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História Je Taime, Monsieur - O Baile


Escrita por: Jacobinho

Notas do Autor


Primeiramente,
Admirem essa fofura de imagem XD
Okay, agora podem iniciar sua leitura ☆w☆

Capítulo 6 - O Baile


Fanfic / Fanfiction Je Taime, Monsieur - O Baile

- O-olha, Jacob, n-não tenho certeza se… - Arno parecia um tanto desconfortável com a situação, ao mesmo tempo que trocava olhares com as pessoas ao seu redor. Alguns convidados nos perceberam ali e fizeram caretas desnecessárias quando recebiam o olhar do francês.

- Ei! - já percebendo seu comportamento, o impedi de continuar apenas com a preocupação e os olhos. - Olhe para mim. Somente para mim. - minha mão deslizou sobre seu rosto moreno, liso e macio, contornando com o dedo sua barba rala em seu queixo. - Não tem porque olhar ao teu redor enquanto eu estiver aqui. - e estendi mais um pouco o outro braço, insinuando-o mais uma vez a aceitar.

Um pouco hesitante, Arno finalmente repousou sua mão na minha. Sem demora, puxei-o ligeiramente para perto de mim, no medo que mudasse de ideia. Ao se aproximar repentinamente de mim, não teve outra reação senão colocar as mãos sobre meu peito, de forma a manter certa distância. Cuidadosamente e com um sorriso carinhoso, as removi e as direcionei para as posições de uma verdadeira dança: acomodei sua mão esquerda em meu ombro, enquanto a minha pousava sobre sua lateral. Depois, entrelacei ambas nossas mãos restantes. No processo, ele fez algumas estranhas caretas, ainda demonstrando preocupação.

- Você tem certeza? É que não sei ao certo como dançar, não desta forma… é um pouco est… - Arno começou a falar, mas o interrompi com um “Shh” longo e baixo.

- Pare de se preocupar. Só sinta o momento!

E logo comecei a dançar no ritmo da música, para um lado e depois para o outro. Arno automaticamente teve de me acompanhar, de forma a não perder o equilíbrio. Entretanto, seu receio acabou por deixando-o menos flexível e em um dos seus movimentos, ele acabou por tropeçar em si mesmo e cair.

Porém, em meus braços.

- Acha mesmo que eu vou deixar você cair de novo? - comentei com uma risada curta.

Tendo como sua primeira reação, Arno riu. Riu de forma gostosa, calma e profunda, como se havia se esquecido do mundo ao seu redor.

Era a melhor coisa que eu havia ouvido o dia todo.


= Arno’s p.o.v. =


Não sei muito como explicar. Talvez a presença de Jacob realmente me fazia esquecer dos problemas que me envolviam. Ou talvez eu esteja completamente embriagado por essa coisa chamada amor. Seja como for, finalmente parei de dar atenção àquelas pessoas estúpidas e comecei a dar total consideração à única pessoa que verdadeiramente se importava. Isso, porque me lembrei. Me lembrei do porquê ele estava ali. Porque eu o havia chamado. Ele tinha se sacrificado por mim. Era por isso que eu havia feito o convite.

Talvez não devesse ser tão rígido consigo.

Abracei-o de súbito, deixando-o surpreso por alguns instantes. Logo, ele me envolveu com seus braços também, encostando levemente sua cabeça na minha.

- Assim também serve. - ele afirmou com um sorriso.

E assim, retomamos a dança, talvez no ritmo da música. Talvez não. A verdade é que eu não sabia ao certo, estava mais concentrado no momento ali. No nosso momento. Minha cabeça se encontrava tão perto do peito de Jacob que até podia ouvir seus batimentos. Rápidos, um pouco descompassado. Significando apenas uma coisa.

Paixão.


