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História It's You - Imagine Suga - Ajuda


Escrita por: MinYoona

Notas do Autor


Bem, eu não tenho desculpas para este enorme atraso (não que alguém tenha querido saber, sou apenas mais uma escritora de fanfic no meio de tantes não é mesmo).
Nestes 2 meses MUITA coisa aconteceu, inclusive conheci pessoas bem interessantes.
E vocês? Se estiverem a ler estas notas iniciais comentem que boas memórias já fizeram em 2017!
Vamos começar :)

Capítulo 3 - Ajuda


Fanfic / Fanfiction It's You - Imagine Suga - Ajuda

Duas semanas se passaram, e tanto tem vindo a acontecer que ainda é difícil de acreditar.

Encontro-me no meu quarto com a caneta na mão e um  monte de papéis espalhados pelo quarto. Por mais que eu tente nada me vem à cabeça. Quando eu mais preciso, a letra não me sai fluentemente pelos dedos. O meu primeiro trabalho que irá ser publicado sob o meu nome e de mais alguns artistas e nenhuma ideia decente me vem à cabeça.

Provavelmente vocês não estão a acompanhar a minha frustração por isso irei começar a história do início, logo após Kim Taehyung se ter revelado na minha frente.

      Duas semanas antes

Eu congelo, estupefata, pelo facto de ter um dos meus artistas favoritos bem à minha frente, falando comigo como uma pessoa normal. Eu não estou a tentar insinuar que ele não é uma pessoa “normal”, mas fora das conversas da chacha da televisão. Pela primeira vez estou a vê-lo fora das câmaras, como um humano e não uma celebridade.

Sem saber como reagir, eu saio do beco num passo apressado, o meu coração palpitava no meu peito. Não há nenhum espelho para verificar, mas o meu rosto deve estar escarlate, eu consigo sentir as minhas bochechas a queimarem.

Segundos após eu ter começado a “fugir”, sinto uma mão a agarrar-me o pulso e eu olho para o lado, verificando que se tratava da mesma pessoa da qual eu acabei de deixar para trás.

“Talvez eu possa pagar-te uma bebida antes de fugires de mim?”

“E-eu não estava a fugir…” eu minto descaradamente, com o olhar vagueando os prédios e um beicinho nos meus lábios.

“Ainda bem, queria falar contigo.” Ele apenas sorri e puxa-me com ele ao longo da rua. Os meus olhos arregalam-se. Comigo? Porquê? Que bem fiz eu aos céus para merecer isto?

Pouco depois entramos num café que eu presumo que fosse popular na área tendo em conta a quantidade de clientes presentes. Olho em minha volta, absorvendo cada detalhe do estabelecimento. As luzes eram um branco pálido, não era uma luz muito forte, o que dava uma sensação de conforto, quase como se estivéssemos no conforto da nossa casa, naqueles 5 minutos antes de dormir a relaxar na cama.

As paredes cobertas com papel de parede que dava a sensação de serem feitas de madeira, o chão branco brilha como se tivesse acabado de ser lavado com amoníaco puro. As mesas combinavam com as paredes, de madeira escura e envernizada.

Atravessamos o estabelecimento até nos sentamos numa das mesas mais isoladas no canto e ele volta a mostrar o rosto. Concluí que talvez as empregadas já estivessem acostumadas à presença dele.

Os meus olhos analisam a cara dele, desprovida de qualquer maquilhagem. Tudo o que eu consigo pensar no momento é que ele é bem mais bonito ao natural. A pele dele tem uma tonalidade mais morena do que as fotos que via.

Os nossos olhares cruzam-se e pigarreio, tentando-me sentar numa posição que não parecesse tão tensa. “O que é que me querias dizer?”

O moreno inclina-se para a frente na mesa, pousando os cotovelos sobre esta e apoiando a sua cabeça na palma da sua mão com um sorriso fechado, observando-me atentamente. “Ouvi dizer que eras a melhor aluna nas aulas de composição lírica. E também que o professor realmente está sempre entusiasmado para ver qual é a próxima obra que escreves.”

