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História Iwakan - A doença


Escrita por: Bruna_SStorm

Notas do Autor


Olá, leitores! Estou aqui para mostrar uma outra história minha, então aqui está o primeiro capítulo!

Capítulo 1 - A doença


Fanfic / Fanfiction Iwakan - A doença


O céu estava escuro, chovia muito. Eu andava até o colégio, me preparando para ouvir a bronca da diretora, não só pelo atraso, mas também pelo fato de estar completamente encharcada.


Eu adorava os horários da faculdade, pois era a noite e nesse horário o sol não aparecia mais, apenas a lua iluminava o meu caminho. Cheguei na faculdade sem me importar se estava molhando tudo, apenas entrei em minha sala, interrompendo a explicação da professora.


- Hinata, atrasada já no primeiro dia da semana? É melhor que isso não se repita.

- Sim, professora... - Olhei para seu nome escrito no quadro. - Kurenai.

- Sente-se no seu lugar.

Me sentei na última carteira da fila e olhei ao redor, procurando por Sasuke. Fiquei satisfeita ao ver que ele estava no outro canto da sala, longe de qualquer menina. Estava cercado pelos seus melhores amigos, incluindo Kiba, Shikamaru, Shino e... o que Naruto está fazendo aqui?


- Oi, Hinata. Meu nome é Yumi. É um prazer conhecê-la.

- Oi.

Fiquei observando aquela garota e algo nela me parecia familiar. Ela tinha longos cabelos escuros, presos por uma presilha. Ela usava uma jaqueta vermelha por cima de uma blusa preta, e também uma luva escura.


- Você não tem cara de quem quer ser bióloga. - Ela disse.

- Eu não gosto muito de biologia, só estou fazendo essa faculdade para ficar perto de uma pessoa...

- Ei, vocês duas! A professora está explicando um trabalho em dupla, é melhor prestarem atenção! - Uma garota disse, virando-se para nós.

- Valeu, Yucçi! - Yumi agradeceu e se virou para professora.

- Como eu estava dizendo, quero que façam um trabalho que me impressione. O tema e as duplas serão escolhidos agora, por mim!

Ela olhou maleficamente para mim, que já sabia quem ela colocaria no meu grupo.


- Droga! - Sussurrei, batendo a mão sobre a carteira.

- Vamos começar... Hinata e Naruto! Vão ficar com o capítulo três do livro!

"DROGA!" Repeti a mesma expressão umas trezentas vezes, até ser interrompida.


- Hinata-chan... - Me virei para ver quem era. - Já que vamos fazer o trabalho juntos, precisamos ir conversando sobre o tema. Eu já li esse capítulo.

Ele colocou a mão no meu braço.


- Me solta, seu idiota! Professora, eu não vou fazer o trabalho com ele! - Ele me olhou com os olhos afogados em lágrimas.

- Naruto, volte para o seu lugar. Hinata, sou eu quem escolhe se você vai ou não fazer o trabalho com ele. Já sabe minha resposta.

Emburrei. Me levantei para ir ao bebedouro, mas senti algo subindo em minha garganta. Caí de joelhos no chão e comecei a sentir o gosto do sangue em minha boca. Tentei engolir o líquido, porém ele caiu totalmente para fora, enchendo o chão com meu sangue.


- Hinata! - Yumi correu em minha direção para me socorrer, assim como o resto da classe, porém acabei desmaiando.


Acordei e olhei para os lados, vendo os equipamentos médicos de onde reconheci como a enfermaria do colégio. Nenhum de meus amigos estava lá, a não ser o Naruto, que cochilava em uma cadeira próxima a porta.


Logo, uma enfermeira entrou no quarto e ela não parecia ter noticias boas. Ela olhou para o canto do quarto e reparou em Naruto.


- Com licença, eu gostaria de falar em particular com a Hinata, poderia se retirar, Naruto?

- Tá... - Ele levantou da cadeira ainda com os olhos inchados de sono e saiu.

- Hinata, é muito importante que você entenda o que vou te falar. - Acenei com a cabeça e ela continuou. - Você não pode mais praticar nenhuma atividade física ou sair correndo por aí, ainda mais na chuva.

Olhei para minhas pernas e as movi lentamente.

- Mas eu consigo movimentar minha perna livremente.

- Esse é o problema. Você tem uma doença com cura ainda desconhecida. Seus ossos são muito fracos, e por isso existem grandes chances de eles se romperem. O contato com água muito fria também não te fará bem. Suas veias e artérias são sensíveis à mudança de temperatura do seu corpo, por isso algumas se romperam e o sangue contido nelas foi forçado a sair.

Não acreditei no que tinha ouvido. Me levantei de imediato da cama e agarrei a gola da camisa dela.


- Você está mentindo! Não pode ser verdade!

- Hinata, acalme-se! Você ainda está muito fraca e...

