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História Janta - Para uma pessoa que tem tudo


Escrita por: D_Hinna

Notas do Autor


Gente, estou em final de período, uma correria sem tamanho e com trocentas reposições pra fazer. #Socorro
Eu juro que esse capítulo não é filler, inclusive temo dizer que estamos começando a tão dolorosa (ou não tanto) caminhada para o final da fic.

Mas nesse meio tempo vocês fiquem com Me and My Broken Heart - Rixton

All I need is a little love in my life, all I need is a little love in the dark,
a little but I'm hoping it might kick start, me and my broken heart...
I need a little loving tonight hold me so I'm not falling apart...
Maybe some part of you just hates me, you pick me up and play me
How do we call this love?
One time tell me you need me tonight, to make it easy, you lie and say it's all for love

Capítulo 17 - Para uma pessoa que tem tudo


Ela saiu do banho com uma toalha amarrada em seu corpo, entrou no closet e por lá demorou alguns longos minutos. O silêncio era excruciante. Eu tinha tentado dizer alguma coisa a Lena, mas ela simplesmente me ignorou, eu esperei sua volta sentada na cama, pensando em tudo que tinha acontecido. Ela emergiu closet usando aqueles pijamas estampados, veio até a cama, passou por mim ainda sem me encarar diretamente e deitou-se puxando os lençóis para si, fez isso com tanta força que eu quase fui jogada para fora do colchão. Suspirei procurando paciência, lhe mirando indignada pela pirraça - mesmo estando de costas pude ver nitidamente o sorriso debochado que ostentava nos lábios.

-Sistema remoto. – Lena falou alto.

-O que?

Um bipe soou alto duas vezes eu me levantei num sobressalto, ele continuava deitada na cama, tranquilamente.

-Sem iluminação. Tela grande. Portas acessíveis. – Ela disse em alto e bom som no mesmo instante que o barulho cessou.

Assim como no subsolo da L-Cop, as parede começaram a se mover de onde não haviam vincos, como se brotassem do nada, na janela foi coberta por uma película horizontal num tom branco e a parede de frente à cama seguiu na contramão, verticalmente, projetando uma superfície negra espelhada, ocupando canto a canto da parede do quarto, parando apenas um palmo antes da porta.

-O que é isso? – Perguntei olhando abobalhada para todos os lados, me ajeitando sobre a cama.

-Minha casa é automatizada. – Ela falou casualmente, se virando de frente à tela. –Eu considerei bastante te mostrar isso da primeira vez que você veio.

-Por quê? – Meu olhar saltou da tela para ela.

Ela deu de ombros.

-Não sabia o que você ia pensar. – Ela se sentou na cama. – Menu. – Ela voltou a usar seu tom imperioso, um teclado em arco se formou a sua volta, era uma espécie esquisita de holograma que se apresentava com traços azuis. Ela começou a tocar naquele espectro de luz e de alguma maneira ele parecia responder, cada quadrado que seus dedos encostavam ficavam preenchidos com uma luz amarela desmaiada que desaparecia assim que ela o soltava. A tela ligou e a imagem era extraordinária, ela colocou em algum programa que envolvia água, quando focava nas ondas eu realmente pensava que seria molhada pela maré cheia.

-Por que você está me mostrando agora?

-Eu não estou te mostrando, eu estou assistindo. – Ela me cortou ríspida. Seu olhar nem se dignou a me tocar. –Mas se quiser saber, o que você pensa não importa mais. – Ela falou tão casualmente que demorou um segundo para processar a tapa na cara.

-Quando foi que você virou essa pessoa? – Não contive a indignação no meu tom.

-Eu sempre fui essa pessoa. – Ela piscou pra mim ainda naquele tom cínico.

Eu revirei os olhos voltando a procurar paciência aonde não tinha. De repente Lena tinha se transformado numa pré-adolescente irritante e quase me tocou o sentimento da noite passada de deixá-la sozinha.