Um sorriso abre-se nos meus lábios. “A sério!? Disso eu não sabia!” O meu sorriso cai quando penso que pode ser rumores de pessoas que possam ter um complexo de inferioridade, porque realmente nunca o professor me elogiou. Claro que me dava boas notas, mas o trabalho dele é avaliar o nosso desenvolvimento musical. “ Mas quem é que te passou essa informação?”

“O professor em si.” ele comenta sem  ânimo algum enquanto eu levanto-me da cadeira, incrédula com a informação. Levo as minhas mãos à cabeça, num estado de completa surpresa. Ele ri-se antes de voltar a chamar-me à Terra.

O sangue da minha cara ferve mais uma vez e volto a sentar-me. “Continua por favor.”

Ele assente e senta-se para trás na cadeira, cruzando as pernas, no mesmo momento em que a empregada vem-nos servir as nossas bebidas.“Então, o meu negócio contigo é: precisava da tua ajuda.”

Por momentos acho que ouvi mal, “Desculpa, estava meio distraída, podias repetir?”

“Preciso da tua ajuda.” Ele volta a repetir sem qualquer emoção detectável no seu rosto, apenas à espera do meu consentimento.

Eu assinto com a cabeça, tendo mais ou menos a ideia do que se tratava, e ele continua. “Estamos a planear um novo álbum-“ bingo ”…, e cada membro irá ter uma track solo para expressar subtilmente alguma história do seu passado ou coisas de que os magoam. Enfim, coisas mais…sentimentais?” Eu ia perguntar em que eu podia ajudar nesta situação sendo que, tratando-se dos sentimentos de outra pessoa, não havia muito que eu pudesse fazer, porém ele continua o seu discurso sem me dar oportunidade para falar “Mas eu sou um zero à esquerda a escrever, não consigo passar as minhas emoções para papel de uma forma bonita e que possa passar a mensagem às fãs. E era nisso que eu queria pedir a tua ajuda. Para a construção de versos.”

Mais uma vez fico silenciosa a processar tudo aquilo.

Tudo parecia surreal. Pausei para analisar o meu dia até agora.

Saí da universidade e ganhei um trabalho como stalker em part-time pela primeira vez, fui apanhada na minha primeira tentativa e a pessoa que eu “perseguia” era ninguém outro do que Kim Taehyung. Ele me trouxe para um café e pagou a minha bebida, e ainda me pediu para participar no próximo álbum deles como compositora.

Eu podia estar prestes a cometer uma loucura que podia dar muito errado, ou podia ser o começo da minha carreira mesmo antes de terminar a faculdade.

“Posso tentar… Mas não prometo nada. Só tu sabes como te sentes e eu não posso fazer isso por ti.” Ele sorri, um sorriso daqueles que mostra todos os dentes da sua dentadura. Aquele sorriso contagiante que eu não consegui não retribuir.

Ele retira o telemóvel do bolso dele e passa-mo “Obrigado pela tua ajuda, mas preciso que primeiro me dês o teu contacto.”

Eu o olho como se tivesse acabado de descobrir que Jesus realmente existe e pego o telemóvel com cuidado, apesar de este já ter a tela completamente arruinada.

Introduzo o meu nome em conjunto com o meu número e fico a olhar por um  momento para o ecrã sem qualquer reação. Ainda parece que estou a dormir. Ao devolver-lhe o telemóvel, ele mexe-lhe um pouco, e em menos de segundos o meu telemóvel vibra, anunciando a chegada de uma mensagem. Eu retiro-o do meu bolso e tenho uma mensagem de um número desconhecido, com uma mensagem que apenas dizia “V” e com um emoji.

Guardo o número e volto a olhá-lo. Ele sorri e dá um último golo no seu café antes de se levantar e eu sigo o exemplo. Curvo-me ligeiramente e agradeço a bebida.

