1. Spirit Fanfics >
  2. Jariana- O Dominador e a Submissa (hot) >
  3. Atenciosamente, Justin Bieber.

História Jariana- O Dominador e a Submissa (hot) - Atenciosamente, Justin Bieber.


Escrita por: Tia_Lore

Notas do Autor


Boa Leitura!

Capítulo 16 - Atenciosamente, Justin Bieber.


Fanfic / Fanfiction Jariana- O Dominador e a Submissa (hot) - Atenciosamente, Justin Bieber.

Narrado Por Ariana

 

      Estávamos todos na sala do Apartamento de Justin no domingo a tarde. Bom... Na verdade só estava eu e seu advogado. Minhas mãos tremiam, meus pés batucavam no chão de tamanha agonia. Cocei minhas mãos e comecei a esfrega-las  uma a outra para não acumular suor.

         Justin desceu as escadas com um documento em mãos e assim que pode, fui seu primeiro alvo de olhar na sala. Ele não parecia nervoso. Bem pelo contrário! Soltava fogos de artifício pelos olhos, porém de uma formal bem formal como sempre. Assim que se aproximou de nós ele entregou o papel ao advogado e se sentou do meu lado.

- Vocês já negociaram tudo?

A voz do moço estava calma e nítida.

Olhei Justin.

- Não, faltam poucos detalhes. - Ele olhou para mim - tem coisas que ela ainda não sabe.

Arqueei ambas as sobrancelhas. Ainda tinha mais? Oi?!

- O que você quer dizer com isso Justin?

Tentei soar calma, mas eu estava prestes a dar-lhe uma voadora.

- Está tudo bem Ana - Ele segurou minha mão para acaricia-la - Não é nada demais.

- Pois bem - disse o homem quebrando o clima - Eu devo sair?

Justin concordou com a cabeça sem tirar os olhos de mim. O homem se retirou da sala e se direcionou a outro cômodo longe o suficiente para nos dá privacidade.

- O que você ainda não me disse Justin?!

Desta vez minha voz não saiu tranquila.

- São pequenos detalhes, Calma. - respirei fundo e repeti para mim mesma que ia dar tudo certo - O que você não sabe é que o contrato tem uma validade. E essa validade é de seis meses, mas como eu sei que você não é muito segura com isso eu diminui para três meses.

- O que isso quer dizer?

- Quero dizer que em até três meses você será minha.

Engoli em seco pensativa.

- E você virá para cá somente nos finais de semana, terá seu quarto e eu cuidarei das suas roupas. Haverá exceções claro, mas esse será nosso... padrão.

- Que exceções?

Perguntei imediatamente. Eu queria saber tudo que tivesse direito.

- Bem... As vezes eu posso te querer no meio da semana.

Concordei com a cabeça. Aquilo não parecia ser tão ruim.

- Tudo bem.

Ele apertou minhas mãos com um sorriso discreto.

- Ótimo!

Foram essas suas últimas palavras até o Advogado voltar à sala. Ele tinha em mãos uma mala que ao ser aberta tinham alguns papeis. Ele retirou um documento exatamente igual ao que Justin me deu e uma caneta. Olhei para Justin a procura de um amparo. Queria que ele dissesse que ia ficar tudo bem, por mais que fosse mentira eu precisava ouvir isso mais uma vez.

         O homem me entregou o papel e a caneta. Aos poucos minhas mãos voltavam com os leves tremores. Coloquei o documento em cima da mesa de centro e me abaixei para assinar. Coloquei a ponta da caneta no início de uma prolongada linha que se estenderia com meu Nome. Naquele momento senti várias coisas. Pensei no tempo de validade que Justin disse. Ele diminuiu o tempo porque se preocupava comigo ou porque não me queria por muito tempo? Olhei para ele que estava com os olhos fixos em minhas mãos sobre o papel, mas ao notar que eu o olhava, ele sorriu para mim e acenou com a cabeça. Seu olhar dizia: "Confie em mim". E foi isso que eu fiz, assinei meu nome no papel porque tinha confiado nele.

        Assim que o Advogado foi embora pude ficar finalmente a sós com Justin. Um ar tenso caiu sobre mim. O que faríamos a partir dali? Suspirei e tentei me distrair com as bordas da minha blusa.

- Espero não me arrepender.

Disse quebrando o silêncio da sala.

- Você não vai.

Justin disse firme.

- O que vamos fazer agora?