Olhei para sua face emburrada, o suave bico contrariado em seus lábios e respirei fundo. Eu jamais poderia voltar a fazer aquilo, apesar da vontade. Mas se ela queria jogar, eu também tinha minhas cartas, bom, se minha voz a irritava tanto, era exatamente isso que ela ia ter.

-Parece com aquele seu escritório. – Insisti na conversa com um tom casual.

Por incrível que pareça ela não me respondeu com cinquenta pedras da mão.

-É o mesmo princípio, a mesma tecnologia. É muito cara para ser comercial então só aplicamos em pedidos por encomenda. – Terminou de dizer apertando em um botão que se preencheu com uma luz vermelha e o teclado desapareceu no ar, num piscar de olhos.

-Eu nem imaginava que vocês faziam isso.

Ela me encarou o cenho franzido.

-Automatismos? Nós somos uma empresa de tecnologia, Kara. Podemos até não nos sair bem em construção civil, mas isso é porque nosso projetos são sofisticados demais para o mercado comum, não é economicamente viável... – Acho que fiz alguma expressão inconsciente porque ela parou de falar, e seus olhos estreitaram percebendo algo não dito. –Você não estava falando disso, do automatismo, não é mesmo?

Eu ri suavemente.

-Não mesmo, eu estava falando de pedidos por encomenda.

Eu senti que ela não queria, mas ainda assim sorriu com minha resposta aleatória, entretanto assim que percebeu seu próprio gesto, no mesmo instante, virou seu rosto para tela. Eu respirei fundo, resignada.

-Sabe, você não precisa fazer isso... – Mordi os lábios. - Ficar com raiva de mim o tempo todo. Eu entendi o que você quis dizer, eu vou te dar todo o espaço que você precisa para lidar melhor com o que aconteceu, mas você também pode não ser tão dura comigo... Assim, se você não quer ser minha namorada você não precisa deixar de ser minha melhor amiga.

Seus olhos viraram para mim um tanto quanto abalados.

-Você nunca falou em eu ser sua namorada.

Eu dei de ombros.

-Não achei que precisava. – Revirei os olhos, minha cabeça pendeu para o lado, acanhada. Péssima hora para não estar de óculos, daria para eu ajeitá-los só para olhar sua reação sem encará-la diretamente. –Imaginei que fosse algo implícito no pacote. – Murmurei desajeitada.

-Não, não estava. Nunca imaginei que você teria coragem.

-Supergirl não, mas Kara sim.

Ela se sentou na cama, sua mão em meu ombro me puxando para perto, seu rosto invadindo meu espaço pessoal. Seus lábios a centímetros dos meus. Eu sentia sua respiração calma no meu rosto, aquele banho de ar quente que fazia arrepiar todos os fios do meu corpo, o cheiro inebriante de sua pele que atiçou todos os meus sentidos, eu me movi quase involuntariamente tentando selar a distante entre nossos lábios, mas assim que fiz o primeiro movimento ela se afastou e nos encaramos, ela em perfeito controle de seus sentidos, eu quase ofegante, completamente atordoada. Sua mão deu tapinhas em meu ombro num gesto de consolação antes dela se afastar completamente.

-Você sempre quer beijar suas amigas? – Ela perguntou enquanto ia se deitando.

Antes que ela descesse o corpo eu segurei seu ombro impedindo o movimento, ela parou e me olhou sem entender o que eu estava fazendo, a inércia durou apenas um segundo, mas foi o tempo suficiente para minhas mãos avançarem sobre seu rosto se moldando as curvas de seu maxilar, puxando-o para mim. Minhas mão escorregaram até a sua nuca quando finalmente selei nossos lábios. Ela poderia ter me afasto, ela poderia ter me impedido, mas não vez, se rendeu logo ao toque da minha boca. Ela deixou seu corpo cair pela cama, e eu me permiti ficar sobre ela. O contato foi tão intenso que nós esquecemos de respirar. Me afastei ligeiramente ofegante, nós não tínhamos aqueles beijos de filme, aonde as coisas aconteciam como mágica e pareciam que nossas bocas foram feitas para estarem juntas, era, na verdade, um beijo agoniado, muito urgente, muito necessitado, cheio de repressão, cheio de precipitações em seu curso. Era um beijo que não tinha como dar certo, mas dava; que não deveria ser tão bom, mas era; que chegava a ser doloroso de tão precioso.

