História Jariana- O Dominador e a Submissa (hot) - O Vestido Rosa!

*Narrado por Ariana*

 

- Definitivamente não!

Diz Chloé que bufa em seguida.

- Mas que merda!

Reviro os olhos e me jogo sobre a montanha de roupas em cima da cama. Eram seis e quarenta  da manhã de terça feira, havia acordado digamos que um pouquinho tarde demais mas eu também não iria adivinhar que encontrar uma roupa para esta entrevista seria tão difícil.

- Seu closet parece um brechó Ariana!

- Calada!

Olho para dentro  do closet que estava praticamente vazio.

- O Justin gosta de roupas formais em um ambiente de trabalho, mas não um formal picareta igual essa coisas que você veste... – ela levanta e olha algumas das peças que estavam dentro do closet, ao passar a mão em todos apanha um vestido curto de alças fininhas, rosa bebê que realçavam minha cintura e abaixo era rodado. – Este aqui! Com um salto branco você vai arrazar!

- Nem vem! Esse vestido é muito infantil.

Cruzo os braços.

- Exatamente! Com essa sua cara de criança e esse vestido angelical. Ele vai pirar.

Ela sorri, batendo leves palmas e dando alguns pulinhos.

- Eu não quero o fazer pirar – rio dela. - Eu só quero conseguir esse emprego. E se eu conseguir poderei pagar minha faculdade, ganharei meu diploma, encontrarei um serviço na minha área e poderei voltar para o interior a cuidar da minha família.

Sorrio para o nada, e meus olhos brilham com aquilo. O plano era simples, mas não era fácil. E para isso eu precisava tentar, precisaria entrar naquele vestido querendo ou não. Pois Chloé conhecia seu patrão muito bem então seria melhor não contrariar.

- Eu sei que isto é o que você mais quer Ari, então... – ela morde o lábio inferior e estende o braço no qual segurava o vestido  levantando as sobrancelhas e segurando um sorriso. – vai vestir?

Reviro os olhos e sorrio.

- Claro que vou sua pidona.

Chloé sempre foi muito boa quando o assunto era roupas, moda, tendências e blá blá blá. Além disso, ela também sempre foi muito linda.  Alta, magra, e loira dos olhos azuis. Às vezes ela aparecia com um carinha novo aqui em casa, mas ela sabia me respeitar. Bom pelo menos ela nunca transou com um cara aqui. Eu acho. Homens definitivamente nunca foram um problema para ela, pois sempre conseguia quem queria. Era incrível. Já eu sempre tive esta dificuldade. Morei a minha vida toda em um sitio na Califórnia, então nunca conheci muitos garotos legais... bom, só o Pedro. Mas ele não podia contar, pois era meu melhor amigo de infância e no começo da adolescência. Depois ele se mudou para New Jersey e perdi todo o contato com ele. Aqui em Los Angeles as coisas não foram diferentes, Chloé até já tentou me apresentar uns caras mas simplesmente nenhum fazia meu tipo. Nenhum.

 

       (...)

 

O som das buzinas  nas ruas de Los Angeles eram insuportáveis. Já eram sete e cinquenta, faltavam apenas dez  minutos e eu estava presa no transito com Chloé, ela também tinha que trabalhar as oito, se não chegássemos a tempo ela estaria encrencada e eu perderia minha única esperança.

- Merda,merda,merda,merda...

falo com as mãos na cabeça enquanto olhava o mundaréu de carros na nossa frente. Chloé aperta a buzina do carro varias vezes, furiosamente ela abre o vidro do carro e coloca a cabeça pra fora na intenção de poder ver o que acontecia a nossa frente. Alguns segundos depois ela volta para dentro e bufa.

- Acidente.

Ela joga o corpo para trás.

- E a coisa está muito feia?

- Não tanto.

Olho para a Janela do carro, eu sei que eu tinha outras coisas em que pensar no momento mas o dia estava lindo naquela manhã.

- Será que dará tempo?

- Claro que dará! Você vai conseguir esse emprego, eu vou chegar a tempo no trabalho e hoje à noite tomaremos um champanhe rindo desta merda que esta acontecendo e vamos pensar “porque fomos burras de nos preocupar com aquilo?”

- Ótimo. Então... vai dar tempo, é claro que vai.

Sorrio tentando descontrair.

[...]

 

Andamos em passos largos, era possível ouvir nossos saltos fazendo estalos no chão feito com um tipo de pedra acinzentada. Estávamos atrasadas disto eu tinha certeza, mas preferi não olhar as horas, pois isso me deixaria ainda mais nervosa. Era um salão  amplo cheio de poltronas lindas e extremamente bem alinhadas.  Ah Chloé eu te mato. Pensei. Todos ali vestiam roupas no mesmo Tom nude de branco, preto e cinza. Adivinha quem era o pontinho rosa dali? Exatamente! Eu. Chloé para de andar e mais a frente eu também paro, olho para trás com uma cara de “por que parou?”