Perguntei voltando minha atenção a ele.

- Eu tenho ótimos planos, mas... - disse ele empolgado - já está anoitecendo, e não quero ver você cansada. Amanhã voltaremos à rotina.

Revirei os olhos de tédio. Ele travou o maxilar sorrindo.

- Eu quero você disposta para mim entendeu?

Concordei com a cabeça.

- Diga que entendeu.

Ele disse calmamente o que me fez rir.

- Entendi.

Respondi sorrindo.

- Ótimo venha.

Ele se levantou e estendeu a mão para que eu a pegasse e foi isso que eu fiz. Levantei-me também e fomos em direção à porta. Logo, logo eu estaria de volta para casa.

 

                                 (...)

 

       Assim que adentrei em casa notei um silêncio incomum. Segui pelo corredor até chegar à sala. Chloé estava sentada no sofá assistindo sei lá o que com uma caneca em mãos. A mesma me lança um olhar ilegível. Coloquei o molho de chaves sobre a cômoda próxima e desabei no sofá.

- Tudo bem?

Pergunta ela que em seguida dá um gole em sua bebida.

- Porque não estaria?

Falei a ela não respondeu.

Olhei ao redor e vi algumas das caixas de Pedro.

- Cadê o Pedro?

Perguntei olhando para as caixas no canto da sala.

- Está na casa dele ué, inclusive ele deixou o endereço do apartamento dele - ela aponta para um papel pequeno perto da TV - caso você queira visita-lo.

Aquilo saiu com segundas intenções, tenho certeza.

- Uma pena ele não está aqui.

Lamentei.

- Você acha que ele esperaria por você? Ontem você chegou toda felizinha e mal o deu atenção. Hoje à tarde novamente.  Você está muito obcecada pelo Justin sabia? Deveria saber que existem outras pessoas neste planeta além dele.

Bufei saindo do meu autocontrole.

- Mas que caralho de problema você tem Chloé?! - Gritei para ela, àquilo pareceu espanta-la, ela ia falar algo, mas eu continuei. - Porque você sempre está envolvendo o Justin nos nossos assuntos?! Porque diabos você o detesta tanto assim?!

Franzi o cenho esperando uma resposta que logo chegou ao mesmo tom de voz.

- Ah fala sério Ariana - ela sorriu com sarcasmo - Você quer mesmo que eu a diga todos os motivos? - ela morde os lábios e olha o teto pensativa - Pois bem, você prefere em ordem alfabética ou cronológica?

Ela me encara. Levanto do sofá em meio a um pulo. Meu sangue pulsava em meu corpo, uma mistura de adrenalina e raiva se fundiu em mim.

- Eu não suporto mais isso Chloé! Não suporto mais ter que ouvir você dizer consecutivas vezes sobre minhas decisões. Eu não devo pensar em mim ao menos uma vez? Saiba que para uma melhor amiga você é uma egoísta, só pensa em você mesma e no seu Pitt!

Explodi.

- Não o coloca no meio disso!

- Ah! - Sorri - Não podemos falar dele, mas podemos falar da minha vida?

- Você é minha amiga, e talvez eu possa falar da vida de alguém que eu participo!

- Eu não gosto disso! Você sabe muito bem! - Me jogo no sofá e coloco as mãos em meu rosto a fim de cobrir minha aflição.

O silêncio voltou à tona e aquilo foi bom.

Eu não podia ver o que Chloé fazia, mas escutei um suspiro.

- Ari você é muito importante para mim sabia?

A voz dela saiu solene e calma.

Não respondi.

- Eu tenho medo do que ele quer com você.

Continua ela.

Solto uma risada irônica e tiro as mãos do rosto podendo assim encará-la.

- Eu sei me cuidar muito bem, Obrigada!

- Não, não sabe!

Balanço a cabeça negando, meus neurônios começaram a parecer funcionar.

Chloé não falava muito bem com Justin.

Ela odiava falar dele comigo.

Ambos mal trocavam olhares juntos.

E ela sempre insistia em me fazer mudar de ideia em relação a ele.

Bom, ele como pessoa é: machista, metido, tosco, arrogante, controlador, hipócrita,  antiquado, babaca e outros adjetivos que não vale a pena ser citado.

Ela sabia coisas demais dele.

Não.

Não.

Eu não podia acreditar nisso.

- Chloé por acaso você e o Justin já tiveram algo?

