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História J-HOPE - Provocative Friendship - O começo do fim.


Escrita por: Hobezinha

Capítulo 25 - O começo do fim.


Fanfic / Fanfiction J-HOPE - Provocative Friendship - O começo do fim.

1 mês depois - Central de atendimento de Busan.

          [•••] √Jungkook On√ [•••]

- Hyung! - Gritei com a singela e cansada voz ecoando o som másculo no quartel de atendimento particular. Taehyung estava sentado em sua poltrona cor roxa que mais parecia veludo ao relance de meus olhos, e os outros vagando por aí, em algum lugar qualquer, sem devida importância.

- Jungkook. - Ele disse seco. Seu folheto em mãos fora dobrado e deixado sobre a pilha no lado em cima de uma mesa preta. Seu olhar era de reprovação, ele sempre me cobrava muito.

- Como está Hoseok? - Perguntei na curiosidade, como todos os dias que venho aqui visita-lo, mas Taehyung por algum motivo não o deixa que assim seja.

- Porque quer tanto saber? Já disse que não pode...- Seus dedos cruzados e agitados se pararam com seus olhos sobre mim, assim que interrompi sua fala autoritária.

- Eu que quero saber! Já cansei disso! - Gritei, um tom não tão alto quanto eu queria. Por algum motivo Taehyung tem poderes sobre mim, inigualáveis e controladores. - Venho todos os dias aqui, preocupado e com medo...E VOCÊ FICA AI! ME OLHANDO DESSE JEITO ESTRANHO! EU NEM SEI O QUE EU FIZ! - Ele me olha novamente, descruzando as pernas e se levantando dá poltrona, onde seu espaço estava afundado. As mãos em punho, vindas em minha direção, já podia sentir a dor grave em meu crânio. Mas ele apenas se virou e continuou andando.

- Você beijou ele. - Disse com a voz delicada, aquilo me pareceu familiar, algo na voz dele mudou, como se ele não fosse ele, mas sim uma coisa de outro planeta.

- Beijei? Como assim Taehyung! - Ele se virou, aos poucos sua caricatura monstruosa foi se aparecendo e revelando na verdade, a face destruída de Jimin.

- Você beijou Kim Taehyung. 


Um susto. Um pulo. 

O macio toque do lençol, a dor de cabeça profunda em meio ao travesseiro quente sobre a cama velha e emprestada de um dos quartinhos do recinto. A mão gelada sobre minha perna e um respiro em meu pescoço.

Ufa...pensei, era só um sonho.

          

             [•••] √Jin On√ [•••] 

- Suga...- Tomei coragem para chamar pelo seu nome delicado e frio, onde o rapaz ao meu lado se concentrava na comida que pegava no refeitório do salão. Os demais já estavam em seus lugares e Namjoon me esperava no quarto VIP, onde foi doado para nós dois uma ala gratuita de grande estilo. - Suga...- Chamei novamente pelo seu nome, pois na chamada anterior, ele não respondeu.

- Que foi em? Tomou coragem para falar comigo? O que você tinha? Medinho!? Pode ficar tranquilo que eu não vou contar seu segredinho de merda não. - Sem paciência. A face levemente vermelha com toques bronzeados, os olhos negros e profundos​, aonde brilhava sua cor natural: vermelha, pronto para voltar a ativa. Caçador nato, digno de uma missão como essa. 

- Para! - Disse segurando seu peitoral com a mão esquerda carregando na direita os alimentos necessários para mim e Namjoon. A raiva estampada em seu rosto chamou todos ali, podia sentir os olhares sobre mim, e a tensão só aumentava mais quando eu não sabia o que falar. - Cara...por favor! Já faz um mês que não nos falamos. Pare com isso, estamos nessa juntos, esqueceu? - A bandeja estava visivelmente trêmula. Meus dedos afundados com as pontas vermelhas e curvadas, os pés já estavam se fincando no chão, já esperava pelo peso nos ombros com a resposta final.

- Juntos? Vai se ferrar Jin! - Ele empurrou a mão com força, tirando ela de seu corpo com total nojo no olhar. Os punhos prontos para dar o bote, e seu coração acelerado de uma maneira audível a humanos. - Todos sabemos que nem eu, nem você, nem o resto queríamos estar aqui. Mas estamos nessa a milênios esqueceu? E essa palavra ( milênios ) não é uma irônia. 

          

              [•••] √(S/N) On√ [•••]

- Ei! Olá! - Disse batendo de leve em suas costas e cruzando a perna, para que a mesma não enrroscasse no lençol do quarto de casal, onde nós dormíamos a mais de um mês. A bandeija em meu colo estava pendida para o lado direito, e uma leve tensão no clima incomodou meus ombros que agora se auto curvaram. - Hobi...- Saboreei o doce som preocupante de minha voz ecoando sobre meus lábios, todos os dias, todas as horas. Ele está me deixando doida, seu silêncio é gritante, seu beijo não faz parte mais de nós...deis de que tudo aquilo aconteceu.