Senti sua mão pressionar contra meu corpo, me empurrando, eu cedi a sua ínfima força, rolando pela cama, deitando de barriga para cima ao seu lado.

-No seu planeta, - ela disse arfando - o que exatamente vocês entendem por “dar espaço”?

Eu ri sem graça pelo comentário.

-Significa que eu vou respeitar sua decisão, mas continuarei por perto.

Nos entreolhamos e cedemos ao momento, deixando que aquele sorriso meio cúmplice, nosso velho companheiro das jantas, triunfasse sobre as animosidades. Seu olhar fugia do meu e se concentrava na tela, ela mordiscava o unha do polegar tentando de alguma maneira disfarçar o tamanho da curva em seus lábios, sem muito sucesso. Eu sorria junto, aceitando a contragosto a facilidade que era ficar hipnotizada por aquela mulher.

Era impressionante que mesmo no caos total conseguíamos ter o nosso próprio mundo, sempre tinha sido assim, quando estávamos juntas ela deixava para trás a mulher de negócios e eu a capa de super-heroína, as coisas eram leves e alegres não por serem assim, mas porque perto dela, ela as tornava assim. Era fácil sorrir perto de Lena, era fácil ficar alegre perto de Lena, porque quando eu estava com Lena eu só pensava nela, então meu mundo era ela, e era um mundo extraordinariamente belo. Suspirei um pouco nostálgica, eu não conseguia entender o que estava acontecendo com a gente, se o sentimento ainda estava ali, por que as coisas pareciam tão diferente de antes? Por que esse antes soava agora tão longínquo e saudoso?

Uma batida na porta irrompeu meus pensamentos, por um instante achei que fosse Consuelo mas a voz que se projetou era máscula e grave.

-Lena?!

-Bruce? – Ela respondeu se sentando na cama. Ela olhou para mim, e depois para a porta, deu de ombros. – É só o Bruce. – Ela disse como se aquilo significasse algo pra mim. –Pode entrar! – Gritou sem esperar que eu respondesse algo.

Ele abriu a porta hesitante e parou em seu vão dando de cara comigo.

-Tá tudo bem? – Seu olhar desconfiado me encarava a todo instante, ele entrou no quarto fechando a porta atrás de si. Ele estava com um terno Armani preto, uma gravata listrada azul marinho e carregava em sua mão uma sacola azul da Tiffany.

-Sim, está sim. – Ela respondeu. –Essa é a Supergirl, minha amiga.

Ele se aproximou, estendendo a mão. De novo a sensação estranha do toque de sua pele. Era tão esquisito não ter sentido ele chegar, ela andava com tanta elegância e maestria que seu peso parecia ser anulado quando seus passos encostavam no chão. Bruce Wayne era um homem incomum, me despertava curiosidade e inúmeros sentimentos negativos.

-Já fui apresentado a seu primo, Superman. É um prazer.

Ele soltou minha mão e voltou a olhar para Lena.

-Por um instante tive medo de lhe acordar, mas Consuelo disse que eu poderia vir aqui.

-Sim, estou acordada há algum tempo, só não tive disposição para ir trabalhar hoje.

-Aonde está a Kara?

Os olhos de Lena se voltaram para mim.

-Não sei.  Supergirl, aonde está Kara?

-Kara? Ka-Kara? – Engoli a seco lhe fulminando com o olhar. Ele lançou seu olhar pra mim e eu forcei meu melhor sorriso amarelo. – Kara está em casa, eu passei por lá antes de vir para cá.

Ele assentiu com a cabeça, num sorriso educado.