Alterei a voz ainda tentando manter meu autocontrole.

- O que?! Está maluca - sua voz saiu falha. - Ariana eu não estou te reconhecendo...

- Responde a Porra da minha pergunta!

Saltei do sofá novamente.

Apertei com força minhas mãos, eu poderia socar alguém naquele momento.

- Ariana por que você está falando assim...

- Responde!

Gritei.

Chloé baixa o olhar incapaz de me encarar. Meus olhos marejam ameaçando deixar cair lágrimas. E quando vi já estava em um pranto silencioso e doloroso.

Como eu puder ser tão burra? Eu acabei de assinar um contrato com alguém que mentiu para mim este tempo todo! Minha vontade era de socar Chloé e Justin ao mesmo tempo.

- Eu... Quase fui submissa dele.

Aquelas foram suas primeiras palavras.

- Eu não aceitei por que vi o quão sombrio ele era. Você tem noção disso? - ele se calou, mas logo voltou a falar - Acho que não, pois ele te trata diferente não sei por que.

Soltei um suspiro.

- Ele me batia todas as noites - Naquele momento pude ver que ela também chorava - Não conforme a brincadeira, e sim de uma forma verdadeiramente violenta. Mas mesmo assim eu o queria, e isso só piorava as coisas, pois este jogo não envolve sentimentos.

A encarei, seus olhos estavam vermelhos e ela soluçava encarando o chão.

- Eu não aceitei o contrato por que o amava e sabia que aquilo não era respondido. - ela se calou por um tempo novamente. Senti uma lágrima silenciosa cair lentamente, doeu muito ouvir aquilo dela. Logo a mesma voltou a falar - O tempo passou e tudo voltou ao normal aos poucos. Até o dia em que eu fui à sala dele a procura de um emprego para você. Eu queria ter te ajudado há mais tempo com isso, mas tinha medo dele se interessar por você, por que você é bonita e doce, do jeito que ele gosta. - Engoli em seco - e no final foi isso que aconteceu, eu tentei te alertar de todas as maneiras.  Pelo menos não aconteceu o pior.

Juntei forças para falar.

- O que seria o pior?

- Assinar o contrato. -ela fez uma pausa refletiva e logo voltou a falar - Você assinou?

Chloé me fita completamente arrependida por não ter me dito aquilo antes. Olhei para o lado e pressionei os lábios chorando, não ousei responder e ela entendeu que aquilo era um sim.

- Ai meu Deus Ari! Você assinou?

- Porque você só me disse isso agora?

Neguei com a cabeça várias vezes. Então aquele Justin que eu havia conhecido até agora não era o verdadeiro Justin. Como eu pude ser tão lerda céus?! E o pior é que eu sentia algo por alguém que não ligava para mim.

Naquele momento eu queria ter minha família do meu lado para me amparar.

Alguém que me acolhesse sem questionamentos.

E quando cai em si lembrei que eu tinha.

      Caminhei até a estante da TV e num rápido movimento peguei o papel com um endereço anotado e as chaves do carro.

      

                                (...)

 

      Tentei ser firme e não chorar durante todo o percurso de carro, mas logo que vi a figura de Pedro do outro lado da porta pulei em seu corpo o abraçando com toda a força que minutos antes eu teria quebrado a cara de alguém. E logo algumas lágrimas começaram a cair novamente sem serem convidadas.

     Ele não questionou, nem hesitou apenas retribuiu o abraço apertado enquanto acariciava meus cabelos.

- Calma pequena.

Essas foram suas palavras de consolo. Naquele momento eu não queria pensar em mais ninguém apenas naquele Abraço consolador.

 Me afastei dele vagamente. Seus dedos começaram a limpar meu choro carinhosamente.

- O que foi? Por que está assim?

Seu rosto expressava inquietação.

Neguei com a cabeça incapaz de dizer qualquer coisa. Ele compreende e sem me soltar, fecha a porta e me guia até o sofá. Nos sentamos juntos e eu pousei minha cabeça em seu ombro enquanto seu braço me envolvia e acariciava meus cabelos. Recebi um beijo na testa e aos poucos ia me acalmando.

      Era bom ter alguém que te ajudasse sem te julgar. Eu não consegui sentir mais raiva de Justin nem de Chloé e sim de mim mesma que entreguei tudo a ele. Eu entreguei meu corpo, minha dignidade a um homem que só pensava em si mesmo. Soltei um suspiro. Eu deveria seguir em frente e ser forte. Amanhã eu iria para o trabalho firme e forte e se fosse para enfrentar Justin eu enfrentaria. Pedro me deu aquela força. Peguei sua mão para acaricia-la, àquilo era uma forma de agradecer sua preocupação.

