História Jade a cor do amor (Lapidot) - Uma nova Lápis - Parte 2

POV Peridot

Eu só... não sei... só não me sinto bem. Sinto um vazio, mas também sinto tristeza. Meu peito dói de angústia. Então não pode ser vazio. Por que me sinto assim? Por que não consigo simplesmente fechar os olhos e ficar tranquila? Por que tanta agitação? Não sei. Eu cansei.Quero dormir...Quero dormir e esquecer tudo...Sim tudo...Nem meu nome quero lembrar ao acordar...Quem sabe é melhor acordar muda...Muda para não mais falar...Talvez acordar em outro planeta...No deserto...
Acordar e não ter ninguém por perto...Acho que isso me acalma...
Quero deixar de gostar das pessoas...Quero nunca mais me decepcionar...Chorar por qualquer coisa boba...Assim não quero mais ficar...

Quero olhar o horizonte...
E não ver sombra de gente...
Quero esquecer tudo, até o dia de ontem...

Não!

Não, esse não é o fim...Apesar de tudo não posso simplesmente não voltar... Ainda à pessoas que me amam lá fora... que precisam de mim...Afinal de contas eu ainda tenho contas para acertar com aquela General Bismuto... É nesses momentos eu sinto raiva, sinto vontade de gritar tão alto que poderia quebrar todas as vidraças de todos os lugares...É tudo culpa daquela General...CLOD...Culpa dela eu estar assim...Culpa dela Lápis ter feito isso...Ou será culpa minha...Não, eu a amo....Ela não deveria ter feito isso...E, "eu que culpa tenho?", fiquei me interrogando. "Perdoar e amar" é isso que tenho ouvido...Desde o primeiro dia que passamos a morar juntas, mesmo ela sendo arrogante, eu sempre era gentil com ela...Sempre dando meu melhor para pagar minha dívida ...Mas ela nunca se esforçava para me perdoar...Fácil falar em perdão e amor quando é a gente que viveu na pele o que causou a raiva. Muito fácil...

Quer saber cansei!

Eu lá quero perdoar!? Quero expor minha raiva... Exorcizá-la... Invadi-la por inteiro até vê-la ser consumida... Raiva não se apaga com perdão... Ela precisa ser vivenciada... Sentida... Nada de tentar subjugá-la... Como Steven faz.. Ela é tangente... É convergente... O lugar dela é o coração, mas ela se espalha pelo corpo todo e se transforma em dor. Olha que eu tenho competência para dizer isso.

Por isso, ela precisa ser sentida em sua plenitude. Vivenciada. Presentificada. E eu o que fiz com minha raiva? Eu a calei! Eu tentei emudecê-la! Enfiei a raiva no recôndito do meu ser. Sabe por quê, meu camarada? Porque me ensinaram que "menina boazinha perdoa", "menina boazinha não fica com raiva". Às favas com esse ensinamento. Primeiro que não sou boazinha coisa nenhuma. Segundo que tudo isso é uma grande mentira. Dessa "educação de mentirinha" estou cheia. O escambau com ela. Quero pôr minha raiva para fora. Por que tenho de guardá-la só para mim? Alguém irá percebê-la assim guardadinha dentro do peito?! Ah, vai!? Mas, quando eu começar a reclamar de dores e mais dores... Essas dores da alma..., aí terá sempre alguém para dizer: "Perdoa! Ama!" Ama o escambau! Perdoa o escambau! Eu não quero nenhuma dor para mim. Quem a provocou que fique com ela, caramba!Estou me desfazendo das mentiras que me contaram. Dou um basta nesta educação moralista. Pura verborreia!

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Já estou regenerada por completo, devo voltar, tenho que ver Steven falar com ele o que penso e que estou farta.Além do mais já estou com saudade de ver aquele sorriso meigo ,que se abre sempre ao me ver, apesar de ele sempre pensar que tudo se resolve com o perdão, ele é a única pessoa que eu realmente vou me importar.