- O que? - A voz seca, a garganta visivelmente irritada, a pele pálida, as mãos estão trêmulas e o peso em suas costas é passado a todos que assim o enxergam. Mas seu silêncio, ele machuca, sua frieza, estrala um zumbido agunizante em meio ao caos. É doloroso o ver assim. É doloroso acordar todos os dias ao seu lado e não ouvir nada, nem um bom dia.

- Por favor... Fale comigo. - Minhas mãos fracas deixaram a bandeija de lado na fronha lisa e sem cor, para dar total atenção a quem precisa. - Você está tão calado...faz tanto tempo que nem nos...beijamos. o que há com você? - O silêncio novamente. O confortante som do suspiro antecedido de fala sussurrou no meu ouvido, e o alívio de que ele falaria então, chegou. 

- Nós causamos aquilo. Você sabe, não sabe? - Os olhos pousados no tapete cinza cheio de pó, o vidro no canto superior direito refletindo a luz ofuscada pela neblina do sol, tudo isso completava o momento. Tudo isso me fascinava. - Toda vez que transamos aconteceu alguma coisa de ruim. Percebeu isso? Percebeu que estamos machucando as pessoas? - O seu punho se fechou, por um momento senti medo do que ele poderia fazer, mas eu confio nele.

- Não sei do que você está falando..- Eu estava assustada, é claro que eu estava. Mas não dava para evitar, simplesmente não dava.

- Você sabe. Você sabe muito bem do que eu estou falando OK? Não se faça de sonsa não. - Grosso. Rude. Será que eu conheço mesmo ele? Nesse pensamento me Esquivei levantando dá cama com calma e direcionando o olhar e as mãos para sua face vermelha. - Você sabe que fomos nós que causamos aquele fogo na cidade, que matamos aquelas pessoas em sonho, mesmo que seja em consciência, matamos eles. Demos a nós mesmos um olho que mudou o mundo. Um olho colorido, o seu é roxo e o meu é branco. Isso é normal pra você? É normal sentir o mundo parar quando transa com alguém? É normal sentir que é perigoso estar com essa pessoa? E até mesmo desmaiar no ato sexual? Você acha isso normal caralho? - Eu fiquei em silêncio. Me vi no papel dele, perguntas que não podia responder, apenas sentir a pontada das duas palavras rudes sobre mim. - Se você acha tudo isso normal, deve ter achado que a tsunami em Seoul foi causada pela mãe natureza. 

- É impossível sermos nós. Era uma tsunami de mais de 30 metros de altura. Você acha mesmo que algum humano tem esses poderes? Em que merda você acredita? Em super heróis? Me polpe Hoseok. - Virei as costas. Algo me puxava para ele, mas o ego, ele é maior que qualquer coisa. Ou não.

- Eu sei que você sabe que fomos nós. Eu sei que você sabe de tudo.

 

            [•••] √Hoseok On√ [•••]

- Jin? Jin! - Segurei seu ombro. Corredor, fim de tarde, o por do sol já se fazia presente em meio a neblina seca. Jin corria pelo local segurando a última bandeija do dia, provavelmente ele daria a Namjoon. Está cuidando bastante do mais novo.

- Olá. Como vai? - Seu sorriso falso em meio às lágrimas limpas a segundos por seu blusão cor dourada. Mas eu não ligava, realmente não ligava.

- Você sabe aonde a Izabel do 4° setor fica? - Me referia a uma garota simpática que conheci a alguns dias atrás. Ela era muito bonita.

- Ela fica a 4 casas dá sua na direita. Porque? - Sua testa foi franzida numa curiosidade absurda, era até engraçado.

- Nada não. Muito obrigado mesmo. - Me curvei. Minhas mãos geladas saíram dá sua pele e os pés se prontificaram a correr em direção a casa de Izabel.

   

            [•••] √(S/N) On√ [•••]

- Você tem certeza Tae? - Minhas unhas se auto arranhavam em meio a tantos calafrios de ansiedade. Meu estômago doia e os olhos estavam vermelhos, uma sensação estranha, como a de quem toma veneno.

- Claro meu amor. Hoseok tem crises emocionais sempre, você sabe disso. - Ele segurou em minhas mãos, aquelas quentes e protetoras mãos de TaeTae, qualquer um relaxa ao toque suave de sua pele. 

- Sim. Taehyung está certo. Você deve falar para ele que o Ama. - Suga completou, apesar de calado os dois são os meus melhores conselheiros, e eu os amo tanto por isso.

- Cheguei pessoal! - Jungkook abriu a porta com todo o cuidado possível, em suas mãos a bandeija milagrosa que causava choros. Onde 4 xícaras de chocolate quente se apoiavam fundo no plástico.

- Já estava demorando. Aonde foi? - TaeTae perguntou se levantando para ajudar o colega a distribuir as canecas, e voltar aos seus acentos quentinhos, feitos de almofadas no chão.