- Ari você precisa ir para o Trigésimo quinto andar, eu não posso ir com você. Vou acabar me atrasando mais, Alias eu também não posso perder este emprego e você sabe muito bem disso.

Ela sorri e eu também. Mas o meu sorriso era de nervosismo. Concordo com a cabeça.

- Tudo bem.

- Lá em cima terão algumas mulheres, e só você ir à recepção.

Seu olhar era triste, ela provavelmente já previa o que iria acontecer.  Suspiro por fim.

- Obrigado pela ajuda amiga.

Ela me abraça forte.

- Boa sorte.

Sorrio fraco e ela também. Chloé sabia o quão importante isto era para mim.

Respiro fundo e a deixo para trás. Ando com passos firmes em direção ao elevador.   

 Alguns executivos que estavam no elevador, não tiravam os olhos de mim, me senti bastante constrangida ali, o elevador parecia não sair do lugar, era tão silencioso e grande, nem parecia com os que já estava  acostumada. Ao chegar no ultimo andar, saio do elevador e quando menos espero estava boquiaberta. Aquele lugar era simplesmente maravilhoso. Todas as paredes dali eram feitas de vidro em tons de cinza. Era completamente iluminado pela luz do sol, mas mesmo assim as luzes de dentro estavam ligadas. Achei aquilo bem desnecessário pois estava tudo tão claro.      

Ando em direção a um balcão enorme que tinha por lá. Algumas moças falavam ao telefone extremamente sérias, todas muito bonitas. Será que o Justin contratava por padrão de beleza? Talvez isso seria um problema para mim. Dou alguns passos até  chegar na bancada que estava escrita com letras grandes na fonte “Britannic Bold” assim que me aproximo uma moça ruiva de olhos verdes que mexia em seu laptop para o seu a fazer e me encara.

- Pois não?

Ela pergunta formal.

- Tenho uma entrevista de emprego marcada aqui.

Sorrio gentilmente.

- Senhora, as entrevistas de empregos são feitas com representantes do dono da Auprayer no décimo terceiro andar.

Ela diz secamente e volta a mexer em seu laptop.

- Mas, disseram para eu vir para cá. Talvez fosse melhor você conferir.

Ela me encara novamente.

- Por acaso está duvidando de minha pessoa?

- Não! Não. Que isso... – Falo tranquilamente – Eu só tenho quase certeza que é aqui.

Ela revira os olhos de leve e pega um caderno grosso de capa preta em cima da mesa. A mesma batuca os dedos na folha do caderno procurando alguma informação.

- Aqui esta como “Amiga da Chloé”.

- sim! sou eu mesmo.

Quase dou um pulo de alegria.

- E também está aqui que sua entrevista  seria as oito  horas e já são oito e trinta e cinco.

Ela arqueia uma sobrancelha. Puta que me pariu!

- Ai meu Deus moça, e agora? O que eu faço?!

- Ir embora é uma ótima opção.

Ela fecha o caderno e volta ao seu trabalho.

Eu não podia acreditar naquilo. Não, não, não, não, não.

Olho ao redor do salão e lá no final dele vejo uma porta de dois lados enormes. De um lado havia um “J” e do outro um “B”.

- Justin Bieber.

Sussurro, esse era o nome dele então... provavelmente aquela era a sala dele. Olho para as moças do balcão que me ignoravam por completo. Eu não tinha colocado a porcaria daquele vestido rosa a toa. Saio dali e caminho depressa em direção a porta.

- Hey! Você não pode entrar ai!

Escuto umas das mulheres dizerem isso, ignoro e continuo andando a passos largos sem olhar para trás. Assim que chego na porta pego na maçaneta fria e giro para entrar na sala.

Ela estava vazia.

- Caramba!

Exclamo olhando para o local. As paredes de vidro fazia a sala ainda mais aconchegante. Havia uma mesa enorme no centro dela, com um laptop, alguns livros e muitos, muitos, muitos, muitos papeis. Atrás da mesa tinha uma poltrona que mais parecia um trono. Era simplesmente fantástico eu nunca havia visto algo  tão extremamente organizado assim. Ate mesmo os papeis desorganizados em cima da mesa davam um charme  na sala. Em minha direção havia duas cadeiras pretas de costas para mim pareciam ser para os “Convidados”. me aproximo da mesa olhando as enormes estantes de livros que havia dos lados e no meio delas, quase que escondido havia uma porta simples e estreita. Mas não me importei e continuei andando lentamente ainda admirada. Ao chegar na enorme mesa corro os dedos por ela. Nenhum pó. Encaro o “trono” e naquela distancia era possível ver um “JB” em Tom de cinza claro, pensei em sentar lá, mas seria muito arriscado.

- Pois não?!