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POV Steven

Algo brilha próximo ao meu rosto cansado, surpreso e assutado, rapidamente me ergo de forma desastrada e acabo derrubando um saquinho de batatas chips pela metade que eu havia pego durante a madrugada. Olhei pela janela previamente e percebi que acabara de amanhecer,no entanto o brilho cujo me acordara começou a se intensificar e ganhar forma, e assim ofuscando tudo ao redor com seu brilho intenso de coloração esverdeada.
Aquele brilho me cegou por alguns instantes, mas logo se foi, e ao voltar a enxergar vi Peridot à minha frente.
Sem hesitar abri os braços e pulei em cima dela em prantos de alegria.
Poucos segundos depois sinto um peso sobre meu corpo, era Connie, ela literalmente se jogou em cima de nós com toda alegria e com o sorriso aberto de canto a canto.Caimos no chão dando risadas, Connie logo se levantou e me ajudou a levantar, enquanto isso Peridot se levantou com um pulo espelhando animação e ansiedade.
Peri estava diferente, suas roupas haviam mudado e seu cabelo estava levemente bagunçado, dando a impressão que ela havia feito isso para desmonstrar sua rebeldia em relação a Homeworld, além disso sua roupa havia mudado um pouco, no lugar de losangos havia estrelas amarelas em sua roupa e por cima de seu "uniforme" um short branco.
Estava sem palavras Peri estava uma verdadeira Cristal Gem, me aproximei um pouco de Peri e tive uma leve impressão que ela estava mais alta do que o de costume, então percebi que em seus pés havia algo parecido com um tamanco, porém era totalmente fechado de forma que se juntava com sua leg.
Ficamos nos encarando por meio segundo quando o teletransportador brilhou, trazendo consigo três gens.

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Horas antes...

POV Lápis

Seu sorriso era sincero e tímido, e por algum motivo me fazia se sentir bem, por um instante percorri meus olhos por todo corpo de Bismuto, vislumbrando seu corpo robusto e seus cabelos que iam até a metade de suas costas e pendiam sobre seus ombros. Então desviei o olhar para Garnet e perguntei:

-O que vocês vieram fazer aqui?

-Aqui era o antigo local onde Bismuto treinava e fabricava suas armas, então decidimos vir até aqui para nos preparar para o combate contra a General! -disse Garnet fechando a mão que ia de encontro a outra mão aberta, e dando um sorisso de animação.

-Você parecia interessada na nossa luta o que acha de treinar conosco? -perguntou Bismuto animada.

Meio sem graça respondi corando -Uh..h...bem porquê não?!

Então entramos na caverna, lá dentro era enorme e tinha um tamanho que parecia ser bem menor por fora, a medida que íamos adentrando era possível observar cada vez mais armas e armaduras nos cantos além de mecanismos de forja. No centro havia uma grande bigorna e as paredes eram iluminadas com um mecanismo onde circulava lava,  e no final da caverna havia uma grande cachoeira de lava ardente; então Bismuto apertou um botão e puxou algumas alavancas revelando várias portas que levavam a diferentes salas, uma sala de armaduras, uma com várias espada, outra repleta de escudos e lanças, outra com arcos e aljavas repletas de flechas, além de outras salas que estavam repletas de armas que nem mesmo eu conhecia, à direita havia salas de treinamento com vários equipamentos e armaduras leves.

Então Garnet perguntou:

-Por onde começamos?

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Vimos quase todas as salas, primeiramente tive que escolher uma arma para começarmos o treinamento, tentei primeiro com as espadas e facas, consegui manusear bem as facas e algumas espadas leves, mas aquilo não parecia muito a minha praia, então tentamos com as lanças e escudos mas foi mais desastroso ainda, tentamos com machados e até mesmo manoplas, mas não tive êxito, até que chegamos a sala que era repleta de arcos e aljavas, logo demonstrei facilidade em manusealos, acho que finalmente havia encontrado minha arma. Curiosa com toda essa escolha de armas Bismuto me pergunta se eu não poderia invocar minha arma, mas disse que eu apenas conseguia invocar asas e controlar a água, então Garnet explicou que provavelmente eu era uma gem aristocráta de Homeworld e que não se envolvia em batalhas mesmo sendo tão poderosa, então Bismuto fez uma cara de desgosto e disse:

-Ah é claro, essas gens que estão sempre próximas a corte e que não viram o que é sofrer e ser totalmente controlada pelas Diamonds nunca precisariam de armas, afinal elas e as Diamonds fazem o que querem.

Abaixei a cabeça envergonhada, não sei quem era e como era no passado, mas se eu fui assim tão acomodada como Bismuto falara, eu com certeza não me perdoaria. Então senti algo me envolvendo e me jogando levemente para cima

-Mas vejam só parece que temos uma rebelde da corte conosco! -disse Bismuto sorrindo ao me segurar enquanto caia em seu braços fortes e musculosos.

-Não se esqueça de mim Bis. -disse Garnet com um leve brilho em seus óculos.

-Ah você não conta, a Rubi enfluencia a sua Safira. -disse Bismuto dando uma leve gargalhada.