- Sinceramente foi difícil conversar Lisa de preparar hoje. Sua face estava tão cansada, que eu quase desisti. Mas é por uma boa causa né? - Ele agora fazia cena de preocupado, as mãos no queixo e o olhar voltado para o teto. Com um leve tapa Suga acordou ele dá realidade, assim soltando uma gargalhada de todos.

- Alguém viu o Jimin? - TaeTae perguntou. Não vejo o rapaz a mais ou menos 3 dias. Ele é misterioso, até já nos acostumamos. 

- Eu vi ele entrando com uma garota no andar de cima, está curtindo apenas. - Jungkook disse mudando a face para sério e se sentando para beber seu chocolate. As pernas eram tão fofas que eu pude jurar ter um ataque de fofura mais cedo.

- Será que o Hoseok está fazendo o mesmo? - Perguntei  massageando a borda do copo com o dedo indicador, que por hora já estava ardendo.

- Ei. Não pense assim...- Jungkook segurou meu joelho com a palma da mão e me abraçou de leve, foi confortavel.

- Não podemos conferir? - Recebi um silêncio amedrontador. Mas por fim Ele acabou cedendo aos luxos e aegyos de mim mesma.

- Deixe sua caneca ali. - Pediu indicando o local na qual eu obedeci e deixei. Ele guiou-me até a porta, virando duas ou três vezes para cuxixar algo inaudível com os garotos e voltando de novo. Assim já estávamos do lado de fora dá porta.

- Ei. Como vocês sabiam que eu amava ele? - Isso me deixava curiosa a muito tempo. Mas ele não soube responder, o que me deu um certo desconforto.

- Nos... Han, apenas sabíamos. - Ele sorriu fraco e falso, como alguém que não sabe mentir. Pobre Jungkook, escondia algo que eu iria descobrir.

- Senhor Jeon? - Uma jovem baixinha de cabelo curto vestida de calça jeans azul e blusa florida chamou a atenção dele na metade do caminho. Ela usava óculos e seu crachá estendia seu nome, "Susana".

- Sim. Eu mesmo. - Ele respondeu com as mãos no bolso. Sempre tão mal educado. E aoesmo tempo tão certinho.

- Pode me acompanhar por favor? - Ele me olhou, sua boca aberta sem fala queria ditar um texto, mas sua reação falha me deu agonia. Balancei afirmando que ele poderia ir, que eu continuaria sozinha e ele se foi aos meios dá porta cinza no centro.

Continuei minha jornada na casa em que ficamos, passo por passo uma dor maior era preenchida sobre mim. Incrível, como um amor pode fazer com a gente. Até mesmo a morte. Ainda mais se não for recíproco.

O chão sujo, o céu azulado escuro, posso ver o pó sobre a luz do luar, onde o teto impede que elas continuem sendo vistas a olho nu. Imagino uma pessoa com neura de limpeza, vendo uma cena dessas e caindo dura no chão.

Mas isso me fascina, cada gota, cara grão de areia, todos diferentes de um modo tão igual. Cada pensamento, cor, ação, opinião feitas a mão, delineadas por anos e meses de pensamento puro e sincero.

Crianças vendo os passarinhos, cães e gatos, conhecendo um mundo cheio de trapaças e cachaças. Nada evoluído, ser que pensa pelos amigos, isso me mata, me deixa morta, mas fazer o que, seguindo em frente, em um lar, em um apê. Ultimamente nem temos isso, e até penso que Hoseok tem razão, mas todos sabem que não mandamos no coração.

-

"Izabel
 Me encontre na esquina dá central, daqui quinze minutos.
                                Hoseok."

Seguindo os passos deixados por pistas nada anônimas, meu peito ardia mais, ao mesmo tempo com gelava, essa era a verdadeira sensação do amor puro. Ele doia, mas ao mesmo tempo era uma dor boa. Era sufocante, mas eu nunca gostei de respirar, Está me entendendo?

Quero dizer que sempre amei ele, sempre gostei de te-lo ao meu lado. Em cada passo, cada história, cada carência, em cada verso e poema.

Mas hoje não é bom.

Vejo o portão lá na frente, semi aberto a alguns minutos. De canto de olho confiro a casa fechada de izabel, e para meu desânimo não há uma alma viva.

Passo por ele, a rua vasta e vazia, como num filme velho de faroeste. O vento contra mim é forte, quase me leva de volta. Persisto, insisto e vou conseguir, as estrelas me indicam a esquina, perto do ponto de ônibus, é pra lá que eu vou ver o sentindo desse bilhete nada anônimo.

De canto de rosto os pés juntos, encostados na parede, amassando a terra molhada e gosmenta. Seria um sapatinho, e um tênis boot 5, na lojinha dá esquina para viagens.

A barra de uma saia está presa a uma calça jeans preta, e meu corpo agora já está parando aos poucos.

Só me resta aceitar, que descrever esse beijo com mil palavras, é pouco. 










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