- Ah! - Acho que metade da escola pôde me ouvir. Minha pele começou a rasgar, e meu grito saiu mais alto do qualquer outro que já tinha ouvido.

- Hinata! - Vi Naruto abrindo a porta e correndo em minha direção, porém não pude ver o que aconteceu, pois desmaiei novamente.

Acordei e vi a enfermeira de antes sentada em um banco. Desta vez ela estava sozinha, e pude perceber que já havia se passado muito tempo.

- Eu tô bem, mãe! A Hinata precisa de mim! - Ouvi uma voz familiar saindo de fora do quarto.

- Naruto, você já ficou com ela por tempo demais! Precisa cuidar um pouco de si mesmo!

Ele entrou no quarto e olhou diretamente nos meus olhos, escondendo o estresse por conta da briga com a mãe.


- O que você está fazendo aqui? - Falei bem baixo, porém antes que ele respondesse, a enfermeira se colocou diante de mim e começou a falar:

- Você perdeu muito sangue naquele gesto desesperado. Rompeu mais veias e quase quebrou a perna. Acho que ainda não entendeu a gravidade da situação, então vou te lembrar novamente. Se continuar com essa infantilidade, vai morrer em menos de um mês! Acha que nunca vi essa doença antes? Você acha que pode sobreviver sem colaborar? Está errada! - Ela se retirou, claramente irritada, mas logo voltou com uma agulha de injeção, alguns tubos e um pequeno frasco, que continha sangue.

Ela conectou o frasco com os tubos e a agulha, e em seguida me furou.


- O que está fazendo? - Perguntei, mostrando uma careta.

- O que acha? Talvez repondo o sangue que perdeu?

Bufei. Era óbvio que eu já sabia disso. Ou pelo menos fingi que tinha feito uma pergunta retórica.


- Você vai ser liberada daqui a algumas horas, mas semanalmente vai ter que fazer alguns exames.

- Tá.

Tirei uma soneca, até ser acordada por outra enfermeira.

- Está na hora de ir.

- Já vou. - Me levantei e deixei o local, voltando para casa a pé. 

Chegando em casa, encomendei uma pizza e peguei meu celular. Eu tinha várias mensagens, mas não queria responder nenhuma, já que todas vinham de curiosos que queriam saber o que eu tinha.

Deitei no sofá, coloquei os fones de ouvido e liguei no volume máximo a minha música preferida, tanto é que não ouvi a campainha tocar repetidas vezes.

- Serviço de pizza! - O homem gritou, até que finalmente ouvi e abri a porta. Peguei minha pizza e paguei, mesmo vendo seus olhos me fitando, provavelmente a procura de gorjeta. - Não tem mais nada? Uma mínima gorjeta?

- Não. - Fechei a porta e me sentei em frente à mesa, até ser interrompida pelo toque do meu celular. - Alô?

- Hinata! Você está bem?

Desliguei. Era o idiota de sempre. Mais mensagens dele interromperam minha refeição, porém, só me dei ao trabalho de respondê-las porque tinha que fazer a lição.

Marcamos que seria na tarde seguinte, na casa dele. Terminei de comer o jantar e fui dormir. Acordei às nove horas com a campainha da casa tocando. Blasfemei mentalmente e troquei de roupa para atender a porta.

- Olá, Hinata. - Não acreditei no que estava acontecendo. Dei um leve beliscão na perna, pensando se tratar de uma sonho. Por que Sasuke iria gastar a sola de seus sapatos caminhando até minha casa? - Hinata?

- Olá Sasuke! - Voltei a realidade e abri espaço para que ele pudesse passar. - O que o traz aqui?

- O Naruto me falou sobre sua doença. Itachi está internado por causa disso, o problema dele passou para a área respiratória e ele virou uma cobaia. - Ele retirou uns papéis do bolso. - Quanto mais pessoas com a doença se voluntarizarem para participar dos experimentos do cientista Orochimaru, maiores são as chances de sobrevivência para os mesmos, além disso... eu ficaria muito feliz se você sobrevivesse. - Ele forçou um sorriso.

- Eu... vou pensar nisso.

- Eu vou indo. Até mais. - Ele se virou e saiu.

Peguei o papel e li tudo. Os experimentos iriam ter duração muito longa, aproximadamente dois anos e eu não queria perder a faculdade, mesmo que com isso o Sasuke quisesse ficar comigo. Ou talvez compensasse?


Depois de refletir sobre isso, me dei conta de que o tempo havia passado e já era hora do almoço. Peguei minha bicicleta e pedalei até o restaurante mais próximo de casa. Comi e deixei o local. Voltei para casa e arrumei minhas coisas para ir fazer a lição na residência do Naruto.





Notas Finais


Como tudo tem seu fim, essa história também chega ao final. Mas só o capítulo.


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