História It's Time to say goodbay. - It's time to say goodbay.

“Por que dói saber que nada voltará a ser como antes?”

Ah, como fora tolo, pensando que alguém como si podia ser feliz pelo menos uma única vez, fora muito idiota, na verdade, mais que um idiota.

Não devia ter feito aquilo, não devia ter dito. Sabia dos riscos e mesmo assim arriscou-se para perder tudo no fim.

“Eu te amo, Gon”.

Fora um completo tolo cego pelo maior sentimento humano; o amor.

Aquela noite era proibida de várias formas. Mas ambos ignoraram o perigo, apenas se entregaram ao desejo como se dependessem disso. Ah, como devia ter parado. Ter dito “Não”, mas nada saia de sua boca além de sons impróprios.

Sentia-se um completo fracassado, não servia de nada nem mesmo para proteger quem mais amava quem derá pudesse morrer; esquecer; mas isso estava longe de seu alcance. Ah como fora tolo.

“Dói tanto saber que tudo acabou.”

As palavras duras ditas naquele dia jamais serão esquecidas, não. Elas haviam surtido um efeito em mim que nem mesmo eu entendo.

É fácil demais esconder toda minha dor com esse simples sorriso forçado; todos, por estarem preocupados consigo mesmos vão cair feito patos em minha armadilha.

Ninguém perceberia minha dor, muito menos se preocuparia.

Por que todos me culpam por sua morte.

Seria fácil inventar uma desculpa para tentar me defender dos milhares de insultos e ameaças de morte. Heh, você era muito adorado.

Leorio não me olha mais na cara, dizendo que eu poderia ter feito algo, que eu devia ter ficado ao seu lado e não me deixar ser levado pelo instinto. Mais uma vez ele está correto.

Kurapika diz que não é minha culpa, é o único que ainda me olha direito na cara, mesmo estando pior que eu; ele está obcecado por esses olhos, deve até mesmo sonhar com eles. Ele está com olheiras por não dormir, magro por não comer, triste por causa do ódio...

Eu devia ter morrido em seu lugar, Gon.

Não sou de importância, muito menos de utilidade. Sou apenas um assassino; um habitante do submundo, assim como todos me chamam.

Era engraçado quando você se irritava pelo fato de me chamarem assim, mesmo eu dizendo que estava tudo bem.

Você sempre se importou comigo.

Acho que no fim Illumi estava certo.

Eu não sirvo para ter amigos. Não sirvo para amar-te, Gon.

Levei tanto tempo para admitir apenas por medo... Sou patético.

Agora, após 2 anos de sua morte, me encontro novamente em frente a sua lapide, mesmo com a tempestade acontecendo ao meu redor, eu conto nossas aventuras mais e mais vezes, sempre lembrando dos mínimos detalhes.

Ano após ano uma história. Dia após dia uma flor. Hora após hora um... Eu te amo.

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Killua fechou a carta e a encostou na lapide de Gon, sorriu em meio as lágrimas e sai sem olhar para trás, com as mãos no bolso como sempre fazia.

Deixava mais uma vez histórias, flores...

E palavras de amor perdidas ao ar.

“Ele jamais esquecerá Gon.”

- Killua!

O albino virou-se tão rápido que quase cairá, mas não havia nada.

- Deve... -Uma coroa de flores caiu em cima da cabeça de Killua, deixando-o surpreso. –H... Huh...?

- É meu presente... Obrigado, Killua!