História Ja era amor - Marilice - De melhor amigo a maior amor

Era uma noite de quinta-feira na cidade de São Paulo quando Alice chegou em seu quarto, no hotel em que estava hospedada desde que seu pai fora internado.

Jogou a bolsa por ali e se despiu seguindo para o banheiro, tudo o que precisava naquele momento era de um banho relaxante para tentar organizar seus pensamentos e sentimentos. À poucas horas atrás Alice havia se lembrado do beijo que deu em Mário, e da declaração que lhe fez depois das explosões nas traineiras, e mais do que isso, Alice finalmente havia se dado conta de que era completamente apaixonada por seu melhor amigo de infância.

Ela deixava a água escorrer por seu corpo enquanto os flashs daquele dia invadiam sua mente.

“Eu te amo... – Alice balbuciou. – Eu te amo... eu-te-amo... – Falou por fim antes de puxá-lo com dificuldades pela blusa e juntar seus lábios num beijo quente...”

Não sabia de onde havia tirado forças para se declarar a ele naquele dia, nem tão pouco de onde tirou vigor para beijá-lo daquela maneira, o que ela sabia era que cada vez mais aquele sentimento novo crescia dentro dela, e a casa minuto que se passava Alice ansiava contar tudo pra ele, ansiava que ele a fizesse sua, mas sabia que precisava ir com calma, afinal ainda tinha o César. E foi nessa confusão de pensamentos que ela terminou o banho e decidiu que deitaria um pouco para descansar.

A filha de Tanaka terminava de vestir a roupa que tinha um tecido parecido com seda, quando ouviu a campainha tocar. Seguiu para atender imaginando que fosse do serviço que quartos, mas tamanha foi sua surpresa quando deu de cara com Belo.

E ai? – Mário a cumprimentou visivelmente aflito, assim que a viu abrir a porta.

Mário... – Respondeu sem conseguir esconder a surpresa em vê-lo ali tão repentinamente. – Que que cê ta fazendo aqui? Que aconteceu? – Quis saber, ainda sem acreditar.

Alice eu quero que cê seja verdadeira comigo... verdadeira e honesta... – Disparou ele a encarando.

Desde quando eu não fui verdadeira com você? Do que que cê ta falando? – O questionou ainda sem entender.

O motociclista hesitou por um momento.

Alice você lembra do beijo que você me deu? – Soltou a bomba sem deixar de olhá-la e pôde ver o quanto ela ficou ainda mais surpresa com o que dissera. – Por favor não mente! – Pediu ele em um tom de súplica. – Eu preciso saber se você lembra... – Aproximou-se um pouco mais dela, deixando o momento ainda mais tenso. – Por que que você me deu aquele beijo? – Completou por fim deixando uma “Sargento Sardinha” completamente boquiaberta.

Foram muitas perguntas, uma atrás da outra, mas Alice não se acovardou, afinal tinha uma única resposta para todas na ponta da língua, literalmente.

Ela o fitou o mais profundo que conseguiu e então disparou:

Porque eu quero você! Porque eu amo você! – E avançou sobre ele num repente tomando seus lábios num beijo desesperado.

E se a mente de Mário ainda demorou alguns instantes para entender tudo aquilo o que estava acontecendo, em contrapartida, seu corpo logo entendeu, e mais que isso, correspondeu a altura. Ele pegou em seu rosto com as duas mãos, intensificando ainda mais o beijo que parecia estar muito longe de ter um fim. Mario desceu com as mãos até sua cintura, apertando por ali, mal podia acreditar que aquilo estava de fato acontecendo.

- Meu amor, você não sabe o quanto eu esperei para ouvir você falar isso assim... – Declarou ele no intervalo de um beijo e outro. – Eu te amo tanto Alice... te desejo tanto... – Disse e ela lhe sorriu, os dois ainda estavam se acostumando com a ideia de que agora além de melhores amigos, eram o maior amor da vida um do outro, e não tinham mais por que não viver aquilo da maneira mais plena que podia existir.

Sem abandonarem o contato visual eles se afastaram um pouco, apenas o suficiente para que Alice tirasse a jaqueta de couro que ele vestia. Ela o admirou por completo, alisando vagarosamente o peitoral ainda coberto pela camisa. Mario suspirou com o toque, e então a pegou com cuidado pelos braços, levando-a para mais perto da cama. Se beijaram de maneira ainda mais intensa, e ela mais que de pressa tirou também a blusa que ele ainda vestia revelando dessa vez o peitoral completamente nu do motociclista. Alice distribuiu alguns beijos por aquela região, e ele a puxou para mais um na boca, dessa vez um pouco mais voluptuoso, de maneira que o fez em seguida tirar a roupa que ela vestia, deixando-a apenas de lingerie.

Alice arfou. 

E agora foi a vez da prima de Yumi desabotoar o botão da calça dele, fazendo-a cair por suas pernas e deixando o apenas de cueca.

Mario não se controlou mais e jogou-a com cuidado sobre a cama, deitando por cima.

Você é tudo que eu sonhei pra minha vida Alice... – Confidenciou ao pé do ouvido dela, deixando uma mordidinha por ali.

Ela o presenteou com um sorriso lindo, e a resposta veio em seguida:

Eu quero ser tua Mário... me faz tua mulher... – Declarou por fim e depois disso não foram necessárias mais palavras.

Mário alcançou o fecho do sutiã, abrindo-o e depois desceu até a direção de seu quadril, fazendo uma trilha de beijos no caminho e tirou o pequeno pedaço de pano rendado que ela ainda vestia, revelando assim sua intimidade. Despiu-se tirando a própria cueca, e subiu novamente até ela.

Mário e Alice se fitaram intensamente e pela primeira vez eles se amaram.

Foi calmo, porém intenso.

Foi tranquilo. 

Foi profundo. 

Foi meio louco.

Foi exato! Foi inesquecível.