- Você é quem eu precisava sabia?

Falei baixinho sem soltar sua mão.

Ouvi uma risadinha e logo ele apertou minha mão.

- É bom saber disso.

Me afastei um pouco para poder vê-lo e ele fez o mesmo.

- Posso te perguntar por que você está assim?

Concordei com a cabeça.

- Pode - falei - Mas eu não vou querer responder com todas as palavras.

Ele assente tentando entender.

- Tá então... Por que você está assim?

Perguntou ele e eu me calei por um tempo tentando saber o que dizer.

- Sabe quando você se arrepende imensamente por ter feito algo e não poder voltar atrás?

- Sempre se pode voltar atrás pequena, basta querer.

- Mas no meu caso não pode.

Ele ficou em silêncio por um tempo.

- Eu posso te ajudar?

Sua voz foi calma e doce.

- Já está me ajudando.

Respondi e novamente me pousei em seu ombro, seus braços voltaram a me envolver apertando-me contra si.

Aquela era a melhor ajuda no momento.

 

                                     (...)

 

      No espelho do elevador da Auprayer senti orgulho de mim mesma pelo belo trabalho que fiz. Passei a noite em claro e graças a minha maquiagem minhas olheiras não apareciam e meu rosto estava em perfeitas condições e restritamente apresentáveis, Ninguém notaria que eu passei a noite inteira chorando.

       As portas se abriram, caminhei calmamente no grande salão que daria para a sala de Justin. Tratei de colocar um pouco de entusiasmo no rosto. Eu era mais forte que isso. Eu estava cansada de chorar por homem. Ao passar pela recepção a Vadia ruiva interrompeu meu percurso com um "Senhorita?”.  Direcionei-me até ela calmamente.

- Pois não?

Falei da forma mais formal possível.

- O seu lugar não é mais na sala do Senhor Bieber. - Franzi a testa, era notável em seu tom de voz que aquilo a deixava feliz - Ele tirou todas as suas coisas de trabalho da sala dele e colocou em outro departamento do prédio.

Soltei um suspiro. Porque ele tinha feito aquilo?

- E em qual departamento eu estou?

Perguntei com um sorriso doce a fim de não deixar transparecer meu ódio. Aquilo pareceu irritá-la e eu gostei.

- No trigésimo oitavo andar.

Ela pegou uma chave por trás do balcão e praticamente o jogou em minhas mãos.

- Obrigada, tenha um ótimo dia de trabalho.

Sorri docemente e me retirei, de costas para o balcão revirei os olhos e me voltei para o elevador. Justin não me queria mais em sua sala, talvez isso significasse algo que Chloé disse sobre ele ontem. Ele poderia estar começando a ser ele mesmo, começando por não me querer mais com ele em horário de trabalho.

     Novamente no elevador me perguntei para que diabos eu tinha uma chave. Por acaso eu teria uma sala só minha? Me empolguei com a ideia. Não demorou muito e logo as portas foram abertas no meu destino. O local era enorme e cheio de mesas com computadores no qual havia pessoas sentadas, enquanto outras andavam para lá e para cá com papéis em mãos.

- Ariana?

Uma voz estranha me chamou me virei em direção ao som e pude ver uma mulher loira muito bem vestida que se aproximava de mim.

- Sou eu mesma.

Respondi atômica.

- Sou a Diana, queira me acompanhar, por favor.

Disse ela com um sorriso encantador.

 Concordei com a cabeça e a segui. Passamos por entre as mesas seguindo por um lugar menos movimentado, lá tinha um pequeno corredor e uma porta única. Ela parou em frente a porta e me encarou.

- A senhorita recebeu as chaves?

Perguntou ela já prevendo que minha resposta fosse sim.

- Sim, já recebi.

- Ótimo, aqui será seu mais novo local de trabalho.

Bingo! Concordei com a cabeça feliz por minha intuição ter estado certa.

- Você continuará trabalhando no mesmo cargo com as mesmas regras, agora a senhorita comanda este setor. - arqueio as sobrancelhas, aquele não era meu cargo. Ela sorri com minha reação - Calma senhorita, estas pessoas estarão aqui para ajudá-la com o que precisar.