Eu observo-o a seguir o seu caminho até desaparecer no meio das pessoas. Quando olho à minha volta vejo que começa a escurecer retorno o meu caminho até ao meu apartamento.

    Uma semana depois

Era um domingo de manhã e eu acordo por conta do meu telemóvel a vibrar alertando a chegada de uma chamada. Olho para o monitor com vontade de mandar a pessoa para um sitio bem gráfico mas vejo que é o V e atendo o telemóvel com entusiasmo

V: “Encontra-te comigo no Parque Hakdong, na entrada Leste por volta das 11:30.”

Eu:”Mas-“ Ele já tinha desligado quando eu tentei contestar.

Olho para o meu telemóvel e salto da cama. São 10:50.

PORRA.

Como é suposto arranjar-me e chegar a Gangnam em 40 minutos? Não tenho tempo para pensar o que levo vestido, pego na roupa do dia anterior, meto perfume, lavo os dentes e pego numa sandes antes de sair a correr do meu apartamento em Hongdae.

Quando saio na paragem de Sinsa olho para o relógio do metropolitano para verificar as horas. O meu coração sobe-me à boca quando vejo que tinha 4 minutos para chegar ao parque e o encontrar. Coloco o resto da sandes embrulhada na minha mochila junto com os meus cadernos, ato o cabelo e começo a correr em direção ao centro do distrito em busca da entrada do parque.

A meio do caminho esbarro em alguém que me segura pelos ombros, prevenindo-me de cair para a frente. Volto-me para agradecer e dou de caras com o próprio Taehyung.

“Tanta pressa para quê?” Ele observa-me com humor e deixando-me perdida em pensamentos de vergonha

“Podia-mos nos sentar? Tive uma viagem meio… stressada.” Ele apenas acena e eu agradeço mentalmente por isso. Enquanto acabávamos de fazer o restante caminho para o parque o meu olhar virou-se para o homem ao meu lado. A compostura relaxada dele enquanto olhava os pedestres à sua volta, observando a beleza do movimento urbano com um sorriso quase imperceptível nos lábios dava-lhe um ar completamente diferente da aura de criança que ele transmitia pelas transmissões televisivas. Dou por mim completamente transfixa pelo charme de Taehyung até que ele me apanha a olhar para ele, mas nenhum de nós move o olhar, nenhum de nós se atreve a fazê-lo.

Como era possível eu sentir-me tão confortável perto de alguém que é a segunda vez com o qual eu estava a conviver?

“Então... Sobre a música solo…Alguma ideia?” Eu pergunto, as minhas palavras rasgando através  do silêncio existente entre nós - porque as ruas de Gangnam de certeza que não são as mais silenciosas.

“Ah falando nisso.” Ele pronuncia-se “Em relação à letra da música, vens comigo hoje à Big Hit porque o áudio chegou ontem e queria que ouvisses. Não te chamei ontem porque o Suga estava a usar o estúdio, mas hoje está livre.”

Apenas aceno com a cabeço e o sigo até ao edificio ao qual eu sempre quis entrar. Quando entramos pelas portas não pude deixar de perceber o quanto tudo era realmente iluminado pela claridade do sol, os chão de azulejo branco como cal, os uniformes das recepcionistas, as forma como tudo estava organizado no piso principal é estupendo. Do meu lado direito tem uma pequena cafetaria junto como uma loja de recordações com acessórios dos BTS, incluindo os casacos da época de Boy in Luv, as ARMY Bomb, os pequenos chaveiros, autocolantes dos membros, os álbuns etc. À minha esquerda tinha um elevador e uma porta na qual lia “Audições”, Taehyung puxou-me um pouco pelo braço para me chamar à terra e eu o segui enquanto absorvia cada centímetro daquele espaço. Parecia que estava no céu, no qual tinha uma cafetaria e BTS. Se isto é o céu, então o céu tem pão.

