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História Já é tempo - Já é tarde pra tentar se arrepender


Escrita por: An_Unicorn

Capítulo 1 - Já é tarde pra tentar se arrepender



QUARTA FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 1976
-Alicia, minha filha,já arrumou suas coisas? O avião está nos esperando! Não suporto mias essa ignorância que vem da casa ao lado.
-Calma mãe, não é porque você e papai brigaram com a família do Rafael, que precisamos sair correndo, o mal foi feito a mim, não há vocês.
Sua mãe estava na porta de seu quarto, com seu ilhar de sempre, doce e decidido ao mesmo tempo, sua blusa preta, e a calça bege que Alicia sempre cobiçou. Era inacreditável como sua mãe era linda, mais bonita que todas as outras mulheres da idade dela que Alicia conhecia, a mulher mias fascinante que ela conheceu. Ela nunca estaria preparada para perder uma pessoa tão especial.
-Você sabe que é uma parte de mim e eu sempre te levarei comigo, pra onde quer que eu vá. Eu sinto o que ele fez na própria pele, pode ter certeza. E você sabe, aquilo foi imperdoável.
Sua mãe por muito tempo foi sua melhor amiga, com seus conselhos que sempre davam em algo bom, seu jeito carinhoso e sua compreensão. Era a mãe que todos queriam ter, e essa era uma das coisas (uma das varias coisas) que todos invejavam em Alicia.
Isso antes do começo do seu namoro com Rafael. Sua mãe nunca gostou do menino, por mais rico, educado e gentil, que ele fosse, por mais que o pai de Rafael fosse sócio de seu marido, nunca esqueceu o que a mãe do menino fez no passado.
Anna Cláudia nunca esqueceu que poderia estar no lugar da rival, fazendo viagens ao exterior, comprando tudo o que queria, sendo feliz e bem vista pela sociedadesendo feliz com quem ela sempre sonhou.
Mas isso não impo
Sempre se esforçou para ser a melhor amiga de sua filha, pois sabia o que acontecia quando segredos caiam em mão errada, e o que uma melhor amiga poderia fazer quando se sentia traída.
Cada vez que olhava para a casa ao lado, seus olhos se perdiam no passado.
Mesmo assim, se forçava a estampar um falso sorriso e aturar aquela mulher por quem sentia tanto desprezo. Afinal,sua vida dependia disso.
-Mãe, o que aconteceu, você estase sentindo bem?
-Alicia, se acalme, está tudo bem, foi só uma fraqueza, termine de arrumar suas coisas, não agüento mais ficar aqui.
Quando tinham carregado todas as malas e estavam prestes a embarcar, Rafael chegou correndo, se ajoelhou diante de Alicia, olhou no fundo de seus olhos e disse algo que não combinavam com seu caráter
-Alicia, por favor, me perdoa. Você sabe que eu te adoro, nunca cheguei perto da Carmen, você sabe disso, e também sabe o tamanho da língua daquela cobra.
    -Por favor, Rafael, sai daqui, você já me disse tudo o que tinha pra falar, eu não acredito em mais uma palavra sua, e você sabe muito bem o que aconteceu, e sabe também que tudo o que me disse é mentira.
    Alicia se desvencilhou de Rafael e rumou para o carro, onde seus pais a aguardavam.
    Antes de chegar a porta, ele a puxou pelas mãos, olhou em seus olhos com toda sinceridade e disse a frase, que, mesmo com tudo que aconteceu, Alicia não conseguiria esquecer.
-Só queria que você soubesse que eu ainda te amo, mesmo depois de todas as minhas burradas, e olha que eu já fiz muitas –ele disse sorrindo, e Alicia quase deixou escapar um sorriso, mas não. Ela na cederia – De todas as meninas que eu já fiquei ou já senti alguma coisa.- Agora ele se ergueu. O coração de ambos saia pela boca – Você foi, e vai continuar sendo a mais especial.
Rafael então, se inclinou para frente, e deu um beijo em sua bochecha, que ela fez questão de limpar. Ela conseguia sentir seu halito.
-Só vê se não esquece de mim, Ok?
Ela via que ele estava sendo sincero, o conhecia a tempo suficiente para saber disso, mas mesmo assim, o que ele fez foi demais, não podia deixar de esconder o rancor em sua voz quando olhou pela ultima vez por Rafael, aqueles olhos verdes suplicando perdão, quando ela só sentia pelo dono daqueles olhos, que já a fizera tão feliz, apenas desprezo.
-Depois do quê você fez, meio difícil, não acha?
Ela via os olhos dele.
Estavam prestes a chorar. 
Ela  sentiu o impulso de abraça-lo.
Se controlou. 
Não tocaria mais naquele menino.


 



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