- Mas são muitas!

Exclamei surpresa

- Seu trabalho também será muito a partir de agora.

Ela sorriu uma última vez e se retirou.

Aquelas informações eram muito poucas para mim. O que eu faria a partir de agora? Peguei as chaves e destranquei aquela porta moderna.

Eu estava boquiaberta.

Aquela sala era extremamente fantástica.

Fechei a porta abafando o barulho que fazia na área movimentada. A sala era iluminada pela luz do sol, pois o vidro ia dos tetos ao chão permitindo-me ter a visão da cidade. A mesa que provavelmente seria minha era bem maior do que a que eu estava acostumada. Minha cadeira era de um couro preto e giratória. Tinha estantes de livros e algumas poltronas que deveriam ser para os visitantes. Justin realmente se superou e eu deveria tirar proveito disso. Havia um computador sobre a mesa ao lado de alguns papeis e algo que parecia ser uma carta.  Aproximei-me e abri o embrulho.

     

Resolvi dar a você uma sala única

Pois agora que você é minha será

Uma tentação vê-la e não toca-la,

Isso sem contar na distração você me faria.

 Você rouba minha atenção sabia?

 Foi assim desde o primeiro dia que te vi.

 

  Atenciosamente,

Justin Bieber.

 

       Então eu roubava sua atenção? Recordei-me do dia da entrevista quando eu estava no elevador prestes a ir embora, e quando olhei para trás ele estava lá me olhando. Será que ele estava tentando me enganar com tudo isso? Olhei para o outro lado da sala e vi outra porta. Caminhei até ela e a abri.

Era um banheiro muito bem mobiliado.

Fechei a porta e me direcionei até a mesa. Apanhei um dos papéis, porém não me surpreendi ao ver que eram relatórios. Já sabia qual era meu trabalho então trarei de começar a trabalhar.

 

                                 (...)

 

        No final aconteceu tudo exatamente perfeito, realmente o número de relatórios triplicou de uma forma bem mais complexa, mas aquelas pessoas realmente me ajudaram e logo peguei o jeito. Acredita que até recebi meu almoço na sala? Aquilo foi ótimo, pois assim eu evitaria Chloé no refeitório. Com o rolar da tarde coloquei uma música no computador enquanto trabalhava para relaxar e me distrair. Justin se quer deu as caras, e eu não me preocupei em procura-lo. Aquilo foi mais um motivo para eu saber que ele estava me evitando.

      A noite chegou tão rápido que nem percebi. Quando já arrumava minhas coisas prestes a ir embora fui surpreendida com algumas leves batidas na porta e sem que eu respondesse o rosto de Justin apareceu na frecha da porta.

- Posso entrar?

Ótimo, aquele era o momento mais aguardado do dia.

- Sim.

Ele entrou vagamente e muito entusiasmado.

- Espero que tenha gostado. - Ele olha a sala dando a entender ao que se referia. - Achei que seria uma ótima desculpa para seu aumento.

Justin parecia estar orgulhoso de si mesmo.

- Aumento?

Perguntei inquieta.

- É! - Ele voltou a me olhar e se aproximou - Eu sei que você só está aqui por que precisa pagar as dívidas da sua universidade.

Como ele sabia daquilo?

- Então... - continuou ele - Resolvi aumentar seu salário, inclusive este mês você já pode se livrar das contas que deve sabia? E ainda sobrará para você e para sua família. Eu não quero que apenas o salário te prenda aqui.

Por um segundo meu ódio sumiu. Não por conta do dinheiro, Mas sim por que ele pensou em mim e principalmente na minha família. Eu não sabia o que dizer, obrigada não era o suficiente. Mas como eu disse, isso durou um segundo logo me veio a noite passada na cabeça e o quanto eu sofri ao saber de tudo.

- Muito obrigada - O encarei - Muito obrigada mesmo.

Justin concordou com a cabeça em meio a um sorriso fraco.

- Justin... Você falou com a Chloé hoje?

Talvez eles houvessem conversado, e então ele resolveu fazer tudo isso para me agradar e me fazer perdoa-lo.

- Não. - Ele disse franzindo o cenho com minha pergunta momentânea. Ele me parecia estar sendo sincero, ou isso ou ele era um ótimo ator. - Por que a pergunta?

- Por que eu descobri tudo entre vocês dois.

Disse na lata. Ele se surpreendeu com aquilo e se aproximou a minha mesa rapidamente.