Saímos no terceiro piso e dirigimo-nos ao fim do corredor, olhei para dentro da sala e se coubesse alí mais do que 5 pessoas era um milagre.

Analiso o pequeno espaço e o V senta-se na cadeira em frente ao desktop que se não tivesse mais altura do que as minhas pernas, era por muito pouco. Na cadeira estava pendurada uma camisa com “Suga” escrito nela, ao lado da secretária com o computador gigante, jazia um piano eletrónico, passo os meus dedos gentilmente pelas teclas e pressiono uma, sobressaltando-me ao aperceber-me que estava ligado. Olhei de esguelha para Taehyung que não tinha desviado a sua atenção do pc à procura do ficheiro.

Junto-me a ele e olho por cima do ombro dele para o ecrã. Não muito tempo depois, finalmente encontrou o ficheiro e colocou-o a tocar, as colunas foram rápidas a produzir o som de um jazz mais moderno. Encontro-me submersa no som e tentando encontrar qual seria o melhor tipo de “história” que se enquadraria melhor neste, mas nada mais me vinha à mente senão uma sensação de tristeza e...Revolta? Não revolta com outra pessoa, mas talvez consigo mesmo? “Do que é que te arrependes mais na vida?” Eu pergunto-lhe completamente descarada, sem pensar naquilo que disse.

Antes de que eu pudesse pedir desculpas pela minha tentativa de invasão de privacidade ela já me estava a responder “Não ter tanto tempo para passar com a minha família e com os meus amigos como desejaria.”

«Claro, é isso!» Lembro-me repentinamente que o V é extremamente apegado às pessoas que lhe são extremamente próximas, família sendo o seu foco. Sorrio para comigo mesma. “Já alguém começou a escrever?”

Ele olha para mim com uma cara de espanto “Porquê dessa pergunta repentina? Já ganhas-te inspiração?”

Encolho os ombros e suspiro “Posso ter uma pequena ideia, mas não tenho a certeza de como a possa desenvolver, mas diz-me, quando ouves este instrumental qual é a primeira sensação ou sentimento que te regurgita?”

Desta vez demorou-me mais a responder, inclusive colocou a música a tocar novamente. Quando esta terminou mais uma vez, Taehyung me respondeu “Tristeza.”

Concordei com um aceno “Isso e uma revolta interior, por isso que te perguntei do que é que mais te arrependias, parece-me adequado. Sendo que tu próprio me disses-te que ia ser um álbum sobre o cantor em si e os seus sentimentos de uma forma meio que metafórica”    

Taehyung levantou-se e para meu espanto passou um braço pelos meus ombros e bagunçou-me o cabelo que arrumado já não estava. “Aquele velho rezingão tinha razão, realmente devias ser escritora.” Eu ri-me dele e retirei o seu braço de cima de mim. Mesmo que estivesse recebendo atenção de um idol que eu gosto muito de facto, não sou o tipo de pessoa que gosta de se sentir agarrada e presa. Talvez por isso que eu goste tanto de escrita, é livre e espontânea, não tem regras e cada um tem o seu estilo diferente de se expressar.

 

Retornando à época atual

Coloquei o áudio esta e mais outra vez, sem nunca parar. Enquanto oiço o instrumental escrevo sem parar, esperando que algo decente me venha à cabeça desta vez.

É 1:20 e da madrugada,

«(...) Eu não te consegui dizer antes

    Por isso tenho estado a sofrer

    Não conseguirei aguentar mais

    Agora choro

    Só porque estou arrependido em relação a ti

    Novamente, choro

    Porque não consegui te proteger(...)»  - Stigma - V

Sorrio quando termino
             Eureka


Notas Finais


Eu sei que a história está muito focada no Taehyung, sendo que o primeiro capítulo escrevi com o Suga. Mas é tudo intencional, a história vai tomar o seu rumo, lentamente, até ao clímax do aparecimento do nosso querido Min YoonGi
Até à próxima, obrigada por lerem, agradecida mesmo <3


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