Me assusto com uma voz masculina no local, me viro imediatamente para a direção do som que vinha da porta estreita, e em meio  ao giro de susto acabo derrubando um porta lápis que havia no canto da mesa. Uma pilha de lápis caem deixando os mesmos espalhados. MERDA! olho a figura de terno parado em frente a porta com uma sobrancelha arqueada esperando uma resposta.

- Eu sou... ãh – tusso para melhorar a voz e passo a mão no cabelo – Ariana.

Sorrio leve, e de repente a moça de cabelos vermelhos surge na sala com um olhar de fúria ela me encara e em seguida o moço loiro.

- Senhor Justin, ela entrou sem minha autorização, eu juro! Quando eu vi ela já estava...

Justin faz um gesto com a mão para que ela calasse, e ela  se cala quase que automaticamente.

Justin me olha e depois encara a moça.

- Eu cuido disso, pode se retirar.

Ela concorda com a cabeça e sai da sala silenciosamente.

- Sente-se por favor.

Ele aponta para uma daquelas cadeiras pretas do qual eu citei. O obedeço e me sento timidamente, logo atrás de mim ele se senta também.

- Você é a Moça de quem Chloé me falou?

Concordo com a cabeça. Este gesto parecia ter o irritado.

- Bom... você pode me mostrar seu currículo?

- Eu mandei por e-mail.

Ele assente e se concentra no computador. Eu sinceramente não sabia o que fazer, eu estava completamente atrasada mas parecia que ele também. Porém o que importava no momento é que pelo menos a entrevista com quase uma hora de atraso eu tinha conseguido. Agradeci mentalmente a isto.

- Você tem um excelente currículo.

Ele sorri de lado e em seguida me encara, Agora de perto era possível vê-lo melhor. Ele era lindo. Seus olhos castanhos claro me encaravam de uma forma estranha, Seus cabelos louros parecia de mentira. Ele é um gato. Como a Chloé nunca me contara de sua beleza antes?

- Obrigada.

Sorrio tímida.

- O que sabe fazer de extra?

Engulo em seco.

- Como Assim?

Pergunto confusa.

- Algo extra... – ele coloca os cotovelos sobre a mesa e me encara – Alguma coisa que não seja tão importante em local de trabalho, como por exemplo... saber desenhar. Você sabe desenhar?

- Não!

- Então o que você sabe fazer?

Paro para pensar, o que eu fazia bem? Ou gostava de fazer?

- Bom eu não  coloquei no currículo mas... eu sei falar três línguas.

- É  mesmo?

Ele parecia surpreso e anota isso em uma agenda pequena. Qual a necessidade daquilo.

- Algo mais?

Ele pergunta e penso um pouco mais, talvez aquilo fosse um teste.

- Bem... eu gosto de dançar, já participei de vários grupos de dança e... as pessoas dizem que eu canto bem, mas eu não sei.

Ele me encara e continua anotando serio. Em seguida fecha a agenda e me olha novamente.

- Então você tem uma boa língua, um bom corpo e uma boa garganta?

Coro. Aquilo suou muito errado. Ele me olhava com um sorrisinho. Mordo o lábio e encaro o chão.

- Bom e-eu acho que sim.

- Ser minha assistente serve?!

Levanto o olhar depressa, e sem perceber já tinha um sorriso estampado na minha cara.

- Está falando sério?

- Eu tenho algum motivo para estar enganado?

- Não, Não! Eu só... ainda não estou acreditando.

Coloco a mão na boca para cobrir o sorriso.  Ele se levanta para me levar até a porta o acompanho completamente contente. O mesmo abre a porta para mim, ele era bem maior de perto. Levanto o olhar para encara-lo.

- Muito obrigado mais uma vez senhor Justin, eu já estava sem esperanças sabe? Ainda mais depois do meu atraso, olha se o senhor deixasse eu te dava um abraço de tão feliz que eu estou, mas não quero perder o emprego que acabei de conseguir, Ai caramba!

Mordo o lábio de felicidade. Ele suspira por fim, parecia não dar muita importância para o que eu falava.

Justin toca de leve minha cintura fazendo com que eu me retirasse.

- Amanhã te darei todas as instruções necessárias para exercer seu trabalho, as oito em ponto  e desta vez, sem atrasos por favor.

Concordo com a cabeça e saio daquela sala sendo a Pessoa mais feliz do mundo. Passo pelas meninas da recepção sorrindo, a moça ruiva me fita seria mas eu nem ligo ando em direção ao elevador quase dando pulos de felicidade, “Quando a Chloé souber!” solto um gritinho animada, ao chegar em frente ao elevador aperto no botão e espero as portas se abrirem, e em meio a esta minha espera olho para trás e ele ainda estava lá... na porta... me olhando. As portas se abrem e adentro sorridente, ao apertar no botão para descer olho para a porta de Justin novamente mas ele já não estava mais lá