= Jacob’s p.o.v. =


Ao final, cansados e ofegantes, Arno e eu sentamos em uma mesa no canto - uma das quais estavam afastadas para dar espaço à dança - e assistimos a peça, que era mais uma ópera que dava música aos dançarinos no centro. Uma moça magra, de cabelos negros e cacheados, pele de tom escuro e de olhar otimista, cantava em palavras francesas, na ponta do palco, gesticulando como se não estivesse realmente cantando, e sim, contando uma história profunda e poética. Olhava dentro dos olhos do francês e via o reflexo emocionado da ópera a nossa frente. Queria dizer algo a ele, mas em vez disso, permaneci em silêncio. Era melhor assim. Ele estava feliz, afetado pela poeticidade. Se sentia parte da história, que, embora eu não entendesse perfeitamente, era a mais das cativantes.

Um garçom alto e arrumado passou em meu lado quando resolvi, baixinho, pedir uma bebida. Demorou alguns minutos e uma taça de vinho já se encontrava em minhas mãos. Subitamente, Arno se virou para mim e focando em meus olhos, retirou a taça de minhas mãos.

- Mas…

- Nem pensar! Você está bastante machucado!

- Mas o que tem a ver… - quando me dei conta, o francês já havia virado a taça por inteiro. Ele tinha usado aquilo como distração. Contudo, não fiquei bravo, muito menos chateado. Na verdade, eu ri. Ri com vontade e deixei que Arno fizesse mais pedidos, evitando que eu tomasse alguma.

Uma hora se passou e o francês já se encontrava bêbado e perdido. Já era hora de levá-lo ao seu dormitório, isso eu já tinha muita certeza.

- Daí eu arranquei a… ugh… cabeça dele, pude até ver… ugh… o jato de  sangue sendo expelido para o alto e… ugh… além… - entre soluços e tonturas, o moreno narrava suas histórias totalmente apropriadas para algumas moças que estavam perto do palco. Me questionei naquele momento: por que deixei ele fazer aquilo? Não foi bem uma boa ideia. Assim que ele acabou, as moças logo se afastaram de fininho, olhos até maiores que seus próprios rostos. - Já vão? Então… ugh… tá! - Arno esticou o braço no que parecia ser uma aceno de mão.

- Tá bem, Assassinozinho, você é o nosso herói. Agora vamos, temos de ir. - afirmei, percebendo seus olhos esbugalhados.

- Mas já? Está tão… ugh… cedo!

- Sim, agora! - exclamei enquanto o levantava e o colocava sua barriga sobre meu ombro. Ele riu de forma estranha, soltando seu bafo típico de bêbado.

Carreguei-o até seu dormitório, onde havia me instalado durante o período que fiquei inconsciente. Abri a porta e depois de dois estalos, lá estava eu, jogando o corpo molenga e já adormecido do francês, na cama de corretores arrumados. Logo, segui para o banheiro e lavei meu rosto com água fria. Estava cansado, subir aquelas escadas com o quase o meu próprio peso por cima de meu ombro não foi nada fácil. O pior é que Arno não só adormeceu, como às vezes acordava e resmungava ou dizia algo sem sentido. Mais engraçado que isso? Só quando ele começou a cantar desengonçadamente enquanto estávamos atravessando o pátio que separava o salão da entrada da moradia do francês. Cada coisa que eu passo por sua ele, nem me lembre!

Ao sair do banheiro, olhei para a cama e vi dois olhos curiosos a me olhar debaixo da coberta. Ele sorriu pervertidamente quando nossos olhares se encontraram.

- Vai me colocar para dormir, Jacob? - ele indagou em palavras esvaindo luxúria, das quais até chegaram a me dar um arrepio.

- Arno, você está bêbado! - falei, alertando-o sobre o que dizia.

- Talvez eu esteja… Mas quem se importa? - suas palavras saíam meio desafinadas, graças a ação da bebida.

- Tenha calma. Fazemos escolhas precipitadas quando estamos neste estado. - comentei enquanto deitava ao seu lado. E Arno não perdeu a chance.

Sentou no alto de meu quadril e se curvou até chegar em meus lábios, beijando de modo quente. Foi algo tão espontâneo, que mal pude ter uma reação.

- Não, idiota… O que eu quero é você, gatão!


~•~


Notas Finais


ISSO MESMO
VOCÊS ENTENDERAM
PREPAREM A PIPOCA
PORQUE O PRÓXIMO CAFÉ VAI SAIR QUENTE ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Um café e até o próximo capitulo ☕


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