na cama. 

— Acho que é só isso... – falou, se levantando depois de alguns minutos, colocando a mala pendurada em um ombro. Antes de sair pela porta, se deparou com sua pequena estante. Em cima dela, estava repousada uma moldura de uma foto, sua e de Jaehyun. Ele sorriu levemente ao vê-la. Admirou a imagem por alguns segundos, pegando-a em seguida e colocando também dentro da mala. 

Antes que pudesse descer totalmente a escada, ouviu vozes no andar de baixo. Era tarde demais, seu pai e sua mão estavam de volta. 

E o olhar de fúria era visível nos olhos do homem.

— O que você está fazendo aqui? – Perguntou, com a voz aumentando aos poucos na medida que falava. 

— Eu vim pegar o que é meu. Com licença – tentou passar pelo homem, que segurou violentamente no braço do menor. — Me solta. 

A voz de Taeyong era firme e ele se sentia extremamente decidido. Não iria sair dali sem suas coisas. Uma corrente de adrenalina invadia suas veias, enchendo todo seu corpo com coragem. Puxou seu braço, usando a mesma força, se desvencilhando da mão de seu pai. Apertou a alça da mala fortemente com sua mão direita. 

— Querido... – Sua mãe, que até então estava totalmente passiva diante daquela situação, se aproximou do marido e segurou gentilmente em seu braço. — Deixa ele ir...

Taeyong sabia que ainda existia um pingo de compaixão e de amor por parte de sua mãe. O jeito como ela o olhava, preocupada e com uma espécie de pena... Ela não era como seu pai, que somente com um olhar transbordava todo o ódio que tinha dentro do coração. O Lee baixou o olhar, vendo que as mãos do homem estavam fechadas, os punhos preparados para socar qualquer coisa que estivesse na sua frente. Taeyong tentou não demonstrar, mas tinha medo do que poderia acontecer ali. Em um movimento súbito e assustador, o pai do menor já tinha avançado contra ele, envolvendo o pescoço do filho com as duas mãos. Sua mãe soltou um grito, mas isso não impediu o marido de continuar com aquele ato. Taeyong já tinha rosto pálido, pequenas lágrimas se formavam nos seus olhos, e ele estava desesperado á procura de qualquer resquício de ar, mas parecia impossível. O Sr. Lee tentava manter uma expressão séria, mas ele sabia que o que fazia não era certo. Logo já estava aos prantos, enquanto soltava aos poucos o pescoço do mais novo.

— Só vá embora... Agora. – Falou, rangendo os dentes, como se estivesse controlando algum sentimento dentro de si.

Taeyong não pensou duas vezes, apenas girou a maçaneta e saiu daquela casa, passando a mão levemente pelo pescoço, ainda se recuperando. Não deu nem dois passos e conseguiu escutar gritos e talvez até objetos sendo arremessados. Sua mãe tentava falar alguma coisa, mas era em vão, já que os barulhos continuaram. Apressou o passo, não pretendia voltar para a cafeteria, então desviou o caminho e foi direto para a casa de Jaehyun. 

 

...

 

— Taeyong? Achei que você estivesse trabalhan... – Jaehyun começou a falar assim que ouviu alguém abrir a porta do seu quarto. Estava deitado em sua cama, conversando com Mark e outros amigos, distraído. Seus pais não estavam em casa, então supôs que a única pessoa que poderia abrir a porta era Taeyong. 

O maior parou de falar assim que viu o estado em que o mais velho estava. Carregava em um dos ombros uma mala que aparentava estar cheia. Seus cabelos negros estavam cobertos por um boné escuro, que ele sempre insistia para que o menor usasse. E havia uma marca no seu pescoço, tão roxa que ele jurava que se tocasse na cabeça do Lee ela iria desgrudar do pescoço e despencar para o lado. 

— Eu... Consegui – falou, e a mala caiu do seu ombro para o chão. Ele retirou o boné, deixando-o no pé da cama, e se deitou ao lado do Jung. 

— O que você conseguiu, Tae? – Perguntou, se sentando e começando a inspecionar desesperadamente o pescoço e o resto do corpo do menor. Taeyong soltou uma risada quando ele levantou sua blusa e passou a mão pela sua barriga, fazendo cócegas. — Pare de rir e me conta o que aconteceu, idiota. – Era visível a preocupação pelo tom de voz do mais novo e pelo seu olhar. 

Taeyong explicou tudo com a maior calma do mundo. Após tudo ter sido esclarecido, ele recebeu uma bronca seguida de um enorme sermão de Jaehyun sobre ele ter abandonado o trabalho para fazer aquilo. O Lee se defendeu, falando que era necessário. Mas o maior ainda estava preocupado. 

— Eu tô bem, Jaehyunnie – passou a mão pela bochecha do maior, fazendo um carinho suave com o polegar.

— Eu não acho que você está – rebateu, se levantando e ficando por cima do menor, prendendo seus braços no colchão, cada um ao lado da cabeça do mais velho. Aproximou o seu rosto do rosto de Taeyong, que o encarava com um sorriso no canto da boca. — Você jura?

— Eu juro, Jae. – Taeyong cortou a distância que separava sua boca da do mais novo, dando um leve selar nos lábios quentes de Jaehyun. — Eu te amo. – Falou, abraçando o maior pela cintura e enterrando seu rosto na curva do seu pescoço. — Acho que, a partir de agora, nós podemos ter aquela recomeço que você falou. 


Notas Finais


Obrigado por lerem e estarem acompanhando! ❤


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