-Eu só passei para lhe deixar isto. – Ele circundou a cama e lhe estendeu a sacola. Lena sorriu encantada com o mimo. Retirou de dentro uma caixa retangular de veludo preta.

-Obrigada Bruce, não precisava.

Ele sorriu de volta.

-Eu ficaria muito feliz se usasse no jantar de amanhã.

Lena ostentava um sorriso tão grande e envergonhado que não lhe cabia na face, levantou-se abrindo a caixa, ela estava maravilhada com o colar de diamantes que ele lhe entregara, era uma fina corda em ouro branco que na metade da corda começou a ser encrustada com diamantes, descia como um arco e em cascata as pedras prismas pendiam enfileiradas, sem jamais cair. Estava na cara que aquele colar era mais caro que bonito.

Lena levantou o cabelo em um coque erguido por sua mão e virou de costas para que Bruce colocasse nela, coisa que ele fez quase imediatamente, assim que abotoou deixou a ponta dos dedos alisarem a nuca de Lena, que sorriu balançando a cabeça, se afastando rapidamente do toque. Ele manteve seu ar cordial, sem nem cogitar demonstrar o orgulho ferido pela sutil recusa de Lena. Ela caminhou animada até seu closet soltando o cabelo no caminho e abrindo dois botões da blusa do seu pijama, como se nada tivesse acontecido – bom, talvez não tivesse, talvez fosse só minha mente enciumada vendo coisas.

-Ele é lindo! – Disse quando se viu no espelho. E voltou retirando o colar para colocá-lo na caixa. –Eu vou usá-lo amanhã com muito prazer.

-O que acontece amanhã? – Me intrometi tentando não soar tão xereta.

-Um evento com algumas empresas e oficiais do governo, eles querem anunciar um plano de trabalho com incentivo fiscal. – Bruce disse casualmente. –Foi por isso que vim de Gotham pra cá.

-Para isso e para me mima. – Ela disse dando um tapinha em seu ombros. Ele riu charmoso.

-Quando estou aqui essa é o meu único compromisso. – Ele segurou a mão de Lena e lhe beijou calidamente os nós nos dedos. -Senhoritas, se me dão licença... – Ele me cumprimentou com um aceno de cabeça antes de sair do quarto.

-Quão bem você conhece esse cara?

Ela franziu o cenho com minha pergunta, guardando o colar na caixa e depois na sacola.

-Há muito tempo, acho que uns cinco, seis anos.

-Isso tudo?

-O conheci em uma das festas de Lex. É a empresa dele que nos tirou do ramo de construção civil. As Empresas Wayne colonizaram Gotham e tentam a todo custo dominar o mundo. – Havia um drama exagerado, quase brincalhão em seu tom, nem parecia a mesma pessoa de antes que nem conseguia me dirigir a palavra.

-Você gosta dele, não é?

-Do Bruce? – Ela sorriu com um tom de felicidade. – Sim, ele é incrível.

Meus olhos estreitaram, bom, eu sabia que ele era um santo porque milagrosamente parecia que ela tinha esquecido como estava com raiva de mim. Sua mente tinha ficado completamente dispersa.

-Eu percebo. – Soltei seca, nem perceber o vincos estampando minha testa.

-O que foi?

-O que?

-Essa sua cara.

-Não é nada. – Disse em um suspiro entrecortado. Sacudi a cabeça. –Parece um colar bem caro.

Ela concordou com a cabeça relevando meu tom.

-É sim, um design exclusivo, nós havíamos visto enquanto passeávamos pela cidade. – Ela deu de ombros encarando a sacola. –Foi atencioso da parte dele.

-Ele é atencioso assim com todo mundo ou só com você?

Seus olhos voltaram aquele fuzilar assassino para mim. Eu já estava ficando com saudades da sua contínua implicância.