Rimos por alguns instantes e voltamos ao nosso tour, entramos na sala de treinamento, ela era repleta de equipamentos e armas, além de bonecos e alvos para praticar, ficamos horas treinando ali, Bismuto me ensinava como ultilizar alguns equipamentos sempre gentilmente me envolvendo em seus braços quando desnecessário. Após termos já experimentado e utilizado todo o tipo de equipamento, Bismuto voltou ao centro da caverna e nos chamou para mostrar algo, então eu Garnet paramos e observamos, então Bismuto acionou uma placa de pressão escondida fazendo com que uma passagem se abri-se atrás da cachoeira de lava fazendo à abrir como uma cortina de veludo laranja que reluzia sobre o entardecer.
A sala que Bismuto acabara de revelar era enorme quase tão grande quanto a caverna, então Bismuto começara a falar:

-Essa é uma sala mágica de treinamento intensivo, ela pode criar obstáculos e diversos desafios, além de ser perfeitamente mutável podendo aumentar ou diminuir seu tamanho. Então o que acham de um treino um pouco mais intenso?- perguntou ela sorrindo

Garnet por sua vez respondeu com um sorriso, então entramos na sala cujo as portas se fecharam sozinhas. Então Bismuto sugeriu:

-O que acham de uma corrida de obstáculos?!Será o seguinte iremos cada uma para um ponta e teremos que chegar primeiro ao centro e pegar o cristal -ela apontou para o cristal que acabara de surgir flutuando no centro- quem pegar o cristal primeiro ganha, mas a sala ira criar obstáculos para nos impedir.

Então nos posicionamos cada uma em uma estremidade da sala que havia se transformado em um gigantesco triângulo.Escuta-se um estrondo. Começou! Garnet e Bismuto avançam rapidamente ao centro, então invoco minhas asas e avanço rapidamemte, cerras, espinhos e labaredas começam a surgir em meu caminho desvio com agilidade, porém com dificuldade já que uma cerra passa zunindo sobre minha cabeça e por pouco não me atinge. Avisto o brilho do Cristal a minha frente penso que vou ganhar mas antes mesmo que eu possa me aproximar Garnet o agarra e ganha o jogo, então os obstáculos desaparecem, paro, vejo que assim como eu Bismuto ainda estava no meio do percurso, onde se podia ver o brilho do cristal.

Garnet então sorri e diz -Acho que eu ganhei!

-Acho que estou meio enferrujada! -diz Bismuto sorrindo enquanto se alonga previamente -Já sei!-diz Bismuto olhando para mim - Já que ambas perdemos, o que acha de nos duas compertirmos agora, e Garnet pode controlar os obstáculos para que fique um pouco mas interessante.

Após isso um painel de controle surge e Garnet se direciona até ele e sorri, então a sala muda novamente de forma, o local onde Garnet está posicionada se eleva até uma altura onde ela possa ver de forma nítida toda a arena, agora a sala não se projeta de forma triângular mas sim retangular com um círculo como centro onde se encontra o cristal. Eu e Bismuto nos posicionamos novamente, cada uma em uma extremidade, então Garnet dá o sinal; havia começado, eu e Bismuto avançamos rapidamente, e novamente eu invoco as asas ganhando um pouco mais de vantagem, no entanto Bismuto desvia com mais facilidade dos obstáculos, vamos avançando cada vez mais; eu ganhando tempo com minhas asas e ela com sua destresa, ambas sempre com quase a mesma distância do centro, vamos avançando cada vez mais até que chegamos ambas ao mesmo tempo no centro, então com um impulso com as asas me jogo em direção ao cristal, cujo se move para o lado me fazendo cair na direção de Bismuto,que logo desvia de mim pulando em direção ao cristal, no entanto o cristal escapa dela também, ela estava prestes a pegar o cristal quando peguei o arco que havia recebido como arma e atirei em sua direção, hábilmente ela desvia de minha flecha e lança suas machadinhas em minha direção, então começamos a travar um batalha enquanto tentamos agarrar o cristal fujão, tentamos então varias vezes desferir golpes uma na outra mas sem sucesso algum, até que ao ela tentar agarrar o cristal, ela acaba se virando e assim possibilitando que eu suba em suas costas e a prenda com meu arco, ficou em cima dela e quase alcanço o cristal porém ela se desequilibra e acabamos ambas caindo no chão. Na tentativa de se livrar da queda acabo me virando e me prendendo ao seu pescoço, fazendo assim com que eu caisse em cima dela. Ficamos cara a cara, olhamos uma nos olhos da outra e percebi que seu olhos negros na verdade não eram somente escuridão sem fim, mas sim um universo ja que ele brilhava e assumia colorações diferentes como as galáxias do universo, seu olhar era tão intenso e belo, havia me perdido naquela galáxia colorida que ao longínquo parecia apenas escuridão. Estavamos totalmente hipnotizados uma pela outra então de repente toda a sala voltou ao formato ao qual haviamos à encontrado, isso vez com que desviassemos os olhares e começarmos a rir, então Garnet diz sorrindo:

-Acho que já chega por hoje, vamos voltar ao templo e descansar!

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