- Tudo o que exatamente?

Seu tom de voz era sério e assustado.

Levantei-me da cadeira e apoiei minhas mãos na mesa me inclinando de leve para frente podendo assim encará-lo melhor.

- Absolutamente tudo. Sobre vocês dois no passado terem algo a mais e também que... - Sorri com ironia - Ela quase se tornou sua submissa, e Isso só não aconteceu por que ela não foi tão burra quanto eu.

Eu não alterei a voz em nenhum momento, não queria perder a elegância.

- Você só pode estar brincando né?

- Não, não estou!

Gritei um pouquinho, eu estava pouco me lixando para quem escutasse.

- Ana...

- Você batia nela!

- Isso faz parte...

- Não da forma que ela me disse!

Ele se calou, àquilo me serviu de que tudo era verdade.

- Eu não queria que você soubesse disso...

- É você mentiria para mim até quando?

O interrompi.

Não chore, por favor.

Não chore.

- Eu pretendia te contar sim...

- Quando?! - O interrompi mais uma vez - depois que eu assinasse? - Neguei com a cabeça e Soltei uma risada nasal - Se foi esse seu objetivo meus parabéns, você conseguiu.

Essas últimas palavras saíram baixas e frias.

- Ana, eu só não te contei antes por que isso atrapalharia a sua escolha e eu não queria isso.

Justin falou tranquilo. Como ele podia estar assim naquele momento.

- Então pretendia me comer e depois me contar? Faça- me o favor Justin.

Sai por de trás da mesa e comecei a caminhar de um lado para o outro pensativa.

- Eu não quero mais isso.

Falei e ele me olhou decepcionado.

- Isso foi passado Ana, eu não sou mais daquele jeito.

Ele disse se aproximando de mim.

- E como eu posso ter certeza disso? Normalmente quem mente para mim nunca volta a ter minha confiança.

- Ana você está de cabeça quente e...

- Cabeça quente? A minha mão é que está quente, doida para marcar essa sua cara!

Gritei.

- Você realmente prefere acreditar nela do que em mim?

Perguntou.

- Ela é minha amiga - fiz uma pausa refletindo as palavras que disse - Era... Sei lá. Eu fui enganada por ela e por você... - Não chore, por favor - Eu me entreguei para você. Eu... - Abaixei a cabeça e comecei a chorar. Droga! Eu não queria mostrar que era fraca. - Eu entreguei a minha dignidade a você, por que achava que você era especial.

Parei de falar por conta do choro e dos baixos soluços.

- Passeios de Iate, Comida japonesa... Tudo fazia parte do seu plano.

- Claro que não Ana.

Senti sua mãos tocar meu braço, mas logo me afastei.

- Não toca em mim!

Bufei e ele continuava a se aproximar de mim enquanto eu caminhava para trás com o objetivo de manter a distância, até eu sentir a parede em minhas costas e ele se aproximar ainda mais de mim deixando-me encurralada.

- Ana eu não sei porque mas você está fazendo alguma coisa comigo. - ele parou por um instante e encarou o chão da sala - Eu não sei o que é, mas você é diferente. Eu passo horas pensando em você e isso me faz raiva, pois tenho dificuldades em me concentrar no que eu estiver fazendo

Engoli em seco e ele limpou minhas lágrimas e colou nossas testas.

- Só de imaginar você longe de mim ou com outro cara, dói mais que chibatadas nas costas.

Suas mãos acariciavam cada lado do meu rosto.

- Eu estou quebrando várias regras agora sabia? - Perguntou ele e eu não respondi, minha respiração começou a acelerar. Como eu odiava esse seu controle em mim. - Agora... Sem mais segredos.

     Eu queria ter o empurrado, ou sei lá qualquer coisa para afasta-lo, mas não consegui. Falhei em todas as tentativas. Eu iria perdoa-lo, mas agora seria diferente, eu iria parar de ser a sonsa Ariana de antes e começar a ser uma adulta de verdade. Ninguém mandaria em mim, não me deixaria ser levada pela opinião dos outros. Agora eu seria uma mulher. Uma mulher de verdade, com opinião própria e valores. E então neste exato momento eu declaro que o Jogo de sedução começou e eu usarei todas as minhas táticas femininas como ferramentas da brincadeira.


Notas Finais


Ariana está numa nova fase hahahaha! Espero que tenham gostado beijos! amo vocês <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...