Mas ao contrário do que eu esperava, ela não disse nada. Ela se levantou da cama e se dirigiu para o closet, acompanhei seus movimentos com o olhar, até ela desaparecer porta a dentro. Na tela a minha frente recortes de cenas aleatórias passavam sem minha atenção, suspirei na impaciência e fui até seu closet. Pendi minha cabeça na porta aberta, ligeiramente hesitante, a encontrei no extremo do quarto atrás de um daqueles cabides móveis com sobretudos estendidos dentro de sacolas herméticas. Me aproximei lentamente, sem que ela tivesse noção da minha proximidade.

Ela estava em frente ao espelho, completamente focada no vestido vermelho que provava, com os cabelos soltos jogados despojadamente de lado, um generoso decote em vê e um corte sereia longo, que agarrava as curvas de seu corpo num perfeito contorno, ela ainda não tinha colocado o colar que Bruce lhe dera, mas estava com a caixa de veludo nas mãos.

-Eu coloco pra você. – Disse num sussurro.

Ela não teve nenhum sobressalto, apenas estendeu a caixa. Eu peguei o colar da maneira mais delicada que pude, ela afastou seus cabelos enquanto lhe circundei o pescoço e abortei a joia. Nós duas contemplamos seu reflexo.

-É bonito, não é? – Ela disse tocando na peça.

-É lindo. – Falei olhando para o decote.

Ela percebeu o baixo do olhar e me deu uma cotovelada nas costelas.

-Ridícula. – Soltou se afastando e se encarando de perfil.

-Sobre o que realmente é o jantar de amanhã?

-Eu havia convidado a Kara para ir comigo, caso não se lembre.

-Não, eu não me lembro. – Confessei recebendo uma revirada de olhos

-Tem a ver com a proposta de exploração do espaço.

-Kara ainda está convidada não é?

-Depende, eu conseguiria lhe manter longe?

-Nem se tentasse.

Ela voltou a parar em frente ao espelho, concordando com a cabeça para si mesma. Aquela era a roupa.

-Por que você convidou a Kara, se tinha o Bruce pra ir contigo?

Ela deu de ombros.

-Por que eu iria passar uma noite com o Bruce se eu poderia passar com a Kara?

Eu sorri um pouco convencida, mas não deixei transparecer, a qualquer indício de minha satisfação, ela retiraria o que acabara de dizer.

-Ele é um cara curioso esse tal de Bruce.

-Ele é sim, um passado meio trágico, perdeu os pais ainda criança durante um assalto, viu os dois sendo mortos.

-Coitado, por isso ele é tão vazio?

-Vazio?

-Sim, olhos dele, o jeito que ele se mexe, é como se ele tentasse não existir.

Lena voltou a dar de ombros.

-Não vejo essas coisas.

Eu balancei a cabeça.

-É esquisito. – Expirei voltando a me aproximar dela, abrindo o colar e lhe entregando. – Foi um bom presente.

-Foi. – Ela concordou vagamente, voltando a guardar o colar. Ela voltou a recolher seu cabelo esperando que eu desabotoasse seu vestido. Eu pacientemente desabotoei o colchete e devagar fui descendo o zíper. – E pra você, Kara? O que é um bom presente? O que dar de presente para mulher que tem tudo?

 Senti minha sobrancelha arquear com a pergunta. E nossos olhares se encontraram no espelho, comigo terminando de descer completamente o zíper. Pensei em seu delicioso sorvete, naquele céu estrelado, nas noites ao seu lado. Suspirei escorregando as alças de seu vestido sobre seu ombros.

-É engraçado de uma maneira meio triste, você acha que eu tenho tudo, mas é tipo o Bruce, como ele pode ter tudo sem ser realmente feliz? Com tantos fantasmas lhe assombrando? E vamos dizer que eu tenha, eu realmente todas as coisas do mundo, de que adianta? Se e única coisa que eu realmente quero ter é você.

Ela sorriu sem graça e virou de frente para mim, com a vestido caído em seu colo, sustentando apenas por seus braços flexionados. Seu olhar veio diretamente para o meu, alisando meu rosto com as costas da sua mão num tom melancólico.

-Você tinha.



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